A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 17
Capítulo 17 – Só queria ser a Jean Grey


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas. Brotei, Não, pessoas, eu não vou mudar o dia de postagem para terça - eu postei na semana passada na terça, né? - - mesmo que fosse muito conveniente -, mas é por causa da net, que eu já expliquei. Ela caiu no exato momento que eu concluí o capítulo - ou não tão exato - o que foi foda, aí eu não pude postar. Qualquer coisa, gente, se passar muito do dia da postagem e a net não voltar, eu vejo se consigo postar na "bliblioteca" - entendedores... - da escola, okay?
Beijinhoos,
Dra. Liz (Porque ser Doutor é melhor do que ser Mestre ;) )



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P.O.V America

No jantar de ontem, usei o vestido sexy de Mary, como havia prometido. A verdade é que ele não era nem tão sexy assim, apenas se ajustava mais ao meu corpo do que os demais, estilo princesinha.

Mas isso não impediu Asher de ficar olhando-me como se quisesse me despir, o que foi deveras ultrajante, cansativo e ridículo – Quem ele pensa que é? Só porque é um deus, não quer dizer que pode fazer esse tipo de merda comigo. —, então, para evitar criar caso, passei a maior parte do jantar tentando ignorar seus olhares lascivos.

Bufo, irritada e com raiva, devido à memória, enquanto entro na sala de jantar, já de manhã, pro café, extremamente cansada devido a uma noite mal dormida e às obrigações sociais diárias daquele lugar.

Pelo menos, hoje, depois da sessão de fotos com os designs das fantasias, teremos o resto do dia de folga, até o jantar, mas minha cabeça latejante me faz perguntar se realmente conseguirei comparecer a este, ou pior: se conseguirei participar da sessão de fotos.

Parece que vai ser algo divertido, apesar de tudo. Algo como aqueles ensaios fotográficos mega sérios que têm que passar ao público a ideia de divertimento das modelos, como se fosse algo totalmente dinâmico e engraçado, mesmo não sendo. Não é como se alguma de nós pudesse realmente escapar, de qualquer forma. Não é um joguinho qualquer de croquet, afinal.

Mas eu até que estava animada. Andei olhando os modelos das meninas por cima de seus ombros enquanto elas desenhavam, e eles parecem simplesmente incríveis. Mesmo assim, estamos tendo que suprimir a cultura pop, o que é meio triste. Está meio difícil, está sendo muito complicado. Já podia me imaginar vestida de Jean Grey, dos X-Men, ou algo assim. Eu sempre quis me fantasiar dela, por ela ser ruiva, assim como eu, e ser muito poderosa e diva, mas minha mãe nunca quis fazer uma fantasia dela. Era meio frustrante. E parece que vai continuar a ser.

Meus pensamentos são interrompidos pelo falatório entre Celeste e Asher, que parece animado de dialogar com uma menina que ele mesmo definiu como “víbora”. Esse rapaz é impressionante..., pensei, balançando a cabeça negativamente a cabeça lentamente. E você está com ciúmeeesss., ouvi uma voz cantarolar na minha cabeça.

Me sobressaltei um pouquinho, mas a única pessoa que parece ter percebido, foi Marlee, ao meu lado.

— Tudo bem, America? – ela pergunta, franzindo levemente o cenho para mim.

— Ahn... yeah. É só que... – olho para o meu prato, procurando uma desculpa. – Essa torta de maçã... hm... está uma delícia.

Marlee dá uma risadinha discreta – aquela que Silvia nos ensinou um dia e que eu nunca aprendi – antes de falar:

— Você e suas tortas, hein, America?

E então ela se volta novamente para seu café da manhã, como se nada tivesse acontecido.

Tento me concentrar naquela voz. Não parecia com a minha... nem de longe. Apesar de ser feminina, era profunda e rouca, algo como posso imaginar que outra pessoa caracterizaria como sexy. Estranho... será Afrodite? Naaah!, minha mente responde, mas dessa vez é apenas a minha mente mesmo.

Soltei um suspiro profundo e cansado que não pareceu sair despercebido aos olhos de Maxon, que, ao me ver olhar para ele, tocou em sua orelha. Fiz que não com a cabeça, tentando expressar o máximo de tristeza possível por ter de fazê-lo. Toquei na cabeça. Está doendo, queria transmitir, mas ele parecia alheio aos meus incríveis poderes psíquicos – está vendo? Se eu fosse a Jean Grey, nada disso estaria acontecendo.

Eu não estava muito afim de ir para o tal ensaio, mas após a insistência das meninas – e um Tylenol—, eu acabei indo.

Quando eu cheguei, a coisa ainda não tinha começado. Eu estava com um vestido lindo roxo feito pelas meninas de última hora especialmente para a ocasião. Não sabia se destacava direito meus olhos ou coisa e tal, mas teria de servir.

O pessoal do suporte ainda estava montando as coisas, e percebi que Asher estava ajudando-os. Era até fofo da parte dele fazê-lo, então não pude deixar de sentar-me em um sofazinho qualquer que tinha sido disposto de qualquer maneira no salão de festas, e observá-lo.

— America. – ouço a voz de Maxon me chamar, após sentir alguém sentar-se ao meu lado. – Está tudo bem? – ele pergunta, a voz tomada de preocupação.

Volto-me para ele lentamente, ainda com imagens de Asher ajudando a equipe técnica na cabeça.

— Hm...?

— Eu perguntei se você está bem. – sua testa se franze ainda mais.

— Oh, sim. Estou. – digo, no automático.

— Não minta para mim.

— Eu estou, juro. Agora estou.

— E mais cedo?

— Eu estava com dor de cabeça. – respondo.

— Hm.

— “Hm” o quê?

— Nada. – responde, seu olhar tão perdido quanto o meu há segundos atrás. – Tenho que ir. – diz, levantando-se bruscamente. – Nós vemos quando o ensaio começar.

Franzi o cenho para ele, enquanto o observava sair pelas portas do salão exatamente quando Kriss entrava. O vi cumprimentá-la vagamente e eles entabularem um rápido diálogo, antes de seguirem cada um para uma direção diferente.

Ela não veio falar comigo, então não tentei falar com ela também, apenas voltei-me novamente para Asher e o pessoal do suporte, enquanto um sorriso lento se abria em meu rosto. Asher tinha tirado a camisa em algum momento durante minha conversa com Maxon e agora exibia orgulhosamente seu torso nu e bronzeado. Não posso deixar de olhar.

— Adorável, senhorita. Continue a apontar para os desenhos. As outras tentem não olhar para mim – pede o fotógrafo.

Eu meio que não sabia que minhas criadas também participariam do ensaio, se eu bem entendi, foi algo de última hora, mas Mary parecia radiante com essa mudança de planos.

Naquele momento, eu tentava parecer natural enquanto examinava os desenhos de Anne, e as criadas estavam atrás da mesa com pedaços de tecido, caixas de lantejoulas e uma quantidade absurda de penas.

A câmera clicava várias vezes enquanto fazíamos poses diversas, na tentativa de dar opções ao fotógrafo. No instante em que eu posaria com um tecido dourado enrolado na cabeça, recebemos um visitante.

— Boa tarde, senhoritas. – disse Maxon, cumprimentando as pessoas.

Na teoria, ele e Asher só deveriam ficar de observadores, mas nem isso eles tinham feito até o momento. Asher, assim que tudo estava terminado, saiu para trocar de roupa e não voltou até agora, mesmo que Celeste e Elise já tenham pousado. Maxon só apareceu agora, também.

Não pude deixar de me endireitar um pouco e me esforçar para que meu sorriso se tornasse maior. O fotógrafo captou esse momento antes de se dirigir a Maxon.

— Sua Alteza, é sempre uma honra. O senhor se importaria de posar com a jovem senhorita?

— Seria um prazer. – ele deu um sorriso de tirar o fôlego.

As criadas abriram espaço. Maxon pegou alguns desenhos e se colocou bem atrás de mim. Uma de suas mãos segurava uma folha e a outra repousava em minha cintura. Esse detalhe significava muito para mim. É como se ele dissesse: “Veja, logo vou tocá-la assim diante do mundo. Você não precisa se preocupar com nada”. Afastei esse pensamento e essa possibilidade.

Depois de mais algumas fotos, o fotógrafo foi atrás da próxima garota. Percebi que também as criadas, discretamente e por conta própria, haviam deixado o salão, talvez para fazerem suas próprias obrigações – ou talvez para tentar fazer Maxerica tornar-se Cannon e nos deixar a sós.

— Suas criadas têm muito talento. – disse Maxon, enquanto nos dirigíamos ao sofá, com os esboços em mãos. – A ideia é maravilhosa.

Ouvi os primeiros clicks das fotos de Marlee sendo disparados.

Tentei me comportar da mesma maneira de sempre, mas as coisas passaram a ser diferentes, ao mesmo tempo melhores e piores.

— Eu sei. – respondi. – Não poderia estar em melhores mãos.

— Já se decidiu por algum? – perguntou ele, espalhando os papéis pela escrivaninha.

— A gente gosta dessa ideia do pássaro. Acho que é uma referência ao meu pingente. – eu disse, com a mão sobre o fino cordão de prata. O pingente de passarinho era presente de meu pai, e eu preferia esse objeto a todas as joias pesadas que ali me foram dadas.

— Detesto dizer isso, mas acho que Celeste também escolheu uma fantasia de pássaro. – disse ele.

— Tudo bem. – respondi, dando de ombros. – Não sou louca por penas, mesmo. – De repente parei de sorrir. – Ei, como você sabe?

Ele fez uma pequena careta.

— Eu a vi antes dela vir para cá. Foi apenas uma visita rápida para conversar. Acho que não posso ficar muito tempo aqui também. Meu pai não está contente com tudo isso, segundo ele, está demorando demais, e o pior de tudo é que minha mãe concorda com ele. Pelo menos ele gostou da ideia da festa. – ele dá de ombros. E também acha que seria um modo bem melhor de conhecer as famílias diante da atual situação...

— Que situação? – pergunto, tentando suprimir meus ciúmes.

Você não é a única garota nessa Seleção, America. Segura a tua onda.

— Ele está ansioso por uma eliminação, e devo excluir alguém depois de conhecer os pais de todas. Na opinião dele, quanto antes eles vierem, melhor.

Eu não tinha percebido que mandar uma garota de volta para casa fazia parte dos planos do Halloween. Pensava que seria apenas uma grande festa. Aquilo me deixou nervosa, embora eu repetisse para mim mesma que não tinha motivos para tal. Não depois da nossa conversa de alguns dias atrás e de toda a atenção especial de Asher, mas mesmo assim, eu estava nervosa, não só por mim, mas pelas outras garotas também.

Ainda com os olhos nos desenhos, Maxon falou, com ar distraído:

— Acho que preciso tirar uma ou duas fotos com Marlee.

— Já? – sabia que era egoísta privar minha amiga de também ter fotos com ele, mas eu meio que não me importei no momento.

E então Asher entrou na sala, com aquele seu ar dramático habitual.

— Boa tarde a todos! – saudou, em voz alta.

Tive vontade de soltar um risinho. Ele olhou para nós e fez uma careta, enquanto observei Maxon franzir o cenho.

— Não se preocupe, America. Tenho que ir.

Então ele e Asher se dirigiram simultaneamente até Marlee, não sem trocarem alguns olhares feios, e pousaram com elas e todas as meninas subsequentes.


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Notas finais do capítulo

Eu tinha algo para falar... mas esqueci... '-'