A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 10
Capítulo 10 - Estresse e Olhares Fulminantes


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, não tenho muito o que falar, apenas que minha cabeça está se acabando de doer, então não vou escrever muito. As notas finais só vão ser grandes porque elas já estava escritas '-'
Bom, beijinhos e melhoras para mim ♥
Liz.



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P.O.V America

Não tenho tempo de perguntar para Maxon porque um guarda aparece aparentemente do nada e diz que o estão chamando lá dentro e eu resolvo entrar também.

Não falo mais com Maxon naquele dia.

Os dias que se seguem dividem-me entre pensamentos sobre a viagem e sobre o casamento. Não sei ainda se este vai realmente acontecer aqui na mansão, mas torço que sim. Marlee e eu voltamos a nos entender e Annabeth parece animada com alguma coisa. Não sei se com o casamento ou outra coisa.

Todas nós ainda estamos tensas, mas as meninas me olham ressabiadas – Celeste, na verdade, me olha com um ódio genuíno – provavelmente por eu ter a oportunidade de viajar com ambos os príncipes por uma semana.

Suspiro e volto-me para Marlee.

— Você não está com raiva de mim, está?

— Como assim? Por quê?

— Pela viagem.

Há certo divertimento em seu olhar que não entendo.

— Claro que não. – sua voz é serena. – Não é sua culpa. E mesmo que fosse, como sua amiga eu deveria ficar feliz por você.

— Oh, Marlee! – a abraço forte. – Já te disse que você é maravilhosa?

— Hoje não.

Nós rimos e a aperto mais.

Por algum motivo, penso em Christian. Quase não pensara nele ultimamente. Olho ao meu redor e lembro-me que ele não poderia estar aqui.

— Sabe quando chegarão as novas cartas? – é Marlee que pergunta.

— Na verdade não, mas estou ansiosa por notícias de Nicoletta e Georgia.

— Suas amigas? – Marlee pergunta.

— Isso é ciúmes, senhorita Marlee? – é engraçado.

— Claro que não. – ela me dá um daqueles olhares cortantes, porém fofos. – Você não quer saber de sua família também não?

Sei que ela mudou de assunto propositalmente, mas decido não alfinetar mais.

— Quero, mas faz tempo que elas não me mandam cartas. Tenho medo que tenham encontrado alguém para me substituir. – suspiro.

— Você é insubstituível, America.

— Owntt... pare com essa fofura, Marlee. – rimos juntas.

— O que exatamente você está esperando dessa viagem? – pergunta Marlee algum tempo depois.

— Não sei. Vai ser a primeira vez que sairei do país, sabe? Apesar de não querer, minhas expectativas estão bem altas.

— Brasil, é? Eles falam que língua lá mesmo?

— Português, acho.

— Hm...

Silêncio.

— Que cidade?

— Não sei, pelo que entendi Rio de Janeiro.

— Hm! Já ouvi falar! – ela se anima. – É onde tem o Cristo Redentor, se não me engano, uma das sete novas maravilhas do mundo ou algo similar.

— É, eu sei. Maxon me falou.

— E como anda sua relação com Maxon?

Talvez, se fosse outra pessoa, eu ficasse com o pé atrás de responder essa pergunta, mas é Marlee. Não tem porque ficar com o pé atrás com ela.

— Acho que bem... – respondo, hesitante. – Já faz um tempo que não conversamos.

Ela parece genuinamente decepcionada e me pergunto o porquê.

— E Asher?

— Ah, Asher... às vezes a gente se fala, mas ele nunca mais “me procurou”.

— Então por que você não procura ele?

— Não sei.

Ela me observa como se fosse minha psicóloga.

— E você? – pergunto.

— Ahn? Eu o quê? – Marlee parece desconfortável.

— Como você anda com Maxon e Asher?

— Ah... eu tive um encontro com Asher há alguns dias.

Pulo animadamente no sofá.

— Oh, que incrível! Como foi?

— Não sei.

Não sei se ela está sendo evasiva porque eu fui evasiva ou se ela está sendo evasiva porque ela, assim como eu, não sabe realmente como se sente sobre isso.

— Mas você disse que não sentia uma química com Maxon. E Asher?

— Ahn... acho que também não.

— Por que, Marlee?

— Eu não sei, America. Simplesmente não sei. – ela parece irritada.

— Okay, okay...

Há uma pausa e um silêncio desconfortável.

Não sei mais o que fazer para a conversa voltar ao curso normal, então apenas observo minhas unhas, enquanto ela olha uma revista qualquer.

— Você acha que continuaremos amigas depois que tudo isso acabar? – pergunto, numa dúvida dolorosa e passageira.

— Acho que sim.

Mas seu semblante diz o contrário.

Pergunto-me o porquê.

No fim daquela tarde, eu volto à sala de música. Desta vez não encontro nenhum Asher lá e não sei se me sinto decepcionada ou satisfeita. Era confuso ficar perto dele. Eu ainda tentava entender o que havia entre ele e Maxon e o que foi aquele sonho, mas por mais que eu me esforçasse, pensasse, remoesse, ligasse e desligasse, não conseguia chegar à conclusão nenhuma, lugar nenhum, nem ao menos a alguma coisinha mínima.

A verdade é que Maxon, por mais que eu achasse que o conhecia, por mais que ele tentasse ser aberto comigo, Maxon, assim como o irmão, era um mistério e isso me incomodava. Muito.

Melhores amigos contam tudo, né? Né?

As cartas de Nicoletta, Georgia e de minha família.

As cartas de minha família são como sempre. Eles me dão notícias de casa, meus pais me encorajam e dizem como estou linda, como sou corajosa e sortuda, me dizem para continuar; meus irmãos dizem sentir saudades e me perguntam quando voltarei para casa; eu me sinto um lixo humano.

Tento ignorar, mas a verdade é que as cartas de Nicoletta e Georgia são cada vez mais distantes e vagas. Acho que é um efeito colateral de se estar longe. Você simplesmente não sabe mais que assuntos conversar com aquela pessoa.

Elas me falam do colégio, da matéria que estão copiando para mim e me perguntam por que faltei às provas. Ambas o perguntam. Sinto-me mal por não ser honesta, por não poder ser honesta. A verdade é que eu não podia contar nem aos meus próprios irmãos! Isso era tão frustrante e triste e desolador e... arrggg!

Georgia me conta que tingiu o cabelo de volta para a cor natural. Devo dizer que fico muito orgulhosa dela, acho meio triste as pessoas que não se aceitam da forma que são. Okay, as pessoas têm o direito de mudar, mas por que não tentam aceitar, antes, elas mesmas? Suspiro que a reflexão. Estava perdendo o fio da leitura. Volto a ler. Nos próximos parágrafos e quase até o fim da carta, ela fala de August, de como ele é fofo e como o tempo apenas o torna mais adorável e essas coisas, ainda fala que eu deveria arranjar um namorado, porque é muito boa a sensação que você tem alguém com quem contar e alguém para te abraçar quando você se sente mal – as amigas agradecem por essa sua desconsideração, Gio.

Fico pensando na sua recomendação. Ter um namorado... tecnicamente eu já tenho um namorado, não é? Maxon é meu namorado E de mais cinco garotas, diz uma vozinha incômoda, porém certa, em minha cabeça. Suspiro. Imagino o que aconteceria se eu quisesse pôr minha relação com Maxon em status de relacionamento do Facebook: “Em um relacionamento enrolado de um rapaz e seis meninas.”

E Asher? Ele também deveria ser incluído nesse status? Ele também deve ser considerado nosso namorado?

Sinto-me confusa com toda essa bagunça que me rodeia, por isso tento afastar esses pensamentos e ir para a carta de Nicoletta.

Nicoletta me fala de um novato que ela está paquerando. Fala que seus estudos estão ótimos, como sempre, claro, e que ela continua a ser a melhor da turma, para variar. Ela me conta algumas fofocas, coisinhas bestas e curiosidades bobas que aprendem na aula. Fala que está com saudades. A verdade é que também estou.

Enquanto escrevo a resposta para as cartas, fico pensando em uma coisa.

Ás vezes acho que não posso sentir mais raiva de Apolo por ser meu pai biológico. Quase sempre percebo que estou enganada.

— Senhorita, você realmente não sabe quando vai ser essa viagem? – Anne pergunta, frustrada.

— Não, Anne. Mas eu realmente acho melhor ter um ou dois biquines prontos, se possível.

— Já temos preparados, senhorita. – diz Lucy com sua voz tranquilizante.

— Ainda bem. – sorrio. – Mas eu queria que essa viagem fosse logo. – lamento-me. – As meninas parecem querer me matar, me pergunto quanto demorará para que Celeste use seu Charme para que eu me jogue do telhado.

— Ela não fará isso, senhorita. – Lucy dá uma risadinha, provavelmente achando que é brincadeira.

Não poderia ser mais sério. Celeste é meio psicótica e totalmente maquiavélica. Nem sei aonde ela chegaria para ter o que quer e sinceramente prefiro não descobrir.

— Mas ela não é a única. Todas as meninas ficam me olhando feio, como se quisessem que eu desaparecesse.

— Até a senhorita Marlee? – pergunta Mary.

— Não, a Marlee não.

Minha resposta me faz ficar pensativa. Por que Marlee não me olha com ódio? Não que eu queira isso, sabe? Mas se todas as outras meninas, até mesmo Natalie, que é um docinho, o fazem, por que ela também não? Será por causa de nossa amizade? Ou por outra coisa?

Por enquanto, prefiro pensar na primeira opção, já são mistérios demais me rodeando e eu não preciso bancar a Sherlock America para mais esse.

— E a senhorita acha que é por causa da viagem? – pergunta Mary, decidida a bancar a minha psicóloga.

— Yeah. Acho que sim.

— E nunca pensou no fato de que pode ser porque você é a preferida dos dois príncipes? – ela me pergunta e Anne dá um pisão em seu pé. – Ai!

Anne olha para mim e depois fala um desculpe para Mary, como se tudo não passasse de um acidente da desajeitada Anne. Contenho-me a soltar uma risada. Anne, desajeitada?

— Acho que é por causa da viagem mesmo, Mary. Supostamente, eu sempre aparentei ser a preferida de Maxon, e só agora essa merda começou.

— Talvez seja porque o Príncipe Asher também pareça preferir a sua companhia.

— Não. – nego. E ela se cala, me observando. – Acho que é por causa da viagem. – digo. – E por isso, quanto mais cedo ela ocorrer, melhor será.

— É bom ouvir isso. – diz alguém. – Porque nós sairemos amanhã. – Asher diz, aparecendo na porta. – Espero que a senhorita esteja preparada. – e sai.

Fico atônita com a notícia. Isso é bom, não é? Mas... o quanto será que Asher ouviu?


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Notas finais do capítulo

Sim, gente, eu sei que a Meri está sendo dramática e que ela não vê todas as maravilhas que ser filha de Apolo lhe proporcionou, mas é um sentimento dela e sente a traição da mãe ao pai como se fosse a ela mesma, o que, de uma forma ou de outra, não deixa de ser, já que ela é fruto dessa traição. Ela se sente confusa com isso, eu acho. Ela culpa Apolo e a mãe, mas ela não vê todas essas maravilhas que aconteceram na vida dela por causa desse casinho dos dois. Sim, eu sei, é meio egoísta, mas a verdade é que ela já está acostumada a pensar assim, e outra, e bem mais fácil culpar Apolo e a mãe do que encarar a vida e achar que as consequências de seus atos são culpa deles do que simplesmente aceitar seu passado e sua herança paterna e aceitar as mudanças e as coisas e tals.

Beijinhos,
Bye



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