Até Que Eu Morra - Dramione escrita por Srt Florencio


Capítulo 27
Capítulo 22




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— Me diga, mais uma vez, porque nós estamos fazendo isso? — questionou Draco enquanto seguia Hermione pelo jardim de Hogwarts até a orla da Floresta Proibida onde se encontrava a cabana de Hagrid.

— Porque ele nos convidou — respondeu revirando os olhos — E eu aceitei.

— Sem me consultar!

— Ora Draco, é só uma visita.

Malfoy bufou, sentindo o vento frio bater em seu rosto enquanto seus pés afundavam mais ainda na neve fofa do chão, não estava nenhum pouco contente de ter que deixar o calor aconchegante do castelo pelo frio congelante dos arredores para ir visitar o amigo de Hermione. Até porque ele não era um grande fã do homem e o motivo nem era Rúbeo Hagrid ser um meio gigante e sim pelo acontecimento do terceiro ano, onde ele fora atacado por aquele hipogrifo durante suas aulas de Trato das Criaturas Mágicas, sem contar aquele monstruoso livro que tiveram que usar naquele não. Hupf.

— Venha, Hagrid nos espera. Sua chaminé já está acesa, iremos nos aquecer lá dentro — Hermione segurou a mão de Draco, e mesmo querendo voltar ao castelo ele seguiu em frente ao seu lado.

— Hermione! Malfoy! — exclamou Hagrid visivelmente animado quando abriu a porta — Que bom que vieram, mas está muito frio aí fora, venham para dentro se aquecer.

Mesmo não gostando da ideia de ir até a cabana Draco foi o primeiro a se precipitar para dentro, incapaz de ficar um único segundo a mais em meio a tanta neve fria e úmida. Hermione foi logo depois, sentindo a brusca mudança de temperatura graças a lareira acesa e crepitante de Hagrid.

 Acomodaram-se na gigante mesa onde três enormes xícaras repousavam soltando fumaça por conta do chá fumegante que Hagrid depositara lá.

Hermione suspirou feliz, conhecia aquele lugar fazia tantos anos, já tivera tantas escapadas com seus amigos para ir até ali visitar Hagrid que era um grande amigo também, e ela não pensava isso por conta de seu tamanho, mas sim porque ele estivera ao lado deles sempre, sendo um ótimo companheiro.

— Nós estamos muito felizes por vimos Hagrid — comentou Hermione sentindo o olhar de Malfoy lhe perfurar em resposta — É bom sair de Hogwarts um pouquinho e nos afastarmos da pilha de deveres que estão ficando cada vez maiores neste ano.

— Ora, é o último ano, acredito que os professores querem ter certeza de que os alunos estão aptos a saírem da escola e ingressar no mundo bruxo sob uma nova forma — respondeu o homem.

Hermione acenou a cabeça sendo incapaz de falar por conta da xícara que mantinha na boca.

— Oh, esqueci de pegar os bolinhos que fiz para vocês! Esperem, vou pegar — Hagrid se atrapalhou todo ao pegar um prato cheio de bolinhos que Hermione sabia estarem duros como pedra.

Mas Draco não. Por isso ele atacou o prato com vontade e Hermione teve que segurar o risinho que ameaçava escapar quando ele fez uma careta ao dar a primeira mordida.

— Visitas são pouquíssimas aqui — ia dizendo Hagrid quando ela olhou para ele — Alguns alunos até vem para cá, tentando entrar na Floresta Proibida, mas eu os mando para o castelo. Eles não veem o perigo do lugar? Os centauros ainda não gostam de receber visitas de desconhecidos, até Canino já foi hostilizado.

O cachorro ganiu, parecendo lembrar o ocorrido, e jogou sua cabeça no colo de Malfoy que a olhou estupefato.

Ah, como ela estava se divertindo com suas reações. Aproveitava enquanto podia porque sabia que ouviria diversas reclamações de Draco no momento que pisassem na soleira da porta.

— Tenho certeza que os centauros acreditam que, após a guerra, não vale a pena se aproximar de nós. Afinal eles nunca gostaram mesmo.

— Claro — concordou — Mas achei que depois de termos lutado juntos eles seriam mais receptivos.

— A natureza não muda.

— Você tem razão — Hagrid suspirou — Pelo menos eles aceitaram Firenze de volta.

— Sim — a menina concordou.

Hagrid a encarou — Coma um bolinho Hermione, tenho muito mais se quiserem.

A garota colocou a mão na barriga, se perguntando se aguentaria dar uma mordidinha naquela comida intragável.

— Desculpe Hagrid, comi demais no café e não cabe mais nada.

~o~

— Eu não acredito que fizemos isso — reclamou Draco no caminho de volta.

— Foi divertido — respondeu Hermione simplesmente.

— Divertido? Divertido! Aquele bolinho dele, que nem pode ser chamado disso, quase quebrou meus dentes! E eu ainda sinto a baba daquele cachorro enorme escorrendo pelas minhas pernas. Nunca tive que passar por tantas provações ao mesmo tempo.

— E você se saiu muito bem — Hermione o abraçou de lado sorrindo — Hagrid adorou nossa visita e você tem que concordar que o chá estava maravilhoso.

Draco cedeu — Tudo bem, estava bom, especialmente depois de todo esse frio. Argh, odeio neve.

— Você é um fresco Draco Malfoy — ela riu soltando-se dele — E quem chegar por último irá buscar bebidas na cozinha!

Draco ficou paralisado um segundo antes de sair correndo atrás de uma Hermione completamente sorridente.

Hermione olhou para trás tempo o suficiente para ver Malfoy caindo no chão, afundando-se na neve e amaldiçoando-a efusivamente.

Não pôde deixar de rir ainda mais.


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