A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 18
Capítulo 18




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Caminhei lentamente pra porta e encarei o Edward, ele só fez apontar e eu entrei em casa. Ao olhar pra sala, vi Emmett e Jasper me olhando seriamente.

- Escritório agora – Edward sussurrou no meu ouvido, revirei os olhos e fui até o escritório, segundos depois Edward entra e fecha a porta.
- Explicações agora! – sibilou.
- Não tem o que explicar meu irmão, aconteceu! – disse dando os ombros.
- Como não tem o que explicar? – esbravejou - Você se agarrando com aquele cachorro! Sabe que tive que ir correndo antes do Emmett? Ele ia matar seu amiguinho e lhe dar uma surra, aliás ele ainda está pensando nisso!
- Ed! Aconteceu tá? Envolvi-me com ele, mas não é nada sério, não se preocupe – sussurrei.
- Sério? Jackie! Eu estou lendo aquele menino à noite inteira, ele não pára de pensar no passeio de vocês hoje de manhã, e está pensando em como lhe tirar daqui e ainda pensa em coisas que não devo falar agora! – ele me olhava emburrado.
- Meu irmão relaxa! Nada de ciúmes – disse dando umas tapinhas no ombro dele.- Sei me cuidar! O que irei lhe dizer agora eu já disse pra ele, só estamos ficando! – sorri.
- Por tudo quando é sagrado menina! Toma jeito! – sibilou.
- Não se preocupe, em um mês irei embora! – disse indo na direção da porta, mas ele me pára no caminho.
- Se você gosta desse garoto fique longe dele, não irei segurar o Emmett e Carlisle – avisou.
- Papai viu também? – olhei assustada.
- E ouviu também! Agora fique longe dele tá bom? – sussurrou.
- Tá Ed...tá! Posso voltar pra festa? – suspirei.
- Pode, mas ficarei o tempo inteiro de olho em você! – alertou.
- Tá papai! – disse antes de sair e escutei um rosnado dele.


relaxa rapaz

Olhei pro relógio e ainda marcava 22 horas, fui pro lado de Alice e sorri.
- Me ajude com isso? – supliquei.
- Tentarei, mas você sabe como eles são – ela sussurrou.

Dei um beijo no rosto dela e fui para mesa pegar outra taça de vinho. Enchi a taça e tomei tudo quase com um gole e enchi novamente, fui pro lado de Bella e sorri.

- Eu estou contando, são 5 taças – ela me olhou recriminando.
- Ah Isabella até você não né! – disse tomando outro gole.
- Ela está certa, chega de beber! Ainda mais que você está de barriga vazia, bebendo o efeito será mais rápido e pior – Edward disse sentando do lado dela e tomando meu copo. Suspirei fundo e fui pegar outro copo.

Olhei em volta e vi que todos os convidados estavam se divertindo e minha família também, fora o fato de eu estar sendo vigiada agora, sequei meu copo e novamente enchi, caminhei lentamente até Carlisle e o abracei.

- Chateado comigo? – sorri pra ele.
- Um pouco – ele disse tomando o copo da minha mão. - Chega tá? Você já está um pouco alegre – ele sorriu.
- Desculpe então? – continuei abraçada com ele.
- Vocês são namorados ou o que? – ele me olhava sério.
- Acho que é ou o que – sorri e beijei o rosto dele.
- Ele é quente pai! – suspirei e ele me olhou feio.
-AH! Você bebeu demais! – ele disse me guiando até o sofá, me fazendo sentar.
- Eu tô bem pai, é sério! – disse sorrindo.
- Não tá não! Nunca ia dizer o que me disse se estivesse sóbria. Agora chega de beber – ele disse sério.
- Tá bom! – continuei sorrindo. Olhei pro Edward e sorri.
- Hei Ed vamos tocar alguma coisa? – sorri.
- Não sei, me parece que você virou roqueira! – ele sorriu.
- Tocamos algumas músicas que você gosta e depois tocamos as minhas, o que você acha? – continuei rindo.
- Não Jackie... fica pra próxima tá? – ele disse beijando meu rosto.
- Tudo bem, irei colocar alguma coisa pra tocar – sorri e subi pro meu quarto, peguei alguns CDs e desci, coloquei no som aleatoriamente cinco CDs e coloquei pra tocar aleatório.

A primeira música a tocar foi um rock metal pesada, Edward olhou pra mim fuzilando, sorri e levantei a mão com o polegar, indicador e miudinho levantado e ainda dei a língua pra ele, depois de irritá-lo troquei o cd, sabia que ele odiava essas músicas, mas eu queria me divertir essa noite...

Embry POV

Deus como ela estava bonita, eu nunca acreditei nesse negócio de impressão, mas isso me pegou de cheio. Não sei se funciona com todo mundo, mas eu estou loucamente apaixonado por essa mimada. Acho que apaixonado é uma expressão completamente errada! Eu estou amando-a. Sei que estou amando, porque não é fácil ficar numa casa cheio de vampiros, o cheio está me enjoando e estou me controlando a noite inteira para não pular no pescoço de algum deles, especialmente do Edward que interrompeu nosso beijo e ainda está a seguindo pra onde ela ia.

Estou observando-a ao lado do som, ora olha pra capa de um cd e coloca, ora pega outro e coloca, ela é uma graça, tenho certeza que está colocando esses CDs só pra irritar o Edward, porque a cada troca de cd ela sorri e ele fecha a cara. Uma coisa ainda me incomoda, eu sei o que sinto por ela, mas ela sente o mesmo comigo? Hoje de manhã ela foi clara em dizer que está só “ficando”, eu não quero isso, quero algo sério! Será que o Sam e o Paul estão certos? Ela é muito mimada e não leva nada a sério?

Então ela deixou tocar uma música que estava refletindo o que senti quando descobri que ela tinha ido embora.

(A música é Bleeding Heart – Angra - Coração Sangrando)
Now I know that the end comes
Agora eu sei que o fim chega
You knew since the beginning
Você sabia desde o começo
Didn't want to believe it's true
Não queria acreditar que era verdade
You are alone again, my soul will be with you
Você está sozinha outra vez,Minha alma estará com você
Why is the clock even running
Por que o relógio ainda está correndo
If my world isn't turning?
Se meu mundo não está mais girando?
Hear your voice in the doorway wind
Ouço sua voz pelo vento na porta
You are alone again I'm only waiting
Você está sozinha de novo, Eu estou só esperando

You tear into pieces my heart
Você despedaça meu coração
Before you leave with no repentance
Antes de ir sem arrependimentos
I cried to you, my tears turning into blood
Eu chorei por você, minhas lágrimas virando sangue
I'm ready to surrender
Estou pronto para me render
You say that I take it too hard
Você diz que eu levo isso muito a sério
And all I ask is comprehension
E tudo que eu peço é compreensão
Bring back to you a piece of my broken heart
Trago de volta pra você um pedaço do meu coração despedaçado
I'm ready to surrender
Estou pronto para me render

I remember the moments
Eu me lembro dos momentos
Life was short for the romance
A vida foi curta pro romance
Like a rose it will fade away
Como uma rosa isso irá desaparecer
I'm leaving everything
Eu estou deixando tudo

No regrets, war is over
Sem arrependimentos, a guerra acabou The return of a soldier
O retorno de um soldado
Put my hands on my bleeding heart
Ponha minhas mãos no meu coração sangrando
I'm leaving all behind
Eu estou deixando tudo pra trás
No longer waiting
Sem mais esperas

You tear into pieces my heart
Você despedaça meu coração
Before you leave with no repentance
Antes de ir sem arrependimentos
I cried to you, my tears turning into blood
Eu chorei por você, minhas lágrimas virando sangue
I'm ready to surrender
Estou pronto para me render
You say that I take it too hard
Você diz que eu levo isso muito a sério
And all I ask is comprehension

E tudo que eu peço é compreensão
Bring back to you a piece of my broken heart
Trago de volta pra você um pedaço do meu coração despedaçado
I'm ready to surrender
Estou pronto para me render
I've waited for so long!
Eu esperei por tanto tempo!

Olhei pra ela sorrindo e ela retribuir o olhar, essa música mexeu comigo. Eu esperei por tanto tempo mesmo! Não me importa o que eles irão fazer comigo, mas não irei esperar mais. Aproximei-me dela, tomei o copo da mão dela, deixei na mesa e falei em seu ouvido.

- Quer dançar a próxima comigo Jackie? – Disse segurando a mão dela.

Ela me olhou um pouco preocupada, olhou para os irmãos, mas sorriu.

- Tudo bem. Qual você quer dançar? Posso mudar o cd – ela disse indo na direção do som, mas no meio do caminho eu a parei.
- Deixe tocar qualquer uma – sorri.
- Bom! Eu coloquei uns cds aí que não é nada interessante dançar junto! – ela deu um lindo sorriso.
- É qual? – disse passando meus braços ao redor da cintura dela e a puxando pra ficar mais perto de mim.
- Metalica, Mothorhead, Sepultura – ela sorriu.
- Nossa! Você é uma roqueira de primeira hein! – disse olhando nos olhos dela.
- Mais ou menos, eu gosto de algumas músicas, mas eu coloquei mais pra irritar o Edward, ele só gosta de música clássica – ela sorriu. - Eu até gosto, mas enjoei – ela disse sorrindo pra mim e isso me fez o homem mais feliz do mundo.

Notei o pai dela e os irmãos me olhando com a cara mais feia do mundo, mas estava disposto a enfrentar todos para ficar com ela, fechei os olhos, a puxei pra mais perto de mim e sorri. Senti ela encostando a cabeça no meu peito, abri novamente os olhos e olhei pra ela, ignorando os rosnados e olhares reprovadores dos irmãos dela.

( A musica que eles estão dançando é So Close Jon McLaughlin - Tão Perto)

You're in my arms
Você está em meus braços
And all the world is calm
E o mundo todo está calmo
The music playing on for only two
A música está tocando apenas para nós dois
So close together
Tão perto juntos
And when I'm with you
E quando estou com você
So close to feeling alive
Tão perto de me sentir vivo

- Sabe Jackie, eu estou me sentindo tão bem aqui com você. Eu senti tanto a sua falta quando foi embora – sussurrei em seu ouvido.
- Nós nem nos conhecíamos, como sentiu minha falta? – ela olhava nos meus olhos.

A life goes by
A vida passa
Romantic dreams will stop
Sonhos românticos irão parar
So I bid mine goodbye and never knew
Então eu digo meu adeus e nunca saberei
So close was waiting, waiting here with you
Tão perto eu estava esperando, esperando aqui com você
And now forever I know
E agora para sempre eu sei
All that I wanted to hold you
Tudo o que eu queria era te abraçar
So close
Tão perto

- Eu me apaixonei logo que coloquei meus olhos em você – disse beijando o pescoço dela.
- Embry eu...
- Shiii....deixe-me falar– sussurrei

So close to reaching that famous happy end
Tão perto de alcançar aquele famoso final feliz
Almost believing this was not pretend
Quase acreditando que isso não é mentira
Now you're beside me and look how far we’ve come
Agora você está ao meu lado e veja como chegamos longe
So far we are so close
Tão longe estamos...tão perto

- Posso fazer você feliz. Só estando assim com você, está me fazendo o homem mais feliz do mundo, eu enfrento seus irmãos, enfrento meu bando, enfrento quem for, mas eu amo você Jackeline, estou abrindo meu coração pra você – continuei dançando lentamente com ela.

Olhei em seus olhos e vi o conflito que ela estava. Estava ansioso pela resposta dela, mas sorri mesmo assim.
- Embry você sabe que isso é complicado, meus irmãos... meu pai... minha mãe... nunca irão aceitar – sussurrou.

How could I face the faceless days
Como eu poderia enfrentar os dias
If I should lose you now?
Se eu devo te perder agora?
We're so close
Nós estamos tão perto
To reaching that famous happy end
De alcançar aquele famoso final feliz
Almost believing this was not pretend
Quase acreditando que isso não é mentira
Let's go on dreaming for we know we are
Vamos sonhar para saber onde estamos
So close
Tão perto
So close
Tão perto...
And still so far
E ainda assim tão longe

- Por favor, ao menos me dê uma chance, ao menos deixe-me tentar lhe fazer feliz, namora comigo vai! – Supliquei.
- Eu não posso aceitar – ela disse olhando pro chão.
- Por favor, Jackie... por favor! Dê uma chance – reparei que ela ficou uns minutos olhando pros meus olhos.
- Você não tem que pedir pra mim e sim pro meu pai, se ele deixar, namoramos – ela sorriu e eu a acompanhei.

Jackeline POV

O que esse índio estava dizendo? Ele está apaixonado por mim? Meu Deus! Meus irmãos irão me matar, meu pai irá enfartar! Bom se fosse possível, mas com certeza ia!

E agora? O que eu faço? Se eu disser que sim, irá ter briga aqui em casa, e temos visitas que não sabem o que eles são. Ai!! Estou perdida, talvez se dificultasse pra ele, ele muda de idéia.

- Você não tem que pedir pra mim e sim pro meu pai, se ele deixar, namorados – sorri o mais forçado possível, acho que ele não terá coragem, assim me livro dele, não que não goste dele, mas não quero minha família com raiva de mim porque estou namorando inimigo deles.
- Tudo bem vamos lá – ele disse me soltando e pegando na minha mão.
- Vamos pra onde? – olhei assustada.
- Falar com seu pai e sua mãe – ele disse calmamente e me guiando até onde eles estavam.

Olhei discretamente para os meus irmãos e Edward estava soltando fumaça pela cabeça, Emmett estava socando uma mão na outra, Jasper sempre sério, Alice sorria que era uma maravilha, Rosalie estava séria também e Bella também sorria. Paramos na frente do meu pai olhei pra ele e ele estava mais sério que nunca, Esme estava ao lado dele sorrindo, suspirei e abaixei a cabeça.

- Sr. Cullen – ele disse cumprimentando meu pai.
- Sra. Cullen – continuou .
- Oi Embry – minha mãe sempre educada.
- Bom eu queria falar com vocês sobre sua filha, podemos? – ele estava bem sério, olhei pro meu pai e ele estava com uma expressão que a qualquer momento ia pular no pescoço do Embry .
- Sim... fale! – Carlisle disse um pouco ríspido.

nossa meu pai está com raiva

- Irei logo ao ponto... estou apaixonado por sua filha e estou aqui na sua frente para pedir permissão de namorá-la – ele disse bem calmamente.

Olhei pro meu pai e ele fechou os punhos e olhou seriamente pra mim.

- O que você acha disso tudo Jackie? – ele disse sério.
- Eu? Pai é o senhor que decide, eu gosto do Embry – disse um pouco envergonhada, notei o Embry dando um sorriso. - Se o senhor não permitir não irei criticar sua decisão – disse olhando pro chão.
- Deixe Carlisle, eles fazem um casal tão bonito – a voz de sininho da Alice me fez levantar o olhar.
- Casal bonito? Só se quisermos criar um bando de cachorros, já não basta o Jacob? – Rosalie disse com raiva.
- AH Rose, deixe-os! – Alice a recriminou.
- Então senhor? – Embry olhava ansioso.
-Vou ter que conversar com os irmãos dela, mais tarde lhe dou uma resposta – ele disse sério e gesticulando para os meus irmãos irem pro escritório. Fiquei encarando cada um até entrarem no escritório, a única pessoa que não entrou com eles foi Bella.
- Viu o que você fez? – olhei pra ele sério.
- Fiz o que? Você disse que ia aceitar se pedisse pro seu pai, foi o que fiz! – ele parece nada arrependido.
- Ah Embry! Você não vê que está cercado por vampiros? Se eles quiserem lhe matar você nem vai sentir! – disse preocupada.
- E dai? Irei enfrentar todos pra ficar com você, já disse! – ele passou os braços na minha cintura me puxou e me deu um beijo bem demorado que só foi interrompido por meu pai limpando a garganta.
- Her... oi pai! – disse completamente envergonhada. Embry me soltou, mas ficou com um dos braços ao redor da minha cintura, olhou fixamente pro meu pai e sorriu.
- Chegou a alguma decisão? – Embry perguntou calmamente.
- Sim! Vocês podem namorar, mas com várias condições e uma delas é só se for aqui em casa e nada de ficarem sozinhos! – Carlisle disse bem calmo também.
- Como o senhor desejar – Embry disse sorrindo me abraçou e tascou o beijo na frente de todos sem se importar com ninguém, novamente meu pai limpou a garganta o fazendo parar.
- E nada de bancar o engraçadinho com ela hein! – Carlisle disse num tom sério.
- Lógico! Nunca irei faltar com o respeito, pode confiar em mim! – ele disse convicto.
- Esse é o problema não confio nada em você! – Emmett disse ficando cara a cara com o Embry.
- Se você sair um pouquinho da linha ou fazer minha irmã chorar, você pode se considerar um cachorro castrado! – Emmett disse colocando o dedo na cara do Embry que o mesmo só fez sorri.
- Nunca irei fazer sua irmã chorar, eu a amo demais pra isso! – Escutei Emmett rosnar.
- Estou de olho em você seu sarnento! – ele disse antes de ir sentar no sofá.

Dei uma risada e puxei o Embry para um canto. Ficamos horas conversando, trocando carícias e sempre quando íamos nos beijar, alguém não deixava, Embry foi embora por volta das 3, quero dizer foi expulso, porque por ele não ia. Ainda levei um sermão do pai e mãe, de como me preservar e blábláblá, não tirava a razão deles e com certeza irei obedecer, não ia embora para a Europa com minha família desapontada comigo.

~*~

Já estávamos namorando faziam 30 dias, nunca imaginei que aquele índio fosse tão romântico. Toda vez que vinha me ver em casa, ele trazia um buquê de flores diferentes, eram rosas, margaridas, orquídeas, tulipa enfim, todo dia era um buquê diferente, acho que irei montar com Esme uma estufa para poder guardar tantas flores.

Estava namorando o índio, mas cheio de regras, uma delas era, ele só podia vir em casa quando alguém estivesse, nunca poderia ficar a sós comigo, não podia ir à La Push com ele, e se quisesse sair, tinha que levar algum irmão comigo. Emmett era o mais ciumento de todos, sempre quando ele estava em casa mandava ficar no sofá de cara pra ele ou ele ficava no meio do sofá entre nós dois. Esme, Bella, Edward e Alice eram os únicos que davam mais espaços pra nós e não tinham tanto ciúmes.

Rosalie mal falava comigo, a desculpa dela era que estava fedendo a cachorro sarnento, e olha que nem sei como é esse fedor. Jasper!! Esse me surpreendeu, ele também estava morrendo de ciúmes, ele se esconde e sempre quando vou beijar o Embry ele aparecia do nada e impedia. Eu nunca imaginei que o Dr. Carlisle Cullen fosse tão ciumento, isso mesmo, meu pai estava morrendo de ciúmes de mim, sempre quando ele chegava do hospital expulsava o Embry de casa, quando ele estava em casa ele sempre dizia “não sumam da minha vista” e sempre de cara fechada pro Embry.

E quanto ao Embry, ele estava se saindo super bem, ignorando a implicância e os ciúmes de todos, sempre carinhoso e atencioso comigo, por incrível que pareça ele ainda não reclamou do modo que minha família estava o tratando, sempre sorrindo e obedecendo as ordens de ir embora, ou pode ir parando por ai, ou olha essa mão aí, ou nada de beijos. Até pra um lobisomem, ele é super calmo e em nenhuma das vezes discutiu ou desobedeceu as ordens dos meus irmãos ou do meu pai.

A única coisa que me incomodava era como ia dizer pro Embry que ia embora, ia voltar pra Europa, ainda não tive coragem de contar, porque via nos olhos dele o quanto ele estava envolvido comigo e o quanto ele estava se esforçando. Eu não podia demonstrar o quanto estava gostando desse índio, assim a dor da separação será menor, mas não posso negar que também estava apaixonada por ele e a cada dia que passa essa paixão vai aumentando, e tenho certeza que se eu ficar por aqui isso vai virar amor ou se já não virou. Não quero me envolver tão forte com alguém, sou nova pra isso, mas se eu deixar, o Embry me pede em casamento hoje mesmo e isso eu não quero, não agora.

Hoje era um dia anormal, estava praticamente a sós com o Embry. Carlisle estava no hospital, Emmett foi caçar com Edward, Alice foi ao shopping e levou com ela Jasper e Rose, só ficou em casa minha mãe, Bella e Reneesme. Estávamos no quintal de casa, sentados na grama debaixo de uma árvore observando Bella conversar com Jacob enquanto vigiava Reneesme brincar.

- Que tal irmos dar um pulo em La Push? Tá meio quente hoje não é? – Embry disse beijando meu pescoço.
- Você tá é doente, hoje tá frio e não podemos ir, esqueceu? – disse me virando pra ele e o abraçando.
- Pede permissão pra sua mãe, tá chato aqui! – resmungou.
- Hum!! Então está me achando chata? – sorri.
- Eu não disse isso, mas já que falou, hoje você está um pouco chata sim, está calada, não quer conversar! Algo lhe perturba? – ele olhou desconfiado.
- Você me perturba! – sorri.
- Enjoou de mim foi? – ele sorriu.
- Um pouco! – disse me soltando dele.
- Hahahah! – riu forçado - Boa tentativa! – ele me agarrou e me beijou. - Vamos vai? – ele disse todo meloso, beijando meu pescoço.
- Tá... irei pedir pra mãe! – disse derrotada.
- Opa! Descobri como lhe dobrar! – ele sorria de uma orelha pra outra.
- Ah é? E como? – disse levantando uma das sobrancelhas.
- É fácil! – sorriu maroto - É só... – ele beija meu pescoço – e depois! É só... - ele me deu um beijo demorado – e depois só fazer uma cara de cachorro abandonado! Não tem erro! – ele disse encostando a testa dele na minha, eu o empurrei e sorri.
- Bobo! – disse indo em direção a casa. Encontrei minha mãe na sala lendo algum livro qualquer.
- Mãe, posso sair com o Embry? – disse assim que entrei na sala.
- Eu escutei querida e a resposta é não – ela disse sem tirar os olhos do livro.
- Mas mãe, prometo não demorar – sorri.
- Seu pai disse nada de La Push, esqueceu? – ela continuava sem olhar pra mim.
- Não... mas...
- Filha! – ela me interrompeu.
- Hum....então posso sair sem ir pra La Push? – sorri.
- Seu pai disse que nada de sair sozinha! Não sei por que ainda pergunta – ela disse fechando o livro e me olhando sério.
- Por favor, mãe, eu quero dizer algo pra ele e não quero dizer aqui! – disse sentando do lado dela.
- E o que é? – indagou.
- Se eu dizer pra senhora ele vai escutar né! – revirei os olhos.
- Então escreve aqui – ela me deu um pedaço de papel e uma caneta, então escrevi “dizer que irei embora em dois dias”. Ela me olha meio que desapontada.
- Não irá nem ficar pro seu aniversário? – sussurrou.
- Não sei... acho melhor ir o quanto antes... – refleti.
- Escute bem... seu pai irá chegar depois das cinco e seus irmãos só a noite, então volte antes disso tudo bem? – ela sorriu, não me contive pulei nela e beijei seu rosto.
- Te amo mãe – disse rindo.
- Eu também filha, mas volte logo e leve o meu celular – ele disse sério.
- A senhora é a melhor mãe do mundo! – disse beijando seu rosto.
- Só não chegue tarde, tudo bem? – ela fez um carinho no meu rosto.
- Tá... obrigada mãe – disse saindo correndo da casa.
- Vamos? – disse ao olhar pro Embry.
- Claro! – ele sorriu.
- Bella empresta o carro? – disse meio que gritando pra ela.
- Não precisa, te levo! – ele disse rindo pra mim.
- Ah? E você veio de carro? – indaguei.
- Não bobinha... te levo! Espera aqui! – Ele disse beijando minha testa e saindo correndo pra floresta.
- Vai pra onde Jackie? – Bella disse parando ao meu lado com o Jacob.
- Dar uma volta com o Embry, mas ele disse que não precisamos de carro – disse normalmente.
- Carlisle não irá gostar nada disso hein! – Bella recriminou.
- Esme deixou, e volto antes dele voltar, só irá saber se você contar né? – olhei séria para ela.
- Não se preocupe não irei contar, mas volta antes mesmo – ela disse rindo.

Foi quando eu vi um lobo enorme saindo da floresta com um saco amarrado na pata traseira, escutei o Jacob se espocando de ri e Isabella também.
- Você não é um cavalo Embry! Pode voltar ao normal! Vai me levar como? Na boca?! – disse quando ele pára na minha frente balançando o rabo.

Então vi Jacob rindo mais ainda.

- Monta nele! – Jacob disse rindo.
- Montar? Tá louco? Não mesmo! – disse cruzando os braços.
- Vai... é legal!! – Jacob dizia enquanto enxugava as lágrimas de tanto rir.
- Não! – birrei.
- Ela tá certa! É Loucura, porque não pegam meu carro? – Bella disse também se controlando da risada.
- Ah Bella!! deixa de ser estraga prazer!! – Jacob disse me pegando nos braços e colocando em cima do Embry e em seguida deu uma tapa na traseira dele.
- Vai cavalinho! – debochou.

Embry rosnou, mas saindo em disparada na direção da floresta, antes de sumirmos escutei Esme gritar.

- Se a deixar cair você vai se ver com o pai dela hein!

Saimos correndo pela floresta, para não cair me agarrei no pescoço dele, notei ele correndo cada vez mais rápido, só os meus irmãos corriam assim rápido, acho que em uma disputa com o Edward talvez ele empatasse. Ele parecia alheio ao frio, mas o vento estava batendo de frente na minha cara e foi inevitável tentar esconder o rosto no pescoço dele e fechar os olhos. Quando abri novamente os olhos, notei que estávamos no mesmo penhasco em que nos conhecemos, ele parou e eu desci.

- Bom cachorro! – fiz um carinho na cabeça dele.
- Sempre quis ter um cachorro sabia? Quer brincar? Se eu jogar um galho você trás de volta? – sorri e ele mostrou os dentes pra mim rosnando. - Cachorro mal! Não pode rosnar não! – disse dando uma tapa de leve no focinho dele, então ele pulou em cima de mim me fazendo cair no chão, me prendendo com as duas patas dele, ficou poucos centímetros do meu rosto, rosnando e mostrando os dentes. - Olha! Irei colocar você num canil para adestramento hein! – sorri e então ele lambeu meu rosto. - Embry! Que nojo! Vai me solta! – disse emburrada.

Ele saiu de cima de mim e correu pra floresta e em segundos ele saiu da floresta vestido e sorrindo.

- Canil é? – ele disse me ajudando a levantar.
- Sim...
- Fica linda com raiva sabia? – ele disse me abraçando e beijando minha testa.
- Você que é nojento! – disse emburrada.
- Você que me provocou! – ele continuava rindo.
- Eu? Só queria brincar com meu cachorro! – sorri.
- AH é assim é?! – ele disse sério.
- Que raça você é? Pastor? Ou Husky Siberiano? – nesse momento não me contive e caí na gargalhada.
- Mas eu não tenho moral mesmo! – ele disse me abraçando mais forte e beijando.
- Então? O que iremos fazer? – disse recuperando o fôlego.
- Que tal nos divertir? – ele disse me pegando no colo e correndo na direção do penhasco.
- Embry não!! Tá frio! – gritei.
- Não se preocupe sua boba, te esquento! – ele disse pulando comigo do penhasco.

Eu não podia negar que adorava pular daquele penhasco, porque além de ser alto, fazia a adrenalina percorrer no meu organismo. As minhas suspeitas estavam certas, a água estava congelando quando nós caímos, estava tão frio que nem tive forças de nadar de volta pra superfície, fiquei afundando por um momento, tentando fazer meu corpo me obedecer e nadar para a superfície, mas a água estava congelando, estava perdendo o fôlego quando senti o Embry me puxando pra superfície.

- Tá louca?! Porque não nadou de volta? – ele ralhou assim que estávamos na superfície
- Por que... estou... congelando! – disse tremendo.
- Ah meu Deus! Desculpe-me – ele disse me abraçando e nadando comigo até a praia. Quando chegamos à beira ele me carrega até um pedaço de tronco e me faz sentar, tira a camisa dele e meu casaco, me abraça esfregando rapidamente minhas costas.
- Me desculpe! Me desculpe! – ele sussurrava no meu ouvido. - Esqueci completamente! Me desculpe! – ele continuava abraçado comigo e esfregando minhas costas.
- Tudo bem... – disse tremendo.
- Você tá congelando meu amor! Vem cá – ele me pegou no colo e me aninhou como fosse uma criança. Ficamos assim por um bom tempo, ora esfregava meus braços, ora minhas costas. - Tá melhor? – ele disse preocupado.
- Um pouco – sorri. Puxei-o pra mais perto e lhe dei um beijo bem demorado. - Agora tô melhor – sorri pra ele.

Ele sorriu também e me deu outro beijo, mas esse beijo estava diferente, estava mais quente, ele me beijava intensamente, senti suas mãos nas minhas costas e depois desceu pra minha coxa, passou a beijar meu pescoço, me fazendo arrepiar, subiu novamente para os meus lábios e deu outro beijo intenso, nesse momento já estava entregue a ele, eu estava completamente perdida em suas carícias e beijos, estava ofegante e ao mesmo tempo tremendo, senti tirando minha blusa e me deitando no chão, continuou beijando meu pescoço e foi descendo para os meus seios, quando o senti beijando minha barriga eu o parei.

- Embry não! – disse segurando-o.
- Desculpe – ele disse ofegante. - Me perdoa, por favor – ele disse saindo de cima de mim.
- Embry seu cachorro, eu te amo. Claro que lhe perdôo, eu também lhe provoquei não foi?– disse ajeitando minha roupa.
- Acho que não escutei! Repete! – ele disse me abraçando e beijando meu pescoço.
- Eu amo você – disse aos sussurros.
- Por que demorou tanto tempo pra me dizer isso? – ele disse beijando meus lábios e depois desceu pra beijar meu pescoço.
- Dizer o que? – disse beijando de leve seus lábios.
- Que me ama! – ele disse encostando sua testa na minha.

droga, não queria dizer isso

- Por que... por que... – me afastei dele e levantei.
- O que foi Jackie? – ele me olhou desconfiado.
- Porque eu não quero dar falsas esperanças pra você! – disse de costas pra ele.
- Como assim? – senti ele me abraçando por trás e encostando o queixo no meu ombro.
- Embry eu vou embora daqui a dois dias, irei voltar pra Europa e achei melhor não me envolver por completo com você, assim nenhum de nós sofrerá quando partir – nesse momento ele me solta e me vira pra olhar pra ele.
- O que você está dizendo? – ele dizia sério.
- Irei voltar pra Europa – sussurrei.
- Por quê? – indagou.
- Porque é o melhor pra mim! – disse fraca.
- E eu? E nós? – ele olhava intensamente nos meus olhos.
- Embry! Eu te amo, amo mesmo, mas eu tenho um plano de vida e irei segui-la, não irei deixar de traçar minha vida por causa de um amor que nem sei que irá dar certo – disse séria.
- Fique! Fique comigo!! EU AMO VOCÊ! Isso é o que importa! Aqui tem boas escolas... por favor! – suplicou.
- E nosso amor irá dar certo sim! Eu quero casar com você! Se você quiser irei agora ao hospital pedir sua mão em casamento pro seu pai! Por favor! – ele disse intensamente.
- Embry! - Exasperei - Só tenho 15 anos! Não quero casar agora, entenda... Eu sempre venho pra passar as férias! E você pode me visitar lá – disse abraçando-o, mas ele me empurra.
- Então desde o início você estava brincando comigo é? Desde o primeiro dia que veio atrás de mim sabia que ia embora e resolveu tirar uma com minha cara? – ele apertava com força meus pulsos.
- Solta! Tá doendo ! – ele me soltou, mas continuou olhando seriamente pra mim. - Embry eu não brinquei com você, esses 30 dias foram maravilhosos, você fez uma simples paixão virar amor, eu te amo, mas entenda, é do meu futuro que estamos falando, você não vê o que íamos fazer aqui? Imagina se eu chegar em casa e contar que estou grávida de você? Com 15 anos? Embry eu não quero essa vida pra mim! – disse de olhos lacrimejando.
- Você irá fazer 16 anos em 21 dias e se ficasse grávida iria com maior prazer assumir você e meu filho – ele disse sério.
- Ah Embry, por favor, né!! Pra você é fácil, é homem, mas pra mim! Eu quero ir pra faculdade me formar em medicina e quanto terminar a faculdade eu volto! – disse um pouco ríspida.
- Paul estava certo, você não presta! – ele disse quase rosnando. - Você não passa de uma criança minada que fede aos outros sangues sugas! Egoísta que só pensa no seu próprio umbigo! – ele disse com os olhos cheios de lágrimas.
- Embry pare com isso, você não é tão velho assim, tem 17! E tem outra, eu não brinquei com você não, tudo que demonstrei é verdade eu te amo seu cachorro estúpido – disse abraçando-o. - Vamos aproveitar ao máximo esse dois dias juntos, você me ama e eu também te amo, deixa de ser melodramático – disse beijando o rosto dele, quando terminei de beijar ele me empurra me fazendo cair no chão.
- Vai embora Cullen! – ele me olhava com raiva.
- Embry! Machucou sabia?! – disse levantando.
- Vai embora! Estou perdendo o controle! – ele disse quase rosnando.
- Você nunca perdeu o controle comigo e não será agora que perderá, e me diz uma coisa, como irei embora se você me trouxe aqui? – disse indo novamente pra perto dele, mas quando ia abraçá-lo ele me empurra novamente.
- Vai andando! Sua Mimada! E me esqueça! – então ele correu pra floresta.
- ESTÚPIDO! – gritei antes que ele sumisse. - Droga se soubesse que ele ia reagir assim ia embora sem dizer nada!! – coloquei a mão no bolso e tirei o celular que minha mãe me deu, olhei e joguei-o no chão com raiva. - ÓTIMO... PERFEITO! ESTÁ ENXARCADO! O que irei fazer agora? – sentei um pouco no tronco, chorei arrependida de ter falado como falei com ele, acho que fui muito dura com ele, mas eu tinha que ser. Estou em pedaços também...

Levantei e caminhei até a estrada, demorei mais de uma hora pra chegar à estrada, comecei a pensar fortemente onde estava e como estava para Alice me ver e mandar alguém me buscar, e para minha felicidade ficar por completo, começou a chover fortemente.

- Agora cai um raio na minha cabeça que a novela mexicana estava perfeita! - disse olhando pro céu.

Caminhei no sentido leste por uma hora, até que cansei e sentei no meio fio, além da chuva o frio estava intenso, olhei pro relógio e marcava 16:30

- Droga! Se não morrer aqui, meu pai me mata! Vamos Alice! Veja-me!! - abaixei a cabeça, tirei meu casaco e coloquei na minha cabeça numa tentativa inútil de me proteger na chuva, estava tremendo de frio, chorando de raiva, de arrependimento, magoada, enfim estava chorando uma mistura de tudo que era sentimento. Levantei a cabeça e vi um carro vindo na minha direção, levantei e esperei, quando vi era o volvo do meu irmão.

- Droga!! Ele chegou cedo! – caminhei lentamente até a porta e abri, mas quando ia entrando tomei um susto, era a Bella que dirigia.
- Bella?? – olhei assustada e entrei no carro.
- Gosto de dirigir o carro do seu irmão, mas entre, temos pouco tempo – ela sorriu.
- E você sabe correr? – disse fechando a porta do carro.
- Você ainda não confia em mim né? – ela disse séria.
- Sinceramente não – disse dando os ombros – Alice te ligou foi?
- Foi... disse que estava aqui... O que aconteceu? – indagou.
- Terminei com o Embry – disse sussurrando.
- Mas por quê? Vocês estavam tão bem quando saíram de casa – ela disse me olhando curiosa.
- Porque eu disse que irei volta pra Europa – continuei sussurrando.
- Jackie! Não precisa voltar! O motivo não era eu? Então! Sou controlada! – ela disse sorrindo.
- Eu sei Bella, mas é melhor voltar – disse olhando pela janela.
- Você o ama Jackie? – indagou –me.
- Amo Bella, amo – sussurrei.
- Então? Porque não fica, se o ama? E sei como ele é louco por você – ela sorriu.
- Esse é o problema Bella. Se eu ficar o nosso relacionamento ficará mais sério... e eu tenho um ideal e não irei fugir dele – disse séria também.
- Ideal? De ficar só?! – recriminou.
- Se for necessário sim! Não sou paranóica por idade e nem por relacionamento, eu tenho uma vida e não é uma pessoa que fará mudar de pensamento – disse abrindo a porta do carro, tínhamos acabado de chegar em casa.
- No que você está se referindo? – ela disse meio ríspida.
- Eu tô dizendo Isabella, que não sou você! Não irei me casar com 18 anos, ter filhos e parar no tempo, quero me formar e chegar aos 20 anos! Ah! Obrigada! – disse indo pro meu quarto.

Fechei a porta e tranquei, tomei um banho bem demorado, vesti uma roupa e desci pra comer alguma coisa. Estava comendo quando senti alguém beijando minha cabeça.

- Boa noite filha – Carlisle disse sentando do meu lado e entregando um envelope. Abri e vi que era minha passagem de volta.
- Da pra mudar a data? – disse olhando pro papel.
- Vai ficar? – ele sorriu.
- Até meu aniversário, quero passar com vocês, aí no outro dia irei embora.
- Não quer mesmo ficar? Sabe podemos nos mudar...
- Não quero discutir isso com o senhor – disse interrompendo-o. Levantei e fui pro meu quarto.

Estava me sentindo horrível, a discussão com o Embry não saia da minha cabeça. A expressão dele, os olhos, estava sentindo um aperto muito grande no peito, uma falta de ar, uma angústia. Peguei o telefone e liguei pra casa dele.

- Sim – era a voz dele, meu estômago nessa hora revirou.
- Embry sou eu! Podemos conversar? – disse implorando.
- Não!! – sua voz estava ríspida e em seguida ele desligou o telefone. Joguei o telefone na parede com toda força. Não demorou um segundo para Esme entrar no quarto.
- O que aconteceu filha?! – ela disse sentando na beira da cama.
- Ah mãe! – a abracei e comecei a chorar.
- Shii... calma... calma querida... – ela disse bem baixo no meu ouvido fazendo carícias no meu cabelo.
- Quer conversar? – sussurrou.
- A senhora sabe o que é! – disse soltando-a.
- Ele não aceitou? – ela olhava nos meus olhos.
- Correto! Aquele estúpido! – solucei.
- Fica querida, o problema todo era Bella não era? Você está um mês aqui e ela nem deu sinal que ia lhe atacar, fica com sua mãe vai – ela suplicava.
- Por favor, mãe não comece! – disse levantando e indo pro banheiro lavar meu rosto.
- Tá querida, não irei começar, mas como você está? E o Embry?? – ela disse parada na porta do banheiro.
- Terminamos e ele me largou lá!! Ah mais uma coisa, seu celular quebrou – parei na porta e a abracei novamente.
- Fica comigo até dormir? – pedi.
- Você não me pede isso desde que tinha 10 anos! – ela sorriu.
- Eu sei mamãe! – disse sorrindo, ela me abraça e beija minha cabeça.
- Filha eu sinto sua falta. Por favor, fique conosco – ele me guiou até a cama, me cobriu e beijou minha testa.
- Também sinto sua falta – sorri.
- Então... fique...
- Mãe já disse isso pro pai, pra Bella e agora pra senhora, não irei discutir isso com a senhora e com ninguém, já tomei minha decisão! – disse séria.
- Tudo bem querida, outro dia conversamos, seu pai disse que irá ficar até seu aniversário, é isso? – ela sorriu.
- humrum! – disse fechando os olhos.
- Alice vai amar – disse divertida.
- Eu sei – disse quase aos sussurros.
- Irei deixar você dormir – ela sussurrou


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Notas finais do capítulo

AEEE, agora irei dormir beijos
E comentemmm