A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 3
Capítulo 3 - Encontro Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Oi, povo, vocês tão meio sumidos, né? Devo me sentir mal por isso? '-' Jenni, obrigada por ser a única a ter comentado - ainda mais nos dois capítulos. Thanks. Esse capítulo é para você :)
Desculpem, leitores fantasmas, por não ter postado ontem, mas eu tava viajando, então não deu. De qualquer maneira, eu ainda estou, mas ontem passei o dia inteiro para terminar Mirai Nikki. Alguém já viu Mirai Nikki - Diário do Futuro? Minene x Nishijima: melhor shipp.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/667481/chapter/3

P.O.V America

            Mas a verdade, é que não fica. Maxon apenas bufa, volta a se sentar e me ignora pelo resto do jantar. O que eu fiz?

            De noite, fico em meu quarto pensando o que diabos eu fiz para irritá-lo tanto. Será que era por Asher? Então o que acontecera entre ele e Asher? Por que se odiavam tanto?

            Apenas quando Anne vem me perguntar se eu ainda preciso de alguma coisa porque ela e as meninas estavam se recolhendo é que paro de brincar de detetive e volto para a vida.

Quando finalmente pego no sono, depois de virar e revirar na cama sem conseguir dormir, sonho com eles. Um Asher e um Maxon de talvez sete anos brincam juntos, mas não pareciam se conhecer. Parecia ser há muito tempo, tanto que eu quase imaginei o sonho pintado de sépia. Maxon usa roupas em frangalhos, o rosto está sujo de fuligem, mas há um ar de nobreza em seu rosto que vejo até hoje em seus olhos.  Asher, ou quem presumo ser Asher, está bem vestido. Não muito, mas em comparação há Maxon. Os dois brincam juntos, como as crianças devem brincar e sorriem. O barro suja suas roupas e eles sorriem, conversam, ajudam um com o castelo do outro. Eles sorriem, apontam para um imponente Castelo a que estão copiando nas montanhas.

Uma mulher de cabelos castanhos trançados, bastante bela e com os mesmos trajes de Maxon sorri para a cena. Então outra mulher se aproxima, esta com uma carranca, ela olha para Maxon e para a mulher com um ódio possível de alimentar um usina termonuclear. Ela puxa Asher com força pelo ombro, como se brigando com ele. Ela fala algo.

— Não se junte com ele, filho. Ele é o príncipe. Não se engane. – seu sotaque é carregado.

Asher então olha para Maxon de um novo jeito, o ódio de sua mãe se espelha em seu olhar e a mulher que está com Maxon se aproxima e o puxa para perto, como se quisesse protegê-lo. Então ela levantou a mão e um homem fardado, um guarda, os puxou para uma carruagem e sumiram dali, o sonho se desfazendo em névoa.

Acordo suando frio. Acho que foi um sonho premonição, mas não tenho certeza, talvez seja só minha mente fértil inventando besteiras. Ainda não é de manhã. Suspiro e tento, em vão, voltar a dormir.

De manhã quase posso esquecer o sonho, mas não. Só tenho uma certeza: tenho que falar com Maxon.

Ao chegar ao Salão das Selecionadas, Annabeth está sorridente e me aproximo dela.

— Oi, Annie. Por que tanta felicidade?

— Ah... acho que ainda não posso falar. Tenho que falar algo com uma pessoa antes.

Estreito meus olhos para ela, nem tentando imaginar o que é. Será..?

— Tem a ver com arquitetura? – meu sorriso é quase malicioso.

— Não. – ela responde antes de me dar um sorriso cúmplice, uma risada e se afastar.

Passo alguns minutos lá, mas não há nada a se fazer. Talvez devesse fazer as pazes com Marlee, afinal. Realmente, não é como se tivéssemos brigado, mas ela estava me evitando, queria saber o que diabos havia feito de errado para ela agir desse jeito.

Levanto-me e estou quase a alcançando quando Silvia entra na sala, saltitante como sempre e fazendo o maior barulho.

— Garotas! Garotas! Amanhã teremos uma atividade especial com os nossos queridinhos, os príncipes. – ela sorri para nós como se tivesse acabado de anunciar que ganhamos todos na loteria.

— O que? – pergunta Celeste revirando os olhos para a animação de Silvia. Vejo pelo canto do olho que Annabeth lhe lança um olhar severo que faria qualquer um se mijar nas calças. Annabeth tinha isso de amedrontar a pessoa – quem quer que fosse: nós, um homem adulto, uma criança, Percy – com apenas um olhar.

— Croquet!

Há um suspiro de desânimo geral no salão e me divirto ao ver que Annabeth também se juntou ao coro.

Dou um risinho e com a comoção do salão acabo me esquecendo de Marlee e decidindo sair para ver se acho Maxon ou pelo menos tomo um ar para me preparar para o croquet de amanhã.

Nunca joguei croquet na vida, e para ser bem verdadeira, não tinha vontade alguma de jogar. Já vira em alguns filmes antigos, era um jogo com um martelinho que você tem que bater na bola para ela passar por entre arcos de metal na grama. Para ser bem verdadeira, não entendia bem o jogo, mas não estava na minha lista de coisas para fazer antes de morrer aprender.

Vou para o jardim na esperança de achar Maxon, mas ele não está lá e tampouco nos lugares habituais que o encontro normalmente e sim, agora tenho certeza, ele está me evitando. A única coisa que não sei é o porquê.

No jantar ele simplesmente me ignora completamente. Toco na orelha diversas vezes, mas ele não toca na dele de volta, então decido que se é assim não vou ficar correndo atrás.

Quando estamos saindo do salão, procuro me manter distante dele, para ficar bem claro que não farei esforços para pedir perdão por algo que nem sei o que é. Vou até Marlee.

— Oi. – digo com uma timidez estranha.

— Oi. – meu tom de voz se reflete no dela.

— Tudo bem?

— Sim, e você?

Amenidades.

— Também.

Ficamos um pouco em silêncio.

— America, sobre aquele dia... – ela começa, claramente desconfortável.

— Você não precisa falar nada se não quiser.

— Obrigada. – ela dá um sorriso aliviado e vem me abraçar. – Senti a sua falta.

Envolvo meus braços nela num abraço apertado.

— Eu também.

Durante toda a tarde fico em meu quarto, lendo. Anne me falou da biblioteca e fui lá pegar um livro ou dois, mas ela precisava mesmo era me levar à sala de música. No entanto, Lucy e eu ficamos jogando baralho durante a tarde. Aparentemente só Anne sabia a localização da sala de música, o que parecia bastante estranho, mas eu não discuti. Como ela estava ocupada à tarde, disse que me levaria de noite e eu estava satisfeita com isso.

 – Então... – comecei envergonhada olhando para Lucy que tremeluzia como fumaça. – Como se joga croquet?

Ela também parece envergonhada quando responde:

— Eu não sei, mas talvez Anne saiba.

— Não, acho que vou fugir.

Damos risadinhas juntas.

— Senhorita America. – diz, entre uma risada e outra.

— Acabei! – anuncia Anne alegremente, depois que volto do jantar, enquanto pendura o vestido que acabou de terminar no cabide. – Podemos ir, senhorita America.

Sorrio, alegre. Antes tarde do que nunca.

Anne e eu andamos por corredores e mais corredores da Mansão e não entendo como Anne ainda não se perdeu. Ela sobe escadas e anda por corredores com uma tranquilidade que nem eu entendo enquanto ando atrás dela.

— Falta pouco... – murmuro como se ela quisesse me tranquilizar antes de virar um corredor e anunciar: – Chegamos!

— Obrigada, Anne.

— Não há de quê, senhorita. – ela faz uma reverência enquanto adentramos na sala.

Há mais de um violino, várias guitarras e violões e uma bateria. Uma harpa ali, uma flauta aqui, um trompete lá e um saxofone bem perto da entrada, mas apesar do aparente caos inicial, o lugar é mais organizado do que meu quarto nunca foi. Vejamos mais... há um piano no fundo da sala e... alguém debruçado sobre suas teclas.

Não havia percebido, mas há uma melodia suave e baixa no ar. Acho que é Beethoven, Für Elise, ou talvez não, é bem mais lento. Ele não parece perceber nossa presença e reconheço aquele cabelo. Ou é Maxon ou Asher, mas o cabelo está bagunçado demais para ser Maxon.

Anne parece envergonhada e depois de um ”Com licença” apressado e sussurrado e uma reverência, sai da sala deixando a mim e a Asher sozinhos.

— Asher? – pergunto, hesitante.

Ele quase literalmente pula em seu acento e se volta para mim mais rápido do que achei que poderia ser possível.

— America? – ele parece desnorteado. – O que está fazendo aqui?

E entendo porque só Anne sabia onde era esse lugar, talvez ele seja meio secreto.

— Hm... achei que eu podia...tocar. – minhas bochechas devem estar mais vermelhas que meus cabelos.

— Oh, sim. Tocar, claro. – ele também parece envergonhado.

— Eu interrompo alguma coisa?

— Não. – ele se levanta e pega minha mão, a beijando, ainda parecendo perdido. – É um prazer tê-la aqui. O que você toca, America? – tento ignorar o sorriso malicioso dele que contradiz completamente seus olhos nebulosos. O que há com ele?

— Que instrumento, você quer dizer?

Ele dá um riso sem graça.

— Exatamente.

— Piano, violão... mais principalmente violino.

— É. Fiquei sabendo que tocou no aniversário de Kriss.

— Foi.

— Ela disse que gostou.

— Ela comentou sobre isso na entrevista dela?— estou meio chocada e ele parece meio envergonhado.

— Foi.

— Hm.

Um silêncio desconfortável cobre a sala, substituindo o agradável som da música que tocava antes.

— Que música estava tocando?

— Für Elise. – respondo e quase não parece pensar.

— Num compasso mais lento?

— Exatamente.

Amenidades.

— Você pode tocar para mim?

Ficou meio desconcertada com sua pergunta.

— C-claro.

Vou até um dos violinos em seus suportes e o tomo em meus braços. Posiciono meus dedos e começo a tocar, segurando firmemente o arco.

Ele parece entusiasmado, sorrindo, às vezes batendo palmas. Minhas mãos planam as cordas e então estou tocando outra música, que flui naturalmente. Sinto-me como um DJ, mixando as músicas, juntando-as, fazendo mágica, mas ao contrário dele não tenho uma máquina de mixagem ou a espera de uma batida, algumas duas músicas, duas mãos e um violino.

— Tão magnífica quanto no dia do concurso. – murmura, certamente para si mesmo.

Aquele comentário me desconcerta completamente e erro uma nota.

— O que foi? – sua voz é quase um riso.

— Nada. – digo, tentando me recompor. – Acho que já deu por hoje, estou cansada, vou para meu quarto.

— Você sabe como voltar? – ele parece realmente estar se divertindo e isso me irrita.

— Não. – admito, por fim, depois de segundos de silêncio. – Mas tenho certeza que Anne está aqui fora. – digo, alegremente antes de passar pela porta aberta da sala e me deparar com, nada mais, nada menos, que um corredor vazio. Bufo.

— O que foi? Ela não ficou? – é estranho porque ele já parece saber. Claro. Ele é um deus., penso com amargura. – Você quer que eu te leve? – oferece. – Não quero que se perca.

— Quem disse que irei me perder?

Ele dá um sorriso e depois dá de ombros, mas ele sabe.

— Tá. – aceito a contra gosto por fim.

Ele dá um sorriso triunfante, me estende o braço e depois que o tomo ele me conduz pelo labirinto de corredores para o meu quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E esse sonho, hein? Será um vislumbre do passado? O que vocês acham que é? QUERO TEORIAS!
E a Annie? O que será? *risos*
E esse encontro na sala de música? Asher cada vez mais cativa meu coração e o de vocês? E tipo, a sala de música não existe na Seleção de Kiera Cass, pelo menos eu não me lembro, mas eu participo de vários RPGs de A Seleção de Fakecity no Facebook - qualquer coisa que não entenderem, podem perguntar por MP - e sempre tem Salas de Músicas, então resolvi pôr.
Ames fugindo do croquet: tão a cara dela. Risos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.