O Deus dos Heróis escrita por isabelalina12


Capítulo 3
Eu, no fundo do mar




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Gente! obrgada por todas a reviews, li todas, amei todas!

Pois é, na minha opinião esse cap nãp ficou tão bom quanto os outros mas ainda sim...

Ai vai o segundo cap!

Saí da festa preocupado, não havia mesmo achado Annabeth, Thalia disse que ela foi tomar um ar, mas quando a procuramos não achamos nada, era como se ela tivesse sumido do mapa, e agora não poderei mais falar com ela já que nesse momento estou na carruagem marinha de Poseidon (que era uma concha gigante puxada por tubarões)

Mas enfim, o mar esta um completo caos graças a batalha contra Oceanus, o Titã do Mar, meu pai terá muito trabalho para organizar tudo, e precisará de muito tempo também, mas... ei! O que é tempo quando se é imortal?

Todos estão ajudando, peixes, criaturas marinhas, e os arieis... quer dizer, os sereianos ( não me culpem! Eu sempre me lembro da pequena sereia quando olho pra eles!)

E nem preciso dizer que o palácio de meu pai estava total e completamente destruído, mesmo, não tinha sobrado pedra sobre pedra ali, mais ainda assim, no meio de tanta destruição, quando nós voltamos todos aplaudiram e nos saudaram com uma enorme alegria, nos chamando de heróis.

Admito, eu gostei, é sempre bom se ver recompensado pelos seus esforços, e quando os aplausos vinham do mar, para mim, eram ainda mais especiais.

Chegamos ao local onde, anteriormente, ficava a sala do trono ( agora é um grande pátio e alguns destroços) e lá estava a minha madrasta, Amphitrite, conversando com um sereiano enorme, acredito que ele era um soldado ou algo assim, não estava mais com uma armadura, e sim com um lindo vestido verde-mar.

Eu poderia dizer que ela estava feliz, sorrindo alegre ( talvez por que a guerra tinha acabado), mas quando ela se virou e me viu, bem, digamos que toda a felicidade foi embora em um instante. Primeiro ela me olhou friamente, e depois olhou com raiva para o meu pai.

–O que ele esta fazendo aqui?!- disse quase como uma ameaça.

Eu compreendia porque ela não gostava de mim, eu era filho do meu pai com uma outra mulher, imagino o quanto a minha presença vai perturba-la aqui, mas o que eu podia fazer? Poseidon disse para eu vir, e então eu tive que vir.

Meu pai, pelo visto, ou não se incomoda em deixar a esposa perturbada, ou espera que ela me aceite...o que eu acho difícil.

–Ele vai ficar conosco- disse Poseidon com autoridade, como se não quisesse que ela contestasse- Percy salvou o Olimpo, então Zeus o tornou um deus, mas ele precisa aprender a controlar seus poderes e por isso esta aqui.

–Como é?!- disse uma voz que vinha de trás

Me virei, e vi um sereiano de pele verde e duas caudas encanrando-me com raiva a até mesmo nojo, meu meio-irmão, o deus dos abismos oceânicos, Triton.

–Como alguem tão inútil pode ter salvo o Olimpo?- disse ele ironicamente.

–Percy não é apenas talentoso, ele é o melhor de todos!- disse Tyson, que estava nos seguindo desde que entramos no mar. Me agradou muito ele ter saído em minha defesa, eu sei que ele precisou de muita coragem para levantar a voz para o Triton.

–É o que veremos – disse Triton pegando sua espada, fazendo um desafio claro.

Nem fiz sequer menção de pegar Contracorrente, não que eu não quisesse, mas sabia que ali não era hora nem lugar para brigas, o oceanos estava uma bagunça e o palácio estava destruído, havia muito o que fazer e de nada adiantava desperdiçarmos as nossas energias nos atacando mutualmente.

–Triton, não posso dizer que não pode brigar com seu irmão, já que brigo com o meu o tempo todo, mas não se deve levar a violência- disse Poseidon- e alem do mais, agora não é hora para isso.

–Ele não é o meu irmão!- disse guardando a espada e nadando para longe dali.

Quando ele já estava longe, foi a vez da minha madrasta soltar os cachorros.

–Está vendo só?- disse ela- vai destruir a nossa família se deixar que ele viva aqui!

–O erro foi de Triton, Amphitrite- respondeu apenas- venha Percy, vou providenciar um lugar para você descansar.

Ele foi nadando para a direção oposta, e eu o segui sem dizer uma palavra, deixando para trás uma mulher amargurada que faria de tudo para que eu saísse dali.

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–Desculpe por aquilo – disse meu pai.

Apesar de tudo, a guerra não havia destruído os subterrâneos do palácio, quando chegamos, já havia até mesmo um quarto preparado para mim. Espera, Poseidon sabia que eu iria me tornar um deus?

–Sinceramente, não foi nada mais do que eu esperava- disse me sentando na cama.

Ele se encostou na parede repleta de detalhes em esmeralda.

–Eu sei, e por isso me desculpe- disse- eles vão se acostumar com você.

Olhei para o chão verde-mar, pensei no que Amphitrite havia dito, que eu ia destruir a família deles, não queria causar tantos problemas.

–Pai- disse e ele me olhou- sabe, se vou causar tantos problemas assim para a sua família, acho melhor eu não ficar.

–Bobagem- disse ele- você vai ficar pelo menos até controlar seus poderes.

–Mas... a sua família...

–Percy- disse ele se aproximando de mim- você também é a minha família, e tem tanto direito de morar aqui quanto aqueles dois. Triton só esta com inveja e ciúme, e Amphitrite apenas esta tendo um pouco de preconceito com você, eles vão mudar, eles vão te aceitar, eu os conheço há séculos o bastante para saber disso.

Dito isso, ele saiu do quarto, me deixando sozinho com os meus pensamentos.

Já estava quase dormindo quando me lembrei, “Meus deuses, a minha mãe! Ela não sabe de nada! Não a vejo desde antes da guerra!”

Me levantei imediatamente procurando papel e caneta, quando achei, fui a mesa que tinha no quarto e comecei a escrever, disse tudo, sobre a guerra, a morte de Luke, meu presente- literalmente- de grego e até o modo como fui recebido no reino de Poseidon.

Deu umas 10 páginas, acho que fiquei a noite toda ali, escrevendo e escrevendo... sabe que foi até relaxante? Como um desabafo sabe? Quando acabei, escrevi no envelope

Sally Jackson

Brocklin, Nova York.

Ed. Edoras, Apt 1003.

Imediatamente, a carta sumiu da minha mão, depois disso tentei dormir, mas não consegui, pensava em tudo o que havia acontecido até e, principalmente, o que a minha mãe acharia de tudo isso? Será que ficará feliz? Bem, ao menos não a deixarei sozinha, ela tem o Paul, e ainda pode ter outros filhos também.

Foi o longo dia, e iria ser uma longa noite.

Acordei no meio da madrugada graças aos meus instintos de batalha, alguém se aproximava, e tinha a intenção de atacar.

Fingi ainda estar dormindo.

Não sabia quem era, apenas ouvia seus passos e sentia a sua aproximação e seu desejo de me matar, peguei contracorrente e a preparei debaixo do cobertor, a pessoa se aproximava sorrateiramente da minha cama.

Quando ela estava preparada para meter uma faca em meu coração, rapidamente, abri os olhos e a impedi com contracorrente, a faca azul turquesa foi arremessada para longe, quando me acostumei com a escuridão vi que era... Amphitrite?

–Senhora Amphitrite?- perguntei com incredulidade, sabia que ela me odiava mas...- por que a senhora me atacou?

Amphitrite recuou alguns passos, não falou nada, apenas me olhava com aquele olhar rancoroso de sempre, sentei na cama e olhei para ela.

–Sou um deus agora, mesmo que me corte em pedaços, eu voltarei- disse a ela

–Eu sei- disse ela com uma voz meio rouca- mas ao menos eu estarei livre de você por algum tempo...

Engoli em seco (coisa que era impressionante visto que eu estava debaixo d'água), a mágoa dela era maior do que eu pensava.

–Olha, eu sei que a senhora me odeia- comecei- mas eu não queria causar problemas para a sua família, até queria ir embora, mas...

–Então por que não foi?!- disse ela

–Bem, papai disse que...

–Urg!- disse ela me interrompendo- não chame meu marido assim.

–Mas ele é o meu...

–Eu sei-disse me interrompendo de novo- mas não o chame assim.

–Mas...- comecei, mas decidi deixar para lá- certo, Poseidon disse para eu ficar e...

–Ah! Eu sei, isso é típico dele- nossa, ela gosta de interromper as pessoas não? Já foram quatro vezes em um minuto de conversa- Ele nunca se importa, simplesmente nunca se importa com nada!

Neguei mentalmente, Poseidon podia agir de um modo que não entendemos bem as vezes, só que ele sempre se importa, mas decidi não falar nada, há certas horas em que esse é o melhor a se fazer, ainda mais quando se trata de uma mulher amargurada.

Enquanto eu pensava, seus olhos se voltaram para a minha espada, ela a analisou por um tempo até que arregalou os olhos e disse:

–Anaklusmos?!

–Ah... sim.- respondi

–Ele... ele te deu Anaklusmos?!- perguntou com incredulidade

–É, ganhei quando tinha 12 anos...

–Ah mas não pode ser- disse ela com um olhar já quase demoníaco- Não acredito que ele fez isso!

Mais irritada do que nunca, ela saiu do quarto batendo a porta, logo depois ouvi ela gritando "Poseidon!!!!" pelo visto eu havia causado uma briga de casal.

Eu realmente estava causando problemas demais ali.

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Oi gente!

Taí o segundo cap! Já deu pra perceber que a Annabeth ainda vai demorar a aparecer né? Bem, um pouco...

Reviews! Please!!!

Kiss


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