Lendo o Futuro escrita por Lu Swan Potter


Capítulo 9
Capítulo 9: O Embarque na Plataforma 9 e ½ (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Olá não era minha intenção separa o capítulo, mais ficou muito grande e acho que ficar muito cansativo um texto muito grande.
vejo vocês nas notas finais.
Beijos



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— Acabou o capítulo, quem vai ler agora? – perguntou Alice.

— Eu quero, por favor. – falou Lilian.

— Sim, pegar aqui o livro. – falou Alice.

— Qual o titulo do capítulo? – perguntou Marlene.

— O embarque na plataforma nove e meia. – falou Lilian.

— Ele já está indo para Hogwarts. – falou Dorcas.

O último mês de Harry na casa dos Dursley não foi nada divertido. É verdade que Duda agora estava tão apavorado com Harry que não queria nem ficar no mesmo aposento com ele, e tia Petúnia e tio Válter não trancaram Harry no armário nem o obrigaram a fazer nada, tampouco gritaram com ele, na verdade, sequer falaram com ele. Meio aterrorizados, meio furiosos, agiam como se a cadeira em que Harry se sentasse estivesse vazia.

— Pelo menos não eles não tratam o Harry mal. – falou Dorcas.

— Verdade, mais depois de um tempo ficar tedioso. – falou Marlene triste.

Embora isso fosse sob muitos aspectos um progresso, tornou-se um tanto deprimente depois de algum tempo.

Harry ficava em seu quarto, com a nova coruja por companhia.

— O nosso filho deve contar os dias para ir para Hogwarts. – falou Lilian triste.

— Sim, eu também faria isso se estivesse numa casa onde ninguém me quisesse lá. – falou James.

— Eu fiz isso até o meu sexto ano. – falou Sirius triste.

— Por que Sirius? – perguntou Marlene.

— Não suportava a minha casa, e todos que moram lá. – falou Sirius.

— Eles são assim tão terríveis? – perguntou Dorcas.

— Sim, todos são seguidores do Lorde das Trevas e eu era obrigado desde novo a ser um comensal assim que eu crescesse. – falou Sirius.

 

Decidira chamá-la Edwiges, um nome que encontrara na História da Magia. Seus livros de escola eram muito interessantes. Deitava-se na cama e lia até tarde da noite.

 

— Tal mãe, tal filho. – falou Alice sorrindo.

— Por que você diz isso? – perguntou Pedro.

— A Lilian vai dormir todas as noites lendo até tarde. – falou Marlene.

— Nossa até nisso vocês dois combina pontas. – falou Remo.

— Por quê? – perguntou Lilian.

— James costuma fazer isso também. – falou Sirius rindo.

 

Edwiges voava para dentro e para fora da janela, quando queria. Era uma sorte que tia Petúnia não aparecesse mais para passar o aspirador de pó, porque Edwiges não parava de trazer ratos mortos para o quarto.

 

— A minha irmã realmente iria surta ao ver ratos. – falou Lilian rindo.

 

Toda noite, antes de se deitar para dormir, Harry riscava mais um dia no pedaço de papel que pregara na parede, para contar os dias que faltavam até primeiro de setembro.

— Não falei que ele faz isso. – falou Lilian triste.

— Não fique assim meu anjo, iremos mudar tudo isso. – falou James.

No último dia de agosto ele achou melhor falar com os tios sobre a ida à estação no dia seguinte, por isso desceu à sala de estar onde eles estavam assistindo a um programa de auditório na televisão. Pigarreou para avisar que estava ali e Duda deu um berro e saiu correndo da sala.

— Acho que isso vai ser complicado. – falou Pedro.

— Por quê? – falou Frank.

— Talvez eles não saibam como ir para a plataforma. – falou Pedro.

— A minha irmã sabe. – falou Lilian.

— Hum... Tio Válter?

Tio Válter resmungou para indicar que estava escutando.

— Hum... Preciso estar amanhã na estação para... Embarcar para Hogwarts.

Tio Válter resmungou outra vez.

— Será que o senhor podia me dar uma carona?

Resmungo. Harry supôs que quisesse dizer sim.

— Muito obrigado.

E já ia voltando para cima quando tio Válter falou de verdade.

— Já vai falar alguma besteira. – falou Alice.

 

— Que modo engraçado de ir para a escola de magia, de trem. Os tapetes mágicos furaram todos?

 

— Não falei esse cara idiota. – falou Alice.

Harry não respondeu.

— Onde fica essa escola afinal?

— Não sei — disse Harry pensando nisso pela primeira vez. Tirou do bolso o bilhete de passagem que Hagrid lhe dera.

— Vou tomar o trem na plataforma 9 e ½ às onze horas — leu.

A tia e o tio arregalam os olhos.

— Vou matar a minha irmã, ela sabe onde ficar a plataforma. – falou Lilian brava.

— Ela vai fingir não que sabe. – falou Marlene irritada.

— Plataforma o quê?

— Nove e meia.

— Não diga bobagens — repreendeu tio Válter — Não existe plataforma nove e meia.

— Eles são ridículos. – falou Frank.

— Está no meu bilhete.

— Loucos — disse tio Válter — de pedra, todos eles. Você vai ver. É só esperar. Está bem, levaremos você até a estação. De qualquer maneira tínhamos de ir a Londres amanhã ou nem me daria ao trabalho.

 

— Como eu Odeio o marido da sua irmã. – falou James irritado.

— Por que o senhor vai a Londres? — perguntou Harry, tentando manter a conversa cordial.

— Vamos levar Duda ao hospital — rosnou tio Válter — Precisamos mandar cortar aquele rabo vermelho antes de mandá-lo para Smeltings.

— Eles deixaram o filho o mês inteiro com o rabo de porco? – perguntou Dorcas.

— Então eles não deixaram o moleque sair o mês inteiro. – falou Marlene.

Harry acordou às cinco horas na manhã seguinte e estava demasiado excitado e nervoso para voltar a dormir.

— Acho que acontece com todos no primeiro ano. – falou Pedro.

se e vestiu o jeans porque não queria entrar na estação com as vestes de bruxo, mudaria de roupa no trem.

— E melhor assim. – falou Lilian.

— Verdade, se não vai ficar todos ter olhando. – falou Alice.

Verificou novamente a lista de Hogwarts para se certificar de que tinha tudo de que precisava, viu se Edwiges estava bem trancada na gaiola e então ficou andando pelo quarto à espera que os Dursley se levantassem. Duas horas mais tarde, a mala enorme e pesada de Harry fora colocada no carro dos Dursley. Tia Petúnia convencera Duda a se sentar ao lado do primo e eles partiram.

— Desculpa Lilian, mais não sei como o Dumbledore pode ter deixado o Harry mora com esses trouxas. – falou Pedro.

— Tudo bem Pedro eu também não sei por que. – falou Lilian.

Chegaram à estação de King's Cross às 10:30h. Válter jogou a mala de Harry num carrinho e empurrou-o até a estação, com um gesto curiosamente bondoso até tio Válter parar diante das plataformas com um sorriso maldoso.

— Bom, aqui estamos, moleque. Plataforma nove, plataforma dez. A sua plataforma devia estar aí no meio, mas parece que ainda não a construíram, não é mesmo.

— Idiota. – falou Sirius rosnado para o livro.

Ele tinha razão, é claro. Havia um grande número nove de plástico no alto de uma plataforma e um grande número dez no alto da plataforma seguinte, mas no meio, não havia nada.

— Tenha um bom período letivo — disse tio Válter com um sorriso ainda mais maldoso. E foi-se embora sem dizer mais nada.

— Eles vão deixar o Harry sozinho. – falou Remo com raiva.

Harry se virou e viu o carro dos Dursley partir. Os três estavam rindo, Harry sentiu a boca seca. Que diabo iria fazer? Estava começando a atrair uma porção de olhares curiosos por causa da Edwiges. Teria que perguntar a alguém.

— Não e uma boa idéia. – falou Marlene.

— Ele tem que pergunta para bruxos, se não vão achar ele esquisito. – falou Frank.

Parou um guarda que ia passando, mas não mencionou a plataforma nove e meia. O guarda nunca ouvira falar em Hogwarts e quando Harry não soube lhe dizer em que parte do país a escola ficava, ele começou a mostrar aborrecimento, como se Harry estivesse se fazendo de burro de propósito. Desesperado, Harry perguntou pelo trem que partia às onze horas, mas o guarda disse que não havia nenhum. Ao fim, o guarda se afastou, resmungando contra pessoas que o faziam perder tempo. Harry tentou por tudo no mundo não entrar em pânico. Pelo grande relógio em cima do quadro que anunciava os trens que chegavam, só lhe restavam mais dez minutos para embarcar no trem de Hogwarts e ele não tinha idéia de como ia fazer isso, estava perdido no meio da estação com uma mala que mal podia levantar, o bolso cheio de dinheiro de bruxo e uma corujona.

 

Isso e desesperador, esta muito em cima da hora. – falou Sirius.

— Às vezes de chegar gente em cima da hora. – falou Pedro esperançoso.

Hagrid devia ter esquecido de lhe dizer alguma coisa que tinha de fazer, como bater no terceiro tijolo à esquerda para entrar no Beco Diagonal. Perguntou-se se deveria tirar a varinha da mala e começar a bater no coletor de bilhetes entre as plataformas nove e dez.

— Tadinho do meu filho. – falou Lilian chorando abraçada ao James.

Naquele instante um grupo de pessoas passou as suas costas e ele entreouviu algumas palavras que diziam...

—... Cheio de trouxas, é claro...

— Graças a Merlin. – falou todos juntos.

— Pelo menos uma ajudar para o nosso menino. – falou James.

Harry deu meia-volta. Era uma mulher gorda

— Isso foi deselegante. – falou Dorcas.

que falava com quatro meninos, todos de cabelos cor de fogo. Cada um deles estava empurrando à frente uma mala como a de Harry e levavam uma coruja. O coração aos saltos, Harry os seguiu empurrando o carrinho. Eles pararam e ele também, bem próximo para ouvir o que diziam.

— Parece ser Weasley. – falou James sorrindo.

— Agora, qual é o número da plataforma? — perguntou a mãe dos meninos.

— Nove e meia — ouviu-se a voz fina de uma menininha, também de cabelos ruivos que estava segurando a mão da mulher. — Mamãe, não posso ir...

— Você ainda não tem idade, Gina, agora fique quieta. Está bem, Percy, você vai primeiro.

— Parece que o Arthur e a Molly conseguiram uma menina. – falou Lilian.

— A Molly sempre falou que tinha um sonho de ter uma menina. – falou Marlene sorrindo.

O que parecia o menino mais velho marchou em direção às plataformas nove e dez. Harry observou-o, tomando o cuidado de não piscar para não perder nada, mas assim que o menino chegou à linha divisória entre as duas plataformas, um grande grupo de turistas invadiu a plataforma à frente dele e quando uma mochila acabou de passar, o menino havia desaparecido.

 

— Para a primeira vez, o Harry vai se assustar. – falou Lilian.

— Fred, você agora — mandou a mulher gorda.

— Eu não sou Fred, sou Jorge — retrucou o menino. — Francamente, mulher, você diz que é nossa mãe? Não consegue ver que sou o Jorge?

— São gêmeos. – falou Sirius rindo.

— Devem aprontar muito. – falou James.

— Futuros marotos? – perguntou Remo.

— Acho que sim. – falou James.

— Como vocês pode saber disso? – perguntou Alice.

— Você não viu como eles aprontaram com a mãe. – falou Pedro.

— Mais ela pode ter mesmo se enganar. – falou Frank.

— Acho que não. – falou Sirius.

— Desculpe, Jorge, querido.

— É brincadeira, eu sou o Fred — disse o menino, e foi. O irmão gêmeo gritou para ele se apressar, e ele deve ter atendido, porque um segundo depois, sumiu, mas como fizera aquilo?

 

— Não falamos. – falou os marotos gargalhando.

— Como vocês podem sempre acertar tudo. – falou Frank rindo.

Agora o terceiro irmão estava se encaminhando rapidamente para a barreira, estava quase lá e, então, de repente, não estava mais em parte alguma.

E foi só.

 

— Já gostei desta família. – falou Marlene.

— Acho que esses sim devem ser amigos do Harry. – falou Sirius.

 

— Com licença — dirigiu-se Harry à mulher gorda.

— Olá, querido. É a primeira vez que vai a Hogwarts? O Rony é novo também.

Ela apontou o último filho, o mais moço. Era alto, magro e desengonçado, com sardas, mãos e pés grandes e um nariz comprido.

— Esse livro tem sempre uma ótima descrição não e mesmo. – falou Dorcas.

— É — respondeu Harry, — A coisa é, a coisa é que não sei como...

— Como chegar à plataforma? — disse ela com bondade, e Harry concordou com a cabeça.

— Tenho que agradecer a Molly por ter ajudado o meu pequeno. – pensou Lilian.

— Não se preocupe. Basta caminhar diretamente para a barreira entre as plataformas nove e dez. Não pare e não tenha medo de bater nela, isto é muito importante. Melhor fazer isso meio correndo se estiver nervoso. Vá, vá antes de Rony.

— Hum... Ok.

E Harry virou o carrinho e encarou a barreira. Parecia muito sólida.

Lá vem o pessimismo do filho de vocês. – falou Alice.

Ele começou a andar em direção a ela. As pessoas a caminho das plataformas nove e dez o empurravam. Harry apressou o passo. Ia bater direto no coletor de bilhetes e então ia se complicar, curvando-se para o caminho ele desatou a correr, a barreira estava cada vez mais próxima. Não poderia parar, o carrinho estava descontrolado, ele estava a um passo de distância, fechou os olhos se preparando para a colisão...

— Meu pequeno. – falou Lilian com lagrimas caindo pelo rosto.

E ela não aconteceu... Ele continuou correndo. Abriu os olhos.

— Agora vai começa a despertar uma curiosidade para saber como e o castelo. – falou James.

— Uma vontade de se testa e ter muitas aventuras. – falou Sirius.

— Ter amigos de verdade. – falou Remo.

— Uma família e ser completamente feliz. – falou Pedro sorrindo.

Uma locomotiva vermelha a vapor estava parada à plataforma apinhada de gente. Um letreiro no alto informava “Expresso de Hogwarts 11 horas”. Harry olhou para trás e viu um arco de ferro forjado no lugar onde estivera o coletor de bilhetes com os dizeres “Plataforma 9 e ½”. Conseguira.

— E melhor ele ir conseguir uma cabine. – falou Dorcas.

A fumaça da locomotiva se dispersava sobre as cabeças das pessoas que conversavam, enquanto gatos de todas as cores trançavam por entre as pernas delas. Corujas piavam umas para as outras, descontentes, sobrepondo-se à balbúrdia e ao barulho das malas pesadas que eram arrastadas.

— E sempre uma loucura. – falou Marlene rindo.

— Eu me lembro que eu me esbarrei com a Lilian e caímos de bunda no chão. – falou Dorcas rindo.

— Brigamos uma com a outra e depois caímos na gargalhada. – falou Lilian sorrindo.

Os primeiros vagões já estavam cheios de estudantes, uns debruçados às janelas conversando com as famílias, outros brigando por causa dos lugares. Harry empurrou o carrinho pela plataforma procurando um lugar vago. Passou por um garoto de rosto redondo que estava dizendo:

— Vó, perdi meu sapo outra vez.

— Ah, Neville — ele ouviu a senhora suspirar.

— Tadinho desse menino. – falou Alice.

— Verdade, por que deram um sapo para ele. – falou Sirius.

— Não estou falando disso. – falou Alice.

— Claro que está o sapo sumiu. – falou Sirius.

— Esse tipo de animal vive sumindo para chamar atenção. – falou Remo.

Um garoto com cabelos rastafári estava cercado por um pequeno grupo de meninos.

— Deixe a gente espiar, Lino, vamos.

— Esse deve gostar de aprontar. – falou Pedro.

O menino levantou a tampa de uma caixa que carregava nos braços e as pessoas em volta deram gritos e berros quando uma coisa dentro da caixa esticou para fora uma perna comprida e peluda.

— Ele levou uma arranha – falou Marlene com asco.

Harry continuou andando pela aglomeração até que encontrou um compartimento vago no final do trem. Primeiro pôs Edwiges para dentro e começou a empurrar e a forçar com a mala em direção à porta do trem. Tentou erguê-la pelos degraus acima, mas mal conseguiu suspender uma ponta e duas vezes deixou-a cair dolorosamente em cima do pé.

— Isso dói muito, no meu primeiro ano também caiu no meu pé. – falou Pedro.

— Verdade eu te ajudei. – falou Remo.

— Depois ficamos conversando na cabine sobre como foi incrível ser aceito em Hogwarts. – falou Pedro sorrindo.

— Quer uma ajuda? — Era um dos gêmeos ruivos que ele seguira para atravessar a barreira.

— Por favor — Harry ofegou.

— Fred! Vem dar uma ajuda aqui!

 

— Que bom os gêmeos vão ajudar o Harry – falou Sirius.

— Eles são pessoas, que eu ia querer que o meu filho convivesse. – falou James.

Com a ajuda dos gêmeos a mala de Harry, finalmente foi colocada a um canto do compartimento.

— Obrigado — disse Harry, afastando os cabelos suados dos olhos.

Acho que vai começa. – falou Pedro.

— O que? – perguntou Frank.

— Eles acabaram de percebe que ajudaram o Harry. – falou Pedro.

— Que é isso — perguntou de repente um dos gêmeos apontando para a cicatriz de Harry.

— Caramba — disse o outro gêmeo. — Você é...?

— Ele é — disse o outro gêmeo. — Não é? — acrescentou para Harry.

— O quê? — indagou Harry.

— Harry Potter — disseram os gêmeos em coro.

— Ah, ele — disse Harry — Quero dizer, é, sou.

— Coitado até esqueceu quem e. – falou Dorcas.

Os dois garotos olharam boquiabertos e Harry sentiu que estava corando. Então, para seu alívio, ouviram uma voz pela porta aberta do trem.

— A Molly apareceu. – falou Lilian.

— Fred? Jorge? Vocês estão aí?

— Estamos indo, mamãe.

— Eles vão fazer os irmãos querer ver o Harry. – falou Lilian.

 

Dando uma última espiada em Harry, os gêmeos saltaram para fora do trem.
Harry sentou-se à janela onde, meio escondido, podia observar a família de cabelos ruivos na plataforma e ouvir o que diziam. A mãe tinha acabado de puxar o lenço.

— Coitado desse menino. – falou Alice.

— Verdade e um mico. – falou Pedro rindo.

 

— Rony, você está com uma crosta no nariz.

O menino mais novo tentou fugir, mas ela o agarrou e começou a limpar a ponta do nariz dele.

— Mamãe, sai para lá — Desvencilhou-se.

— Aaaah, o Roniquinho está com uma coisa no nariz? — caçoou um dos gêmeos.

— Adorei esses Gêmeos. – falou Sirius.

 

— Cale a boca — disse Rony.

— Onde está o Percy? — perguntou a mãe.

— Está vindo aí.

— Esse Percy deve ser o mais velho. – falou Remo.

O garoto mais velho vinha vindo. Já vestira as vestes largas e pretas de Hogwarts e Harry reparou que tinha um distintivo de prata reluzente com a letra “M”.

 

— Ele deve ser muito chato. – falou Sirius.

— Por que você falar isso. – falou Marlene.

— Ele e monitor – falou Sirius.

— O Remo também e chato? – perguntou Dorcas.

— Claro que não, o Aluado e monitor ele ficar se exibindo. – falou Sirius.

 

— Não posso demorar, mãe — falou ele. — Estou lá na frente, os monitores têm dois vagões separados...

 

— Ele ainda tratar a mãe meio mal, não e. – falou James.

— Ah, você é monitor, Percy? — perguntou um dos gêmeos, com ar de grande surpresa. —

Devia ter avisado, não fazíamos ideia.

 

— Os dois dever ficar atormentando o irmão o tempo todo – falou Sirius rindo.

— Espere aí, acho que me lembro de ter ouvido ele dizer alguma coisa — disse o outro gêmeo.

— Uma vez...

— Ou duas...

— Um minuto...

— O verão todo.

— Ah, calem a boca — disse Percy, o monitor.

— Esses dois são muito bom mesmo. – falou Frank rindo.

— Afinal por que foi que o Percy ganhou vestes novas? — disse um dos gêmeos.

— Porque é monitor — disse a mãe com carinho — Está bem, querido, tenha um bom ano letivo — mande-me uma coruja quando chegar.

Ela beijou Percy no rosto e ele foi embora. Então. Virou-se para os gêmeos.

— A Molly parece ser uma ótima mãe. – falou Lilian.

— Acho que vai dar um sermão nos gêmeos. – falou Pedro.

— Agora, vocês dois, este ano, se comportem. Se receber mais uma coruja dizendo que vocês... Vocês explodiram um banheiro ou...

— Explodiram um banheiro? Nunca explodimos um banheiro.

— Mas é uma grande ideia, obrigado, mamãe.

— Nunca de idéias a marotos. – falou James.

— Também não tentamos explodir um banheiro. – falou Sirius rindo.

— Não tem graça. E cuidem do Rony.

— Não se preocupe, Roniquinho está seguro com a gente.

— Cale a boca — mandou Rony outra vez. Já era quase tão alto quanto os gêmeos e seu nariz continuava vermelho onde a mãe o esfregara.

— Tenho certeza que o Rony vai ser bem cuidado pelos irmãos – falou Remo.

— Agora eles vão sim aprontar muito – falou Sirius.

— Ei, mãe, advinha? Adivinha quem acabamos de encontrar no trem?

 

— Vai começa – falou James triste.

Harry recuou o corpo rápido para que eles não o vissem olhando.

— Sabe aquele menino de cabelos pretos que estava perto da gente na estação? Sabe quem ele é?

— Quem?

— Sempre vai ser assim? – perguntou Lilian chorando.

— Talvez sim. – falou Marlene.

— Ele querendo ou não e famoso por ter derrotado o Voldemort. – falou Dorcas.

— Harry Potter!

Harry ouviu a vozinha da garotinha.

— Ah, mamãe, posso subir no trem para ver ele, mamãe, ali, por favor...

— Espero que a Molly não deixe. – falou Alice.

— Você já o viu, Gina, e o coitado não é um bicho de zoológico para você ficar olhando. É ele mesmo, Fred? Como é que você sabe?

— Obrigada Molly. – pensou Lilian.

— Perguntei a ele. Vi a cicatriz. Está lá mesmo, parece um raio.

— Coitadinho. Não admira que estivesse sozinho. Foi tão educado quando me perguntou como entrar na plataforma.

 

— Ela e muito doce. – falou Lilian.

— Temos que agradecer aos Weasley por tudo que fizeram ao nosso filho. – falou James.

— Deixa para lá, você acha que ele se lembra como era o Você-Sabe-Quem?

De repente a mãe ficou muito séria.

— Proíbo-lhe de perguntar a ele, Fred. Não, não se atreva. Como se ele precisasse de alguém para lhe lembrar uma coisa dessas no primeiro dia de escola.

— Ela devia ter proibido todos os filhos. – falou James.

— Por quê? – perguntou Dorcas.

— Pois só o Fred está proibido e sendo assim tanto o Jorge e o Rony podem pergunta. – falou James.

— Está bem, não precisa ficar nervosa.

Ouviu-se um apito.

— Depressa! — disse a mãe, e os três garotos subiram no trem.

— Esses filhos parecem ser mais respeitosos do quer o Percy não e. – falou Alice.

— Verdade. – falou Frank.

Debruçaram-se na janela para a mãe lhes dar um beijo de despedida e a irmãzinha começou a chorar.

— Não chore, Gina, vamos lhe mandar um monte de corujas.

— Vamos lhe mandar uma tampa de vaso de Hogwarts.

— Os Gêmeos devem mimar a irmãzinha. – falou Dorcas.

— Jorge!

— Estou só brincando, mamãe.

— Será mesmo. – falou Sirius rindo.

O trem começou a andar. Harry viu a mãe dos garotos

e a irmã, meio risonha, meio chorosa, correndo para acompanhar o trem até ele ganhar velocidade e ela ficar para trás acenando.

— Deve ser muito ruim ser a ultima em para Hogwarts. – falou Marlene.

— Verdade. – falou Dorcas.

Harry observou a menina e a mãe desaparecerem quando o trem fez a curva. As casas passaram num relâmpago pela janela.

Harry sentiu uma grande excitação. Não sabia onde estava indo, mas tinha de ser melhor do que o lugar que estava deixando para trás.

— Meu filhinho, você vai ser feliz eu prometo. – falou Lilian.

A porta da cabine se abriu e o ruivinho mais moço entrou.

— Tem alguém sentado aqui? — perguntou, apontando para o assento em frente ao de Harry

— Vão ser tornar amigos – falou Remo rindo.

— O resto do trem está cheio.

— Não acho que seja isso, talvez ele quisesse ver se os irmãos não tinham mentido sobre o Harry. – falou James.

Harry respondeu que não, com um aceno de cabeça, e o garoto se sentou. Olhou para Harry e em seguida olhou depressa para fora, fingindo que não tinha olhado. Harry reparou que ele ainda tinha uma mancha preta no nariz.

— Podia ter dito ao garoto. – falou Alice.

— Oi, Rony — os gêmeos estavam de volta.

— Escuta aqui, vamos para o meio do trem. Lino Jordan trouxe uma tarântula gigante.

— Certo — resmungou Rony.

— Esse Lino deve ser do mesmo ano dos gêmeos. – falou Sirius.

— Harry — disse o outro gêmeo —, nós já nos apresentamos? Fred e Jorge Weasley. E este é o Rony, nosso irmão. Vejo vocês mais tarde, então.

— Tchau — disseram Harry e Rony. Os gêmeos fecharam a porta da cabine ao passar.

— Lá vai desobedece a mãe. – falou Dorcas.

— Mais a Molly só proibiu o Fred. – falou Remo.

— Você é Harry Potter mesmo? — Rony deixou escapar.

Harry confirmou com a cabeça.

— Ah, bom, pensei que fosse uma brincadeira do Fred e do Jorge e você tem mesmo... Sabe...

Apontou para a testa de Harry. Harry afastou a franja para mostrar a cicatriz em forma de raio. Rony olhou.

— Então foi aí que Você-Sabe-Quem...?

— Isso foi muito deselegante. – falou Marlene.

— Ele não deveria fazer esse tipo de pergunta. - falou Lilian brava.

— Foi, mas não me lembro.

— De nada? — perguntou Rony ansioso.

— Bom... Lembro de muita luz verde, mas nada mais.

— O Harry tem uma memória fantástica – falou Remo.

— Uau! — Ele ficou parado uns minutos olhando para Harry, depois, como se de repente tivesse se dado conta do que estava fazendo, olhou depressa para fora da janela outra vez.

— Todos na sua família são bruxos? — perguntou Harry que achava Rony tão interessante quanto Rony o achava.

 

— Estão começando a ser tornar amigos? – perguntou Alice.

— Talvez sim. – falou Frank.

— Hum... São, acho que sim. Acho que mamãe tem um primo em segundo grau que é contador, mas ninguém nunca fala nele.

— Então você já deve saber muitas mágicas.

Os Weasley aparentemente eram uma dessas antigas famílias de bruxos de que o menino pálido no Beco Diagonal falara.

— Dever saber alguns. – falou James.

— Verdade as crianças bruxas são ensinadas até irem para Hogwarts. – falou Sirius.

— Que tipo de coisas? – perguntou Lilian.

— Leis sobre deveres e direitos, magia, línguas estrangeiras e boas maneiras. – falou James.

— Nossa não saiba de nada disso. – falou Lilian.

— Ouvi dizer que você foi viver com os trouxas. Como é que eles são?

— Horríveis... Bom, nem todos. Mas minha tia e meu tio e meu primo são, eu gostaria de ter tido três irmãos bruxos.

— Cinco.

— Então os Weasley tiveram sete filhos. – falou Frank.

— Acho que tentaram até conseguir uma menina. – falou Alice.

— Verdade, a Molly sempre quis uma menina. – falou Marlene.

— Por alguma razão, ele pareceu triste. — Sou o sexto de minha família a ir para Hogwarts. Pode-se dizer que tenho de fazer justiça ao nosso nome. Gui e Carlinhos já terminaram a escola. Gui foi chefe dos monitores e Carlinhos foi capitão do time de Quadribol. Agora Percy é monitor. Fred e Jorge fazem muita bagunça, mas tiram notas muito boas e todo mundo acha que eles são realmente engraçados. Todos esperam que eu me saia tão bem quanto os outros, mas se eu me sair bem, não será nada de mais, porque eles fizeram isso primeiro. E também não se ganha nada novo quando se tem cinco irmãos. Uso as vestes velhas de Gui, a varinha velha de Carlinhos e o rato velho do Percy...

— Deve ser muito difícil para o Rony ter muitos irmãos. – falou Dorcas.

— Gostaria de ter irmãos, mais meus pais já eram muito velhos quando me tiveram. – falou James.

Rony meteu a mão no bolso interno do paletó e tirou um rato cinzento e gordo que estava dormindo.

 

Por que ele tem um rato, não e tão comum assim levar um animal desses. – falou Pedro.

— Você achar que? – perguntou James sério.

— Pela descrição. – falou Sirius.

— Do que vocês estão falando em? - perguntou Lilian.

— Ainda não temos certeza, vamos continuar ler – falou Remo.

— O nome dele é Perebas e ele é inútil, quase nunca acorda. Percy ganhou uma coruja de meu pai por ter sido escolhido monitor, mas eles não podiam ter... quero dizer, em vez disso ganhei Perebas.

— Isso e muito estranho. – falou Remo.

— Não estou entendo do que vocês estão falando. – falou Dorcas.

— Mais esse rato teria que teria quantos anos? – perguntou James.

— O que tem esse rato haver com o nosso filho Jay? – perguntou Lilian.

— Eu ainda não tenho certeza meu lírio, eu preciso de mais algumas informações pode continua meu amor. – falou James.

— Claro. – falou Lilian.

As orelhas de Rony ficaram vermelhas. Parecia estar achando que falara demais, porque voltou a olhar para fora pela janela.

— Acho que ele não precisa ficar assim. – falou Marlene.

Harry não achava nada de mais que alguém não tivesse dinheiro para comprar uma coruja.

— O Harry e um menino muito bom, mesmo ele sofrendo muito na infância. – falou Lilian.

— Preciso ajudar a família Weasley por ter ajudado o meu filho. – pensou James.

Afinal, ele nunca tivera dinheiro algum na vida até um mês atrás, e disse isso ao Rony, e disse também o que sentira quando usava as roupas velhas de Duda e jamais ganhara um presente de aniversário decente. Isto pareceu animar Rony um pouco.

 

— Tenho orgulho de ter um filho assim tão bom, tenho certeza que ele vai ser tornar um homem de bem. – falou James sorrindo.

—... E até Rúbeo me contar, eu não sabia o que era ser bruxo nem quem eram meus pais nem o Voldemort.

Rony ficou pasmo.

— Que foi?

— Acho que ele deve ter ficado com medo. – falou Sirius.

— Você disse o nome do Você-Sabe-Quem! — exclamou Rony parecendo ao mesmo tempo chocado e impressionado — Eu achava que de todas as pessoas você...

— Não disse muitas pessoas tem medo do nome do Voldemort. – falou Sirius.

— Não estou tentando ser corajoso nem nada dizendo o nome dele. É que nunca soube que não se podia dizer. Está vendo o que quero dizer? Tenho muito que aprender... Aposto — acrescentou, pondo pela primeira vez em palavras algo que o andava preocupando muito ultimamente — Aposto que vou ser o pior da classe.

— Não vai, ele pode até começa assim com medo mais tem uma vontade de se prova. – falou James.

— Não vai ser não. Tem uma porção de gente que vem de famílias de trouxas e aprende bem depressa.

— Verdade, veja a Lilian ela e a melhor aluna do nosso ano. – falou James sorrindo.

Enquanto conversavam, o trem saiu de Londres. Agora corriam por campos cheios de vacas e carneiros. Ficaram calados por um tempo, contemplando os campos e as estradinhas passarem num lampejo.

 — Acho que já se tornaram amigos. – falou Sirius.

— Também acho. - falou James sorrindo.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
na sexta feira eu posto a segunda parte.
beijos.



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