Can't Be So Wrong - Versão 2.0 escrita por B Mar
Capítulo 12 – Nossa
Fred PDV:
Os dias foram passando em pequenas provocações de mim e George para Hermione e no dia da primeira tarefa ela estava praticamente explodindo de tão nervosa por causa de Harry.
— Hermione, acalme-se. – Eu e George falamos juntos enquanto organizávamos a banca de apostas.
Ela parecia quase em desespero, triturando o lábio inferior e as unhas enquanto olhva tudo em volta.
— Como eu posso me acalmar? – Indagou. Sua voz parecia uma oitava mais aguda. – É o Harry que pode morrer por causa de...
— Dragões. – Completei. – Deve ser a centésima vez que você diz isso hoje. Ficar nervosa só vai deixar o Harry mais nervoso ainda, você precisa relaxar.
Ela revirou os olhos como se eu houvesse dito a coisa mais estúpida.
— E armar uma banca de apostas como vocês? – Apontou para nós dois.
— Não nos julgue. – Meu gêmeo revirou os olhos. – Estamos apenas tentando lucrar.
— Eu vou falar com o Harry. – Deixou a bolsa comigo e saiu a passos rápidos.
— Não demore. – George pediu, mas ela já estava longe para ouvir.
Mulheres.
Menos de meio minuto depois, Ron se aproximou de nós.
— Vocês viram a Hermione?
— Foi atrás do Harry. – Demos ombros juntos.
(...)
Hermione procurou um lugar entre nós e Ron e se sentou, fazendo-me ficar sozinho numa das extremidades do grupo.
— Ei. – Chamei sua atenção. – Vai me deixar sozinho?
Hermione revirou os olhos com irritação, dando-me uma expressão que eu nunca havia visto antes.
— Fred, eu posso me sentar com você durante a aula e sempre faço isso, mas, por favor, cale-se ao menos dessa vez.
Ela torceu os dedos na barra do casaco de lã e George acariciou seu ombro, tentando acalmá-la e despertando um pouco mais em mim a vontade de tirar Ron dali.
— Relaxe um pouco, Mione. Você está começando a ficar descabelada. – Avisou. – Ele vai ficar bem. É o Harry, não se lembra?
Ela confirmou com a cabeça e apertou a mão de Ron, fazendo-me revirar os olhos enquanto meu irmão mais novo bloqueava uma expressão de dor.
— É. – Tentou convencer a si mesma. – É o Harry...
Ela fechou os olhos e murmurou um tipo de mantra.
— Maluquinha. – George mexeu os lábios e fez um gesto com uma mão livre na cabeça.
Segurei o riso e um aluno de Durmstrang se aproximou de nós.
— É aqui que faço as apostas?
— Claro. – Sorri, desviando meus olhos para ele. – Convidados comigo, Hogwarts com ele.
— Quero apostar no Krum. – Afirmou confiante.
Que surpresa.
— Quanto?
— Dois galeões.
Quase sorri com sua prepotência ao entregá-lo seu bilhete.
— Boa sorte, amigão. – Desejei e ele voltou para seu grupo.
Hermione me olhou repreensiva, mas apenas dei de ombros. O primeiro competidor foi Cedric, seguido de Krum e então Fleur.
O primeiro foi Cedric, seguido de Krum e depois Fleur.
Hermione segurou a mão de meu irmão mais novo e ele gemeu de dor, puxando o braço para longe de uma vez por todas.
— Cuidado com a minha mão, Hermione. – Meu irmão mais novo reclamou, massageando a mão esquerda. – Eu ainda preciso escrever.
— Você é destro. – Ela revirou os olhos.
— Mas o tinteiro da pena não flutua no ar.
Reviramos os olhos com seus protestos e nossas bocas se abriram com a declaração seguinte dela.
— Foda-se.
A santinha dizendo um palavrão? O que o pânico não faz por alguém.
Olhei feio para a mão de Hermione entrelaçada na de Rony e George se colocou entre ela e meu irmão, me dando lugar ao lado da castanha, que apertou nossas mãos sem nem ao menos se importar. Aparentemente, não importava o dono enquanto ela pudesse apertar uma mão de cada lado.
Fiquei observando o campo. A morena ao meu lado parecia desfalecer a cada passo que Harry errava, e abaixou a cabeça quando ele sumiu do canto, preocupando a todos nós.
— Você está bem? – Indaguei.
Eu estava realmente preocupado, nunca havia a visto chorar e não fazia ideia do quê faria se visse.
— Se chorar nós vamos fazer cócegas. – Meu irmão completou.
— Não vou chorar. – Ela revirou os olhos – Só estou nervosa.
— Lembre-se. Ele é Harry Potter.
Ficamos olhando o ar por alguns minutos até que ouvimos algo.
— Ali. – Apontei.
Em menos de poucos segundos o grande borrão de Harry se transformou no próprio Harry que agarrou o ovo com destreza.
— Isso. – Hermione comemorou e nos soltou, ficando de pé e batendo palmas animadamente.
Mulheres...
Voltamos para o salão comunal e Ron – finalmente – pediu desculpas para Harry no meio da comemoração.
— Quem entende esses garotos? – Hermione resmungou ao lado de Kate e Angelina.
As duas sorriram cúmplices.
— Porque acha que gostamos de garotas? – Kate riu. – Se quer saber, é muito...
— Não. – Eu e George puxamos Hermione, tampando seus ouvidos e fazendo-a rir. – Não vão transformar a nossa Hermione em alguém que do sexo masculino. – Avisei.
— Isso mesmo, ela é nossa. – Meu irmão gêmeo destacou a última palavra.
As duas gargalharam.
— Fiquem pra vocês, meninos, ela é toda sua. – Angelina mexeu uma das mãos como se não se importasse. – E agora toda a Grifinória sabe disso.
O salão inteiro gargalhou e fiquei absolutamente vermelho, assim como George e Hermione, quando percebi que não havia dito aquilo num volume tão baixo quanto imaginara.
— Não tem problema, meninos. – Hermione tirou nossas mãos e suas orelhas. – Mudar de time está longe dos meus objetivos.
Continua...
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