A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 14
Capítulo 14




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Acordei sentindo algo gelado no meu rosto, dei um pulo da onde estava e olhei assustada.

- Calma, sou eu – Edward disse ao lado de Alice.
- Demoraram hein! – disse rindo.
- O que você estava fazendo aqui sozinha? E quem era que estava com você? Não consegui ver direito na visão – Alice disse analisando meu rosto.
- O cheiro está confuso Jackie, quem era? – Edward disse sério.
- Victória – disse fechando os olhos e colocando as mãos no ouvido esperando a explosão deles.
- Perdão o que você disse? – Edward disse puxando minhas mãos.
- Victória! Sabe? Aquela de olhos encantadores parceira do bonitão do James, lembra? – disse debochando.

Escutei um rosnado de fúria dele. Com o rosnado dei um passo pra trás e olhei assustada.

- Agora você tem medo né?! – ele disse entre os dentes.
- Jackie você está maluca em vir se encontrar com ela sozinha? Quer se matar? Não pensa na Esme não? – Alice disse emburrada também.
- Eu não tive culpa, fui forçada a vim aqui, estava em transe tá bom! – disse cruzando os braços.
- Por tudo quando é sagrado! – explodiu - Eu estou começando a perder a paciência com você Jackeline – Edward disse fazendo pular em suas costas.
- Pra onde vamos? – indaguei.
- Irei lhe levar ao hospital, Carlisle precisa ver você, está sangrando. Alice não perca Bella de vista um segundo sequer – ele disse firme.

No caminho até o carro e do carro até o hospital ele não deu um palavra comigo e eu fiz o mesmo, tendo o cuidado de não pensar em nada no que tinha acontecido. Ele me guiou até o hospital, falou com uma enfermeira e fomos até a enfermaria.

- Fique aqui, irei chamar Carlisle – ele disse ríspido.
- Tá papai! – disse rindo.

Não demorou nem dois minutos e Carlisle entrou na enfermaria com uma expressão preocupada.

- Jackie... Jackie! – suspirou - O que irei fazer com você?! – ele disse colocando a mão no meu rosto analisando.
- Que tal verificar se quebrei algum osso da face? –disse rindo.
- Edward disse que você estava diferente e está mesmo, como pode estar brincando depois de quase ser morta por ela? – ele disse passando algo ardente no meu rosto.
- Que tal falarmos disso só em casa hein? – disse rindo novamente.
- Em casa conversaremos então, mas você não se machucou muito – ele disse aliviado.
- Que bom – sorri.

Eu não me machuquei muito, só tive o beiço estourado e meu rosto ia ficar um pouco inchado. Fiquei no hospital um pouco até o plantão de meu pai acabar. Fiquei observando ele trabalhar e sorria toda vez que o via ficar sem graça quando alguma paciente ou enfermeira se insinuava pra ele.

- Quanto o senhor me paga para não contar nada pra mamãe? – disse sorrindo enquanto estávamos indo pra casa.
- Eu não sei de que você está falando minha filha – ele sorriu.
- HUmmm...não sabe...sei....então quanto? – sorri novamente.
- Jackie! – ele recriminou.
- Pai! O senhor é bonito, as mulheres caem aos seus pés, e eu vi hoje – sorri.
- Eu amo sua mãe, e se você realmente viu, viu que não dei esperanças a nenhuma – ele disse divertido.
- Quanto o senhor me paga para manter meu silêncio? – sorri mais ainda.
- Filha! – ele sorriu.
- Agora me conte. O que foi esse seu encontro com a Victória? Quer se matar? – ele disse suavemente.
- Não pai. Ela me guiou até lá e deixou-me viver – disse dando os ombros.
- Por que? – ele me olhou confuso.
- Porque fiz um trato com ela! – falei rindo.
- Que tipo de trato? – indagou.
- Entregar a Bella – disse olhando pra janela e observei que tínhamos acabado de chegar em casa.
- Entre que iremos conversar seriamente – ele disse sério.

Entrei em casa sorrindo e indo até a cozinha, peguei algo pra comer e sentei no sofá ao lado de Emmett.

- O que foi isso? – ele disse me analisando – porque seu rosto está vermelho e inchado?
- Victória – disse dando uma mordida no pão.
- Como é? – ele deu um pulo e ficou na minha frente.
- Onde? Quando? – ele disse confuso.
- Mais cedo... escola! Agora sai da frente que quero ver TV – disse o empurrando.
- Victória? – Rosalie apareceu do nada e gritando perto de mim.
- Como? Como Alice e Edward deixaram você correr esse risco? – ela disse sentando do meu lado e colocando a mão no meu rosto analisando o inchaço.
- Tire suas mãos de mim Rosalie – disse tirando a mão dela do meu rosto, levantei e fui em direção da cozinha.
- Ainda não me perdoou não é? – ela disse chateada.

Simplesmente a ignorei e peguei um pouco de leite, puxei uma cadeira e sentei.

- Agora me diga tudo filha, que história é essa de trato?! – Carlisle disse sentando na minha frente.
- Victória não me matou porque disse que ia ajudar a pegar Isabella – disse o mais natural possível.
- E o que você disse? – ele estava sério.
- Nada, mas acho que ela acreditou porque não me matou – disse rindo.
- E você ainda ri? – Rosalie disse ríspida. Revirei os olhos e tomei um gole do leite.
- Eu irei enganá-la, não se preocupem - disse rindo. - Eu já consegui o que queria por hoje! – disse levantando.
- O que você conseguiu? – Carlisle disse sério.
- Ela não me matar – falei rindo.
- E você irá enganá-la? Por Deus filha! Nunca mais fale com ela, ela irá lhe matar, ela não é igual aos outros que você conhece, não vê o risco que está passando? Está maluca é?! – esbravejou.
- Não. Só...hum...só estou me divertindo um pouco, está muito pacato aqui! – levantei, mas notei Carlisle estava me segurando pelos ombros e me olhando com fúria.
- Ou você muda, ou irá pra Cornell. Não irei permitir que se mate! – sibilou.
- Eu não irei me matar, ela quer Isabella e não a mim, vocês estão sendo é burros, porque assim eu a traia e vocês a pegavam – falei calmamente.
- Isso nunca. Está ouvindo? Nunca! – Carlisle disse me largando.
- Como o senhor quiser – disse dando os ombros.
- Filha, por favor, não fale com ela – ele me olhou com ternura.
- Pai...
- Filha, por favor, me prometa! Você não irá mais falar com ela, e se ela tentar lhe persuadir novamente ignore, me prometa isso! – ele disse olhando nos meus olhos.
- Pai, eu não irei deixar ela me matar, tens minha palavra, ela quer a Isabella – disse firme.
- Então, você irá entregá-la de bandeja? – Edward apareceu no nada e gritando na minha frente. - Se você fizer isso, eu juro que nunca irei lhe perdoar ta ouvindo NUNCA – ele disse chateado,.
- Meu querido irmão, eu não irei entregá-la, eu nunca teria essa coragem de entregá-la.
- Então, porque desse trato então? – sibilou.
- Podemos armar uma pra ela, assim vocês a pegam, e tem outra, eu nunca irei magoar você, nunca, então pode ficar despreocupado que não irei entregar sua queridinha – falei séria.
- Filha! Nada de se arriscar, está ouvindo? – Carlisle disse sério.
- Pai, prometo! – sorri.
- Irei lhe dar esse voto de confiança filha – ele disse me abraçando.

Os dias estavam se passando muito rapidamente. Isabella estava cada vez mais chata e insuportável, minha família só pensava na segurança dela e na minha também. Eles não me deixaram um segundo sequer, na escola Rosalie e Emmett ficavam escondidos nas redondezas impedindo que eu entrasse na floresta sozinha.

O que mais me deixava irritada era como Edward estava cego por aquela garota, ele não via que ela estava o fazendo de bobo junto daquele índio, tal de Jacob, que por sinal é lobisomem. Por acaso essa menina tem chama pra criaturas assim é?

”Hoje ela não me escapa”.

O barulho de uma moto na nossa garagem me fez voltar à realidade, levantei da cama e fui para a escada, encostei-me à parede, cruzei os braços e esperei. Foi então que a vi toda molhada, melada de lama e com cara de poucos amigos.

- O que você está fazendo aqui Isabella? – disse furiosa.
- Ah Jackie não quero falar com ninguém, por favor! – ela disse entre os dentes, quando ela ia passando por mim a barrei.
- Eu disse o que você está fazendo aqui? Tem muita cara de pau hein! Volta aqui depois de tudo! – sibilei.
- Como assim depois de tudo? – ela me fitou.
- Deixa de bancar a inocente! Eu vi você fugindo com aquele índio! Esperou a primeira oportunidade que meu irmão deixou e caiu nos braços dele é?! Porque não ficou por lá mesmo? E deixe meu irmão e minha família em paz! – gritei.
- Jackie, por favor, estou cansada, preciso de um banho – ele disse calmamente.
- Por favor, nada saia daqui! Você não passa de uma interesseira isso sim! Aliás uma vagabunda! – sibilei.
- Jackie, não quero discutir com você, eu amo seu irmão e você sabe disso, e o Jacob é só um amigo, aliás, era, mas eu não tenho que dar explicações e nem nada para você e sim pro seu irmão! – ela disse passando por mim e indo na direção do quarto de Edward, corri até ela e a virei bruscamente pra me encarar.
- Eu disse pra sair dessa casa, aqui não entra vagabunda! - disse empurrando ela em direção as escadas.
- Hei Jackie, me solta! – ela disse batendo na minha mão.
- Irei lhe soltar quando colocar você pra fora da minha casa! – rosnei.
- Jackie pára com isso agora – Alice apareceu puxando minha mão.
- Me solte Alice. Você está a favor dessa ai? Ela lhe traiu também! Ela não passa de uma vagabunda! – nesse momento senti uma mão bater com força no meu rosto. Olhei e vi que Isabella tinha acabado de me dar uma tapa.
- Nunca mais me chama assim, eu amo seu irmão, adoro sua família e você, mas você não tem direito algum de agredir meu caráter, eu já lhe expliquei que não fiz nada e só devo explicações para seu irmão e mais ninguém - ela me olhava com fúria.

Não me contive e parti pra cima dela, consegui dar um soco nela antes de Alice me segurar e me carregar até meu quarto.

- Solta Alice...Solta! Se vocês não têm coragem eu tenho, me largue que irei acabar com aquela albina! – gritei.
- Você que começou Jackie, pare com isso! Vamos! Pare! –ela disse calmamente.
- Agora fique no seu quarto e não saia até amanhã, se sair eu saberei e você irá se entender com Carlisle e Esme – ele disse fechando a porta do meu quarto.

Um ataque de fúria me dominou, peguei um bastão de beisebol que tinha e comecei a quebrar tudo que via na frente, quebrei minha tv, meu computador, vasos, portas retratos e um espelho, ia quebrar mais, mas Rosalie apareceu e tirou o bastão das minhas mãos, olhei pra ela com fúria e depois sorri.

- Estou melhor já – disse indo pra minha cama e deitando com a cara no travesseiro, senti a cama afundar no meu lado e algo frio tocar no meu rosto, virei pro outro lado a ignorando.
- Pare com isso vai, me perdoa vai. Não quis lhe atacar – ela sussurrou.
- Não...só almoçar – sibilei.
- Por favor - suplicou.
- Não enche Rose! – sibilei.
- Eu amo você Jackie, você sabe o quanto eu gosto de você, por favor – ela disse com ternura.
- Tá rose...tá...se assim você pára de me encher..tá bom – disse sentando na cama e olhando pra ela, ela me abraçou e depois deu uma espécie de cascudo na minha cabeça.
- Hei!! Isso doeu! – birrei.
- Era pra doer mesmo, você destruiu seu quarto e ainda agrediu Bella! Deu ataque de loucura foi? Edward irá ficar com raiva de você e sem contar na Esme! – ela disse séria.
- Ela me agrediu primeiro e mereceu mais, ela teve sorte que Alice tá do lado dela! E quanto ao Edward irei explicar pra ele, e a mamãe, bom ela nunca briga comigo – sorri.
- Jackie, escute o que você tem hein? Você está mudada, depois...bom depois que voltou, você voltou completamente mudada, eu diria que você se tornou numa pessoa viciada – ela disse calmamente.
- Porque todos estão me perguntando a mesma coisa, eu não tô viciada certo? Faz quanto tempo que nem bebida alcoólica coloco na minha boca hein? – disse olhando pra ela - O que? Dois meses? Se fosse realmente viciada não ficaria tanto tempo sem consumir nada você não acha?
- Nesse lado está certa, mas mesmo assim você está mudada, porque não volta a ser quem era? Assim acho que teria as coisas mais fáceis não acha? Porque quanto mais você bater de frente com Carlisle e Esme mais difíceis as coisas ficarão pra você – ela sorriu.
- Irei pensar. Agora posso dormir? estou com sono! – disse cansada.
- Tudo bem, irei arrumar isso aqui, mas não se acostume não! – ela disse beijando minha testa. Deitei na cama e dormir.

~*~

- ACORDA! – Edward gritou no meu ouvido.

Olhei pro lado e vi o relógio marcando 6:00 da manhã.

- Por Deus! Vai perturbar a mãe vai! – disse virando pro outro lado e cobrindo meu rosto.
- Agora – ele rosnou tirando meu cobertor.
- Mas que chato! O que você quer Edward? – disse esfregando os olhos.
- O que eu quero? O que eu quero? Conte-me porque da agressão na Bella ontem à noite? – sibilou.
- Ah isso? Ela merece é mais! – disse levantando da cama e indo até o banheiro lavar o rosto.
- Eu estou falando com você, dá pra ao menos me respeitar? – ele disse parando na porta do banheiro.
- Ed você que tem que dar ao respeito, largue essa mulher ela não serve para você – disse passando por ele e indo na direção da cama e me sentando na beira.
- Ela lhe traiu meu irmão, segunda quando fomos ao colégio todos irão apontar pra você e dizer “Veja se não é o corno do Cullen” você tem uma reputação meu irmão – disse calmamente.
- Ela não me traiu! – ele disse entre os dentes.
- Traiu! Assim que você deu as costas ela correu pra aquele cachorro! Ela lhe contou isso? Contou que ele foi à porta da nossa escola e pegou ela? Na frente de todos? Deixa de ser besta meu irmão! – disse firme.
- Jackeline você não tem que se meter nos meus interesses, Bella me explicou tudo, quero que desça agora e peçe desculpa pra ela – ele disse bem sério.
- Eu não irei fazer isso – disse cruzando os braços.
- Jackeline não me faça ter raiva de você, eu amo a Bella, a amo tanto que odeio as pessoas que a fazem sofrer e você está fazendo isso, não quero lhe odiar minha irmã – ele disse mais sério ainda.
- Como você pode amar uma vagabunda meu irmão, ela lhe traiu! – olhei pra ele.
- NÃO a chame assim! – ele disse caminhando e parando na minha frente. Levantei e fiquei parada na frente dele.
- Ela é uma vagabunda sim e interesseira, sabe por que ela não fica com o cachorro? Porque ele não tem onde cair morto! E quanto a nós? Quanto a você, lógico que ela sabe disso, e o papo de não querer despesas com ela é tudo mentira, você não vê isso? Está cego meu irmão, essa mulher não presta, é uma interesseira! Acorde... – nesse momento senti meu corpo cair na cama e meu rosto doer, Edward tinha acabado de me dar uma tapa, olhei assustada pra ele com um das mãos no rosto.
- Eu...desculpe... Jackie...desculpe...- ele disse estendendo a mão pra mim.
- Vai embora – disse segurando o choro e olhando incrédula pra ele.
- Jackie...por favor...desculpe – ele estava com uma voz arrasada.
- SAI! AGORA! – disse levantando da cama e indo até a porta - SAI! – apontei pra fora.
- Por favor! – ele disse caminhando na minha direção.
- Então quem sai sou eu – disse chorando.

Saí correndo do quarto, desci as escadas correndo, fitei que na sala estava Bella, Alice, Emmett e Jasper. Não liguei e fui em direção a garagem, por sorte não tinha ninguém, fui até o chaveiro e peguei a chave da minha moto, subi na moto e dei partida. Saí tão rapidamente da garagem que quase bato de frente do M3 da Rosalie que estava chegando com Esme ao lado, desviei e acelerei não ligando pra chuva que caia.

- Pra onde você está indo? – Esme gritou.
- Volto mais tarde! – gritei de volta.

Não sabia para onde estava indo, só queria correr na minha moto novamente e esquecer que Edward me odeia, mas pra onde iria? Sair sem carteira, sem dinheiro e estava com roupa de ontem.

Corria o máximo que podia, olhei pro velocímetro e marcava constantemente 280 km/h. Estava tão rápida que nem conseguia ler as placas na pista, diminuí a velocidade quando vi o mar, parei a moto e fiquei olhando o mar, olhei em volta e reconheci aquela praia.

- Estou em La Push.

Fiquei um bom tempo parada olhando o mar e como as ondas batiam forte nos rochedos. Foi então que vi alguém pulando de um penhasco muito alto, liguei a moto e fui até onde achava que era o local. Parei a moto pouco metros de onde estavam três garotos só de short todos molhados e sorrindo, olhando melhor vi que reconhecia um, era o índio que tinha me jogado.

- Bom dia – disse saindo da moto e indo na direção deles.
- Cullen? – ele me olha confuso.
- Teve recaída é? – o do lado do Sam falou entre os dentes.
- Não...só queria pedir permissão de passar o dia aqui, preciso ficar um tempo sozinha, será que posso ou irão me arremessar daqui também? – Notei que o Sam me olhou confuso.
- Seu rosto está inchado – ele disse tocando no meu rosto, pude sentir como ele era quente.
- Machuquei, posso ficar um pouco por aqui? Prometo não sair dessa praia – disse me afastando dele.
- Claro que não! - um deles gritou.
- Paul! Calado! – Sam o recriminou.
- hummm....Paul é? – disse indo na direção dele e socando sua cara, mas para minha infelicidade o que doeu foi minha mão e ele caiu na gargalhada.
- Tá louca é? – ele perguntou rindo.
- Não! Queria descontar o que você fez comigo no ano passado – disse massageando minha mão.
- UHAHUHUHAUHAh....você pode ficar por aqui sim – Sam disse rindo – Afinal você não é uma deles certo?
- Sim...você está certo Sam, não sou uma deles – disse emburrada.
- Embry fique com ela. Paul vamos....quero falar com os outros para não termos problemas aqui - ele disse autoritário.
- Quer dar outro soco aqui? – Paul disse apontando pro queixo – sabe, esta coçando!
- Se alguém me der um bastão de beisebol eu bato com prazer – disse rindo.
- Vamos Paul – Sam disse entrando na floresta.
- Então você é quem? – Embry perguntou indo em minha direção.

Parece que o menino tinha 2,0 metros de altura, e eu 1,50, sendo que tenho 1,70, de tão baixa que me senti ao lado dele.

- Jackeline – disse cumprimentando-o e novamente senti a uma certa temperatura.
- Você não está com frio não? – o olhei abismada.
- Não! – ele disse dando os ombros – e você?
- Não – menti.
- Então o que quer fazer por aqui? – ele sorriu.
- Não sei, irei passar o dia aqui, quero esfriar a cabeça, acabei de brigar com meu irmão e não tô nem um pouco afim de voltar – disse dando os ombros.
- Quer pular? – ele disso sorrindo.
- Tá louco! Essa altura eu morro, aliás você é um deles? – ele só fez que sim com a cabeça.
- Têm quantos de vocês? – olhei curiosa.
- Ah! Isso eu não posso responder. Mas vamos pular? Não quer passar o dia se divertindo? – ele disse divertido.
- Já disse se pular eu morro, não morro pela queda e sim que não terei fôlego o suficiente para voltar – disse indo para a beirada e olhando o mar.
- E tá chovendo, água deve estar fria – analisei.
- Não confia em mim? – ele disse do meu lado rindo. Olhei pra cima e sorri.
- Não, não confio em seres que andam de quatro patas e correm atrás de gatos! – zombei.
- hummm, pois deveria – ele disse rindo.

Ele pegou minha mão andou uns três passos pra trás comigo, olhou sorrindo pra mim e correu pro penhasco me puxando. Meus gritos de protestos foram em vão, em segundos estava praticamente voando penhasco abaixo, novamente senti a adrenalina no meu organismo e o prazer tomou conta de mim, quando vi que a água estava próxima juntei meus pés e prendi a respiração e como imaginava afundei como pedra, acho que cheguei a tocar no chão, dei um impulso e tentei voltar à superfície, senti uma mão na minha cintura, ao olhar vi Embry me puxando e em questão de segundos estávamos na superfície novamente.

- SEU MALUCO! – disse dando umas tapas no peito dele.- Quer me matar?! – disse recuperando o fôlego.
- Hei linda, calma! Não foi bom? – ele disse rindo.
- Pra falar a verdade foi sim – disse tentando não sorrir.
- Então vamos novamente? – ele sorriu.
- Claro! – sorri.

Nadamos juntos para a beira e pulamos mais quatro vezes, eu estava começando a me divertir, mas meu corpo não acompanhava a diversão, estava começando a ficar super cansada, com muito frio e sono, a chuva começou a cair mais forte, meu corpo começou a tremer quando sairmos da água.

- Hei você está tremendo de frio – ele disse tocando em meu rosto e me olhando de um modo estranho.
- Eu tô bem – disse completamente sem jeito.
- Se você diz que está bem quando seus lábios estão roxos tudo bem, mas você está com frio sim – ele disse me abraçando forte, pude o sentir cheirando meus cabelos.
- Irei embora, meus pais devem estar loucos me procurando – disse me afastando dele.
- Hei posso lhe acompanhar até sua moto? – ele disse todo sem jeito.
- Embry não gosto de índio! – disso rindo.
- Eu não estou dando em cima de você – ele retrucou.
- Não?Esse abraço foi o que? – disse erguendo uma das sobrancelhas.
- Você...está...hummm...com frio! – ele disse meio sem jeito.
- Escute, mesmo se eu gostar de você não posso me envolver tá? Vocês! minha família! Não ok!? Não quero dar falsas esperanças pra você – disse séria.
- Mas...Mas eu gosto de você – ele disse parando na minha frente.
- Como é que é isso? Você só me conhece a poucas horas – disse rindo.
- Quando olhei pra você senti algo, não sei explicar, mas senti! – ele disse sincero.
- Bom, desculpe, mas não posso retribuir – disse friamente.

Nesse momento ele passa suas mãos na minha cintura e me puxa pra cima, encostou seus lábios aos meus, no começo tentei não retribuir, mas aos poucos fui cedendo, meus olhos fecharam-se, minha respiração ficou mais acelerada, acompanhava o ritmo de seus lábios. Nunca senti algo assim beijando o Albert, o beijo dele era quente, macio e doce, meu coração disparou e quando percebi estava com as mãos por volta do pescoço dele, acariciando sua nuca e o puxando mais pra mim. Dei permissão para a língua dele passar, estava completamente dominada pelo beijo dele, nesse momento me senti cair no chão em cima dele, fazendo voltar à realidade.

- Pára! – disse levantando
- Espere! – ele segurou minha mão.
- Você também sentiu não sentiu? – ele disse rindo.
- Não senti nada! Por favor, me solte! – ele me soltou olhando confuso.

Corri até minha moto dei a partida e sai em disparada, a chuva estava muito forte, mal consegui enxergar uma palma na minha frente, senti minhas mãos ficarem dormentes, a chuva caia em mim como facas afiadas e eu ainda estava longe de casa. Diminuí a velocidade por causa da chuva e o frio, parando no encostamento. Fiquei encostada na moto esperando a chuva diminuir, quando percebi um vulto na floresta.

- Droga! – sibilei.

Subi na moto novamente, dei a partida, mas quando acelerei a moto não saia do lugar, olhei pro retrovisor e vi Victória rindo segurando a moto. .

- Por acaso está tentando fugir de mim é? – ela disse sarcasticamente.

“agora sim estou morta”

- Victória acho melhor você ir embora, meus irmãos já devem estar chegando, liguei pra eles....- mas ela me interrompeu.
- Perfeito assim troco você pela queridinha do seu irmão.
- O que você está dizendo? – olhei assustada.

Um sorriso maroto da vampira foi a última coisa que vi antes da mesma me fazer desmaiar.


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Notas finais do capítulo

AEEEE o/
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