Natal em Anelândia escrita por ZodiacAne


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Mais um conto que passa dentro do universo onde todos os meus personagens vivem: Anelândia.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/667190/chapter/1

Dezembro. Mais de um ano depois da visita da Deusa, essa que vos fala, a Anelândia. Os anelandenses se lembram com muito carinho das poucas horas que passaram com ela e também junto. Desde então, todos voltaram as suas vidas normais dentro de seus “mundos”.

Porém, uma outra data festiva se aproximava: o natal. Sim, isto é comemorado, pois não se trata apenas de uma data religiosa, mas sim de uma data de reunião e muitos outros valores incorporados.

Os personagens que vivem mais próximos do marco zero de Anelândia, a grande mansão principal, também são os que mais se veem.

Eis que personagens de As Super Agentes e Mago Belo resolveram almoçar juntos e passaram a se lembrar do grande encontro do ano anterior:

-Sempre que paro para pensar me dá uma saudade daquele dia. - falou Anelise – Ver a Deusa em sonho foi uma coisa, mas ao vivo foi algo completamente diferente.

-Quase que eu confundi vocês duas. - Soltou Seiya

-Acho que todos nós ficamos meio na dúvida de quem era quem, Seiya. - retrucou Dimitri

E vieram gargalhadas em coro, até que Robert continuou com o assunto:

-Não só me deu saudade da Deusa, mas acho que de todo mundo reunido. Conheci muita gente legal.

-Pois é, cara. Gostei muito daquele bagunça que a gente fez. - Ikki concordou

-Concordo com vocês. Acho válido também que nos mantenhamos unidos, porque temos uma Deusa em comum. - Yui respondeu

-Sou a favor de mais uma reunião. Assim como fizemos com a Deusa e também uma só das mulheres. Uma de natal seria ótimo! - comentou Lorranah

-Sempre comemoramos só entre a gente. Concordo que seria algo legal e diferente. - completou Sabrí

O que significa esse “sempre comemoramos entre a gente”? Deve estar se perguntando.

É que em Anelândia, alguns locais são mais distantes que outros. Assim, quem mora perto do outro acaba comemorando junto mesmo. Igual quando se faz com os vizinhos? Então, é a mesma coisa!

-Ok. - falou Ikki – Vamos começar a preparar os convites logo após o almoço.

E assim que terminaram de comer, foram a mansão e acessaram ao computador que contém todas as informações de todos os outros personagens e mandaram os convites.

Combinaram de que cada um deveria trazer algo para complementar o banquete, que eles também fariam. E claro, presentes, pois haveria um amigo oculto.

Com o passar dos dias, os convites foram chegando, por correio. Todos se animaram em saber de mais essa reunião e em uma outra data especial.

***

Eis que finalmente chegou o dia 24 de Dezembro. E na mesma mansão lá estavam os organizadores da festa de natal: Ikki, Yui, Lorranah, Dimitri, Sabrí, Robert e Seiyus. Tudo estava com as cores do natal: vermelho, verde e branco (até preto).

O jardim estava com uma enorme pinheiro, com diversas mesas a frente. Havia um pequeno tablado a frente da árvore, com a aparelhagem completa para um show totalmente posicionada.

Eles passaram o dia inteiro arrumando o local, enquanto os ajudantes preparavam o banquete. Tudo estava pronto ao entardecer. Voltaram para suas casas, se arrumaram e retornaram.

E algumas horas, finalmente, começaram a chegar os primeiros convidados. Assim como no outro grande encontro, alguns decidiram vir juntos, para fazerem companhia um ao outro na viagem.

Havia mais personagens do que da última vez, porque a população de Anelândia aumenta sem nenhum aviso prévio.

Todos que chegavam carregam um prato de comida e um embrulho de presente. Eram recebidos com um abraço de Ikki e Yui.

Foram se arrumando nas mesas e colocando o que trouxeram para comer na mesa do banquete. Pouco tempo depois, todos estavam devidamente sentados. Lorranah foi ao tablado com Dimitri:

-Boa noite, povo de Anelândia. - aplausos e gritos – É muito bom estar reunida com todos vocês novamente. Então, hoje será a nossa festa de natal e também confraternização. Porém, só comeremos após a meia-noite.

-Só que, antes disso – Dimitri falou – faremos o amigo oculto. Passarão próximo as mesas com uma sacola para cada um tirar o papel com o nome. Quando todos retirarem e lerem, começaremos a revelação e entrega dos presentes.

Os dois permaneceram no palco por cerca de cinco minutos, até que fossem os últimos a tirar os dois pedaços de papel que restaram.

-Como estamos nós dois aqui, vamos começar. - Lorranah se pronunciou

-Primeiro as damas. - brincou Dimitri

-Engraçadinho. - riu – Mas tudo bem! Espera, deixa eu ver meu papel. - fez uma careta perplexa, levantou a sacola, mostrando o presente que carregava – Minha amiga oculta é de uma espécie que não deveria falar, mas ela é especial e capaz de fazer isso. Tem o pelo todo branco e olhos verdes. O que mais...

Eis que, uma menina de cabelos negros, Guinevere, grita lá do fundo:

-É a Shigure!

-Acertou! - foi a resposta da jovem – Shigure, vem até aqui.

Um silêncio se fez, onde a gata poderia estar? Houve uma movimentação na árvore, até que a cabeça de Shigure apareceu.

-Olha eu aqui. - a felina falou

Assim, ela desceu com um pulo, pousando em pé. Soltou um miado e converteu-se na sua versão humana. Todos os animais de Anelândia também tem uma versão humana.

Ela e Lorranah se abraçaram. Pela ordem normal, Shigure falaria sobre quem ela sorteou. Contudo, ela estava escondida desde que chegara. Guinevere tirara o papel para ela.

Shigure apenas agradeceu o presente, após abrí-lo, e dirigiu-se a sua mesa`para buscar o presente e ver quem tirara.

Dimitri aproximou-se do microfone para começar a falar, mas levou um susto, todos levaram. Um outro gato, dessa vez um malhado, pulou da árvore. Lorranah soltou:

-Então era ai que você estava, Brido?

-Sim. - respondeu, já na forma humanoide – Vou a mesa com os outros.

-Acho bom mesmo. - cruzou os braços – Pode continuar, Dimitri.

-Obrigado. - pigarreou – Bem, a pessoa que eu tirei... Ai, gente, sou péssimo nisso... - risos – É homem, uso terno e gravata diariamente, defende as pessoas com uso das leis no lugar onde mora. Tem uma esposa e um filho lindos. Ele já se declarou ser meu fã.

E vem uma voz lá do fundo, de Makoto gritando:

-Sou eu!

-Tu mesmo! - Dimitri sorriu

O outro se aproximou e eles se abraçaram, como se fossem amigos de anos, sendo que eles haviam se encontrado apenas uma vez antes deste dia.

Assim, a brincadeira foi seguindo. Quem fechou o ciclo foi um dos organizadores: Ikki.

Ainda faltava um pouco para a meia-noite, então, as, agora, duas maiores bandas de Anelândia, Riot of Hell e Vollux, foram convidadas a se apresentarem. Os outros foram a frente do palco para assistir. Pularam, cantaram e se divertiram muito. Ainda ocorreu uma colaboração entre as duas bandas na música final.

Quando dispersaram, Seiya sentiu falta da esposa e perguntou a Joenize, que estava sentada a seu lado.

-Viu a Nise?

-Não! Ela deve ter ido ao banheiro. Não sei.

Seiya se levantou e foi procurá-la do lado de dentro da mansão. E não demorou muito a achar. Ela estava na sala que seria inaugurada oficialmente em breve, que era dedicada exclusivamente ao dia em que fui visitá-los, no ano passado.

-Amor, tá aqui sozinha. O que está fazendo?

-Só estou lembrando desse dia, foi exatamente assim. Só ficou faltando ela. - E apontou para a enorme foto minha que tinha ali.

-Você sabe melhor do que qualquer um que ela está sempre com a gente. Mesmo que não presente fisicamente, ela está aqui.

-Sei disso, querido. Mas é diferente! De alguma forma.

-Claro que é! Estamos reunidos hoje por um outro motivo. É uma época de confraternização, é legal que todo mundo esteja aqui junto.

-É sim! - ela sorriu – Eu estou devaneando, Seiya. Desculpe!

-Não precisa se desculpar. Todos sentimos falta dela e acho que também gostariam que ela estivesse aqui.

Eles se abraçaram e Seiya disse depois:

-Agora vamos! Que eu tô morrendo de fome.

Yui autorizou o “ataque”. E foi quase uma cena de guerra para pegarem a comida. Um empurra-empurra, braços esticados aqui e lá. Mas não ocorreu uma briga realmente. É o que normalmente acontece quando se tem uma mesa lotada de escolhas e muita gente com fome.

Dispersaram-se em suas mesas e foram comendo e conversando. Assim, Robert e Yui, foi ao microfone para um pronunciamento:

-Pessoal, boa noite. Desculpe incomodar a comilança de vocês, mas é que eu e meu amigo Robert temos um recado especial para vocês.

-Primeiramente, quero deseja um feliz natal para todos. - começou Robert – Segundo e mais importante: Vamos para o lado de dentro para a inauguração da sala dedicada a visita da Deusa.

Todos se levantaram e seguiram até o local. Sabrí e Seiyus deram a tesoura para que Anelise pudesse contar a fita.

O que havia naquela sala? Além de todas as fotos tiradas no evento, no meio havia um manequim com o vestido que eu usara.

Todos olhavam as fotos com muito amor e saudade. Fotos são assim. Elas conseguem guardar lembranças de um momento inteiro em um quadro.

-Viu? Eu falei que não era só você que sente fala dela. - disse Seiya segurando a mão da esposa

Ikki entrou junto com Seiyus e chamou a todos para que pudesse falar:

-Fizemos cópias extras das fotos para que todos possam levar para casa.

-Agora, tem mais um show lá fora para vocês. - soltou Seiyus

E antes mesmo que eles pudessem sair, o show de fogos de artifício começara. Várias cores e formas brilhando no céu noturno. Ninguém piscava ou sequer desviava o olhar, por tamanha beleza que estava junto das estrelas.

Quando o último estourou, foram muitos aplausos e abraços e desejos de Feliz Natal. Muita coisa junta e em tão pouco tempo.

Assim, algumas horas depois, depois que todos já tinham ido embora, os organizadores assistiram o sol nascer, sentados no jardim, com as mesas ainda para arrumar , em mais um novo dia que em Anelândia começava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem e façam uma autora feliz!