Lendo o Futuro escrita por Lu Swan Potter


Capítulo 10
Capítulo 10: O Embarque na Plataforma 9 e ½ (parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Ontem não deu para postar, pois passei o dia inteiro sem sinal da minha internet e só voltou essa manhã. Mais agora já está tudo resolvido e poderei postar normalmente.[
vejo vocês nas notas finais.
beijos.



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Anteriormente:

— Verdade, veja a Lilian ela e a melhor aluna do nosso ano. – falou James sorrindo.

Enquanto conversavam, o trem saiu de Londres. Agora corriam por campos cheios de vacas e carneiros. Ficaram calados por um tempo, contemplando os campos e as estradinhas passarem num lampejo.

 

— Acho que já se tornaram amigos. – falou Sirius.

— Também acho. – falou James sorrindo.

— Não vai ser não. Tem uma porção de gente que vem de famílias de trouxas e aprende bem depressa.

— Até Crianças de sangue – puro não e tão bom assim em magia no primeiro ano. – falou Frank.

Enquanto conversavam, o trem saiu de Londres. Agora corriam por campos cheios de vacas e carneiros. Ficaram calados por um tempo, contemplando os campos e as estradinhas passarem num lampejo.

 

— No meu primeiro ano eu fiquei olhando o tempo todo pela janela. – falou Lilian.

— Verdade, você nem notou que o trem parou. – falou Alice.

— Eu fiquei tão fascinado por tudo. – falou Pedro.

— Tivemos que te chamar várias vezes. – falou Remo rindo.

Por volta do meio-dia e meia ouviram um grande barulho no corredor e uma mulher toda sorrisos e covinhas abriu a porta e perguntou:

— Já estou ficando com fome. – falou Pedro.

— Também estou. – falou Sirius.

— Vamos terminar o capítulo e podemos comer alguma coisa. – falou James.

— Querem alguma coisa do carrinho, queridos?

Harry, que não tomara café da manhã ergueu-se de um salto, mas as orelhas de Rony ficaram vermelhas outra vez e ele murmurou que trouxera sanduíches. Harry foi até o corredor.

 

— Se o Harry for igual ao James, ele vai fingir que não vai agüentar comer tudo e dividir com o Rony. – falou Remo.

— James sempre faz isso. – falou Sirius rindo.

— O que, eu gosto de dividir o que tenho com os meus amigos. – falou James.

Nunca tivera dinheiro para doces na casa dos Dursley e agora que seus bolsos retiniam com moedas de ouro e prata, estava disposto a comprar quantas barrinhas de chocolate pudesse carregar, mas a mulher não tinha barrinhas. Tinha feijõezinhos de todos os sabores, balas de goma, chicles de bola, sapos de chocolate, tortinhas de abóbora, bolos de caldeirão, varinhas de alcaçuz e várias outras coisas estranhas que Harry nunca vira na sua vida.

— Vai querer prova de tudo. – falou Sirius sorrindo.

Não querendo perder nada, ele comprou uma de cada e pagou à mulher onze sicles de prata e sete nuques.

Rony arregalou os olhos quando Harry trouxe tudo para a cabine e despejou no assento vazio.

 

— Sabia que ele iria comprar tudo. – falou Pedro.

— Talvez o Rony não aceite. – falou Alice.

— O Harry vai fazer que ele aceite dividir – falou Frank.

— Que fome, hein?

— Morrendo de fome — respondeu Harry, dando uma grande dentada na tortinha de abóbora.

Rony tirara um embrulho encaroçado e abriu-o. Havia quatro sanduíches dentro. Abriu um e disse:

— Ela sempre se esquece que não gosto de carne enlatada.

 

— Tadinho deve ser difícil para ele ter mais seis irmãos – falou Frank.

— Eu adoraria ter mais irmãos – falou James.

— E por que você não tem? – perguntou Lilian.

— Quando os meus pais me tiveram já eram muito velhos. – falou James.

— Troco com você por um desses — propôs Harry, oferecendo um pastelão de carne. — Tome...

 

— O filho de vocês e uma criança tão doce e amável. – falou Marlene.

— Você não vai querer isso, é muito seco. Ela não tem muito tempo — acrescentou depressa.

 

— Igualzinho ao pai. – falou Sirius.

— Meu filho, meu Orgulho. – falou James feliz.

— Você sabe, somos cinco.

— Come... Coma um pastelão — disse Harry, que nunca tivera nada para dividir com alguém antes, aliás, nem ninguém com quem dividir. Era uma sensação gostosa, sentar-se ali com Rony, acabar com todas as tortas e bolos de Harry (os sanduíches ficaram esquecidos).

 

— Meu filhinho tão doce. – falou Lilian orgulhosa.

— Que é isso? — perguntou Harry a Rony, mostrando um pacote de sapos de chocolate. — Eles não são sapos de verdade, são? — Estava começando a achar que nada o surpreenderia.

— Acho que você vai adorar os sapos de chocolate. – falou Dorcas.

— São os meus favoritos. – falou Alice.

— Não. Mas vê qual é a figurinha, está me faltando a Agripa.

— O quê?

— Eu também faço coleção das figurinhas, ainda faltam algumas para eu completar a coleção. – falou Sirius.

— Claro que você não sabe, os sapos de chocolate têm figurinhas dentro, sabe, para colecionar, bruxas e bruxos famosos. Tenho umas quinhentas, mas não tenho a Agripa nem o Ptolomeu.

— Para mim falta Ptolomeu. – falou Remo.

— Eu tenho umas quatro dele, depois eu troco com você – falou Frank.

— Valeu Frank. – falou Remo.

Harry abriu o sapo de chocolate e puxou a figurinha. Era a cara de um homem. Usava óculos de meia-lua, tinha um nariz comprido e torto, cabelos esvoaçantes cor de prata, barba e bigode. Sob o retrato havia o nome Alvo Dumbledore.

— Então este é Dumbledore! — exclamou Harry.

— A minha primeira também veio o Dumbledore. – falou James sorrindo.

— Não me diga que nunca ouviu falar de Dumbledore! Quer me dar um sapo? Quem sabe eu tiro a Agripa.

 

— Espero que eles sejam melhores amigos. – falou Sirius.

— Verdade, assim eles podem aprontar todas em Hogwarts – falou Pedro.

— Meu filho não vai aprontar. – falou Lilian com raiva.

 

Obrigado.

Harry virou o verso da figurinha e leu:

Alvo Dumbledore, atualmente diretor Hogwarts.

Considerado por muitos o maior bruxo dos tempos modernos. Dumbledore é particularmente famoso por ter derrotado Grindelwald, o bruxo das Trevas, em 1945, por ter descoberto os doze usos do sangue de dragão e por desenvolver um trabalho em alquimia em parceria com Nicolau Flamel. O Professor Dumbledore gosta de música de câmara e boliche.

— Não vejo o professor Dumbledore jogando boliche – falou Lilian.

— Não mesmo – falou Marlene.

Harry virou de novo o cartão e viu, para seu espanto, que o rosto de Dumbledore havia desaparecido.

— Ele desapareceu!

— No mundo dos trouxas as fotos não se mexem – falou Lilian.

— Ora, você não pode esperar que ele fique aí o dia todo. Depois ele volta. Não, tirei a Morgana outra vez e já tenho umas seis... Você quer? Pode começar a colecionar.

 

— Fico feliz que eles dois dividiram a cabine juntos. – falou Remo.

Os olhos de Rony se desviaram para a pilha de sapos de chocolate que continuavam fechados.

— Sirva-se — disse Harry. — Mas, sabe, no mundo dos trouxas, as pessoas ficam paradas nas fotos.

— Ficam? O que, eles não se mexem? — Rony parecia surpreso. — Que coisa esquisita!

 

— Ai nasce uma amizade. – falou Dorcas sorrindo.

 

Rony apanhou uma balinha verde, examinou-a atentamente e mordeu uma ponta.

— Eca! Está vendo? Couve-de-bruxelas.

— Adoro comer feijõezinhos de todos os sabores. – Falou Marlene.

— Verdade você pode encontrar de tudo ali. – falou Alice.

— O pior que eu já comi foi o com gosto de terra. – falou Lilian sorrindo.

Eles se divertiram comendo as balas. Harry tirou torrada, coco, feijão cozido, morango, caril, capim, café, sardinha e chegou a reunir coragem para morder a ponta de uma bala cinzenta meio gozada que Rony não queria pegar, e que era pimenta.

 

Não gosto do feijõezinhos de pimenta. – falou Pedro.

— Você ficou com a cara toda vermelha ao comer um. – falou James.

Os campos que passavam agora pela janela estavam ficando mais silvestres. As plantações tinham desaparecido. Agora havia matas, rios serpeantes e morros verde-escuros.

 

— O caminho para Hogwarts e tão lindo. – falou Marlene.

Ouviram uma batida à porta da cabine e o menino de rosto redondo, por quem Harry passara na plataforma 9 e ½, entrou. Parecia choroso.

— O que será que aconteceu? – perguntou Alice.

— Desculpem, mas vocês viram um sapo?

— O sapo ainda está perdido, coitado desse menino. – falou Sirius.

Quando os dois sacudiram a cabeça, ele chorou.

— Perdi ele! Está sempre fugindo de mim!

— Ele vai aparecer — consolou Harry.

 

— Tão amável da parte do Harry consolar o menino. – falou Frank.

— Vai — disse o menino infeliz. — Se você vir ele...

E saiu.

— Espero que o menino ache o sapo. – falou Remo.

— Não sei por que ele está tão chateado — disse Rony. — Se eu tivesse trazido um sapo ia querer perder ele o mais depressa que pudesse.

 

— Que maldade. – falou Lilian.

 

Mas, trouxe Perebas, por isso nem posso falar nada.

Harry arregalou os olhos quando Dumbledore voltou para a figurinha e lhe deu um sorrisinho. Rony estava mais interessado em comer os sapos do que em olhar os bruxos e bruxas famosas, mas Harry não conseguia despregar os olhos deles.

 

— Deve achar incrível ver as fotos se mexe – falou James sorrindo.

 

Logo não tinha só Dumbledore e Morgana, como também Hengisto de Woodcroft, Alberico Grunnion, Circe, Paracelso e Merlim. Por fim ele despregou os olhos da druida Cliodna que estava coçando o nariz, para abrir o saquinho de feijõezinhos de todos os sabores.

— Você vai ter que tomar cuidado com essas aí — alertou Rony. — Quando dizem todos os sabores eles querem dizer TODOS OS SABORES. Sabe, todos os sabores comuns como chocolate, hortelã e laranja, mas também. Espinafre, fígado e bucho. Jorge achou que sentiu gosto de bicho-papão uma vez.

 

— Nunca provei esse sabor. – falou Frank.

— Não acho que existe. – falou Pedro.

— Acho que o Jorge deve ter brincando com o Rony – falou Sirius.

 

O rato continuava a tirar sua soneca no colo de Rony.

— Ele podia estar morto e ninguém ia saber a diferença — disse Rony desgostoso. — Tentei mudar a cor dele para amarelo para deixar ele mais interessante, mas o feitiço não deu certo.

 

— Depende muito do feitiço. – falou Alice.

 

Vou lhe mostrar. Olhe...

Remexeu na mala e tirou uma varinha muito gasta. Estava lascada em alguns pontos e havia uma coisa branca brilhando na ponta.

— O pelo do unicórnio está quase saindo. Em todo o caso...

— Ele tem que ter cuidado com essa varinha. – falou Dorcas.

Tinha acabado de erguer a varinha quando a porta da cabine abriu outra vez. O menino sem o sapo estava de volta, mas desta vez tinha uma garota em sua companhia. Ela já estava usando as vestes novas de Hogwarts.

— Devem estar procurando pelo sapo. – falou James.

— Ninguém viu um sapo? Neville perdeu o dele.

Tinha um tom de voz mandão, os cabelos castanhos muito cheios e os dentes da frente meio grandes.

 

— Às vezes essas descrições são tão maldosas. – falou Marlene.

— Achei a menina normal. – falou Dorcas.

— Talvez ela seja nascida. – trouxa – falou Alice.

— Por que você acha isso. – falou Lilian chateada.

— Por que se fosse de sangue – puro os pais não deixaria ir para Hogwarts com problemas nos dentes assim. – falou Sirius.

— Isso mesmo, os pais de sangues – puros querem os filhos perfeitos – falou Alice.

— Já dissemos a ele que não vimos o sapo — respondeu Rony, mas a menina não estava escutando, olhava para a varinha na mão dele.

— Você está fazendo mágicas? Quero ver.

Sentou-se. Rony pareceu desconcertado.

— Hum... Está bem.

— Nascida trouxa, ela deve está querendo ver magia. – falou Remo.

Pigarreou.

— Sol margaridas, amarelo maduro, muda para amarelo esse rato velho e burro.

Ele agitou a varinha, mas nada aconteceu. Perebas continuou cinzento e completamente adormecido.

— Você tem certeza de que esse feitiço está certo? — perguntou a menina. — Bem, não é muito bom, né?

 

— Já estou em duvidas, para falar assim. – falou James.

 

 Experimentei uns feitiços simples só para praticar e deram certo. Ninguém na família é bruxo, foi uma surpresa enorme quando recebi a carta, mas fiquei tão contente, é claro, quero dizer, é a melhor escola de bruxaria que existe, me disseram. Já sei de cor todos os livros que nos mandaram comprar, é claro, só espero que seja suficiente, aliás, sou Hermione Granger, e vocês quem são?

 

— Ela e muito chata. – falou Pedro.

— Não fala isso – falou Lilian.

— Desculpa Lilian mais e verdade – falou Pedro.

— Você não sabe o que ela deve ter passado na infância dela – falou Lilian brava.

Ela disse tudo isso muito depressa.

— Eles vão tratar ela mal. – falou Dorcas com pena da menina.

Harry olhou para Rony e sentiu um grande alívio ao ver, por sua cara espantada, que ele não aprendera todos os livros de cor tampouco.

 

— Espero que o meu filho não a trate mal. – falou Lilian.

— Sou Rony Weasley.

— Harry Potter.

 

— Lá vai falar do passado do Harry. – falou Sirius.

 

— Verdade? Já ouvi falar de você, é claro. Tenho outros livros recomendados, e você está na História da magia moderna e em Ascensão e queda das artes das trevas e em Grandes acontecimentos do século XX.

 

— Obvio que iriam escrever sobre o que aconteceu. – falou Lilian triste.

— Estou? — admirou-se Harry sentindo-se confuso.

— Nossa, você não sabia, eu teria procurado saber tudo que pudesse se fosse comigo — disse Hermione. — já sabem em que casa vão ficar? Andei perguntando e espero ficar na Grifinória, me parece a melhor, ouvi dizer que o próprio Dumbledore foi de lá, mas imagino que a Corvinal não seja muito ruim...

 

— Desculpa Lilian mais ela e um pouco irritante sim. – falou Sirius.

— Acho que os pais a fazia estudar muito. – falou Lilian.

 

Em todo o caso, acho melhor irmos procurar o sapo de Neville. E é melhor vocês se trocarem, sabe, vamos chegar daqui a pouco.

E foi-se embora, levando o menino sem sapo.

 

— O Rony vai reclamar dela. – falou Remo.

— Seja qual for a minha casa, espero que ela não esteja lá — comentou Rony e jogou a varinha de volta na mala. — Feitiço besta. Foi o Jorge que me ensinou, aposto que sabia que não prestava.

 

— Talvez seja isso – falou Marlene.

— Estou que achado que o Jorge ensinou certo. – falou James.

— Mas por que não funcionaria? – perguntou Lilian.

— O rato do Rony não e normal. – falou Sirius.

— Em que casa estão os seus irmãos? — perguntou Harry.

— Todos os Weasley pertencem apenas em uma casa – falou Alice sorrindo.

— Grifinória. — A tristeza parecia estar se apoderando dele outra vez. — Mamãe e papai estiveram lá também. Não sei o que vão dizer se eu não estiver. Acho que a Corvinal não seria muito ruim, mas imagine se me puserem na Sonserina.

— Nunca seria da Sonserina, pelo jeito você não tem maldade em seu coração – falou Frank.

— É a casa em que Vol... Quero dizer Você-Sabe-Quem esteve?

— É. — E afundou novamente no assento, parecendo deprimido.

— Ouvi dizer que ele já era terrível na época que estudava aqui. – falou James.

— Quem disse isso? – perguntou Alice.

— O Hagrid, quando estava meio chapado. – falou Remo.

— Sabe, acho que as pontas dos bigodes de Perebas ficaram um pouquinho mais claras — disse Harry, tentando distrair o pensamento de Rony das casas. — Então, o que é que os seus irmãos mais velhos fazem agora que já terminaram?

 

— Muito amável da parte do Harry tentar animar o Rony. – falou Dorcas.

Harry estava imaginando o que fazia um bruxo depois que terminava a escola.

— Carlinhos está na Romênia estudando dragões e Gui está na África fazendo um serviço para o Gringotes.

 

— Devem te tirado ótimas notas no n.i.m.e.s. – falou Lilian.

Você soube o que aconteceu com o Gringotes? O Profeta Diário só fala nisso, mas acho que morando com os trouxas você não recebe o jornal. Uns caras tentaram roubar um cofre de segurança máxima.

 

— Devem ter tentado roubar a pedra filosofal. – falou James.

— Ainda bem que o Dumbledore mandou o Hagrid retirar ela de lá. – falou Sirius.

— Será que foi isso mesmo? – perguntou Frank.

Harry arregalou os olhos.

— Verdade? E o que aconteceu com eles?

— Nada, é por isso que é uma noticia tão importante.

 

— Isso foi muito estranho. – falou Remo.

 

Não foram pegos. Papai disse que deve ter sido um bruxo das trevas poderoso para enganar Gringotes, mas estão achando que eles não levaram nada, isso é que é esquisito. É claro que todo o mundo fica apavorado quando uma coisa dessas acontece porque Você-Sabe-Quem pode estar por trás da coisa.

 

— Não pode ser. – falou James com receio.

Harry repassou as noticias mentalmente. Estava começando a sentir um arrepio de medo toda vez que Você-Sabe-Quem era mencionado. Supunha que isso fazia parte do ingresso no mundo da magia, mas tinha sido muito mais confortável dizer Voldemort sem se preocupar.

 

— Só espero que o Harry não var atrás de confusão. – falou Lilian preocupada.

— Qual é o seu time de Quadribol? — perguntou Rony.

— Hum... Não conheço nenhum — confessou Harry.

 

— Ainda não conhece, mais logo vai ser apaixonar por esse esporte maravilhoso. – falou James sorrindo.

— O quê? — Rony parecia pasmo. — Ah, espere ai, é o melhor jogo do mundo — E saiu explicando tudo sobre as quatro bolas e as posições dos sete jogadores, descreveu jogos famosos a que fora com os irmãos e a vassoura que gostaria de comprar se tivesse dinheiro. Estava mostrando a Harry as qualidades do jogo quando a porta da cabine se abriu mais uma vez, mas agora não era Neville, o menino sem sapo, nem Hermione Granger.

— Quem será? – perguntou Dorcas.

— Talvez os gêmeos – falou Marlene.

Três garotos entraram e Harry reconheceu o do meio na hora: era o garoto pálido da loja de vestes de Madame Malkin. Olhou para Harry com um interesse muito maior do que revelara no Beco Diagonal.

— Tinha que ser esse menino – falou Lilian.

— Eles vão brigar? – falou Alice.

— Espero que não – falou Marlene.

— É verdade? — perguntou — Estão dizendo no trem que Harry Potter está nesta cabine. Então é você?

— Sou — respondeu Harry. Observava os outros garotos. Os dois eram fortes e pareciam muito maus. Postados dos lados do menino pálido eles pareciam guarda-costas.

— Acho que ele vai querer ser amigo do Harry. – falou Frank.

— Não quero meu filho metido com um Malfoy. – falou James.

— Ah, este é Crabbe e este outro, Goyle — apresentou o garoto pálido displicentemente, notando o interesse de Harry — E meu nome é Draco Malfoy.

 

— Que garoto metido. – falou Dorcas.

Rony tossiu de leve, o que poderia estar escondendo uma risadinha. Malfoy olhou para ele.

— Acha o meu nome engraçado, é? Nem preciso perguntar quem você é. Meu pai me contou que na família Weasley todos têm cabelos ruivos e sardas e mais filhos do que podem sustentar. — Virou-se para Harry — Você não vai demorar a descobrir que algumas famílias de bruxos são bem melhores do que outras, Harry. Você não vai querer fazer amizade com as ruins. E eu posso ajudá-lo nisso.

— Igual ou pior que o Lucius. – falou Pedro.

— Deve ser uma junção dos pais. – falou Sirius.

Ele estendeu a mão para apertar a de Harry, mas Harry não a apertou.

— Sabia que meu filho teria essa reação – falou James orgulhoso.

— Acho que sei dizer qual é o tipo ruim sozinho, obrigado. — disse com frieza.
Draco não ficou vermelho, mas um ligeiro rosado coloriu seu rosto pálido.

— Eu teria mais cuidado se fosse você, Harry. — disse lentamente. — A não ser que seja mais educado, vai acabar como os seus pais. Eles também não tinham juízo. Você se mistura com gentinha como os Weasley e aquele Rúbeo e vai acabar se contaminando.

 

— Acho que o Harry já conseguiu uma primeira inimizade. – falou Remo.

Harry e Rony se levantaram. O rosto de Rony estava vermelho como os cabelos.

— Repete isso.

— Vai dar brigar – falou Alice.

— Ah, você vai brigar com a gente, vai? — Draco caçoou.

— A não ser que você se retire agora — disse Harry com uma coragem maior do que sentia, porque Crabbe e Goyle eram bem maiores do que ele ou Rony.

— Mas não estamos com vontade de nos retirar, estamos, garotos? Já comemos toda a nossa comida e parece que vocês ainda têm alguma coisa.

— Eles ainda não viram o rato. – falou Pedro rindo.

Goyle fez menção de apanhar os sapos de chocolate ao lado de Rony. Rony deu um pulo para frente, mas antes que encostasse em Goyle, este soltou um berro terrível.

— Isso foi muito bom. – falou Remo rindo.

Perebas, o rato, estava pendurado em seu dedo, os dentinhos afiados enterrados na junta de Goyle. Crabbe e Draco recuaram enquanto Goyle rodava e rodava o braço, urrando, e quando Perebas finalmente se soltou e bateu na janela, os três desapareceram na mesma hora. Talvez achassem que havia mais ratos escondidos nos doces, ou talvez tivessem ouvido passos, porque um segundo depois,

 

— Coitado do rato, será que morreu? – perguntou Marlene.

— Acho que não, ratos são mais resistentes – falou Sirius.

 

Hermione Granger entrou.

— Que foi que aconteceu? — perguntou, vendo os doces espalhados no chão e Rony apanhando Perebas pela cauda.

— Eles vão descontar na pobre menina – falou Alice.

— Acho que apagaram ele — disse Rony a Harry. E examinou Perebas mais atentamente. — Não... Não acredito... Ele voltou a dormir.

E dormira mesmo.

 

— Não falei. – disse Sirius gargalhando.

— Você já conhecia Draco Malfoy?

Harry contou o encontro deles no Beco Diagonal.

— Que foi muito desagradável por sinal. – falou Pedro.

— Já ouvi falar na família dele — disse Rony sombrio. — Foram os primeiros a voltar para o nosso lado depois que Você-Sabe-Quem desapareceu. Disseram que tinham sido enfeitiçados. Papai não acredita nisso. Diz que o pai de Draco não precisou de desculpa para se bandear para o lado das Trevas.

 

— Não acho que eles deixaram de seguir o cara de cobra. – falou James.

— E virou-se para Hermione. — Podemos fazer alguma coisa por você?

— Pelo menos foram educados com ela. – falou Lilian.

— É melhor vocês se apressarem e trocarem de roupa. Acabei de ir lá na frente perguntar ao maquinista e ele me disse que estamos quase chegando. Vocês andaram brigando? Vão se meter em encrenca antes mesmo de chegarmos lá!

— Ela pareceu com a Lilian agora. – falou Frank.

— Verdade, você falou a mesma coisa no nosso primeiro ano. – falou James sorrindo.

— E mesmo – falou Lilian corando.

— O que foi que aconteceu mesmo naquele dia. – falou Marlene.

— As irmãs Black e o Malfoy estavam à procura o Sirius e acabamos brigando – falou James.

— Perebas andou brigando, nós não — disse Rony, fazendo cara zangada. — Você se importa de sair para podermos nos trocar?

— Está bem. Só vim para cá porque as pessoas nas outras cabines estão se comportando feito crianças, correndo pelos corredores — disse Hermione em tom choroso. — E você está com o nariz sujo, sabia?

 

— Ela também procura provocar. – falou Sirius.

— Gostei dela. – falou James.

— Por quê? – perguntou Pedro.

— Ela tem um jeito que me lembra o jeito mandão da Lilian. – falou James.

— Como assim mandão? – perguntou Lilian.

— Verdade ela lembra um pouco a Lilian. – falou Remo.

— Eu não sou mandona. – falou Lilian.

— E sim. – falou as meninas juntas.

Rony amarrou a cara quando ela se retirou. Harry espiou pela janela. Estava escurecendo. Viu montanhas e matas sob um céu arroxeado. O trem parecia estar diminuindo a velocidade. Ele e Rony tiraram os paletós e puseram as vestes longas e pretas. A de Rony estava um pouco curta, dava para ver as calças. Uma voz ecoou pelo trem.

— Eles já estão chegando. – falou todos felizes.

— Ainda me lembro a primeira vez que eu entrei em Hogwarts. – falou Sirius.

— Entramos nos quatro lado a lado. – falou Remo sorrindo.

— Vamos chegar a Hogwarts dentro de cinco minutos. Por favor, deixem a bagagem no trem, ela será levada para a escola.

O estômago de Harry revirou de nervoso e ele reparou que Rony parecia pálido sob as sardas. Os dois encheram os bolsos com o resto dos doces e se reuniram à garotada que apinhava os corredores.

O trem foi diminuindo a velocidade e finalmente parou. As pessoas se empurraram para chegar à porta e descer na pequena plataforma escura. Harry estremeceu ao ar frio da noite. Então apareceu uma lâmpada balançando sobre as cabeças dos estudantes e Harry ouviu uma voz conhecida.

 

— Hagrid. – falou todos animados.

— Alunos do primeiro ano! Primeiro ano aqui! Tudo bem Harry?

O rosto grande e peludo de Rúbeo Hagrid sorria por cima de um mar de cabeças.

— Vamos, venham comigo. Mais alguém do primeiro ano?

— Eles devem ir pelo lago – falou Alice.

Aos escorregões e tropeços, eles seguiram Hagrid por um caminho de aparência íngreme e estreita. Estava tão escuro em volta que Harry achou que devia haver grandes árvores ali.

— Tem mesmo que ter cuidado, e fácil se machucar. – falou Dorcas.

— Eu bati a cabeça. – falou Pedro.

Ninguém falou muito. Neville, o menino que vivia perdendo o sapo, fungou umas duas vezes.

— Ainda não achou ele, talvez ele tenha deixado em casa. – falou Alice.

— Acho que deixou perto da mala. – falou Sirius.

— Vocês vão ter a primeira visão de Hogwarts em um segundo. — Hagrid gritou por cima do ombro —, logo depois dessa curva.

Ouviu-se um ooooh muito alto.

— E muito lindo a imagem do lago para o castelo. – falou Lilian.

O caminho estreito se abrira de repente ate a margem de um grande lago escuro. Encarrapitado no alto de um penhasco na margem oposta, as janelas cintilando no céu estrelado, havia um imenso castelo com muitas torres e torrinhas.

— Não sei por que só os alunos do primeiro ano têm direito de ir pelo lago – falou Frank.

— Só quatro em cada barco! — gritou Hagrid, apontando para uma flotilha de barquinhos parados na água junto à margem. Harry e Rony foram seguidos até o barco por Neville e Hermione.

— Todos acomodados? — gritou Hagrid, que tinha um barco só para si. — Então... VAMOS!

E a flotilha de barquinhos largou toda ao mesmo tempo, deslizando pelo lago que era liso como um vidro. Todos estavam silenciosos, os olhos fixos no grande castelo no alto. A construção se agigantava à medida que se aproximavam do penhasco em que estava situado.

— O castelo e muito lindo. – falou Marlene.

— Abaixem as cabeças!

 

— Ele podia ter avisado na nossa época. – falou Pedro.

— berrou Hagrid quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco, todos abaixaram as cabeças e os barquinhos atravessaram uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do penhasco. Foram impelidos por um túnel escuro, que parecia levá-los para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcaram subindo em pedras e seixos.

— Ei, você ai! É o seu sapo? — perguntou Hagrid, que verificava os barcos à medida que as pessoas desembarcavam.

 

— Ele estava perto da mala. – falou Sirius.

— Trevo! — gritou Neville feliz, estendendo as mãos.

Então eles subiram por uma passagem aberta na rocha, acompanhando a lanterna de Hagrid e desembocaram finalmente em um gramado fofinho e úmido à sombra do castelo.

Galgaram uma escada de pedra e se aglomeraram em torno da enorme porta de carvalho.

— Estão todos aqui? Você aí, ainda está com o seu sapo?

Hagrid ergueu um punho gigantesco e bateu três vezes na porta do castelo.

 

— Sejam bem vindo, vocês iram amar todos os anos que iram passar em Hogwarts. – falou James.

— Iram se tornar pessoas de bem. – falou Frank.

— Com muitos amigos. – falou Dorcas.

— terminou o capítulo. – falou Alice.

— Quem vai ler? – perguntou Marlene.

— Eu leio – falou Frank.

— Que horas será em? – perguntou Pedro.

— já são quase nove da noite – falou Remo.

— acho que devemos jantar e dormir e amanha continuamos – falou Lilian.

— Gostaria de ler mais um capítulo antes de dormir. – falou James.

— Melhor deixar para amanha. – falou Sirius.

— Estar bem – falou James.


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Notas finais do capítulo

Olá espero que estejam gostando, até o próximo capítulo
beijos



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