A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 11
Capítulo 11 - Acordada


Notas iniciais do capítulo

Aff, caraleo, tô tãããããao puta. Tinha tudo prontinho, já ia postar e meu pai desligou a net. QUE RAIVA! Nem me lembro mais o que eu pus '-' Paciência.
So, eu sei que que eu deveria postar amanhã, but, como eu demorei pacas para postar e amanhã provavelmente não poderei fazê-lo, tô fazendo hoje. E eu sei como é frustrante autor que não posta, por isso estou me organizando para postar direitinho próxima semana no domingo.
Beijocas e pipocas,
Liz.



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P.O.V America

Depois daquela notícia, minhas criadas parecem endoidar completamente, ficam correndo para lá e para cá no quarto como baratas tontas – não me leve a mal, não quero ser maldosa ou tampouco ofendê-las, mas foi a comparação que mais se aproximou do estado delas – tentando arrumar as coisas.

— Eu posso arrumar minha mala, vocês sabem.

— Suas malas. – Mary me corrige.

— E essa é nossa obrigação, senhorita. – diz Lucy sorrindo amavelmente.

— Se vocês dizem... – resmungo mal-humorada enquanto tento ajudá-las minimante, porém todas as vezes que elas percebem, elas me repreendem e eu volto para a cama.

Marlee, não sei como – provavelmente algumas criadas devem ter sabido e passado até as dela, a verdade é que qualquer notícia nesta casa corre muito rápido. Rápido demais para o meu gosto. –, aparece em meu quarto antes do jantar com suas criadas para fazermos algo, talvez uma despedida. Ela me oferece algumas de suas roupas e me ajuda a escolher as roupas a levar.

Foi uma noite divertida, das meninas, então fomos ao jantar juntas, rindo.

Entramos no salão um pouco atrasadas e este se encontrava em um silêncio sepulcral, que faz nossas risadas imediatamente cessarem.

Então percebo que foi anunciado a viagem de amanhã e que é por isso que as meninas estão com cara de quem comeu e não gostou – a verdade é que elas nem encostaram na comida, devem ter perdido o apetite, e, se tivessem encostado, não estariam com essa cara, porque a comida aqui da Mansão é uma delícia.

— Hm... licença. Desculpa o atraso, perdemos a noção do tempo. – digo, fazendo uma reverência e Marlee se abaixa comigo.

— O que houve? – ela pergunta rapidamente em um sussurro.

— Provavelmente ficaram sabendo da viagem de amanhã agora.

— Ah.

Caminhamos para duas cadeiras lado a lado.

Sento-me e logo sou servida, o silêncio ainda dominando.

 – Então, senhoritas, estávamos contando para as outras moças da viagem que eu, meu irmão e a senhorita America começaremos amanhã antes de vocês chegarem, mas imagino que já saibam disso. – disse Asher, quebrando o silêncio e lançando um olhar para Marlee.

— Percy e Annabeth ficarão tomando conta do lugar em nossa ausência e é para respeitá-los tantos ou até mais do que respeitam a mim e a Asher. – não posso deixar de perceber que Maxon não diz “meu irmão”, como Asher, chamando-o pelo nome.

E não pela primeira vez naquele dia eu pergunto-me: O que está acontecendo entre eles?

— Está ansiosa para a viagem, senhorita America?

Olho para Asher, minha boca cheia de bacalhau, e percebo que ele está rindo. Ele está se divertindo as minhas custas, ele sabia que eu estava com a boca cheia.

Engulo o que há em minha boca na velocidade da luz e volto-me para ele.

— Ô.

Silêncio.

Comemos, vagarosamente e o mais silenciosamente que parece possível, apesar do tilintar constante dos talheres contra os pratos de porcelana. Suspiro. Ele sai mais alto do que o esperado em uma sala tão grande e silenciosa, parecendo ecoar pelos quatro cantos da sala.

Sinto olhos em mim. Nem preciso olhar para saber quem é.

Olho.

Maxon está olhando fixamente para mim, com uma mão na orelha.

Não correspondo o gesto, finjo que não vi.

Está tudo tão estranho dentro de mim.

Insistentemente, Maxon continua com a mão na orelha.

Ao final, quando já estou comendo a sobremesa – deliciosas tortas de morango – acabo desistindo de resistir e coloco minha mão sobre a orelha. Ele sorri para mim, como se dissesse “Fez a escolha certa” e isso me dá um pouco de raiva.

Celeste é a primeira a sair do salão, parecendo entediada e com muita raiva – mas, pensando bem, quando ela não parece estar entediada e com muita raiva? –. Depois Elise e Natalie saem juntas. Faço menção a me levantar, quando Marlee o faz, mas Asher já está ao meu lado.

— “Ô”? – ele pergunta e por alguns segundos fico me perguntando o que diabos esse rapaz está falando, mas então me lembro de sua pergunta e minha resposta.

— Significa “muito”. – respondo, simplesmente, vendo, por cima de seu ombro, Maxon se levantar e nos observar com um olhar de poucos amigos.

Será que estou realmente vivendo um triângulo amoroso? Como nos livros? Que frustração da merda.

— Eu sei o que significa “ô”. – ele revira os olhos. – Mas por que a viagem te aborrece tanto? Você a mereceu.

— Como assim “me aborrece tanto”?

— Não é como se a ironia no seu tom de voz não fosse visível. – ele responde, olhando para longe. Seus olhos voltam para mim. – Não mude de assunto. Por quê?

— Eu não sei. Não me aborrece. – minto. A verdade é que eu realmente não sabia, apenas me aborrecia.

Talvez fosse o fato de todas as meninas – menos Marlee, que, a propósito, deu um jeito de escapulir sorrateiramente do salão e me deixar sozinha – parecerem me odiar, ou toda a tensão que começou a se erguer, ou...

— É por minha causa? – ele pergunta em um tom tão desolado que me parte o coração.

Olho para ele.

Asher é um rapaz bonito, inteligente e de língua afiada. Mas será que por trás dessa armadura de conquistador barato e pessoa espertalhona não há apenas um rapaz carente? Sim, ele é um deus, mas não é como se isso realmente mudasse alguma coisa, já tive provas o suficiente – tanto nas histórias do passado, quanto as que se desenrolam no presente para o futuro – que os deuses são iguais a nós. Okay, talvez eles vivam para sempre, mas isso não seria uma coisa pior, um agravante?

Pois vejamos, eu erro, eu tenho meu tempo de corrigir, mas sempre há aquele consolo “Sou humana, humanos erram”, mas e os deuses? Não lhes é esperada a perfeição? E a vida eterna? Esta só não é um somatório de milênios e milênios de arrependimento para se remoer em seu cérebro por toda a sua enorme, cansativa e interminável vida?

Pergunto-me quando foi que Platão baixou em mim.

Suspiro.

Não sei o que dizer, não quero magoá-lo, mas será que não é realmente por causa dele? A viagem não me parecia tão incômoda quando éramos apenas eu e Maxon, mas a verdade é que quando a viagem era só minha e de Maxon, eu mal pensava nela.

— Eu sei que é, America. – ele fala, por fim, quando não obtém resposta. – Sei que há algo entre você e meu irmão. Algo forte. Não sei se é algo a mais do que a simples amizade que ele alega que vocês tenham, mas sei que é algo grande o suficiente para que você simplesmente ignore as outras opções que você possui. Você não poderia ao menos me dar uma chance? – ele pergunta, uma expressão sôfrega, e sai.

Não, ele simplesmente não esvanece-se em fumaça ou simplesmente some. Ele anda vagarosamente até as portas, balançando em suas mãos o blazer que eu não tinha nem percebido que ele tinha tirado.

O que foi isso? Asher acabou de pedir uma chance?

Apresso-me em sair do salão antes que Maxon me aborde. Duas conversas sobre o motivo de eu me sentir um emaranhado emocional numa única noite é demais para mim.

Mando as meninas embora e quando ouço Maxon bater, finjo estar dormindo.

Ele insiste.

Bate uma, duas, seis vezes.

Quando acho que ele finalmente desistiu e foi embora, ouço o barulho da porta do quarto abrindo.

Mas é o quê? Que ousado! Esse guarda não vai impedir ele de entrar não?

Quase não ouço os seus passos no carpete macio e por alguns instantes de expectativa enquanto fico aguardando, dura como um cadáver, quase sem respirar – se bem que, se eu fosse mais inteligente, teria agido naturalmente, né? Fingindo estar dormindo e tals... –, acho que o barulho da porta foi apenas minha imaginação fértil.

Então sinto a pressão de alguém sentando na beira do colchão.

Abro meus olhos bem pouquinho, apenas para eu poder vê-lo.

Não sou bem sucedida.

O quarto está escuro e Maxon, um pouco distante, mas quando meus olhos se acostumam um pouco à luz, consigo distinguir sua silhueta.

Ele está segurando o casaco na mão e me observando. Seu cabelo normalmente perfeito está meio revirado, como se ele tivesse passado a mão por ele várias e várias vezes, frustrado.

Bem, nunca disse que eu não era frustrante.

Mas será que é por minha causa mesmo? Será que eu tenho que pensar que tudo o que acontece nesse lugar é por minha causa? Eu não era assim, tão autocentrada. Será que após ouvir tanto e tanto as meninas falarem que Maxon e Asher me têm como sua favorita eu acabei acreditando mesmo que tudo o que acontece é por minha causa ou para mim? Será que eu realmente posso culpar as meninas?

Maxon está me observando atentamente. É meio fofo e perturbador. Ele carrega uma expressão terna enquanto me observa supostamente dormir, ele passa a mão na colcha que recobre a cama, como se quisesse desamassá-la.

Olha ao redor como se esperasse alguma coisa, mas que ele sabe que não há. Minhas criadas.

— America e esta sua mania de dormir sozinha. – diz, parecendo ao mesmo tempo contrariado e admirado com isso.

Ele se aproxima de mim e meu corpo fica mais tenso ainda, se é que isso é possível, então ele passa a mão ternamente por minhas bochechas e eu viro uma pedra.

Será que ele acha que meu sono é tão pesado assim? Por bem menos, minha mãe já estaria dando uma “frigideirada” na cabeça dele. Mamãe tem sono leve. A verdade é que eu também.

Então ele simplesmente se afasta e vai embora.

E eu fico lá na cama, naquele quarto grande e vazio, observando o dossel e pensando na vida.


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Notas finais do capítulo

Respirem, inspirem e não pirem............. O MAXON É TÃÃÃÃÃO FOFO! ♥
E a viagem, hein? Ela é no dia seguinte? O que vocês estão esperando para ela? Comentem.



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