Me ame estrela escrita por Lu


Capítulo 1
Estou apenas de passagem


Notas iniciais do capítulo

Nossa, consegui fazer uma one de natal!
Talvez se minha imaginação estiver boa, eu faça uma one de fim de ano também! Vamos quebrar corações!
Boas festas e feliz natal!
Boa leitura!!!



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Noite de Natal. O céu escuro era iluminado pelo suave brilho das doces e amáveis estrelas. Elas olhavam com delicadeza os enfeites de natal, e admiravam desde os mais pequenos e humildes aos maiores e luxuosos. Elas amavam aquela data. De preferência, o período da noite.

Onde tudo correspondia ao brilho que elas exalavam. Onde tudo brilhava e piscava em conjunto. Onde a sinfonia das cores unidas a escuridão da noite emanavam uma beleza exótica.

Afinal, era quando as estrelas apareciam. Era noite. Noite de natal.

A neve rasgava o ar e se amontoava no chão. As crianças que brincaram o dia todo, observavam cansadas a noite pela janela. O peru recém saído do forno, era analisado pelos mais críticos olhares. Olhares sedentos por comida. Ah, sim! A tão esperada ceia de natal estava na mesa!

Não havia enfeites ou presentes que estragariam aquele momento. As famílias ali reunidas na sala sentavam em suas cadeiras, pegavam os talheres e apreciavam a refeição.

As estrelas, nada interessadas naquela gula, voltaram sua atenção novamente aos enfeites, cujo brilho dançava ao som da música Noite Feliz, que o coral entoava num perfeito ritmo no centro da praça.

De repente, um pavor se instalou em meio as estrelas, um clarão ofuscou as vistas daqueles ali presentes, o céu foi cortado e fez passagem para ela passar. A estrela do desejo. Uma estrela cadente indo espalhar a magia do natal.

Um enfeite de boneco de neve, tão solitário pendurado no galho de um pinheirinho, notou a estrela de passagem. Ao espantar-se com sua beleza, fez um pedido. Que ela parasse para ele ter a oportunidade de admira-la melhor.

A estrela logo cessou sua viagem, se pôs ao lado do boneco, e ele a observou.

“Seja breve, boneco – ela sorriu – estou apenas de passagem.”

“És linda, estrela.” – ele somente disse.

“Não por isso, – ela corou – és também muito belo e gentil.”

Os dois ficaram se olhando e trocando ideias, sorrindo com pequenos comentários, corando aos elogios, e apreciando em conjunto a boa música do local.

“A noite está linda – comentou o boneco – mas você se sobressai.”

“Creio que é um exagero tal observação – ela se encolheu e notou o tempo que passou – agradeço pelo tempo e alegria que me proporcionara, mas logo terei de ir, estava apenas passando para levar os desejos que me alcançassem.”

“Hm... – ele coçou o queixo pensativo – então, meu desejo lhe alcançou?”

“De fato, sim, nobre cavaleiro – ela se curvou perante o boneco – tu me alcançastes.”

“Receio que não, donzela – ele suspirou entristecido – jamais poderei andar ao teu lado...”

“Mas, você está ao meu lado agora – aproximou-se dele lentamente – não sente isso?”

“Sinto – o que ele sentia era seu coração palpitar à medida que os belos olhos da estrela chegavam mais perto – e eu gosto.”

“Do que gostas?”

“Sei que é repentino, – ele começou gaguejando – mas eu gosto de você! Muito!”

“Também sinto afeição por ti.” – ela correspondeu.

“Se me permite, ó princesa dos desejos – ele se ajoelhou – se não for muita ousadia de minha parte, por meio da magia deste natal, gostaria de fazer-lhe um último desejo! – sem tempo da estrela responder ele direcionou seus olhos à ela – Permaneça ao meu lado para sempre!”

“Mas... boneco... esse pedido... ele é...” – as palavras não surgiam de maneira coordenada.

“Eu a amo, estrela! Princesa de toda beleza, tu representa minha alegria, minha magia de natal!” – ele tentou manter a estrela ali, mas ela se libertara.

“Preciso ir, nos vemos no próximo natal, meu príncipe!” – ela cobriu suas lágrimas e apagou o remorso que sentia de si mesmo ao distanciar-se do boneco.

“Mas estrela! – ele caiu aos seus pés – eu a amo! Me ame também! Me ame estrela!” – suplicou-lhe sem forças.

“Mas eu o amo, boneco. Mais do que tudo que já fui capaz de amar.” – admitiu ela com uma voz serena e humilde.

“Então, por que me deixas? Se me amas, por que estas a me abandonar?!”

“Eu não lhe disse, boneco?” – o corpo dele estremeceu ao lembrar das primeiras palavras da estrela.

Aquelas palavras agora ecoavam em seu peito, tentando preencher o vazio que a partida da bela estrela, já então invisível na noite, lhe deixara...

“Seja breve boneco.”

Ela sorriu.

“Estou apenas de passagem.”


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Notas finais do capítulo

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