POV Bella

Isso é tão estúpido— pensei

“Escrevo por que não estou conseguindo manter meus pensamentos apenas na minha cabeça e por que meu corpo não anda obedecendo ao meu cérebro, no final, nada anda muito fácil, não como no inicio. Desde ontem, desde que Klaus me beijou minha cabeça tem me dado trabalho com tanto falatório e as dores no peito aumentaram... O que está acontecendo comigo?”

—Escrevendo um diário amor? Isso não é um desesperado, e patético? – Klaus disse descendo as escadas e se pondo ao meu lado no sofá.

—Isso não é um diário, eu não tenho treze anos. – dobrei a folha e guardei no bolso da minha blusa. – Isso é um plano de fuga.

—Fuga? Quer fugir de quem? De mim? – ele soltou um riso incrédulo.

—De mim... – minha voz saiu quase em um sussurro e o sorriso nos lábios de Klaus sumiu – O que acha de causar um pouco de intriga?

—O que?

—Arrume as malas amor, vamos voltar pra Mystic Falls.

POV Damon

—Então quer dizer que você, Anna Hargroove, é irmã da Rose e uma bruxa branca? – ela assentiu positivamente – Isso que eu chamo de Karma Damon.

—Têm que parar de largar as pessoas no telhado, elas sempre voltam. – disse Nat entrando da pilha de Stefan.

—Vamos direto ao ponto? Não vou deixar vocês ficarem me gastando.

—Tudo bem, vamos falar do feitiço. – Stefan disse ainda segurando riso.

—Quando vai ser a lua de sangue? – perguntei.

—Amanha a noite, está muito perto.

—Isso é bom, e do que precisa?

—De um objeto muito usado por Caroline, água benta e o sangue da pessoa que ela mais amou antes da morte, literalmente.

—Literalmente? Tipo quem ela mais amou enquanto Katherine a atacou? – Nat perguntou e Anna assentiu com o semblante preocupado – Que bom, precisamos do sangue dela.

—Da Bella, precisamos da Bella. – respirei fundo.

—Mas não sabemos onde ela está, como vamos fazer isso? – perguntou Stefan.

—Seria mais simples se ela não estivesse com o Klaus, ele bloqueou os feitiços de localização. Bom, não temos alternativa, vamos ter que ir ao inferno as cegas.

(...)

A noite caiu e lá estava eu no jardim atrás da casa, lá sempre foi um lugar bonito e bom pra se pensar, geralmente ficava lá quando queria silenciar tudo a minha volta, mas nada estava em silencio, minha mente estava mais barulhenta do que nunca, pensava sem parar em um plano que nos desse segurança, mas sentia que tínhamos perdido isso também, tudo que era seguro.

—O silencio só piora a mente barulhenta sabia? – Anna se sentou ao meu lado.

—Não tem mais nada pra piorar e você sabe disso.

—Sabe do que eu sei? Que sempre quis te ver de novo, só que em um momento mais suave, como quando nos conhecemos.

—Naquela época era mais fácil, a única coisa com que lidávamos era com os nossos próprios segredos e apesar de tudo estávamos bem.

—Acha que um dia acaba? Quer dizer... Acha que vamos voltar a ser genuinamente felizes?

—Apesar de tudo, eu acho... E eu prometo que vou garantir que você volte a sorrir como sorria antes pra mim, vou garantir que volte a ser feliz.

—Eu queria que a Rose estivesse aqui, ela saberia o que fazer, o que dizer, mas no final, a companhia dela bastaria.

—Isso é verdade, mas já que ela não está aqui podemos por um momento lutar por ela, tendo esperança e tendo humanidade, ela iria gostar de ver isso... Temos que lutar Anna por que ainda estamos vivos.

—É bom te ter de volta Damon Salvatore. – ela sorriu fraco e eu retribui o sorriso ficando mais perto dela e segurando sua mão, encaixando nossos dedos perfeitamente.

—É bom te ter de volta Anna Hargroove.

No dia seguinte.

—Bella voltou pra Mystic Falls! – Bonnie adentrou a cozinha jogando a bomba.

—O que? Como você sabe? O feitiço de localização deu certo? – Stefan perguntou.

—Algo mais eficiente, a vi entrando em uma lanchonete com o Klaus a duas quadras daqui. – respirei fundo controlando a raiva e Anna colocou a mão em meu ombro tentando passar algum tipo de calmaria.

—Pelo menos não precisamos mais caça-la às cegas, só precisamos dar um jeito de pegar o sangue. – disse Nat.

—Alguém tem alguma ideia? – perguntou Stefan enquanto Anna servia o café da manha que ela tinha feito questão de preparar.

—Vamos pedir pra ela dar o sangue dela pela bondade do coração. – Nat disse irônica e já sem muita paciência.

—Engraçadinha. – respondi.

—Bom – começou Bonnie – Podemos sei lá, mandar alguém que ela goste... Gostava muito e que ela nunca imaginaria pra fazer isso.

—Bingo! O Matt, ele é perfeito. – constatei.

—Damon, ele é humano, Bella pode acabar com ele.

—Ela não vai matar ele Stefan, ele é o humano que ela mais gostava, então, é perfeito pra ser a isca.

—Bella alguma hora vai voltar Damon e se alguma coisa acontecer ao Matt ela nunca vai se perdoar e nem vai perdoar você.

—Sinto muito irmão, mas é um risco que temos que correr.

POV Bella

Sai da lanchonete pra esperar pelo Klaus enquanto ele pagava a conta, eu olhava em volta e a pontada incomoda no meu coração só aumentava, se não fosse vampira iria jurar que estava começando a ter um infarto. Klaus estava demorando, então decidi voltar para a lanchonete e ver o que estava acontecendo, mas de repente tudo ficou escuro.

POV Nat

—Nós tínhamos um plano esqueceu? – Damon esbravejou.

—É, um plano péssimo, mas nada que um pouco de verbena não resolvesse. Toma. – dei a ele o frasco com o sangue da Bella.

—Eu não gosto disso.

—Agora ninguém tem que gostar de nada, já está feito e o Matt já esta vindo, liguei pra ele.

—Mas por que se já conseguimos o sangue?

—Você acha mesmo que a sua namoradinha vai acordar calma e serena depois de ter sido dopada com verbena, sequestrada e colocada em um porão?

—E tá querendo colocar o Matt pra acalmar ela? Quem tem um plano péssimo agora?

—Não é péssimo, escuta, eu me adiantei pra pegar o sangue por que o Matt só teria uma tentativa pra fazer isso, ele não é forte como a Bella. Olha, ela vai acordar, vai ficar com raiva e vai ver o Matt, ela vai querer sair daqui então provavelmente vai se alimentar dele, mas não mata-lo, quando isso acontecer, já vai ser à noite e o feitiço vai estar rolando.

—Bom, não é o plano perfeito...

—Mas é o único que temos.