Flor Vermelha escrita por magalud


Capítulo 6
Capítulo 6 - Interferência familiar


Notas iniciais do capítulo

Proserpina recebe uma ajuda inesperada



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- Chegou tarde.


- Desculpe, professor.


- Alguma mudança?


- Acho que sim, senhor. Estou começando a incorporar comportamentos femininos.


- Como assim?


- Hoje eu... fiz fofoca. - A confissão deixou Proserpina vermelha de vergonha.


- Você estava representando um papel, Severus. Muito natural você acompanhar as outras moças em suas, er, atividades.


- Não, senhor. Não foi representação. Veio naturalmente.


- Hum - fez Slughorn, debruçado sobre o caldeirão fumegante. - Isso pode ser significativo, claro. Vou mencionar isso a Dumbledore.


- Professor, algum progresso com Potter e sua gangue?


- Não. Eles se recusam a dizer o que usaram na sua poção. Dumbledore acredita que o resultado tenha sido uma infeliz combinação de um feitiço com a poção adulterada que você cozinhava.


- Se for esse o caso, pode ser quase impossível saber exatamente o que aconteceu comigo.


- Verdade. Mas não é de todo impossível conseguir reverter o dano. Vamos conseguir, meu rapaz.


Severus o encarou com o rosto adolescente, tentando confiar nas palavras. Slughorn apressou-se em acrescentar:


- Também pedimos ajuda para os amigos e parentes dos Gryffindors suspeitos. Quem sabe a pressão de familiares e colegas seja capaz de fazê-los repensarem suas atitudes?


Proserpina ou Severus, seja quem fosse, tinha grandes dúvidas de que aquilo pudesse ser eficiente no grupo de Potter.


Até que ele viu o poder de pressão de uma família.


Foi num jantar. Como sempre, Narcissa estava ao lado de Proserpina, atenta a qualquer deslize da menina Prince, quando um ruído chamou a atenção de todo Salão Principal.


Eram as portas se abrindo. Uma bruxa de trajes elegantes, com uma boina preta, entrou no Salão de maneira dramática e vociferou:


- Sirius Orion Black!


Todos se viraram para a mesa de Gryffindor, onde o rapaz de cabelos pretos parecia petrificado de horror. A mulher localizou-o e marchou até ele, parecendo furiosa:


- Que história é essa de você ter atacado um dos membros da família Prince?


Os alunos estavam todos de olhos arregalados, inclusive Proserpina, que nunca vira Sirius tão intimidado. A mulher obviamente tinha intenções de impor-se ainda mais, mas a voz do diretor Albus Dumbledore:


- Sra. Black, que surpresa agradável!


Walburga Black mal se deu conta da presença do diretor, mas como seria muito rude ignorá-lo, ela disse:


- Desculpe a invasão, Dumbledore, mas isso não vai demorar. - Ela se virou para o filho mais velho. - Então? Não vai se explicar? Por que atacou o rapaz?


Vermelho até a raiz dos cabelos, Sirius respondeu:


- Não foi um ataque!


- Como não? O rapaz está fora da escola, e a culpa é sua! Agora você vai pedir desculpas agora!


- Mas ele nem está aqui!


- A irmã dele, ou prima, está aqui! Portanto, pode ir lá pedir desculpas à moça! Você não é um corajoso Gryffindor? Então tenha coragem de obedecer à sua mãe! Vamos!


- Não pode mandar em mim! Você me deserdou!


- Deserdei, sim. Mas se não me obedecer, eu vou fazer coisa pior. Você sabe do que eu sou capaz. Agora!


Em seguida, para assombro de todos, Sirius se levantou da mesa de Gryffindor e foi até a mesa de Slytherin, uma expressão homicida em seu rosto quando seus olhos encontraram os do irmão Regulus. Então Sirius parou em frente a Proserpina e disse:


- Desculpe.


Walburga Black exigiu:


- Mais alto. Eu não ouvi.


Ele ergueu a voz, contrariado:


- Desculpe pelo que aconteceu a seu primo.


Proserpina ergueu uma sobrancelha e disse,mal contendo o sorriso de satisfação:


- Aceitarei suas desculpas - com uma condição.


- Qual?


- Quero que admita o que fez com o Primo Severus e que diga ao Prof. Dumbledore exatamente o que você e seus amigos fizeram.


O olhar agora era positivamente sanguinário. Com os dentes cerrados, ele disse:


- Eu admito o que fiz com Snivellus. Mas eu não vou dizer a você o que eu fiz!


Ela ergueu o nariz e deu de ombros:


- Não importa. Você vai dizer ao Prof. Dumbledore, como sua mãe mandou, não vai? Ou isso, ou eu vou exigir que você pague sua dívida em tarefas. Sua mãe vai concordar que isso seria compensação justa pelo que fez meu primo sofrer.


Proserpina encarou a Sra. Black, que assentiu com a cabeça. Se pudesse, Sirius teria matado a moça com um olhar, mas optou por deixar o salão por uma porta, onde o Prof. Dumbledore já o esperava. Eles provavelmente teriam uma conversa regada a chá e dropes de limão. A Sra. Black acompanhou os dois, mas não sem antes parar na mesa de Slytherin e dizer a Proserpina:


- Minha querida, mande meus sentimentos à sua família. Os Prince são uma família distinta e espero que esse incidente não estrague a nossa longa história de alianças.


Proserpina deu um sorrisinho e inclinou a cabeça:


- Com certeza, madame. Em nome de minha família, agradeço sua consideração.


A velha senhora olhou para o outro lado da mesa:


- E parabéns, Reggie, querido. Mamãe está orgulhosa de você.


A exemplo do irmão, Regulus Black desejou ardentemente que o chão milenar de Hogwarts se abrisse para ele se esconder. Sua mãe foi embora, atrás de Sirius e Dumbledore, mas os olhares das centenas de alunos de Hogwarts estavam todos nele.


Satisfeita, Proserpina pegou o guardanapo do colo e, com um toque de faceirice, limpou um inexistente resíduo de comida do canto do lábio. Narcissa sorriu para ela, orgulhosa.


Do outro lado do salão, Remus olhou a exibição com um olho clínico.


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Notas finais do capítulo

Chegamos à metade da fic!



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