A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 9
Capítulo 9 - Egoísta


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas, desculpa ter ficado tanto tempo sem postar, é que no começo eu estava em semana de provas - meu colégio inventou de termos prova toda semana, pode? Não tá dando para mim. - e depois meu computador simplesmente não estava conseguindo conectar-se à Internet, tipo, tinha Wi-Fi em casa, pegava no cel, pegava no PC dos meus pais, mas não pegava no meu, aí eu não pude postar, mas essa semana por algum motivo, voltou! UHU! E por isso estou postando. Beijoos



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P.O.V America

— Fale. – ela diz, ainda com um reflexo de lágrimas nos olhos.

— Isso é um convite para o casamento do Will, não é?

Ela olha para o papel, como se não se lembrasse que o estava segurando.

— Sim. – ela diz como se não entendesse. – Você também foi convidada, não é?

— Aham. Mas aparentemente eu não poderei ir.

— Ah. – ela diz, triste por mim. Imagino que ela tenha a liberdade de ir e vir quando quiser, apenas não quer ainda.

— Mas era sobre isso que eu queria falar. – sorrio para ela. Talvez possa convencê-la.

Ela me olha, esperando que eu prossiga.

— O que acha de fazermos o casamento do Will e do Nico aqui?

O quê?

— Olhe, veja bem... – começo, insegura. Talvez eu realmente não consiga convencê-la, Annabeth é difícil de enganar, não que eu esteja pretendendo enganá-la, apenas será mais difícil do que eu imaginava. Falar sempre é mais fácil do que fazer. – Will me convidou. Eu quero mesmo, muito, muito ir, mas não quero desistir da Seleção, entende? Não acha que seria perfeito fazermos aqui?

Ela não fala nada.

— Olhe... – continuo, nervosa. Falar com Annabeth, mesmo com ela tranquila, é como tentar defender um bandido perante um juiz severo. – Fazer o casamento aqui seria bom para todos: diminuiria as despesas de Nico e Will, eles não precisariam alugar um lugar, você não precisaria se deslocar e eu poderia assistir ao casamento do meu irmão. E nós ainda poderíamos ajudá-los a organizar tudo. Não é brilhante?

— Hm... – ela diz, alguns minutos depois de pensar. – Bem, sim, é uma boa ideia, no entanto, inviável.

— Por quê? – pergunto, chocada e decepcionada.

— Porque essa mansão não é minha nem sua para decidirmos isso.

— Mas eu consigo convencer Maxon! – garanto.

— Tem certeza, America?

— Sim, se eu tiver o seu apoio...

— Bem, acho que é algo para se pensar e seria bem melhor para todas as partes, menos para Nico, imagino, ele nunca gostou muito de chamar atenção, me pergunto como Will o convenceu.

Algumas ideias passam pela minha mente, mas nenhuma delas me é muito agradável, então prefiro ignorá-las.

— Pois é, mas aqui ou lá dará no mesmo. – comento, sorrindo. Vamos, Annie.

— Tá certo. – ela diz, finalmente. – Irei falar com Maxon, mas só depois de você apresentar-lhe a proposta.

— Uhuu! – exclamo, pulando feliz e indo abraçá-la.

— Okay, America, okay. Sem exaltação. – diz, me abraçando desconfortavelmente.

— Até mais, Annabeth. – digo, animadamente me afastando e saindo do salão. Antes de sair, porém, aceno para Marlee, que sorri, me encorajando.

Peço para o primeiro criado que passa uma caneta ou um lápis e um pedaço de papel e escrevo “Mão na Orelha. Quando puder – A”, antes de entregar de volta para ele e pedir-lhe que entregue para Maxon.

Vou para o meu quarto, encontrando apenas Lucy e Anne lá, aparentemente Mary está no ateliê terminando mais um vestido.

— A senhorita vai mesmo para o Rio de Janeiro? Fiquei sabendo que lá é bastante quente. Esses vestidos serão confinadores e quentes demais lá.

— Realmente. Asher falou que lá parece a Califórnia...

— Então... Eu, Mary e Lucy estávamos pensando em fazer algumas roupas mais próprias para o ambiente e para a viagem, como shorts, regatas e roupas de banho.

— Anne! Vocês são brilhantes! – a abraço.

— Obrigada, senhorita.

Observo Lucy tremeluzir atrás de Anne, cabisbaixa, talvez triste pelo não reconhecimento.

— Você também é brilhante, Lucy. – digo, a abraçando.

— Oh? – ela olha para mim, surpresa e confusa. – O quê? Obrigada, senhorita.

— O que foi, Lucy?

— Ela estava escrevendo uma carta para o namorado, Srtª. Não se preocupe. – Anne diz em tom reprovador.

Lucy tem um namorado?

— Você tem namorado, Lucy? – pergunto e me odeio pelo tom de divertimento e surpresa que soa em minha voz.

Ela cora.

— É um rapaz do seu Acampamento, senhorita. – ela responde lentamente.

— Um sátiro, você quer dizer? – não entendo o tom de Anne.

Ignoro-a.

— Sim... um sátiro. Ele disse que conhecia a senhorita.

— Sério, Lucy? Que incrível! Qual o nome dele? – às vezes eu me sentia tratando Lucy como uma criança. Ela sempre me deu vontade de protegê-la, ainda mais daquilo tudo...

— Aspen. – ela fala lentamente, me olhando.

— Aspen? – estou meio chocada. Sim, o... relacionamento que tivemos não me significava muito ao final de tudo, já que era baseado em mentiras e uma grande farsa no final, e até me lembrava que ele tinha arranjado uma namorada com quem se correspondia por cartas com ele, mas Lucy? Eles não combinam muito...

Pensando bem, olhando-a agora, eles combinam sim. E muito. Aspen sempre foi tão protetor e metido a herói e Lucy realmente necessita dessa proteção. Eles teriam belos filhos, na verdade.

Sorrio.

— Que ótimo, Lucy! Vocês formam um belo casal.

— A senhorita acha? – ela está radiante.

— Aham. Shippo. Muito.

Ela sorri.

— Obrigada, senhorita America. – ela estava com as bochechas levemente coradas, apesar de eu achar isso difícil, já que ela está quase transparente e depois está tão vívida quanto eu, para em seguida parecer um fantasma de novo.

— Só disse verduras. – dou uma risadinha.

— Perdão, senhorita? – ele pergunta. Ah, Céus, como alguém pode não entender isso? Verduras, verdades. Nem é tão diferente...

Estou prestes a abrir a boca para explicar quando há uma batida na porta.

— Eu atendo. – prontifica-se Anne, já se dirigindo para a porta. – Alteza.

— Senhorita. – Maxon responde ao seu cumprimento. – A senhorita America está?

— Oh, sim, Alteza.

— Maxon? – vou até a porta.

— Oi, America. Você me chamou?

— Aham.

— Quer falar sobre o quê? – ele pergunta e por um instante eu esqueço meu objetivo.

— Podemos discutir isso lá fora? O quarto está me dando claustrofobia.

Maxon olha para mim e sorri e sei que está lembrando-se da minha primeira noite aqui na mansão, quando tive claustrofobia após lançarem um balde de tinta vermelha na minha cabeça.

— Claro, senhorita. – ele sorri e me estende o braço. – O jardim estaria bom?

— Perfeito. – e saímos.

— Então, sobre o que você queria conversar? – ele pergunta enquanto caminhamos no jardim, após um longo silêncio.

— Então... – começo com o mesmo tom hesitante dele. – Meu irmão vai se casar.

— Kota? – ele parece meio surpreso. – Parabéns! Eu acho...

Dou uma risada.

— Não, Kota não, um filho de Apolo.

— Ah... Will Solace?

— Yeah! – volto-me para ele, surpresa, porém feliz. – Conhece ele?

— Não, mas conheço o noivo, Nico di Angelo. Também fui convidado. É uma pena que com a Seleção não poderei ir, Nico é gente boa e merece ser feliz, acho.

— Mas... era sobre isso justamente que eu queria falar. Por que não fazemos o casamento deles aqui? – pergunto, nervosa e ansiosa por sua resposta.

— O-o quê? – ele gagueja, voltando-se repentinamente para mim, chocado e vejo que isso já não é um bom sinal, no entanto, me nego a perder a esperança ou desistir.

Continuo, um pouco mais lentamente, como quem explica o ABC para uma criança.

— O casamento. Deles. Aqui. Na Mansão.

— Sim, essa parte eu entendi, America, mas como assim?

— Ué. Como assim o quê? Você sabe o que é um casamento, né? – ele assente, mas quando faz menção a falar, o continuo: – Então: ao invés deles fazerem o casamento onde eles tão querendo fazer, eles fazem aqui, ué. Não é simples?

— Não. Não é simples, America.

— Annabeth disse que me ajudaria. – digo, minha última cartada.

Suas feições mudam instantaneamente. “Annabeth”, ô nome potente.

— Ela disse? – ele parece desconfiado.

— Mas é claro! Eu não estou dizendo que ela disse? Ela quer ajudar a mim e a eles, Maxon.

— Ahn... verei com meu pai, então.

— Mas a mansão não é sua? – sei que estou sendo completamente inconveniente, manipuladora e irritante, porém isso é uma coisa que eu quero e não mata ser egoísta uma vez ou outra, né? Né?

— Sim, mas... – faço cara de cachorrinho pidão. – Okay, sem problemas. Agora teremos de ver a logística com Annabeth e você ficará encarregada de tudo. – pulo no pescoço dele, feliz e saltitante, totalmente agradecida.

Veria Will se casar! Que felicidade.

Pera aí... como assim “eu ficarei encarregada de tudo?”

...


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