Can't Be So Wrong - Versão 2.0 escrita por B Mar


Capítulo 11
Capítulo 11 – Krum




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Capítulo 11 – Krum

Hermione PDV:

Depois do almoço, aproveitei o tempo livro para ir à biblioteca em busca de algum assunto sobre transfiguração para o 6º ano, já que precisava me atualizar para a aula de Minerva.

Fred e George haviam reservado o tempo para dormir, então tive um pouco de tempo silencioso. Não que eu esteja reclamando suas companhias.

Pouco mais de meia hora depois, Madame Pince registrou os livros que eu havia retirado e me parabenizou pela transferência antes que eu agradecesse e saísse. Antes mesmo que eu conseguisse passar da porta, trombei com alguém e todos os livros caíram de minhas mãos.

Alguém anotou a placa do carro?

— Desculpe. – Ouvi o sotaque pesado e ninguém menos que Viktor Krum se abaixou para pegá-los no chão.

— Está tudo bem. – Pude dizer e ele me entregou os livros com uma delicadeza surpreendente.

— Eu não havia lhe visto. – Desculpou-se novamente. – Sou Viktor.

Ele falava com se o “R” estivesse no meio da palavra, e não no começo.

— Hermione Granger. – Estendi a mão para apertar a sua.

No lugar de apertá-la, ele encostou os lábios delicadamente em minha pele.

— É um prazer, senhorita Granger. – Simulou um sorriso. – Desculpe tê-la derrubado.

— Está tudo bem.

Ele confirmou com a cabeça e saiu, deixando-me parada por alguns segundos.

Parei para pensar um pouco depois de recobrar minha atenção. Ron com certeza iria enlouquecer ao saber que o “ídolo” dele sabe meu nome e sobrenome, beijou minha mão e disse que era um prazer me conhecer.

Ri baixinho com a possibilidade e rumei às pressas para a aula de transfiguração. Por sorte apenas Fred e George me esperavam em frente à porta vazia.

— Porque demorou tanto? – Perguntaram juntos.

— Esbarrei numa placa de ferro. – Brinquei. – Desculpem por isso.

Nos sentamos juntos e logo Minerva entrou na sala de aula.

Fred PDV:

 

Hermione passou o resto do dia em silêncio e colada em livros enquanto eu e George nos encarávamos de hora em hora.

A noite chegou depressa e jantamos e voltamos ao dormitório sem muitos tormentos depois de deixá-la em sua escada.

— Não dá mais. – Me joguei na cama. – Eu preciso dela. Preciso muito.

— Cada segundo longe ou sem tocá-la é um fardo. – Meu irmão bufou.

— Eu nem me importo se ela quiser ficar com nós dois. – Declarei e ele me olhou com mais atenção.

— Não?

— Claro que não– Franzi as sobrancelhas para ele. – Você é meu irmão. Dividimos tudo desde antes de nascermos. E é a Hermione, a garota que nós quase vimos pelada no começo das férias, que dormiu e sonhou com a gente e que nos beijou.

Ficamos em silêncio e ele sorriu levemente para mim;

— Eu acredito que podemos ser nós três.  Eu não ligo de dividi-la com você. Nem de dividir você com ela.

Sorri e suspirei, imaginando o futuro.

— A mamãe vai surtar, Ron vai ter raiva por termos conquistado ela e ele não, e todos vão olhar como se fossemos aberrações. – Declarei. – Não tem medo?

Ele negou com a cabeça;

— Você tem?

Neguei com a cabeça;

— Então vamos lutar por ela. – Declarei. – Lutar por tudo isso. Ela mesma disse que valia à pena.

Ficamos em silêncio.

— E se ela não aceitar?

— Confie em mim, gêmeo querido. – Sorri levemente. – Ela vai aceitar.

(...)

Esperamos um tanto ansioso por Hermione na manhã seguinte. Seria sua primeira noite no dormitório com Kate e Angelina, e ela provavelmente se sentiria um pouco perdida ali na primeira noite.

Nós éramos relativamente amigos e éramos um dos poucos que sabíamos sobre o namoro das duas, então não havia muito com que se preocupar em deixá-las com Hermione já que nós quatro confiávamos uns nos outros.

— Ei. – George chamou minha atenção e apontou para a escada do dormitório feminino, de onde Hermione descia hesitantemente. Sua camisa parecia mais apertada, sua saia mais curta, e seus cabelos mais leves e longos.

— Uau.

Corada, ela se pôs entre nós e beijamos suas bochechas antes de seguir para o salão principal, onde ela se revelou estranhamente calada.

— O quê houve? – Meu gêmeo se preocupou.

— Tive um sonho estranho. – Ela deu de ombros.

— Conte-nos. – A olhei. –Pode ser interessante.

Ela respirou fundo e aguardamos com atenção.

— Era Hogwarts,mas não agora. Era diferente, como se fosse no futuro, e alguém chamava os Weasleys e mais de 15 crianças ruivas se levantaram.

Ponderei com a cabeça.

— Somos 7. Se cada um tiver dois ou três filhos é bem provável que isso aconteça.

Ela deu de ombros e voltamos a comer calmamente até que uma voz grave e de sotaque pesado nos alcançou.

— Hermioni-ni?

Nos viramos e Viktor Krum estava de pé atrás de nós.

Ele é grande mesmo.

— Olá. – Ela sorriu e suas bochechas ganharam um tom de vermelho profundo.

— O seu livro estava comigo. – Ele entregou o objeto, beijando a mão pequena e sorrindo levemente antes de sair sem que ela pudesse dar uma mínima resposta.

Minhas orelhas deviam estar mais vermelhas que meu cabelo naquele momento e George me olhou do outro lado com a mesma expressão de descontentamento que eu sabia estar carregando no rosto.

Quem ele pensava que era pra se aproximar assim da nossa garota?

Continua...


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