A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 5
Capítulo 5 - Um Encontro às Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, aqui ainda é sábado e eu tô entrando fugida no computador porque vou viajar. Finalmente entendi que se eu não agendar minhas postagens eu simplesmente não posto, como no domingo passado - sorry por aquilo -, então acho que a maioria de vocês vai acordar e já vai ter um capítulo novo para ler ^^
FELIZ CARNAVAL! ÊÊÊ! Nem vou curtir nada!
Beijinhos,
Liz.



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P.O.V America

Os dias se passam e Maxon parece começar a se arrepender de sua reação e de sua birra aparentemente sem motivo. Asher começa a fazer seus encontros, mas um dia, logo pela manhã, antes mesmo do café, recebo um bilhete.

Hoje de noite. Às 21. Jardim.

Maxon.

 

Fiquei feliz por ele ter tomado a dianteira, eu definitivamente não ia me desculpar por algo que nem sequer fiz. Suspirei, alegre.

Minhas criadas me observam, talvez se perguntando o motivo do sorriso bobo em meus lábios. Passo café da manhã, almoço e jantar pensando em como será o encontro. Acho que pareço uma boba aos seus olhos, mas não ligo. As nove horas se aproximam. Quando faltam apenas quinze minutos, há uma batida na porta e dou um pulo seguido de uma risadinha. Acho que estou apaixonada por Maxon, mas não entendo... o que me impede de simplesmente me deixar levar?

Lucy se apressa para abrir a porta. Ela olha para mim como se antecedesse a decepção que sentiria a seguir.

 – Soldado Roosefild. – ouço Lucy cumprimentar em sua voz macia de sempre aumentada em alguns decibéis, mas sei que ela só quer que eu saiba quem é.

O que Christian quer?

— Deixe-o entrar. – passo a mão no meu vestido azul escuro e depois olho para Anne. Seus olhos parecem brilhar. Não entendo, mas ignoro. Levanto-me e vou falar com Christian.

Mary e Anne o cumprimentam assim como Lucy.

— Querem que a gente lhes dê licença? – pergunta Mary.

Estou prestes a responder que não quando Christian responde, sua voz mais grossa, alta e autoritária do que jamais ouvi.

— Por favor.

Franzo o cenho enquanto as garotas saem.

— Olá, Christian, o que quer? Resolveu voltar a ser meu amigo? – pergunto, um toque de amargura em minha voz.

— Você nunca percebeu, não é? – ele murmura.

— O que?

— Nada. Vim falar com você. Sinceramente, senti falta de sua companhia.

— Só porque estou na Seleção, é isso? Por que não me procurou antes?

Ele revira os olhos.

— Porque eu tinha outros... objetivos. – ele desvia os olhos. – Mas queria voltar para aquela nossa vida de antes. Você me contando dos garotos que gostava e depois me dizendo como conquistar tal e tal menina. – ele dá um sorriso melancólico, seus olhos perdidos.

— Não sei se confio em você. – digo. Quem não me garante que ele não está infiltrado como repórter de fofoca da revista Afrodite? E outra, eu realmente não sabia se confiava nele.

Ele volta seus olhos rapidamente para mim, como se não esperasse que eu fosse dizer aquilo ou algo similar. Acontece que eu também gostava de nossos momentos de amizade, que agíamos quase como irmãos, mas não fui eu quem jogou tudo pelos ares se afastando. Agora eu já não sei se quero aquilo de volta.

— Desculpe. – ele olha para mim com aquela cara de menininho pidão e depois se recompõe. – Desculpe, senhorita, não vou mais incomodá-la. – e, antes que qualquer outra coisa possa ser dita, sai do quarto.

Quando a porta se fecha, tenho vontade de chamá-lo, mas não o faço, apenas volto para o espelho e olho-me nele sem de fato enxergar e começo a pentear meus cabelos com uma escova.

Minhas criadas chegam alguns poucos minutos depois da saída de Christian e ainda me sinto perdida. Mary toma delicadamente a escova da minha mão e começa a pentear meus cabelos. Adoro isso. Lembra-me de casa.

Maxon bate à porta dez minutos mais tarde e me conduz ao jardim.

— Boa noite, senhoritas. – minhas criadas, após fazerem suas reverências, dão risadinhas e me empurram para fora. – O que acha de observarmos as estrelas? – ele sorri para mim.

— Adoraria, Alteza.

A noite está linda, talvez ele tenha mandado apagar as luzes do jardim para que fosse mais fácil observar as estrelas, ou talvez só quisesse ser romântico, porque todas as luzes de certo trecho do jardim estão apagadas e apenas luzes de velas e um único e solitário poste fazem a iluminação.

Maxon faz um gesto com os braços para que eu me sente na toalha de piquenique aos nossos pés e eu o faço sendo seguida por ele. O momento é estranho, apenas observamos tudo ao redor menos um ao outro, um silêncio estranho e desconfortável pairando pelo ar.

— Então... – ele começa, desconfortável, passando a mão pelos cabelos.

— Então... – me sinto como ele deve estar se sentindo, mas, no entanto, ostento um meio sorriso divertido nos lábios.

— A noite está linda. – diz, por fim, alguns segundos depois.

— Realmente. – sorrio para ele.

Mais silêncio desconfortável.

— Ahn... desculpe por ter te dado gelo, não foi minha intenção.

Claro que não, uma mini America diz ironicamente em minha cabeça, as mãos na cintura, revirando os olhos, enquanto outra empurra ela para dentro de um armário. Imaginar isso me faz rir.

— O que foi? – Maxon parece desconcertado.

— Nada. – tento parar de rir. – Não tem problema, Maxon, agora que está falando comigo. – dou um sorriso que espero que seja encorajador para ele e ele, após hesitar levemente, retribui o sorriso.

Era bom ter minha relação com Maxon de volta.

Permanecemos conversando coisas bobas, depois que terminamos nosso pequeno piquenique noturno, como antes e isso me deixa feliz. Recuperar minhas amizades com Maxon e Marlee parece necessário para manter a minha sanidade neste lugar.

Permaneço imóvel, minha apoiada cabeça em seu peito, ouvindo sua suave e ritmada respiração. Maxon mexe sua cabeça divagar, em um ritmo estranho, como se estivesse acompanhando o compasso de uma música em sua cabeça enquanto respira em meus cabelos.

— Sabe quando foi a última vez que observei de verdade as estrelas? – seu olhar está melancólico e distante, apesar de parecer alegre.

Aconchego-me mais a ele, querendo impedir que o frio cortante daquela noite gelada penetrasse mais em minhas roupas, antes de responder:

— Não faço ideia. – sorrio, tentando imaginar.

Momentaneamente a imagem do meu sonho me vêm à cabeça. Ele é o Príncipe. Não se engane. Mas trato de tirar o pensamento de minha cabeça. Não sabia e nem poderia imaginar quanto daquilo era verdade, afinal.

— Um tutor me fez estudar astronomia há alguns... há alguns anos. Quando vemos as estrelas mais de perto, percebemos que na verdade elas têm cores diferentes.

— Calma lá. – viro-me para ele, mudando de posição e me apoiando em meu braço para poder olhá-lo. – A última vez que você olhou as estrelas foi para estudá-las? E a diversão?

Ele ri, mas quando volta a falar aquela melancolia está lá novamente como uma força opressora escondida por trás de seus olhos.

— Diversão. – ele dá um sorriso triste. – Era difícil manter em minha rotina. – ele me puxa para perto novamente e agradeço-o mental, meu cotovelo já estava doendo. – Ainda é. Sou péssimo em conseguir colocar um pouco de diversão em minha rotina.

Aquilo parecia mentira, Maxon era bastante divertido – ou aquilo era só uma máscara para tranquilizar as selecionadas? – mas fiquei curiosa.

— Em que mais você é péssimo? – pergunto, alisando uma prega minúscula em sua camisa quase perfeitamente engomada. Maxon, talvez pelo meu gesto, muda de posição e começa a traçar círculos em meu ombro.

— Por que quer saber disso? – ele finge estar irritado, mas não consegue fingir muito bem, é quase fofo.

— Porque ainda sei tão pouco sobre você. E você parece ser perfeito em tudo. É bom ter uma prova do contrário.

Ele imitou minha posição de segundos atrás para me encarar fixamente.

— Você sabe que eu não sou.

— Mas está quase lá. – respondo, sorrindo para ele.

Ele suspira, fazendo uma expressão dramática como se ser perfeito lhe fosse um fardo. Depois Maxon balança a cabeça, sorrindo, como se aquilo fosse inacreditável.

— Hum... deixe-me pensar. Realmente, sou perfeito demais, não consigo achar erros... – ele se volta para mim, coçando o queixo e eu rio, ele acaba me acompanhando, mas quando paramos ele parece levar a missão de encontrar defeitos a sério. – Eu não sou um bom estrategista para manobras militares ou guerras. Caso não saiba, esse é um dos passatempos preferidos de meu pai e dos meus irmãos, Atena e Ares, juntos no Olimpo. Não que aconteça tantas vezes assim ou que eles ainda me chamem, mas a última vez que eu apareci, fui um verdadeiro desastre. – ele dá um sorriso fraco. – E acho que devo ser um péssimo cozinheiro. Eu nunca cozinhei, então...

— Nunca? – Beleza que ele é um deus e que certamente deve conseguir fazer comida aparecer do nada, mas nunca ter cozinhado? Estou realmente chocada.

— Talvez você nunca tenha percebido que há uma multidão de pessoas que trabalham para manter sua barriga cheia de doces e bolos, mas eles cozinham para mim também. – ele nem parece desconfortável.

É estranho e ao mesmo tempo engraçado. Em casa, todos ajudam para fazer as refeições. Até Gerad às vezes. Era difícil tentar imaginar minha casa sem o caos que era na hora de preparar a comida.

— Mais. – peço, afastando meus pensamentos para a saudade não bater. – No que mais você não é bom?

Ele me abraça forte e se inclina para mim, como se fosse contar um segredo.

— Na verdade, eu descobri uma coisa recentemente...

— Conte. – digo, animadamente.

— Sou um completo fracasso quando o assunto é ficar longe de você, o que é um problema gravíssimo.

Não sei se sorrio ou se faço uma careta. Acho que minha cara fica no meio caminho para os dois.

O barulho de alguém se movimentando sobre as folhas no chão nos alerta da presença de uma outra pessoa. Apesar do fato de que nossa situação seria completamente aceitável, fico um pouco envergonhada e, por um reflexo, sento-me rapidamente com a postura ereta. Maxon faz o mesmo antes que o guarda contorne a cerca e chegue até nós.

— Alteza. – começa, fazendo uma mesura com a cabeça. – Perdoe minha intromissão, senhor, mas é imprudente permanecer do lado de fora a essa hora da noite. Os monstros podem...

— Compreendo. – Maxon o cortou antes que terminasse a frase, dando um suspiro cansado. – Já estamos entrando.

O guarda nos deixa novamente a sós e Maxon se vira para mim:

— Outro defeito meu: estou perdendo a paciência com esse monstros e rebeldes. Estou cansado de ter que lidar com eles.


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Notas finais do capítulo

Acaba com esses rebeldes filhos da p*ta, Maxon!



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