The bedrooms escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 3
Donna Noble


Notas iniciais do capítulo

Esse é o terceiro capítulo do especial de Natal, espero que estejam gostando. Nos vemos lá embaixo.



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O terceiro quarto que ela achou tinha uma porta roxa, não era um roxo brilhante e sim fosco. Talvez fosse o quarto de um garoto que não tinha problema com os padrões impostos pela sociedade. Ou quem sabe fosse o quarto de uma garota.

Clara entrou no quarto e por um momento achou que tivesse entrado na boca de um furacão. Estava muito mais do que apenas bagunçado. Não achava nada ali, mas algo chamou sua atenção. Parecia ser um computador.

Mas por que alguém traria um computador para a TARDIS? Já não havia botões demais naquele painel de controles? Eram tantas dúvidas que Clara se sentou na cama bagunçada. Os lençóis já estavam sujos e o colchão estava com bolor. Pode deduzir que a quarto não era utilizado há muitos anos.

Começou a andar pelo quarto em busca de uma pista que pudesse contar um pouco mais sobre aquela garota misteriosa. Talvez o Doutor lembrasse vagamente dela, mas se o quarto ainda estava lá significava que ele ainda não havia se esquecido.

Talvez nunca se esqueça mesmo, a memória de um Timelord pode ser muito boa, mas ao mesmo tempo pode deixar a desejar em alguns momentos. Talvez ele não conseguisse bolar um plano tão rápido, por ter a mente cheia de ex companheiras e companheiros.

Resolveu olhar o armário e viu que haviam vestidos e calças, também tinha blusas e cardigãs. O que, segundo Clara, a classificava como uma mulher que tinha estilo. Como sabia que era uma mulher? Quando Clara Oswald decidia investigar a vida de alguém, ela trabalhava melhor do que os guardas da rainha.

Abriu o computador e descobriu que durante muito tempo ela havia trabalhado como secretária temporária. E então o Doutor entrou em sua vida e a bagunçou, assim como havia feito com as vidas dos donos dos quartos anteriores. Descobriu também que ela havia salvado uma família em Pompéia e que o pai daquela família tinha o mesmo rosto que o Doutor. Mas isso não seria possível, seria?

É claro que seria, é do Doutor que estamos falando. Ele pode escolher o rosto que quiser. Ao menos eu acho que pode. De todas as regenerações que ele teve a que ele mais sentiu foi a décima. Ele amava aquele corpo, não que não gostasse dos outros, mas olha só aquele cabelo.

Bom, Oswald se arrependeu de ter mexido naquele guarda roupa, estava empoeirado o que fez seu nariz coçar e ela teve que levar o nariz para não ficar espirrando o resto do dia. Odiava poeira, especialmente quando estava se sentindo bem e de repente começava a espirrar por causa de umas partículas minúsculas que ficavam pairando sobre o ar.

— Clara, Clara. Ainda não desistiu? Vai perder toda a noite vendo quartos antigos? E de pessoas que, infelizmente, já não estão mais aqui? Algumas por terem me abandonado voluntariamente, outras porque morreram e outras porque foram obrigadas a me esquecer.

— Não há nada para ser feito. Você sabe que não podemos sair agora, afinal acabou a energia da TARDIS e ela só vai voltar em 48 horas. Vamos ficar na véspera do Natal e no Natal. Minha família vai me matar.

— É por isso que existe viagem no tempo, nós vamos voltar no tempo e você vai poder comemorar o Natal com a sua família como você quer.

— Mentira, nós nunca vamos voltar dois dias. Nunca conseguimos acertar o local, acha mesmo que vamos acertar a data?

— Tem razão. E eu não minto.

— Não, imagina. Primeira regra: o Doutor mente.

— Está certa. Quer saber mais sobre ela?

— E precisa perguntar? Você já sabe que minha resposta vai ser sempre sim.

— Donna Noble foi a primeira ruiva que passou pela minha vida. Era brava e meio grosseira, mas era uma ótima amiga. Nem eu nem ela estávamos bem e mesmo assim ela me ajudava. Ela era a pessoa mais importante de todo o universo. Doctor-Donna era como a chamavam e cantam sobre ela até hoje. Minha música acabou há muitos anos, mas a dela não. A dela nunca acabará.

— Eu sinto muito. Vocês devem ter se divertido muito enquanto ela viajava nessa cabine que é menor por fora.

— E viajamos. Conhecemos Agatha Christie, fomos para Pompéia, visitamos a maior biblioteca do universo e fomos até o fim da viagem e ali reencontramos todos meus ex companheiros até então. Sara Jane e Mickey, os Smith. Mickey-Mick-Mickey o idiota como o chamava e Sara Jane, a garota que viajou por anos comigo.

— Estou chegado à conclusão de que adoraria ter conhecido todos eles. Ia ser divertido tê-los aqui. Íamos fazer muitas coisas juntas e teríamos muito aventuras e é claro, teríamos mais cabeças para pensar e bolar um plano que realmente funcionasse.

— Oie! Meus planos são ótimos e muito obrigado, mas vocês juntos iam me deixar louco.

— Tá. Isso é tudo?

— Por hora sim, se você achar a porta rosa descobrirá um pouco mais sobre Donna.

— O que há atrás da porta rosa?

— Terá que descobrir sozinha.

E então ele saiu e a deixou sentada com uma expressão de incredulidade no rosto. Seus olhos estavam arregalados, sua boca estava aberta e soltou um riso cínico. Não poderia acreditar que ele havia feito isso, mas desafio dado era desafio cumprido e ela iria até o fim. Precisava descobrir quem foi a dona da porta rosa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, a opinião de vocês é muito importante para mim. Beijos com gosto de cupcakes azuis.



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