Escola de Guardiões - Recrutamento escrita por Tynn


Capítulo 12
Capítulo 9 - Caixa de presente


Notas iniciais do capítulo

Lobo Roxo (Deborah Quinn, Scott Blake e Ali Hasting)

Missão: Descobrir pistas sobre os seqüestradores de Ann na loja de brinquedos “Toys R Us”.



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As batidas na porta do quarto preenchiam o cômodo de nervosismo e pressa. Existiam pessoas lá fora que queriam pegar a princesa; sorte que o Rei Rayland conseguiu trancar a porta a tempo. Ele correu até a cama da filha, onde a pequena Ali Hasting adormecia inocentemente. Ela tinha apenas 6 anos de idade e seus cabelos ondulados, cor de mel, espalhavam-se no travesseiro. O rei balançou a filha até ela abrir os olhinhos verdes.

— Querida, você precisa visitar o vovô Crowen – a voz dele era suave, contrastando com o suor que descia de sua testa. A menina piscou uma, duas vezes, até entender a situação.

— Já é de manhã, papai? – ela perguntou ao ver o rei usando sua armadura de batalha. A espada estava dentro da bainha, apesar do homem manter a mão sobre ela, como se quisesse tirá-la o quanto antes. As batidas na porta continuaram. – Você vai treinar?

— Não, meu anjo. Ainda está de noite, preciso que você entre na passagem secreta, está bem?

— Mas você disse que eu nunca deveria fazer isso. A não ser que estejamos em guerra. – A menina arregalou os olhos. – Estamos em guerra, papai?

— Não. – Ele empurrou a cômoda à esquerda da cama, que escondia uma porta de madeira quadrada e diminuta. – Mas alguns soldados resolveram nos trair. O reino em si não está em perigo. Você sim. – Ele puxou a porta de madeira e olhou para a filha. – Preciso que você prometa que, não importa o que ouça, engatinhará até o laboratório do vovô.

— Você vai ficar bem, papai?

O rei foi até a cama da menina, onde ela sentara-se, e deu um abraço na filha. Aquela foi a primeira e última vez que Ali viu seu pai chorar. O rei Rayland pegou a filha no braço e colocou-a na frente da passagem secreta. Deu-lhe um beijo na testa.

— Vá! E não olhe para trás. – Os traidores agora chutavam a porta com força. Um dos ferrolhos caiu no chão. – Te amo, Ali.

— Também te amo, papai.

Ela abaixou-se na pequena passagem secreta. Mesmo sendo magricela, a menina teve dificuldade em se espremer lá dentro. O pai fechou a portinha assim que Ali passou e empurrou a cômoda novamente, fazendo um barulho estridente. E então os traidores entraram no quarto.

Ali encostou-se na parede dentro da passagem secreta. Sabia que deveria sair engatinhando pelo túnel o mais rápido possível. O local era apertado, de forma que ela não conseguiria se levantar para ir andando. Entretanto, a pequena estava com medo. Ela abraçou as próprias pernas e chorou enquanto escutava o tilintar de espadas lá fora; os gritos de fúria do pai que lutava contra sabe-se-lá quantos soldados; as vozes amargas dos traidores ao combater o patrão e, finalmente, a algazarra quando o rei foi capturado.

Ela olhou para a porta que agora se misturava com a escuridão do cômodo. Era tudo muito apertado, muito escuro, muito frio. O corpo dela se tremeu por inteiro. A menina escutou os traidores vasculhando o quarto, derrubando os móveis, quebrando a cama... Precisava sair de lá. Pelo seu pai. Pela sua mãe que já estava entre os anjos. A menina ajoelhou-se e engatinhou para a frente, chegando até o outro lado da passagem secreta. Ela pressionou a porta com suas mãozinhas frágeis e chegou no laboratório do avô Crowen.

O velho vestia uma camisola branca, que ficava engraçada por causa da barriga enorme que balançava para lá e para cá. Existiam inúmeros vidros com líquidos coloridos e ele deu um salto assustado ao ver a netinha ali.

— Minha pequenina! O que estás fazendo aqui?

— Papai meu mandou para cá. – Ali fungou. – Disse que tem traidores.

— Sim, claro, claro... – O velho ajeitou os óculos por um instante, pensativo. – Eu sabia que essa hora iria chegar. Mas não se preocupe, querida, irei manda-la para um lugar seguro. Você sente saudades de sua avó Alejandra? – Ali balançou a cabeça positivamente. – Ela vive em um local chamado Cidade do México, em outro mundo, querida. No Planeta Terra.

Ali imaginou como seria viver em outro mundo. Ela sabia que a avó tinha costumes estranhos e falava sobre coisas engraçadas, como um instrumento que lavava as roupas sozinho e carroças que se moviam com 80 mini-cavalos. A menina ainda tremia e pensava no pai, entretanto ficou curiosa ao ver o avô indo de um lado ao outro, pegando vidros e misturando os líquidos num imenso caldeirão.

— Nós vamos visitar a vovó?

Nós não, florzinha... – Crowen tirou uma amostra do líquido do caldeirão formigante. Ele cheirou a fumaça que ali era exalado e sorriu. – Você irá visita-la.

O velhinho, repentinamente, arremessou o vidro na parede e o líquido se espalhou, ganhando uma tonalidade verde, mágica, que ficou impregnada na parede.

— Vá. E não se esqueça de mandar lembranças minhas para a sua avó. – O velhinho deu um beijo na pequena e a empurrou até ela ficar diante do portal gosmento e mágico. – Você tem sorte de ter tido pais incríveis.

Ali tocou no líquido com receio, então sentiu-se ser sugada por aquele portal. A menina olhou para trás, nervosa, e viu a porta do laboratório se abrir abruptamente por vários homens trajando armaduras de guerra. O avô permaneceu paciente, cumprimentando os guardas para então ser empurrado contra uma bancada. A imagem ficou distante, distante... Até Ali se perder no portal, caindo no outro mundo. No planeta Terra.

Especificamente: dentro de uma caixa de brinquedos de tamanho gigante.

A garota tinha agora 16 anos; era uma curandeira que usava suas flechas mágicas para fazer escudos e sarar as pessoas. Ela devia ter descoberto alguma pista sobre o sequestro da mutante Ann, mas se encontrava presa dentro de uma caixa com seus dois aliados: Deborah Quinn, a garota avatar, e o mutante Scott Blake. A caixa de presentes era totalmente fechada, assim como a passagem secreta para o laboratório de seu avô.

Ela olhou ao redor tentando compreender como tinham parado naquele lugar. A garotinha loira, que havia participado do sequestro de Ann, correra para a caixa de presentes. Os três a seguiram e, quando viram, estavam presos nesta armadilha. Menina esperta e malvada! Ali queria ter olhos melhores, que se adaptassem ao escuro, para enxergar. Aquela caixa não tinha um ponto sequer de luz, mal conseguia enxergar um palmo a frente. A menina tateou a parede até esbarrar em alguém.

— Scott? – ela perguntou esperançosa.

— Sou eu sim. Você está bem?

O garoto mutante tinha sentado no chão com as pernas cruzadas. Seria desperdício de energia ficar em pé ou tentar quebrar a parede com socos e pontapés. Eles precisavam bolar um plano e Scott era bom nisso, só não conseguira ainda pensar em nada útil. Já havia tateado todo os arredores da caixa, não encontrando nada parecido com uma maçaneta ou outro dispositivo. Era como se a porta em que eles tivessem entrado não existisse mais. O mutante, que conseguia lançar energia de suas mãos, sentiu Ali sentando-se ao seu lado com o corpo bastante próximo ao rapaz. Ele respirou fundo, não queria ficar nervoso.

— Eu estou bem sim, obrigada por perguntar – Ali deslizou a mão no braço do rapaz. Por estar extremamente escuro, não queria se afastar dele. Preferia que os dois estivessem encostados para não perde-lo naquele breu. Pensou em segurar a mão dele, mas a menina corou com a ideia. Que boba!

— Ainda não pensei em um plano...

— Uhum – Ali suspirou, colocando as mãos no chão. De repente, Scott aproximou-se um pouco mais dela e envolveu o seu braço sobre os ombros da garota.

— Está escuro, é melhor não corrermos o risco de nos perdermos.

— Eu concordo. – Ela corou. Por sorte, ele nunca iria ver as maçãs de seu rosto avermelhadas. – Sabe, quando eu era pequena, meu pai foi atacado. Ele era um rei bastante influente do mundo em que eu vim, então os seus súditos se rebelaram. Lógico que existia alguém por trás daquele motim, mas nunca descobri quem foi.

— Hum... – Scott ficou pensativo. Se o pai de Ali era um rei, significava que ele estava ao lado de uma princesa de outra dimensão! O garoto sorriu com a ideia de imaginar Ali com um vestido longo e charmoso, sapatos de cristal e uma tiara na cabeça. – Você é uma princesa então?

— Mais ou menos. – Ali nunca parou para pensar nisso. – Na noite do motim, eu fugi para a casa da minha avó Alejandra, na Cidade do México. Ela cuidou muito bem de mim, mas eu nunca tive notícias do meu pai. Foi ela que me mandou para a Escola de Guardiões.

— Entendo...

O rapaz abaixou a cabeça. Queria entender o que aquele momento significava. Ele deveria estar pensando em um plano incrível para sair de lá, sua mente deveria estar fazendo conexões sobre os poderes dos três, as paredes da caixa e uma rota de fuga. Mas a única coisa que pensou foi como Ali era incrível. E como queria ficar ao lado dela. Os dois permaneceram em silêncio durante alguns segundos, que se prologaram em minutos, e foi interrompido pelo grito de Deborah.

A mutante, capaz de controlar os 4 elementos da natureza, segurava a cabeça com força, sem saber o que estava acontecendo com o seu próprio corpo. Ela sentia como se cada partícula de seu organismo estivesse encolhendo. Estava tonta, com falta de ar, desesperada. A menina olhou para frente, via apenas o breu que inundava seus olhos de um negro profundo. Contudo, mesmo diante daquela visão, percebia as paredes da caixa de presentes diminuir. Ela seria esmagada, todos seriam esmagados! Se não pela caixa de presentes, seria pelas próprias moléculas que agora se agitavam como loucas dentro de si. A menina tentou respirar, o ar chegou fraco no pulmão. Existia algo de errado com ela, existia algo de errado com toda a caixa. De repente, uma flecha atingiu o chão, a poucos metros da garota. Deborah viu uma pequena parede azul, brilhante, aflorar de onde a flecha havia cravado no chão. A parede azul era brilhante, incandescente, e serviu como um foco de luz para o local.

Do outro lado da caixa, Ali e Scott observavam Deborah com espanto. A curandeira estava com o arco-e-flecha na mão, sendo a responsável por lançar a barreira mágica, uma ideia que teve para iluminar um pouco o confinamento em que estavam. Deborah focou na luz mágica, ainda meio tonta, e tombou para a frente. Ali e Scott correram para acudi-la, ajudando-a a não cair no chão.

— O que aconteceu? – A curandeira perguntou preocupada. Ela tinha os olhos verdes fixos na mutante.

— Tudo ao meu redor estava se mexendo. Era como se eu estivesse sendo esmagada. Não sei, deve ter sido só uma sensação ruim. – Deborah tentou se tranquilizar para explicar os fatos. O trio resolveu se sentar em um dos cantos da caixa. – O que nós iremos fazer?

— Eu não sei ainda, mas tenho certeza que sairemos dessa bem! – Ali era otimista sempre. Ela sorriu para os amigos. – A gente vai bolar um plano.

— Com certeza. – Scott concordou, aceitando o bom humor da amiga. Os três estavam prestes a discutir sobre os planos quando sentiram a caixa balançar. Ela se mexia de um lado ao outro, como se estivessem em um terremoto.

Uma voz infantil invadiu as paredes da caixa de presentes.

— Papai! Papai! Prendi alguns alunos da Escola de Guardiões nessa caixa! – Falou uma menina muito contente do lado de fora. Deborah fingiu que ia vomitar ao escutar aquelas palavras.

— Filha, o que eu falei sobre prender pessoas?

— Só com a sua autorização, papai... Mas você já pegou aquela chata ruiva para seu programa de televisão ainda mais chato! E eu me comportei muito bem, não foi? – O diálogo passava pelas paredes da caixa, chegando até aos ouvidos do trio.

— A Hora Fatal é o Reality Show mais visto por todas as galáxias. Ganhamos muito com o patrocínio. – O homem tinha a voz grave e firme. Poderia muito bem se passar como locutor de rádio. Existia certo charme em sua voz. – Inclusive, vamos fazer com que a espertinha da Ann dê de cara com a participante de olhos esquisitos. O ibope vai estourar quando isso acontecer!

— Blablabla... – A voz infantil ficou impaciente. – Posso leva-los para casa ou não?

— Pode, já que você me ajudou muito hoje com aquele spray de pimenta. – O homem deu uma gargalhada bizarra. – Pode leva-los para casa. Vamos logo!

De repente, a caixa começou a se agitar ainda mais forte. Ali caiu por cima de Scott, que caiu em cima de Deborah que começou a rolar pela caixa de presentes. Os três foram arremessados de um lado ao outro que nem uma bola de gude dentro de uma garrafa PET sendo sacudida por um menino levado. Ali tentou se segurar nas laterais, só que as paredes eram lisas, sem uma única rugosidade. Os três sentiram a caixa de presentes parar de balançar aleatoriamente, mas ainda estavam em movimento: dentro de um automóvel.

— Nós fomos sequestrados? É isso mesmo? – Deborah parecia preocupada. Eles olharam para a garota de cabelos ruivos. – A gente veio salvar Ann de um sequestro e agora estamos sendo levados para virar brinquedos de uma pirralha perturbada?

— Calma, Deborah, nós vamos bolar um plano. – Scott tentou parecer confiante, mas a gota de suor que desceu pela testa o denunciou. – Não vamos, Ali?

— Silêncio! – A menina correu até o lado direito da caixa de presentes, colando a orelha na parede da caixa. Deborah e Scott se entreolharam. – Eles estão falando alguma coisa sobre dinossauros.

— Dinossauros? – Os dois, surpresos, encostaram as orelhas na parede também.

— Não é legal ter o mundo todo dominado por dinossauros, filha! – A voz do homem era impaciente.

— Mas não foi você que vendeu as luvas Chapman para o homem-lagarto fazer isso? Por que o senhor fez isso se não queria que ele espalhe os dinossaurinhos no planeta?

— Filha, nós somos os donos da Indústria Chapman, que por mais de 70 anos vendemos produtos de qualidade para os maiores vilões da história. Adivinha quantos queriam conquistar o mundo? Todos! Agora me diga quais conseguiram?

— Nenhum? – A menina pareceu confusa. – Então por que o senhor vende esses produtos?

— Para ganhar dinheiro! Enquanto eles querem gastar para tentar dominar a Terra, nós lucramos. – A gargalhada aguda do homem invadiu os tímpanos do trio. Deborah coçou o ouvido. – Essa história de A Hora Fatal é legal, mas quem gosta mesmo é sua mãe. Eu gosto de vender nossos produtos para esses bobocas aí.

— E quanto ao maninho? Ele está com um plano para dominar a Terra também, não é? O senhor acha que ele vai falhar?

— Ele tem todo o acervo da Indústria Chapman nas mãos e um belo plano. – O homem suspirou. – Chegamos!

De repente, o trio sentiu a caixa ser arremessada para lá e para cá. Eles embolaram, caíram, se levantaram e caíram de novo, até pararem de serem sacudidos dentro da nova prisão. A voz da menina entrou na caixa com um grito, informando a mãe que ela chegara. A barreira de Ali, que servia como uma vela na caixa, ficou mais fraca.

— Tive um plano! – Scott falou de súbito. As meninas olharam para ele. – As paredes não devem ser tão resistentes assim. Se eu conseguir uma fonte de energia suficiente para convertê-la, acho que poderei quebrar com minha mutação.

— Que tipo de energia? – Deborah quis saber.

— Basicamente, qualquer ataque de longo alcance. Você consegue jogar uma bola de pedra em mim?

— Não... – Deborah olhou para baixo, envergonhada. – Não posso criar os elementos. E manipular coisas fabricadas pelo homem é mais complicado. Eu consigo mover rochas, pedras, ou areia... Mas concreto? Ou madeira trabalhada no artesanato? É mais quinhentos.

Scott olhou para a flecha cravada no chão, que ainda estava ligada a barreira mágica de Ali, e depois para Ali. A menina encarou o rapaz, tentando compreender seu raciocínio, para só então cair a ficha.

— Não, não, não. Eu não vou atirar uma flecha em você!

— Por favor, eu vou conseguir converter a energia da flecha em energia cinética e tirar a gente daqui.

— Mas e se você não conseguir? E se a flecha te ferir?

— É a nossa única chance.

— Eu não posso...

— Converte essa bola de ar aí, Scott! – a mutante avatar gritou.

Deborah estendeu a mão direita e criou uma bola de ar, tão rarefeita quanto o próprio oxigênio do local. A bola de ar se desprendeu da menina e voou com força na direção de Scott. Só tinha um detalhe: Scott precisava se concentrar para a sua mutação dá certo. A bola de ar bateu no garoto e o fez tombar contra a parede direita. Mas o pior ainda estava por vir.

O ar que Deborah usou para criar a bola agora faltava de seus pulmões. A menina sentiu a garganta ficar seca, apertada, e o rosto adquiriu uma coloração avermelhada. Aquela caixa não permitia a circulação de ar. Até mesmo Scott e Ali perceberam o quanto a ideia de Deborah não foi muito boa. Ela usou o pouco do oxigênio que existia na caixa para criar a bola, e agora todos sofriam com isso, especialmente a mutante.

— Ali! – Scott berrou, a respiração começando a ficar ofegante. Ele apontou o punho para a parede mais próxima. – Você... Já... Sabe...

A curandeira balançou a cabeça em negação, mas percebeu que a sua hesitação poderia causar a morte de Deborah. A ruiva agora se apoiava em uma das paredes. Ali puxou uma flecha da sua bolsa e apontou para Scott.

— Eu...

— Atira!

A menina arremessou a flecha. O mutante respirou fundo, os últimos átomos de oxigênio preenchendo seus pulmões e circulando pelo corpo. A energia da flecha atingiu seu braço. Um pequeno ferimento se formou, mas ele sabia dos riscos. Não importava, a energia cinética da flecha agora estava sendo convertida em uma energia azulada, extremamente poderosa. Ele disparou a rajada de energia na lateral da caixa e a parede explodiu, trazendo um vendaval para dentro da caixa. Deborah respirou aliviada ao sentir aquele vento abalançando-lhes os cabelos, cheios de oxigênio. Ela nunca se sentiu tão bem por respirar.

Scott sentou no chão. A flecha não tinha penetrado seu braço, fizera apenas um pequeno ferimento que iria sarar em breve. Ele encostou-se na parede, exausto, e viu a cara de desespero de Ali quando ela caminhou até a abertura e olhou em volta. A curandeira comentou:

— Deborah, agora entendo por que você se sentiu ser esmagada. – Deborah olhou para Ali, que estava apavorada. – Das duas uma: ou estamos dentro de uma casa de gigantes... Ou nós encolhemos para o tamanho de bonecos normais.

Deborah e Scott se entreolharam novamente. Os dois correram até a abertura e olharam em volta. Eles estavam em cima de uma mesa gigante a uma distância do chão de 20 metros mais ou menos; e uma sala repleta de sofás, cadeiras, televisão, porta-retratos, tapete, jarros... Tudo do tamanho gigante. Eles tinham virado bonecos humanos.


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Notas finais do capítulo

Equipes:

Grifo Violeta
Orientador: diretor Franklin
Arthur Bone - bárbaro
Lana Mizuki - curandeira
Ezmia Mauntravani - manipuladora
Missão: Impedir o atentado ao One World Trade Center.
Situação: Já conseguiram deter o terrorista. Irão tentar invadir o sistema da Escola de Guardiões.

Dragão Negro
Orientadora: Clementine White
Aleka Savalas - curandeira
Alwaid Draconis - mutante
Oktavia Kadnikov - mutante
Missão: Os fugitivos!
Situação: Foram encurralados por um casal muito habilidoso que ficaram intrigados ao saber quem era a mãe de Aleka.

Ryüjin Azul
Orientador: Hector Moore
Ryan - guerreiro
Kitty Hudson - mutante (feiticeira)
Galina Strosvisck - manipuladora
Missão: Pegar o Livro da Magia Antiga no mausoléu de Phetimílio, no mundo de Bubéstis.
Situação: Estão sendo perseguidos por guerreiros com pele de dragão que caçam Ruriam.

Lobo Roxo
Orientador: Victor Quinn
Deborah Quinn - mutante
Scott Blake - mutante
Ali Hastings - curandeira
Missão: Descobrir pistas sobre os sequestradores de Ann na loja de brinquedos "Toys R Us".
Situação: Estão pequenos como bonecos de brinquedo dentro da casa dos sequestradores de Ann.

A Hora Fatal
Ann Levynsck - mutante
Sarah Watson - mutante
Pietro Del Mar - mutante
Matheus Antony - guerreiro
Missão: Encontrar as Pedras da Habilidade e sobreviver ao reality show A Hora Fatal.
Situação: Conseguiram pegar a Pedra da Medicina. Precisam encontrar as outras pedras da habilidade.