Até Que Eu Morra - Dramione escrita por Srt Florencio


Capítulo 14
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Demorei eu sei! Mas eu ando com inspiração zero :/
Quero agradecer a todo mundo que comentou e prometo tentar responder vocês logo.
Hey Grazi! Não lembro se já agradeci a sua recomendação linda, obrigada! Desculpem os erros...



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Na aula de História da Magia que se seguiu logo após Herbologia, Hermione se sentia cansada e sonolenta, mas mesmo assim fez todo o seu dever e respondeu todas as perguntas do professor, afinal ela ainda era a sabe-tudo de Hogwarts. A maioria dos alunos dormia sobre suas mesas enquanto a pena de Hermione arranhava incessantemente o pergaminho no qual ela escrevia, secretamente ela desejava dormir como seus colegas e se desprezava por isso. Conhecimento é poder, era isso o que ela tinha em mente, então ela tinha que aprender.

 Quando enfim sua pena pousou sobre a mesa e ela se dispôs a somente ouvir o professor Binns, Hermione acabou ouvindo mais do que isso. Um som familiar preencheu os ouvidos da garota, parecia um choro angustiado seguido por um lamento terrível, era um som que previa a morte.

 E foi exatamente isso que aconteceu logo em seguida.

 A criatura terrível que havia perseguido Hermione há algum tempo entrou por uma das grandes janelas que ladeavam a parede leste da sala. Ao vê-la vários alunos se levantaram para correr ou se proteger, porém um deles não teve tanta sorte e foi agarrado pela besta. Hermione não saberia dizer se era um grifinório ou um lufano, mas isso não teve muita importância, pois logo em seguida o jovem teve sua barriga cortada enquanto gritava desesperadamente.

 Hermione estava congelada de pavor, tinha perdido sua varinha ao tentar fugir e seu tornozelo esquerdo doía tanto que ela imaginava que estivesse quebrado. Foi ali, jogada no chão em um canto da sala que ela observou a criatura enfiar a cabeça pela abertura recém feita e começar a comer os órgãos do garoto que aquela hora já deveria estar morto.

 Um grito rasgou por sua garganta.

— Srta. Granger! – chamou uma voz.

 A garota se mexeu minimamente.

— Srta. Granger – chamou novamente.

 Sua mente começou a clarear e ela reconheceu a voz. A diretora McGonagall encontrava-se de pé ao seu lado, ao olhar em volta constatou que estava na Ala Hospitalar.

— Srta. Granger? – repetiu a professora.

 Hermione tentou responder, mas sua boca estava seca e parecia ter sido colada, o máximo que a garota conseguiu foi soltar um grunhido.

— Ah, certo! Me desculpe, a senhorita precisa de água, certo?

 Hermione concordou com a cabeça. A professora se aproximou então da mesinha que estava na lateral da cama e pegou um pouco de água da jarra de vidro ali disposta.

— Aqui está Srta. Granger – disse entregando o copo a menina.

 A grifinória se sentou com um pouco de dificuldade e tomou a água com avidez, ela ainda estava tentando entender o que tinha acontecido, tirando sua boca seca e uma leve dor de cabeça ela se sentia perfeitamente bem, mas como era possível? Tinha certeza que seu pé fora quebrado e que se machucara feio com a queda, será que Madame Pomfrey consertara tudo enquanto ela estava apagada? Quanto tempo estivera daquele jeito?

— A quanto tempo estou aqui? – pronunciou-se depois de tomar dois grandes copos de água.

— A senhorita desmaiou ontem a tarde e foi trazida para cá imediatamente – respondeu a professora.

— O que houve?

— E esperava que a senhorita pudesse me explicar – exclamou a professora apertando os lábios.

 Hermione se sentiu tonta, como assim ela teria que explicar? E os outros?

 Sua cabeça estava tão fervilhada com esses pensamentos que ela demorou a perceber que a diretora estava falando:

— ... E então a senhorita começou a gritar assustando boa parte dos alunos.

 Hermione franziu a testa.

— Desculpe, como?

 A professora lhe lançou um olhar antes de repetir.

— Vocês estavam tendo aula de História da Magia com o professor Binns quando aparentemente você caiu no sono, Granger – McGonagall fez uma pausa – E então começou a gritar e se debater antes de cair no chão e bater a cabeça, está desmaiada desde então.

 Foi um pesadelo, pensou Hermione, foi só mais um pesadelo.
 Mas parecia tão real! Ela tinha certeza de que sentira na pele a dor e o pavor de toda a situação. O que estava acontecendo com ela?

  São tantas perguntas sem respostas, suspirou Hermione.

  A diretora ainda lhe lançava um olhar interrogativo.

— E-eu acho que tive um pesadelo – murmurou envergonhada.

— Um pes – a fala da professora foi interrompida pelo som das portas da Ala Hospitalar sendo abertas de forma brusca, por elas passaram Harry e Rony que pareceram tremendamente aliviados ao constatar que a amiga estava acordada e bem.

— Você já acordou! – exclamou Harry e virando-se para a diretora perguntou: -- Por que não fomos avisados?

— Porque, Potter, a Srta. Granger acabou de acordar e nós estamos esclarecendo alguns acontecimentos, então se o senhor e o senhor Weasley fizerem o favor de nos deixar sozinhas, a amiga de vocês será liberada mais tarde e vocês poderão ficar juntos.

— Mas... – começou Rony.

— Agora! – esbravejou McGonagall.

  Totalmente contrariados os garotos abandonaram a Ala Hospitalar.

  Hermione não queria passar por um interrogatório com a diretora, mas sabia que a conversa com a mulher seria bem menos intensa do que a conversa com seus amigos, então ela agradecia intimamente por McGonagall tê-los expulsado de lá.

— A senhorita disse que teve um pesadelo – continuou a professora como se não tivesse sido interrompida – Consegue se lembrar como era?

  Hermione engoliu em seco e hesitou momentaneamente. Ela não podia contar.

— Eu não sei bem, não tenho muita certeza – começou a menina – Tem sido difícil para mim, não consigo dormir direito, não estou conseguindo conciliar as tarefas, as lembranças da guerra e o terror que eu sinto ao saber que estamos sendo atacados novamente, isso tudo me sobrecarrega.

  A mulher concordou com a cabeça, parecia ter acreditado em Hermione, mas carregava consigo um ar meio desapontado.

— Os tempos continuam difíceis – murmurou a professora antes de dar as costas a Hermione e sair.

~o~

  Mais tarde no mesmo dia Hermione pôde enfim sair da Ala Hospitalar e quando o fez encontrou seus amigos a esperando na porta, isso a fez querer não ter desejado avidamente sair de lá.

— Você está bem, Hermione? – perguntou Rony.

— Perfeitamente – respondeu simplesmente.

— Vai nos contar o que houve? – indagou Harry.

  Ela nem hesitou ao dizer:

— Sim, mas aqui não é o lugar mais adequado, podemos ir na sala precisa?

  Os garotos concordaram e os três seguiram até a sala, enquanto isso o cérebro de Hermione trabalhava furiosamente em busca de um meio de contornar a situação, ela não podia desconversar como fez com a diretora, seus amigos nunca cairiam nessa, a única solução nesse caso era ou contar toda a verdade ou uma boa mentira.


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