Lydia  veio até mim com sua velocidade.

—Quase fiquei emocionada. – ela brincou – É, você é realmente especial, conseguiu conquistar o coração de Klaus Mikaelson...

—Por que eu acho que senti uma ponta de ciúmes nessa frase?

—Klaus e eu tivemos uma história, não me surpreendi quando vi que ele estava apaixonado por você, mas depois do que eu vi a pouco, percebi que não foi por você ter o meu rosto, foi por que... Você é você.

—Não começa com esse papo de que eu sou especial, eu sou uma completa zona.

—Mas você sabe que não há nada que você não possa consertar, inclusive, acho que podemos fazê-lo, aparentemente você esta com a cabeça quase no lugar.

—E quase é o suficiente?

—Eu espero que seja, pois não temos todo o tempo do mundo. – meu celular vibrou interrompendo a conversa.

—É a Bonnie, disse que é urgente, extremamente urgente, podemos adiar o ritual por alguns minutos?

—Claro, quando acabar por aqui me encontre na floresta perto do cemitério e vá sozinha, okay?

—Okay. – ela assentiu e partiu rapidamente.

(...)

—Bonnie? – chamei pela segunda vez, revi a mensagem e não estava no lugar errado, ela dizia pra me encontrar com ela no corredor da sala de biologia, mas o mesmo estava completamente vazio e um tanto escuro, todos os alunos se divertiam na festa que ocorria no ginásio um pouco longe de onde da onde eu estava – Cadê você Bonnie... – suspirei.

Então ouvi um barulho atrás de mim, um salto alto que pisava firme pelo chão, quando me virei meu coração se apertou receoso e cheio de ódio.

—Por falar em assuntos inacabados, ai esta você.

—Katherine. – soltei seu nome como se fosse alguma blasfêmia.

—Meus parabéns pela formatura. – ela sorriu, jogou seus cachos para trás do ombro e me pegou de surpresa colocando minha cabeça contra a parede, mas isso não bastou, logo em seguida ela me jogou contra a porta de entrada.

—O que você quer? – perguntei me recuperando do susto ainda no chão.

—Eu vou te dizer. – ela me agarrou pelo colarinho da blusa e me jogou contra os armários – Eu estou tendo um dia ruim. Tudo começou quando Elijah terminou comigo por que você não sabe calar a boca.

—Ficou chateada? Pensei que Katherine Pierce só se importava com ela mesma. – eu tinha que revidar, então me virei rapidamente, a joguei no chão e com uma das portas dos armários bati em sua cabeça, porém quando ia bater de novo, ela o segurou.

—Eu não tive uma formatura, nem um baile ou uma vida, mas você teve. – fui lançada para trás quando ela bateu sua cabeça contra a minha – Você tem tudo e não é por que é uma boa menina e merece a felicidade, é por que você roubou a minha!

Ela jogou a porta do armário na minha direção, mas consegui abaixar a tempo.

—Eu roubei sua felicidade? Você matou minha melhor amiga!

—Eu admito, foi maldade. – até aquela altura eu estava tentando controlar a raiva dentro de mim, mas não tinha como perante aquele sorriso irônico estampado em seu rosto.

Fui rapidamente a sua direção, puxei seu cabelo e bati meu joelho contra o seu estomago, em seguida a joguei contra os armários, porém quando fui partir pra um soco, ela segurou meu pulso.

—Eu não tenho nada Isabella, mas vou mudar isso. – com mais um empurrão ela me jogou no chão novamente, foi quando eu percebi que a raiva que eu sentia nunca seria o suficiente para mata-la.

Damon e Stefan estavam certos, sempre estiveram...— pensei.

Katherine sem perder tempo me chutou, impedindo que me levantasse.

—Você chuta quem já está no chão? Tenha classe até o fim Katherine... – tentei me levantar, mas ela me chutou de novo, porém antes de ela me dar outro chute, me levantei rapidamente e a lancei contra o vidro do alarme de incêndio.

O vidro se quebrou quando ela bateu a cabeça e enfim, caiu fraca no chão. Eu a peguei e a encurralei na parede, o jogo tinha virado e a minha total fúria estava ali, não havia o que pensar ou o que voltar atrás, aquela era talvez a única e última oportunidade, então enfiei a mão entre suas costelas e pude sentir seu coração.

—Olha, você tem um coração. – soltei um riso.

—Parece que a doce Bella tem coragem pra tirar uma vida... – Katherine debochou com dificuldade, ela estava imóvel, bem ali, a mercê da minha inexistente misericórdia, mas um barulho me fez olhar para a porta e então a vi, e mais uma vez controlei a minha raiva.

Era o certo a se fazer, pois apesar de tudo, aquela vingança não era minha.

—Não cabe a mim tirar. – afirmei. Tirei abruptamente a mão de seu coração fazendo-a cair e respirar profundamente, então a agarrei pelos cabelos e a arrastei até o meio do corredor, a mantive de joelhos quando acenei para a porta encorajando-a a entrar.

—Natally...? – Katherine tinha medo e descrença em seu olhar, e começou a se debater quando a Salvatore mais nova se aproximou – Eu pensei...

—Todos pensaram, mas é o que dizem, o melhor sempre chega no final. – joguei Katherine aos seus pés – Não há nenhuma misericórdia sobre você, melhor começar a pedir perdão a Deus por seus pecados, Ele pode se declinar e te perdoar. – Nat abaixou e puxou seus cachos fazendo com que ela olhasse em seus olhos – Não, acho que nem mesmo Ele. Te vejo no inferno vadia.

Bastou um segundo e Natally fincou sua mão no coração de Katherine.

Ela o arrancou logo em seguida.