Até Que Eu Morra - Dramione escrita por Srt Florencio


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Na minha humilde opinião esse capítulo não é um dos melhores, mas ele é só um capítulo de transição e o último do ano!!!



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Na manhã seguinte Hermione sentia-se esgotada, não dormira depois de acordar graças a seus pesadelos e prestar atenção nas aulas parecia um tormento, algo que não era comum para ela.

 Seu olhar passeava pela sala a todo momento, observando os alunos da Grifinória e da Lufa-Lufa. Esse era um hábito que Hermione não conseguia largar, ela observava os outros a procura de algo suspeito, uma coisa que ela fazia muito durante a caça das Horcruxes.

 O único problema era que às vezes Hermione pensava demais nisso e acabava...

— Srta. Granger!

... Não prestando atenção.

 Hermione “acordou” de forma súbita ao ouvir a voz do professor Slughorn. Ele, assim como toda a classe, a observava fixamente.

— Algum problema, senhor? – perguntou Hermione.

— Oh, de maneira alguma – disse o professor – Só que a senhorita foi a única que ainda não começou a fazer sua poção.

 Hermione apertou os olhos. Um tique que havia adquirido e agora não conseguia largar.

 Poção?

 O professor não estava explicando como algumas dessas poções podiam ser muito perigosas?

— Poção, senhor? – perguntou.

 Duas meninas da Lufa-Lufa soltaram risinhos, Hermione as ignorou.

— Veritaserum senhorita, a poção da verdade.

— Desculpe senhor, estive um pouco distraída.

— Entendo, entendo — comentou o professor – Foi um ano difícil o que se passou.

 Hermione optou por não comentar.
 Fora sim um ano muito difícil, todos perderam amigos durante essa maldita guerra e todos sofreram com isso. Mas ficar comentando como foi difícil e como foi uma linda vitória não iria ajudara esquecer tudo de ruim que aconteceu.

 Hermione, por fim, decidiu empenhar-se em fazer sua poção.

 Na hora do almoço ela limitou-se a sentar de cabeça baixa e comer em silêncio, sua posição não permitia espaço para conversa, mas isso não impediu Neville Longbottom de se aproximar.

— Olá Hermione — cumprimentou Neville.

— Olá Neville — respondeu a garota.

— Escute, me pediram para falar com você — disse o garoto de forma nervosa — Hoje vamos fazer uma festa no nosso salão comunal, depois do toque de recolher e queremos que você apareça e... Não nos dedure — terminou.

 Hermione nada disse, somente soltou um pequeno ruído de concordância.

 Ela não iria dedurá-los com certeza e nem aparecer lá, estava cansada demais para se preocupar com alguma coisa.

 Neville suspirou aliviado e se afastou.

 Nesse momento a garota sentiu suas costas formigarem, mas quando olhou ao redor não encontrou ninguém a observando.

 As aulas depois do almoço passaram de forma rápida, Hermione um pouco mais atenta, ganhou vários pontos para a Grifinória.

 Durante o jantar a grifinória sentou-se ao lado de Gina Weasley.

 Gina, assim como Hermione, não ficou muito feliz com a decisão do irmão e do namorado de não voltar para Hogwarts. Para ela significava muito tempo longe de Harry.

— Harry me enviou uma carta esta manhã – disse Gina.

 Harry enviou uma carta.

 Hermione não recebia muitas cartas dos amigos, se ela bem se lembrava só tinha recebido cartas no segundo dia do ano letivo. A partir daí seus amigos pareciam ocupados demais com seus deveres de aurores.

— O que ele disse? – perguntou Hermione.

 Um leve tom avermelhado tingiu as bochechas da Weasley.

— Ele quer saber por que você não responde as cartas que ele enviou para você.

— Harry não me enviou cartas, nem mesmo Rony.

 Mas então, como uma memória antiga, surgiu diante de seus olhos um amontoado de cartas colocadas cuidadosamente debaixo de seu travesseiro. Ela se lembrou de tê-las posto ali para ler mais tarde, deveria ter esquecido.

O que estava acontecendo com ela?!

— Com licença — disse se levantando – preciso fazer uma coisa.

— Vai aparecer na festa? – perguntou Gina.

 Hermione acenou positivamente. Não tinha tempo para discutir.

 Sua intenção era ir ao seu dormitório para ler as cartas, porém seus pés tinham planos diferentes e a levaram à Torre de Astronomia. Aquele lugar era um dos favoritos de Hermione, pois ela sentia a liberdade passeando com ela. Era tão difícil Hermione ficar sozinha de verdade, só ela e seus pensamentos.

 Quando ela queria ficar sozinha para pensar em tudo, era ali que ela ia e ficava horas e horas.

 Hermione aproximou-se da beirada da torre, ansiando para ter uma visão das estrelas, porém o castelo ainda estava envolto de névoa.

 A garota suspirou tristemente.

 Tudo ao redor de Hogwarts era um manto branco que impedia qualquer um de ver alguma coisa, por isso Hermione não viu a coruja que voava velozmente em sua direção. Tudo o que ela sentiu foi o impacto e uma ardência na bochecha direita, seguido por algo quente escorrendo pelo seu rosto.

BA coruja largou a carta que carregava e voou pela noite.

 A morena colocou a mão no rosto, o corte era pequeno, mas ardia bastante e liberava muito sangue.

 O envelope deixado pela coruja estava aos seus pés. Ele era pardo e muito fino, não parecia conter nada no seu interior, mesmo assim Hermione o pegou e abriu. Dentro havia somente um pequeno bilhete que dizia:

 Encontre-me na Sala Precisa

 Não tinha mais nada, nenhuma identificação. A letra de quem escrevera era muito bonita, mas tinha escrito o bilhete às pressas.

Era irônico alguém pensar que justamente Hermione Granger seguiria as ordens de um bilhete não identificado.

 Então tudo o que ela fez foi jogá-lo fora e caminhar para o salão comunal da Grifinória.

 Mesmo estando alguns metros longe do retrato da Mulher Gorda ela já conseguia ouvir os risos e as conversas do salão de sua casa.

Como ela pudera esquecer-se da tal festa?

 Estava pronta para dar meia volta e seguir outro caminho quando o retrato se abriu e dele saiu Gina.

— Hermione! – ela soltou um suspiro feliz – Eu já estava indo atrás de você. Que bom que eu te achei. Estava na biblioteca de novo?

— Não, eu só estava andando por aí – exclamou Hermione.

— Entre – chamou à amiga – Estamos nos divertindo muito.

 Hermione não teve outra saída a não ser seguir Gina. Logo ela segurava uma garrafa de cerveja amanteigada que surgira do nada em suas mãos. Ela sentou-se em um canto e se limitou a sorrir e fingir estar interessada em tudo o que lhe disseram.

 Duas horas depois todos já deveriam estar cansados, mas ao contrário do esperado ninguém demonstrava sinais de que queria ir para a cama, exceto Hermione.

 A garota sentia seus olhos pesarem e seu corpo clamar por uma cama macia e quente.

 Diversas vezes ela tentou ir ao seu dormitório, porém era sempre puxada de volta, afinal, ninguém queria perder a oportunidade de ter a Granger como companhia.

 A morena levantou pronta para ir dormir quando algo a paralisou.

 Um som que era ao mesmo tempo estranho e familiar.

 Um som que parecia fazer as paredes vibrarem e os corações gelarem.

 O som de um grito apavorado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam amores?



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