Can't Be So Wrong - Versão 2.0 escrita por B Mar
Capítulo 9 – Maldições
Fred PDV:
Nós estávamos no meio do café da manhã naquela semana quando a professora Minerva se aproximou de nós e parou atrás de Hermione.
— Senhorita Granger. – Ela a chamou – Pode me seguir, por favor?
Engolimos a seco a nossa “amiga” nos olhou um pouco apreensiva antes de sair atrás da vice-diretora.
— Será que ela descobriu? – Me virei para George. – Sobre nós três ontem?
Ele negou com a cabeça, embora um pouco receoso. Não era exatamente contra as regras dar um beijinho, mas havíamos levado um pouco longe demais.
— Nós estávamos sozinhos quando você me contou. – Lembrou. – Seria impossível.
Franzimos as sobrancelhas e Harry chamou nossa atenção.
— Para onde ela foi?
Demos de ombros juntos.
— Para algum lugar com a Professora McGonagal.
Ron se sentou ao em meu lado livre.
— Acha que aconteceu algo?
Harry e Ron não estavam se falando. Com a história do Torneio Tribruxo, Harry havia tido a puta sorte de ser escolhido como um dos campeões de Hogwarts ao lado de Vitor Krum, Fleur Delacour e Cedric Diggory.
Os dois se desentenderam por Ron ter dito que Harry não havia lhe dito que havia se inscrito, e Harry jura que nãoi havia se inscrito no Torneio. Uma bela confusão.
—Vamos. – Meu gêmeo me chamou. – Não deve ser nada sério.
(...)
Havia se passado mais 30 minutos e Hermione ainda não havia voltado da conversa com Minerva e Ronald e Harry já haviam se cansado de esperar e saído antes dela.
— Eu acho melhor nós... – Comecei a falar, mas George me deu um cutucão ao vermos uma Hermione correndo como louca em nossa direção.
— Você... Não... vão... Acreditar. – Ofegou.
Segurei seu ombro e ela respirou fundo.
— Se acalme, – Orientei. – Respire fundo e então repita.
George a entregou um copo de suco de abóbora, que Hermione bebeu lentamente. Uma gota escorregou de sua boca, descendo pelo pescoço e se perdendo dentro da blusa do uniforme.
Oh céus...
Ela se sentou, recobrando a calma antes de pôr-se de pé.
— Estou no 6º ano.
Abri minha boca com surpresa e ela quase quicou no banco esperando nossa reação.
— Você... O quê? – Eu e meu irmão dissemos juntos.
— Minerva e Dumbledore disseram que eu podia até me formar esse ano se quisesse. – Sorriu eufórica.
Encarei meu irmão por alguns segundos e seguramos os ombros da morena. Ela parecia bastante elétrica.
— Você comeu algum doce? – Me preocupei, sabendo que aquele não era exatamente seu normal.
— Alguns. – Revirou os olhos.
Confirmei lentamente com a cabeça.
Filha de dentistas, provavelmente nunca teve uma overdose de açúcar em otod a ávida.
— Nunca mais coma açúcar. – Ordenei e ela se pôs pé, passando as mãos nas roupas para arrumá-las. – Fique calma.
— Eu estou calma. – Revirou os olhos. – Eu sou estou animada.
Acabamos por sorrir. Seria ótima tê-la conosco.
— Estamos na mesma turma. – George comemorou. – Isso é demais.
Parei para refletir. Era verdade, seria ótimo tê-la por perto mais tempo.
— Seremos colega de classe. – Sorri. – Isso é mais que demais. É... Perfeito.
Ela sorriu abertamente, corando um pouco.
— Gostaram tanto assim?
— Claro. – Rimos, mas cocei a cabeça levemente. – Mas... Você vai ter que nos ajudar para acompanharmos seu ritmo.
Hermione revirou os olhos como se já soubesse daquilo.
— É claro que eu ajudo. – Ela sorriu e se pôs de pé. – Vamos? Não podemos nos atrasar.
Saímos com alguma pressa pelos corredores e entramos na sala segundos antes de Moody fechar a porta.
— Estão atrasados. – Avisou. – Bem vinda, Senhorita Granger.
— Obrigada, senhor. – Ela sorriu.
Seguimos para nosso lugar no fundo da sala e puxamos uma cadeira para que ela se juntasse a nós em nossa mesa.
— Guardem esses livros. – Mandou e demos de ombros.
Não havíamos pegado os livros mesmo.
— Hoje, aprenderemos sobre maldições imperdoáveis. – Avisou, escrevendo no quadro. – Algum de vocês conhece alguma?
Todos na sala se entreolharam com surpresa e Hermione engoliu a seco.
Aquele assunto não era muito normal para nós. Na verdade, apenas havíamos ouvido falar das maldições. Aprendê-las em sala provavelmente nunca havia sido autorizado.
A maioria ficou em silêncio, mas Lino levantou a mão.
— Imperius, senhor. – Ele murmurou, percebendo que ninguém diria nada.
Nem mesmo Hermione havia se pronunciado.
— Está certo, senhor Thomas. – Virou-se para a mesa. – Preciso mostrar algo a vocês, espero que não se assustem com minha ajudante.
Ele pegou um pote de vidro e tirou uma aranha caranguejeira gigante de dentro.
— Imagino quando ele der essa aula no quarto ano. – George riu ao meu lado.
Ron tinha pavor a aranhas.
— Imperio. – Moody lançou no inseto.
A aranha brincou por todo o lugar com acenos de varinha de Olho tonto e a maior parte da turma riu, fazendo-o nos encarar.
— Estão rindo? Agora me digam: quando usados nas pessoas, como poderemos dizer que está sendo controlado... – A aranha pousou em sua mão. – ou não?
As risadas pararam e a classe assumiu um silêncio imediato. Ele estava certo.
Eu me lembrava de papai comentando sobre um surto que acontecera no passado e de bruxos que declaravam estar debaixo da maldição quando fizeram algo que não devia ter sido feito.
— Você, Weasley. – Apontou para nossa mesa. – Me dê mais uma.
— Cruciatus, senhor. – Eu e George respondemos juntos.
Dois Weasleys em uma mesa só.
Ele confirmou e voltou a se concentrar no inseto. Ao nosso lado, Hermione estava mortalmente silenciosa.
— Com a maldição Cruciatus, você não precisa de nenhum instrumento de tortura. – Continuou e engolimos a seco, imaginando o quê aconteceria com o pobre aracnídeo inocente. – Crucio.
O animal se contorceu e Hermione apertou minha mão.
— Para lançá-la, você não precisa só de raiva. – Voltou a nos olhar. – Precisa de um coração frio. Não deve se importar com quem está sendo atingindo.
O único som que se ouviu após seu silêncio foi o de nossas respirações.
— Acho que foi por isso que ele escolhe a aranha. – Ela sussurrou para mim.
Moody voltou a nos encarar, apontando para a turma displicentemente.
— E a última maldição? Alguém pode me dizer?
Ninguém disse nada.
— Que tal você, senhorita Granger?
Hermione tremeu e engoliu a seco.
— Estou esperando.
— Avada... Kedavra, senhor. – Sua voz diminuiu de altura enquanto ela falava.
— A pior das maldições. – Ele pareceu não se comover. – A mais cruel. Morte sem dor. Tão rápida quanto um raio cortando o ar. Somente uma pessoa no mundo sobreviveu a ela.
Seus olhos brilharam levemente e não pude conter minha dúvida.
— E por que?
Ele me encarou. Não só um olho, mas os dois.
— Um grande mistério.
Continua...
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