A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 13
Capítulo 13 - Monstros sem SA 3: Monstros de Férias


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu só queria, primeiramente, avisar que nesse capítulo - e provavelmente em outros da história - tem palavrão, por quê? Porque eu sinceramente acho pouco provável que você não conheça ninguém que fale palavrão, e até entendo que você seja daquele tipo de pessoa que não fala palavão - super respeito e admiro -, mas as fics imitam - e também fogem, masokay - a realidade, então seria meio wtf colocar uma fic onde ninguém fala palavrão nunca. Eu até evito pôr, às vezes, mas nesse eu liberei um pouco, então espero que entendam...

Depois, gostaria de explicar minha ausência, sei que não se justifica, mas vou explicar mesmo assim: eu tinha prometido postar dia 1/06 ou dia 5, porém, perto dessa época, um parente meu morreu, então não pude postar; depois, era de se esperar que eu postasse no dia 12/06, porém, era véspera de prova - de SEMANA de prova -, então preferi estudar; e ontem... bem, eu estava meio insegura com o capítulo - ainda estou - por isso segurei ele mais um pouco, então espero que gostem.
Beijos,
Liz.



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P.O.V America

Estávamos na estrada. Suspirei. Ufa! Nunca tinha percebido quão afastada era a Mansão – afastada tipo: se tiver um serial killer e ele tentar te matar, ninguém vai ouvir seus gritos – até aquela viagem, onde o silêncio vencia a conversa – o único som que parecia ter no ambiente era o das rodas do veículo amassando o asfalto – e eu fui meio que obrigada pela situação a apenas observar as paisagens que passavam do lado da minha janela.

Pelo menos eu fiquei na janela.

Estávamos tendo uma viagem um tanto... incômoda, como eu já disse. Ninguém falava nada, nem os dois guardas no banco da frente nem Maxon, ao meu lado, nem Asher, na outra janela, então fiquei me perguntando quanto tempo aquilo duraria. Esperava que não a viagem toda, porque, francamente, uma semana inteira num país desconhecido, de língua desconhecida, com um monte de estátuas musculosas e uma mulher neurótica, tudo naquele climinha gostoso de “eu to aqui obrigado”, eu não ia aguentar.

De repente, Maxon segurou minha mão.

Virei-me para ele.

— O que são isso? – perguntou, acariciando as pontas de meus dedos.

— Calos. – respondo, simplesmente. – São de apertar cordas de violino durante uma hora quase todo dia.

— Não tinha reparado nisso. – ele diz, simplesmente.

— Eles são um problema para você? – pergunto, levemente ofendida.

Maxon para e leva minha mão até sua boca para beijar as pontas pequenas e ásperas dos meus dedos.

— Pelo contrário. Acho bonito.

Era incrível como só parecíamos ter nós dois naquele carro.

Senti minhas bochechas corarem. Ele continua:

— Eu vi muito pelo mundo e tenho à disposição a resposta para milhares de perguntas. Mas esta mãozinha aqui? – ele olha fundo nos meus olhos. – Esta mão produz sons que não se comparam a nada que eu já tenha ouvido. – Será que ele nunca ouviu Apolo tocar?, meu cérebro alfineta, mas ignoro. – Às vezes, penso que a visão de você tocando violino foi apenas um sonho. Aquilo foi tão lindo. E os calos são a prova de que foi real.

Havia momentos em que ele falava comigo de uma maneira impressionante, romântica demais para acreditar. E apesar de eu guardar aquelas palavras no meu coração, nunca tinha certeza se podia confiar plenamente nelas. Como saber que ele não dizia o mesmo para as outras? Era hora de eu mudar de assunto.

— Você tem respostas para milhares de perguntas, mesmo?

Sua expressão se fecha.

— Você sabe que algumas eu não posso lhe dar, America.

E então o momento passa e ele se afasta e o silêncio está de volta novamente.

Não tínhamos andado nem uns cinco quilômetros quando o carro da frente – o de Silvia, Christian e dos outros guardas – parou, o que quase fez o nosso carro bater no da frente e o de trás bater na gente.

O nosso motorista saiu e foi falar com o do carro da frente e o de trás logo se juntou a eles. Silvia saiu do carro, o que pareceu ser a deixa perfeita para Asher e Maxon saírem também.

Eu já tinha aberto a porta quando senti Maxon tocar em meu braço.

Voltei-me para ele.

— Fique aqui. Por favor.

Eu pensei em dizer não, mas sua expressão era tão... ahn... estranha, que eu simplesmente fiquei no carro.

Ele saiu.

Então pensei em algo a dizer. Sabe, só para não dizer nada.

Abri a janela.

— EU VOU FICAR, TÁ? MAS EU NÃO SOU UMA MENINA INDEFESA. – gritei, só para esclarecer as coisas.

Maxon se virou e deu um sorrisinho.

— Eu nunca pensaria isso. – então foi até o grupinho de pessoas.

Vi, pelas suas expressões, que, o que quer que tivesse acontecido para interromper a viagem, não era nada legal.

O motorista do último carro foi para seu carro, fez uma manobra para virar o carro e acelerou de volta para a Mansão.

De cada lado do carro, uma porta foi aberta, e Asher me empurrou para o meio, sentando-se onde eu estava. Eles mal fecharam as portas e o carro já estava acelerando de ré, então fez uma manobra violenta – parecida com a do último carro, mas como eu disse, bem mais violenta – e estávamos indo para a Mansão, seguidos pelo primeiro carro – que agora era o último.

Esperei que eles me explicassem o que estava rolando. Como eles não fizeram, fui obrigada a perguntar:

— Alguém vai me falar o que está acontecendo?

— Não. – eles responderam em uníssono.

Fiz cara feia e cruzei os braços.

— Vocês vão me explicar.

— Não vamos, não. – Asher disse.

— Não agora.

Seria fofo, se não fosse irritante, eles, depois de tanto brigar, ficarem completando as sentenças um do outro. Seria fofo, mas eles estão me escondendo algo.

Se eu tivesse na porta, eu poderia ameaçar pular do carro – só ameaçar, porque, né? Pular de um carro nessa velocidade? –, mas Asher tomara meu lugar.

Será que ele prevê o futuro também?

Fiz mais cara feia. Eu poderia chorar e fazer Maxon me falar, mas isso seria muito baixo. Não sei como proceder. Talvez pedir com jeitinho?

— Por favooor. – implorei.

— Você já vai saber, America. – Maxon disse.

— Vamos, por favor! Eu estou até pedindo com jeitinho! – insisto.

Maxon olha para Asher, como se esperasse uma aprovação, o que me deixa confusa, então Asher revira os olhos e dá de ombros, como se dissesse “Pode dizer. Foda-se!”.

Obrigada, Asher., penso, revirando os olhos.

— Bem, America... – ele faz uma pausa como se fosse desistir.

— Vamos, fale logo, já to ficando de saco cheio desse coro de canção. – falo, brava.

— Acontece, America, que nós estamos sendo atacados.

— Mas como assim atacados? – pergunto, quando chegamos à Mansão. Era a quarta ou quinta vez que eu fazia aquela pergunta, mas eles se negavam a me dar uma resposta decente.

— Como é que se ataca, America? Atacando. – Asher faz graça.

— Eu já disse que não é engraçado. Por que insiste nessa piadinha? – bufo e saio do carro, pisando duro e entrando na Mansão.

Fico surpresa ao não ver o fuzuê habitual de quando se tem ataque de monstros. A verdade, é que não há ninguém aqui.

— O que está havendo, afinal? – pergunto para Christian quando ele passa ao meu lado.

Ele me olha uma vez com seus olhos ternos, implorando-me para que eu entenda que ele não pode contar, e depois assume a postura rígida de um soldado.

— Desculpe, senhorita. Eu não fui autorizado a lhe informar.

Reviro os olhos.

Talvez já estejam recolhidos nos abrigos.

— Vamos, America, não podemos perder tempo. Temos que ir logo para um abrigo. Todos já estão lá. – diz Maxon, colocando um braço nos meus ombros.

Me desvencilho de seus braços, irritada.

— O que foi, America? Está de TPM? – pergunta Asher num tom divertido e estranhamente satisfeito.

— Estou. Totalmente puta com... – penso numa palavra para “M”, apenas “Maxon” não seria justo, já que Asher me exasperava até o último fio de cabelo, o melhor seria “com vocês”, mas vai ter que servir: – ...meninos.

— Vai fazer o quê, então? Virar lésbica? – pergunta Asher, ainda com aquele seu indestrutível tom divertido.

— Por que não? Há quatro opções maravilhosas nesse lugar. – rebato rapidamente, com raiva.

Ah! Quer dizer que além de “espertinho”, ele também é homofóbico?

— Cinco. – Maxon corrige fracamente.

— Quatro. – insisti, pensando que Celeste nem de longe poderia ser tida como “uma opção maravilhosa”. – Bem melhor do que aturar vocês dois. Tem algo contra garotas que gostam de outras garotas, Asher? – pergunto, vermelha de raiva.

Mais um deus intolerante. Que ótimo! Achei que eles, por virem da Grécia, deveriam ter mente aberta, mas parece que eu me enganei.

— Nada contra. Só contra você gostando de outras garotas, America. – ele me dá um olhar... – como é que se chama? Olhar 64? Que seja – um olhar 64 e num instante a vermelhidão de meu rosto não é mais apenas de raiva, porém eu não vou dar o braço a torcer.

— Que pena para você, porque se eu for isso não teria como ser menos da sua conta.

— Pois é aí que você se engana, você está numa competição cujo um dos requistos principais era ser uma garota que gosta de garotos. Se você não gosta de garotos – garotos com ênfase em mim e em Maxon –, não tem porque continuar aqui.

Não perdi tempo para dizer que existem pessoas que gostam de homens e de mulheres ao mesmo tempo.

Nem também que eu gostava de garotos e, até onde eu sabia – até porque nunca se sabe quando Afrodite vai fazer suas mágicas –, apenas deles.

— Pois me mande embora.

— Mandarei.

— Opa, opa, opa. Ninguém vai mandar ela embora.

— Essa coisa aqui não é somente sua, Maxon.

Era incrível como eles conseguiam transformar uma discussão desconstruidora em mais uma briguinha de irmãos.

Reviro meus olhos.

Uma criada aparece ao meu lado.

— Senhorita, pediram para eu lhe acompanhar até o abrigo mais próximo.

Pensei em perguntar-lhe se Maxon e Asher também iriam, mas eu estava com tanta raiva dos dois que simplesmente fui com ela, no entanto, as palavras de Asher não saem da minha cabeça.

Mas a verdade é que eu estava certa. Isso é ridículo. Que ideia mais ridícula essa de Zeus, hein? Colocar trinta e cinco meninas para correr atrás de um dois deuses.

Que coisa mais machista!

E eu tinha que ter me metido nisso...


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Notas finais do capítulo

Acho que não tenho nada a dizer '-'



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