The Dark Side of Red escrita por Hunter Hill Foster


Capítulo 53
Season Finale


Notas iniciais do capítulo

Mais um jornada se encerra e eu realmente espero que apreciem.

Boa Leitura.



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Um mês depois

POV Klaus

Noite

Era noite, New Orleans estava bela, movimentada, exatamente como eu me lembrava, um pouco mais brilhante talvez. Eu olhava em volta e tentava identificar algum sentimento plausível, mas tudo havia se tornado muito complicado desde que resolvi deixar minha Isabella para trás.

As memórias me bombardeavam e ao meu redor as pessoas dançavam e viviam, faziam-me questionar a minha própria existência, mas eu sabia que aquele não era um momento propicio para questionamentos, aquele era um momento de decisões. E tudo isso passava pela minha cabeça enquanto eu observava um artista de rua jogando toda sua fúria em uma tela em branco, em pinceladas.

—O cara dos 100 dólares. – uma garota parou ao meu lado, loira de olhos brilhantes.

—A bartender corajosa. – sorri e me virei para ela – Camille? É um nome francês. – disse ao olhar a etiqueta em sua blusa. 

—É um nome antigo, me chame de Cami. – ela retribuiu o sorriso e voltou seu olhar para o pintor a nossa frente – Incrível, não é?

—Você pinta?

—Não, mas admiro. Todo artista tem uma história sabe?...

—E qual você acha que é a história dele?

—Ele é furioso, sombrio, não se sente seguro e não sabe o que quer fazer disso. Quer dominar os próprios demônios ao invés de deixar os demônios controlarem ele. Ele ta perdido, sozinho... – a olhei admirado com aquela interpretação, era profunda e com certeza certeira, e por um momento não sabia se era do pintor ou de mim que ela falava – Ou talvez ele tenha bebido muito hoje. – ela disfarçou – Desculpe, é que eu estudei psicologia.

—Não... Eu acho que você acertou de primeira. – sim, aquelas palavras foram um tiro em mim, mas ela apenas sorriu e naquele segundo, olhando aquele sorriso eu senti que apesar de toda a bagunça tudo daria certo no final.

Então, com a minha velocidade a deixei, ela olhou de um lado para o outro me procurando, mas eu sentia que aquela procura não duraria muito tempo, eu veria aquele sorriso de novo muito em breve, eu mesmo procuraria por ele.

Eu estava em um lugar mais afastado agora, enquanto todos se aglomeravam em uma parte do centro, fui para uma praça um tanto vazia.

Sentei-me em um banco.

—Veio me dar outro sermão sobre as alegrias da paternidade? – perguntei a Elijah que se sentou do meu lado.

—Eu já disse tudo o que precisava.

—Tinha esquecido como eu gosto dessa cidade...

—Eu não esqueci. Todos os séculos que passamos juntos e eu conto nos dedos quantas vezes a nossa família esteve realmente feliz. Odiei ter que sair daqui.

—Eu também...

—No que está pensando meu irmão?

—Por mil anos eu vivi com medo, sempre que eu me estabelecia o nosso pai ia lá e me caçava... E me fazia fugir. Ele fazia eu me sentir impotente e eu odiava isso. Essa cidade já foi o meu lar e na minha ausência, Marcel conseguiu tudo o que eu queria obter,  poder, lealdade, família... Eu o fiz a minha imagem e ele foi lá e me superou. Eu quero o que ele tem. Eu quero ser o Rei.

—Mas e a Hayley e o bebe? – o olhei e sorri de lado.

—Todo rei precisa de um herdeiro.

POV Bella

Pela manhã

Um mês havia se passado e eu não havia me cansado, na verdade nunca vou me cansar, de acordar toda manha e vê-lo dormindo ao meu lado, tranquilo e em paz, e eu acordava e o admirava, sorria ao pensar nas coisas boas que me cercavam. O sol batia sobre algumas partes do meu corpo desnudo enrolado apenas por um lençol e eu o admirava também, jurava que sentia o seu calor cada vez mais forte, e apesar de saber que sentir aquele calor era impossível eu sabia exatamente que aquela sensação era a mais nítida paz. Não havia mais sentimentos ruins, só ele e eu, só nós.

—Tão linda... – sua voz me chamou atenção, era rouca e sonolenta, parei então de olhar para os raios de sol e encontrei o mar azul de seus olhos – Eu não me canso de olhar pra você.

—Essa é uma das coisas que temos em comum. – sorri e o beijei.

—Eu ainda nem escovei os dentes. – ele soltou um riso.

—Eu não ligo. – o beijei novamente, porém de repente fui inebriada por um cheiro divino – Panquecas de mirtilo. – afirmei – Caroline está aqui?

—Não sei, mas não iria me espantar se fosse o Stefan fazendo o café da manhã.

—Mas só a Caroline sabe fazer essas panquecas.

—Mas ele e Caroline são praticamente a mesma pessoa. – soltei um riso e ele colocou uma das mexas do meu cabelo atrás da minha orelha – Por que estamos falando deles? Temos um dia cheio e romântico hoje.

—Temos?

—Claro, nós vamos ao campo, aquele com flores roxas que você tanto adora. – ele me puxou e me colocou em cima dele enquanto segurava minha cintura – Depois vamos nos beijar e nos beijar, e mais um pouco disso talvez. – ele apertou minha cintura, o sorriso não saia de seu rosto – E fazer uma coisa muito importante, escolher uma data.

Eu sorri e o beijei, e ficamos assim por mais alguns minutos.

Eu estava feliz.

POV Stefan

Fiz o café da manhã e logo sai de casa, estava difícil ficar perto de Bella e Damon, os dois agiam como adolescentes apaixonados dos anos 60. Não havia problema nisso, na verdade eu agradecia todos os dias por tudo ter se resolvido, mas a parte difícil era que toda vez que os observava sentia que algo em mim estava faltando e eu sabia o que era.

Caroline voltou e eu fiz de tudo para que as coisas continuassem como antes, mas algo havia mudado, tudo estava mais intenso, mais vívido e todas as noites lá estava ela em meus pensamentos.

Somos apenas amigos— eu repetia, mas aquilo era uma grande mentira, pois eu sabia exatamente o que aquela loira de olhos azuis significava para mim. Esses pensamentos guiaram inconscientemente meus passos até a casa de Caroline. Eu respirei fundo e estava prestes a bater na porta quando ela abriu.

—Stefan? – Caroline exclamou surpresa e até um pouco constrangida.

—Oi, é... Você vai sair pra algum lugar?

—Na verdade eu estava indo até sua casa, queria falar com você...

—Isso sim é uma grande coincidência, mas eu estou aqui agora, o que quer me falar? – ela abriu a boca, mas fechou logo em seguida e me olhou por alguns segundos.

—Na verdade, eu não tenho ideia do que ia falar. Acho que ia fazer alguma coisa. – ela parou por mais alguns segundos e eu permaneci lá, curioso e ansioso ao mesmo tempo, porém algo surpreendente aconteceu, ela me beijou.

Eu nem tive tempo para assimilar a situação, logo ela se separou de mim com o olhar confuso.

—Me desculpe Stefan, eu...

—Caroline, eu tenho uma coisa pra falar. – a interrompi e ela olhou para baixo como se esperasse algo negativo, como se esperasse uma rejeição – Os últimos meses chegaram ao limite do catastrófico e confuso. Eu te perdi e parte de mim se perdeu também, e eu te ganhei de volta e não posso de jeito nenhum esperar mais, não posso desperdiçar essa segunda chance que recebemos. Caroline, eu amo você... – ela levantou o rosto – Desculpe ter demorado tanto tempo pra perceber, eu estava travado e...

Foi a vez dela de me interromper, ela selou meus lábios num beijo calmo e terno, porém ao mesmo tempo cheio de urgência, afinal havíamos perdido muito tempo e eu retribui da forma mais calorosa que consegui, e não queria sair dali nunca mais.

POV Bella

—Então, 13 de agosto.  – confirmou Damon.

Estávamos naquele campo cheio de flores roxas, o sol continuava quente e acolhedor, os pássaros cantavam ao nosso redor escondidos nas arvores.

Era o nosso lugar de paz.

—É... Um mês antes do meu aniversario. Caroline disse que pode organizar o casamento.

—Ah com certeza ela pode. –ele sorriu – Não tem pressa...

—Eu escolhi minha vida e quero vive-la.

—E por isso vai deixar a Caroline organizar a coisa toda? O vestido, a recepção, a lista de convidados, quer dizer, vai saber quem ela vai convidar.

—E isso importa? – o olhei e ele se aproximou mais de mim.

—Por que ta fazendo isso?

—O que? O casamento?

—Não... Você está tentando deixar todo mundo feliz, já está abrindo mão de coisa demais...

—Está errado.  –me levantei – Isso não foi uma escolha entre você e o Klaus, nem uma escolha entre minha frieza e minha humanidade, foi entre quem a dor disse que eu seria e quem eu realmente sou. Sempre me senti fora de contexto, literalmente tropeçando pela vida... Nunca me senti normal, por que eu não sou normal e não quero ser. Eu tive que enfrentar a dor, a perda e a morte nesse mundo, mas eu também nunca me senti mais forte e mais real, mais eu mesma... Por que é a minha vida verdadeiramente, é onde eu me encaixo.  –ele tinha um lindo sorriso nos lábios.

—Então, não é só por minha causa? – ele perguntou e eu sorri.

—Não desculpa, eu fiz uma bagunça tentando desvendar tudo isso... – me ajoelhei e aproximei meu rosto do dele – Mas eu quero fazer isso direito e me ligar a você de todas as formas intensa e humanamente possíveis.

—Começando com o casamento?

—Na verdade, uma coisa mais difícil primeiro e talvez até perigosa... – me levantei novamente e ele me olhou confuso – Contar pro meu pai. – ele riu.

—É altamente perigoso.

—Ainda bem que é a prova de balas. Vou precisar do anel.

Ele se levantou e permanecia com o sorriso no rosto, colocou aquele lindo anel em meu dedo, anel que nunca mais tiraria, anel que me oferecia uma vida que nunca mais abriria mão. Eu o abracei e permanecemos ali, tirando o melhor um do outro.

Eu sabia que em nossas vidas a calmaria nunca seria tão duradoura, alguma coisa sempre iria acontecer, sempre teríamos problemas para resolver, mas tudo bem também, por que no final o que realmente importa é que sempre estaríamos juntos.

E eu o amava, céus, como eu o amava.


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Notas finais do capítulo

Calma que ainda tem um epilogo e não esqueçam de me contar o que acharam.

Até o próximo e último capitulo. XOXO



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