The bedrooms escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 5
Rose Tyler


Notas iniciais do capítulo

Esse é último capítulo do especial. Espero que tenham gostado e muito obrigada se leram até aqui. Vejo vocês lá embaio, não sei o que dizer desse capítulo.



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A última porta era rosa, mas na verdade não era dar cor de rosa do jeito que imaginou. Era branca com desenho de rosas pintadas da cor rosa por toda a extensão do objeto que estava a sua frente. Abriu e entrou.

Havia várias fotos na cômoda branca com vidro rosa em cima. Na foto ela podia reconhecer o Jack e um homem com roupa de couro que julgava ser o Doutor, talvez foi a 9ª regeneração. Ouviu dizer a 10ª tinha um cabelo espetado e que usava all-star.

Uma outra foto mostrava a garota loira e um home de terno deitados sobre um sobretudo marrom risca e giz azul e estava escrito NY por todo o porta-retrato, mas quando contou haviam 15 NY. Era a 15ª New York, o Doutor já havia mencionado.

Clara reparou que o armário era igual a TARDIS, mas não estava empoeirado o que significava que ainda iam naquele quarto frequentemente. O que era estranho de se pensar. Aquela garota parecia gostar mesmo de rosa, porque todas suas blusas eram rosas, havia um vestido rosa claro e um casaco roxo, havia também muitas calças de moletom azul.

Ela parecia ligar mais para o conforto do que para a aparência, mas uma foto chamou a atenção de Oswald, nela estavam três pessoas sentadas na mesa, ceando e o Doutor estava entre elas, usando uma coroa de papel e rindo. Ela deveria ser especial para tê-lo convencido a usar a coroa de papel.

— Rose Tyler foi a primeira pessoa que conheci, ela estava na loja em que trabalhava e eu agarrei sua mão e sussurrei: corra! E ela correu, e então eu explodi seu trabalho e seu namorado virou plástico. Nós derrotamos eles e ela trouxe os Daleks de volta à vida, mas matou o Imperador. – o Doutor falava em tom sonhador que ela nunca havia ouvido.

— E por que ela não está mais aqui?

— Porque já faz tempo, muito tempo e depois ela está em um universo paralelo vivendo com uma metacrise minha. Donna tocou em minha mão reserva e criou uma metacrise, Rose teve que ficar no universo paralelo com ele e Donna perdeu a memória sobre mim. Ela nunca mais poderia me ver ou ouvir nome, senão ela morreria. – falou em tom de lamentação.

— Eu conheci Rose quando ela ainda viajava com o Doutor rancoroso que só usava roupas de couro, ela estava vestindo uma camiseta com a bandeira de Londres, enquanto estava pendurada em um dirigível e sobrevoava o céu londrino em meio a Segunda Guerra Mundial. Quando a encontrei deixei que ela entrasse em minha nave e curei sua mão que estava machucada por causa das cordas, logo depois disso encontrei o Doutor. – disse animado.

— E desde então nunca mais me largou, íamos juntos para todos os lugares, até que ele morreu e eu a mandei embora, do mesmo modo que fiz com você, mas quando ela voltou trouxe de volta à vida o Jack e o transformou em imortal. Minha humana rosa e amarela foi capaz de me deixar mais sentimental, se não fosse por ela eu ainda não me importaria com o número de mortos que deixava por onde passava. No começo ela não tinha gostado da 10ª regeneração, mas com o tempo foi aprendendo a amar aquela cara e eu fui aprendendo a amá-la. – se tornou um pouco melancólico.

— Me lembro de quando eles dançaram juntos, ele disse que fazia tanto que não dançava que nem se lembrava como fazia para acompanhar a moça e é claro que quando eu me ofereci para ir, ele disse não e se esforçou para lembrar alguns passos. Foi a cena mais bonita que eu já vi. Essa e da do reencontro deles, quando eles se abraçaram.

— Então quer dizer que você já amou uma companheira? E que nunca me disse nada? Por que nunca contou que ainda vem aqui para se lembrar dela? Eu sei que ainda vem, pois a cama está arrumada e não há poeira no armário, se estivesse fechado estaria em péssimo estado. Não precisa ter vergonha de mim eu também já amei uma pessoa que nunca poderia ter. Ao menos você a disse como se sentia?

— Não, eu não podia. Iria dar falsas esperanças a ela e não podia fazer isso com a pessoa que mais me apoiou, além do mais eu sempre demonstrei que a amava, ela sabia disso melhor do que ninguém. E lembro até hoje do dia em ela “morreu” e minha frase nunca foi terminada por mim. Rose Tyler... dói só de lembrar. Nunca te disse nada, porque machuca lembrar dela, da minha humana rosa e amarela.

E então os três saíram do quarto da porta rosa e foram para a cozinha da TARDIS jantar, afinal era natal e era dia deles comemoram as coisas boas e época de se lembraram daqueles que já não estavam mais ali. Clara começou a se lembrar do 11th, gostava do 12th, mas ele nunca seria como o seu Doutor, ainda não havia superado sua partida, talvez nunca superasse.

Porque no final, a 11ª regeneração a Rose Tyler da sua vida, não importava quanto tempo passasse ela ainda amaria aquele homem e seria para sempre a garota impossível, sua garota impossível. Era por isso que continuava viajando na TARDIS, porque não queria esquecer o Doutor e nem queria ser esquecida.

Aquele passeio por todos os quartos e todas as descobertas fizeram Clara entender o porquê de ainda viajar com aquele Senhor do Tempo e prometeu a si mesma que só o abandonaria se morresse.

— Sabe Clara, eu te entendo. Eu também não queria ter perdido a minha amiga. Eu sei que você só viaja com ele para não o esquecer. – Jack disse se sentando ao lado da garota.

— Às vezes eu sinto falta da sua regeneração anterior, mas então me lembro que ele continua sendo o Doutor que eu conheci, eu sei que sim. Eu não deveria ter andado por todos os quartos, mas a curiosidade fora maior. – se lamentou.

— Deveria sim, foi seu jeito de comemorar o natal esse ano e não tem problema em ver as vidas das pessoas que já passaram por aqui, porque um dia uma pessoa tão curiosa quanto você vai vagar por esses corredores e achar uma porta xadrez escrita: a garota impossível e se perguntará quem foi Clara Oswald e eu vou dizer: Clara Oswald foi a garota mais impossível e leal que eu já conheci, Clara era simplesmente ela, simplesmente Oswin Oswald.

Enquanto os dois tomavam uma xicara de chá na fria noite de natal, o Doutor estava em seu quarto escrevendo uma última carta para sua humana rosa e amarela.

“ Querida Rose,

Eu mudei tanto que você nem seria capaz de me reconhecer, eu me tornei rude novamente e frio. Eu afasto as pessoas e sei que não gostaria disso, mas dessa vez eu não tenho controle, está não meu sangue. Sou escocês e você sabe como os escoceses são. Jack está aqui novamente, ele ainda sente sua falta.

Conheci uma garota impossível que é tão especial quanto você, seu nome é Clara Oswald e ela vem me ajudando muito ultimamente, assim como você, ela sofreu quando eu me regenerei e mudei de rosto, mas sei que ela vai aceitar uma hora ou outra.

Assim como você aceitou. Sei também que estou em boas mãos, então não se preocupe comigo minha Rose Tyler, eu ainda te amo, mas agora estou pronto para seguir em frente e viver apenas no presente.

Adeus minha humana rosa e amarela,

Doutor”

Ele sabia que essa carta nunca chegaria a suas mãos, mas ele precisava dizer adeus, ele precisava se despedir direito da garota que significou tudo, de sua humana rosa e amarela Rose Tyler.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, a opinião de vocês é muito importante para mim. Beijos com gosto de cupcakes azuis.



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