The bedrooms escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 2
River Song


Notas iniciais do capítulo

Quando postei o primeiro capítulo não pensei que fosse ter um comentário tão rápido. Minha ideia é postar todos os capítulos hoje e terminar, pois é uma fic de véspera de natal/natal. Espero que gostem. E FELIZ NATAL A TODOS. Nos vemos lá embaixo.



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A segunda porta com a qual se deparou era da cor verde musgo e tinha a frase “Hello sweetie” pintada em preto com uma caligrafia cuidadosa. Ficou curiosa para saber quem era a dona daquela porta verde musgo. Parecia ter muita personalidade.

Ao entrar reparou em cada detalhe, a cama feita, a cômoda limpa e o guarda – roupa muito bem organizado, era como se quase nunca o realmente usasse. Mas algo chamou sua atenção, algo que não havia reparado em nenhum outro momento em que viajou com o Doutor. Era um caderno azul cor da TARDIS e parecia ser um diário, estava escrito com a mesma letra encontrada na porta.

River Song era a dona daquele quarto, já havia ouvido falar nela. Melody Pond, como o Doutor a chamava. Era filha de Amy e Rory e por ter sido criada na TARDIS era uma time lady. Enquanto o Doutor sabia tudo sobre ela, ela nem o conhecia e quando ela já havia desvendado os mistérios que o envolviam ele “apontava e ria de arqueólogos”.

Clara descobriu tudo isso, pois leu o diário dela, sabia que estava fazendo errado ao invadir a privacidade de River daquele jeito, mas a curiosidade fora maior. Depois de ler todo o livro que assim como a TARDIS, era maior por dentro do por fora, reparou na cama. A colcha era verde musgo, mas com alguns tons de verde exército e o lençol era branco com bordados dourados.

Viu que na cômoda – que era branca – havia um porta-retratos com uma foto dela e o Doutor. Reparou nas roupas que usava e em seus cabelos. Eram do mesmo tom que a colcha e o lençol. A garota de cabelos cacheado havia transferido toda a sua personalidade para o quarto.

Mas não é isso o que todos fazemos? Usamos nossos gostos para decorar nossos quartos? Não Clara, para ela isso era estranho. Não entendia como alguém como River poderia seguir um costume tão comum. Faltava criatividade e isso incomodava a atual companheira do Doutor.

— Olhando novamente os quartos? – O Doutor interrompeu seus pensamentos.

— Você me conhece. Sabe que não vou parar até ver todos eles.

— Eu sei. Vai me expulsar de novo ou posso te contar sobre a River?

— Só se você não for insensível novamente.

— Eu não sou insensível. – O Doutor se defendeu.

— Tem razão, é escocês. – Clara riu e parou por um momento o encarando – o que é igual.

— Tudo bem senhorita Clara Oswald, britânica. Qual seu problema com escoceses.?

— Nenhum. Até serem insensíveis, mas não vamos discutir por isso. Estou curiosa para aprender mais sobre essa professora.

Clara se levantou e começou a andar novamente pelo cômodo, mas agora estava prestando atenção em todos os mínimos detalhes. Como na roupa que estava caída no fundo do armário e na poeira que estava começando a se acumular na cômoda. Também reparou que o lençol estava um pouco malpassado e que algumas páginas do diário estavam manchadas, provavelmente por conta das lágrimas que não puderem ser contidas no momento em que escrevia.

Oswald sabia muito bem qual era a sensação de extravasar por meio da escrita e sabia que isso – muitas vezes – machucava, fazendo com a pessoa chorasse enquanto narrava ou desabafava para um simples pedaço de papel. E é por isso que afirma que a escrita nunca vai acabar, diz que enquanto houver emoções, haverá escrita.

A morena parou de andar e se sentou ao lado do Doutor, já não aguentava mais esperar para saber o que o Doutor tinha para falar dela. Sabia que, assim com todos os outros, ela foi um ser especial na vida daquele Senhor do Tempo.

— River Song foi a mulher que casou comigo e que me matou. Desde pequena sua vida corria ao lado oposto da minha, eram raros os momentos que ambos sabiam o que estava acontecendo. Sim, isso era possível. Era possível, pois o tempo mesmo com toda sua perfeição, às vezes, é imperfeito.

— E como vocês se conheceram?

— Isso depende. A primeira vez que a vi foi quando eu era o décimo, eu não fazia ideia de quem ela era. E a primeira vez que ela me viu foi quando ela quis matar Hitler e ela só me conhecia por causa das histórias que Amy contava. Ela me salvou, casou comigo e então me matou. Quer dizer eu estava disfarçado, aquilo me deu mais alguns anos de vida e foi depois que te conheci, mas isso é uma outra história.

— E o que aconteceu depois que ela te matou, mas você não morreu?

— A mesma coisa que acontece com os humanos. Ela foi presa, mas passava mais tempo em aventuras comigo do que na cadeia. Era inteligente e tinha um batom alucinógeno, uma arma muito potente e eficaz.

— Ela parecia ser uma garota especial e divertida, adoraria conhecer toda a família Pond/Williams um dia.

— Você iria gostar deles e eles iriam gostar de você. Infelizmente não posso fazer nada para trazê-los de volta. Daria tudo para que eles voltassem. Todos eles.

— Obrigada, Doutor. Adoro o ouvir contar sobre seus amigos. Espero que um dia fale sobre mim com o mesmo carinho que fala sobre eles.

— Oh minha querida Clara Oswald, eu não gostaria de falar de você, porque isso significa que você partiu, mas sei que vai ser inevitável. E então eu contarei sobre a garota que morreu e voltou várias vezes, eu vou falar sobre a garota impossível que eu conheci um dia e que não parou de me salvar desde então.

E então ela o abraçou forte e torceu para que ele não estragasse o momento, entretanto ele é o Doutor. O que é a mesma coisa que dizer que ele vai sempre estragar o momento, porque tem coisas mais importantes para fazer.

— Você sabe que eu não gosto de abraços. Eles escodem nossos rostos e não podemos ver o que olhos estão dizendo.

— Tem que aprender que nem todos os abraços são para esconder algo.

— Ainda tem muito o que aprender Clara Oswald.

Então ela saiu e seguiu com sua busca pelos quartos da TARDIS.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, a opinião de vocês é muito importante para mim. Feliz natal mais uma vez e beijos com gosto de cupcakes azuis.



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