Can't Be So Wrong - Versão 2.0 escrita por B Mar


Capítulo 13
Capítulo 13 - Skeeter




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Capítulo 13 - Skeeter

George PDV:

 

Na manhã seguinte, o ar em Hogwarts se tornara menos tenso, mas Hermione era exatamente o oposto.

— Aquela maldita... – Hermione grasnou quando nos aproximamos.

Engoli a seco antes de me sentar ao seu lado na mesa de café da manhã.

— Quem morreu? – Fred indagou preocupado.

— Quem vai morrer seria uma pergunta muito melhor. – O corrigi.

Eu reconhecia aquele olhar. Ele dizia “Eu preciso enforcar alguém”.

— Rita Skeeter fez um artigo sobre mim. – Jogou o jornal em cima da mesa e encarei Fred um pouco preocupado.

Rita Skeeter era provavelmente a assistente do diabo na terra, ou talvez o próprio tinhoso.

— E isso é ruim? – Meu irmão perguntou lentamente, temendo a resposta que receberia.

— Leiam o que está escrito e me digam.

Levei poucos segundos para obedecer e ler o artigo absurdo no jornal. Praticamente 99% daquilo era composto por mentiras e fiquei um tanto enciumado quando a ela a anunciou como namorada de Harry.

— Ninguém deve ligar. – Tentei tranquilizá-la. – É só uma fofoca. Quem acredita no quê Rita Skeeter diz?

Ela suspirou e meu irmão tocou seu braço delicadamente.

— Relaxe.

Começamos a comer nosso café da manhã e dei o assunto por encerrado, mas o bando de corujas desmentiu nossa teoria ao despejar várias cartas e berradores em frente à pobre Hermione.

— Ninguém vai ligar, George Weasley. – Me olhou.

— Só umas 50 meninas. – Meu irmão completou e outras cartas caíram.  – Ou umas 100.

De onde estão surgindo tantas corujas?

Ela tocou um berrador hesitante, mas o tomei de sua mão.

— Não abra.

Ela franziu as sobrancelhas.

— Se eu não abrir ele vai explodir.

— Esse é o objetivo. – Fred explicou. – Venha.

Pegamos os berradores nos braços e saímos com pressa pelos corredores ao lado de uma Hermione confusa.

— Quando recebemos berradores que não sejam da mamãe, e nós recebemos muitos deles, jogamos no lago ou queimamos. – Meu irmão explicou. – Você pode escolher.

Ela pensou um pouco, mas a interrompi antes que ela dissesse algo,

— Preferimos queimar as cartas e jogar os berradores na água. – Expliquei. – O quê quer fazer?

Ela deu de ombros.

— Fiquem à vontade.

Pegamos dois berradores e laçamos para o lago e logo ela se juntou a nós.

Em poucos minutos havíamos lançado todos e fomos até as cartas.

— Não tem nada dos meus pais, só cartas raivosas. – Ela torceu a boca. – Podem queimar.

Juntos, nós três pegamos as varinhas e murmuramos “Incendio” juntos. Logo, a pilha se encheu de chamas, reduzindo aos poucos até que não restasse nenhum resquício de papel recheado de ciúmes e inveja.

— Obrigada. – Ela sorriu para nós.

— Não precisa agradecer. E cuidado com o correio. Leia o remetente antes. – Meu irmão gêmeo alertou.

Seguimos para a aula, mas Harry nos interrompeu no meio do corredor ao segurá-la pelo braço.

— Hermione. – Ele sorriu um tanto ofegante. – Quer ir a Hogsmead amanhã?

Era uma cena comum. Como melhores amigos, eles viviam saindo juntos. Claro que, agora que as aulas eram diferentes, ele e Ron precisavam correr para alcançá-la fora do salão.

— Claro.

O corredor inteiro (sem eufemismos) se uniu num som malicioso, fazendo-me revirar os olhos e Fred bufar.

Entramos na sala de Moody e nos sentamos, e a aula seguiu sem que prestasse muita atenção nela.

— Fred. – Ela chamou meu irmão e quase pulei de susto como se fosse comigo – Você não está prestando atenção.

— Tanto faz.

Fred PDV:

O fim de semana chegou rápido e segui com George para Hogsmead após deixar Hermione com Harry, indo direto para a Dedos-de-mel. Nós adorávamos a loja.

— Fred. – Meu gêmeo me chamou por entre as prateleiras, aproximando-se com um pirulito vermelho.

— O que é isso? – Franzi as sobrancelhas.

— Pirulito. – Revirou os olhos como se fosse óbvio, entregando-me o doce.

Dei de ombros e pus na boca. Tinha um gosto estranho.

— Com gosto de sangue. – Completou e revirei os olhos.

— Não é tão ruim. – Confessei. – Na verdade, eu gostei.

Ele riu e continuamos olhando os produtos da loja algum tempo e acabamos batendo o olho em Harry e Hermione, que estavam juntos do lado de fora rindo de alguma coisa que ela havia dito.

— George. – Chamei.

Ele se virou para mim, mas não deixei de olhar os dois.

— Sim?

— O quê você acha? – Apontei para os dois. – Competição?

Ele negou com um sorriso levemente prepotente.

— O Harry é louco pela Cho Chang da Corvinal. Forma um rastro de baba por onde ela passa. Ele e a Mione são quase como irmãos.  

Hermione PDV:

— Então. – Olhei meu amigo. – Você conversou com a Cho?

Harry meneou com a cabeça. Ele estava adiando convidá-la para o baile há algum tempo, mas nunca tomara coragem.

— Eu demorei demais. Ela vai com o Cedric.

Torci a boca com a decepção de meu melhor amigo.

— Cedric não vai estar em Hogwarts por muito tempo. – Lembrei. – Ele vai sair ano que vem e ela continuará aqui.

Ele sorriu convencido e me olhou.

— Já tem um par para o baile?

Dei de ombros, sem querer responder. Eu estava esperando Fred ou George me convidar, mas o tempo estava passando e Viktor havia me convidado durante asemana e eu resolvera aceitar. Se esperasse mais, provavelmente iria sozinha.

— Nós podemos ir juntos se ninguém conseguir um par a tempo. – Ele sugeriu.

— Podemos sim. – Ri.

Ele sorriu e continuamos caminhando. 

— Achei que um dos gêmeos fosse te convidar.

Murmurei uma coisa qualquer sem querer responder a pergunta e logo mudamos de assunto.


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