Bakuhatsu - Chakura Konemasu escrita por Daisuke


Capítulo 8
O sannin lendário


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal?! Capítulo novo, por isso sem mais demora espero que gostem e comentem…



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Lá estava eu com os meus olhos arregalados, captando e fotografando cada imagem pragmática que os meus olhos enxergavam. Subitamente, se espalhou por todo meu corpo uma sensação de gratidão e satisfação, mas ao mesmo tempo um forte aperto em meu estômago se fez sentir, me fazendo assim mergulhar em meus pensamentos.

Foram vários mas vários os rumores que eu ouvi sobre esse lugar, e sem falar do número de vezes em minha infância que a Onii san partiu a minha procura, ao saber que eu vagueava pela floresta a procura do mesmo. Tudo porque antigamente eu não me dava por satisfeito pelo número de pessoas que se preocupavam comigo e também por quem eu realmente poderia chamar de amigos.

Teve até momentos em minha vida que cheguei a pensar que, tudo o que se dizia sobre esse lugar não passava de uma simples lenda ou invenção das pessoas, que tentavam ao máximo estimular os pensamentos e imaginação das crianças, mas a maioria das vezes vendo a forma como elas se esforçavam, caprichavam e se emocionavam contando as histórias me fez sempre ter esperança.

Ter esperança de que um certo dia eu o acharia nem que levasse toda a minha vida. Mas agora, lá estava eu vendo e comprovando que o que eu julgava ser uma lenda é verdade.

Nesse momento não era preciso eu ser um génio ou ter uma super memória, para perceber que estava em um lugar onde muitos não têm o privilégio de estar e até mesmo de ver, e aqueles que têm essa grande oportunidade são os que estão predestinados a fazer algo grandioso, que muda completamente o desenrolar dos acontecimentos no mundo ninja.

Ouve uma ocasião, que questionei a Kyuubi sobre a existência desse local, mas ela apenas se mostrou indiferente e não esclareceu a minha dúvida. Mas isso agora era o que menos importava para mim, já que os meus olhos enxergavam a uma distância de quinze metros uma casa.

Não aquela casa do tipo enorme e bonita cuja a estrutura e beleza nos faz querer olhar para ela até os fins dos nossos dias, mas era aquela casa do tipo pequena,  e que pela dimensão concluímos que possui apenas um único quarto, e que todo o resto como a sala, cozinha e o banheiro estivessem no mesmo sitio… o que era simplesmente nojento.

A imagem da casa, do lado de fora era simplesmente repugnante, tanto as madeiras, o teto e toda a estrutura era velha, suja e que cujos alicerces estavam gastos, como se apenas estivesse a espera de alguém para fazer força nela e de seguida desabar.

Mas eu bem sabia que tudo isso não passava de uma mera miragem criada por uma barreira que tinha como objectivo enganar e de protegê-la de invasores. A única informação que eu desconhecia, era o que aconteceria se tocasse na barreira sem a desactivar primeiro ou coisa do género.

Agora entrando um pouco na realidade a minha volta, lembrei que logo que conseguimos nos esquivar das árvores a nossa trás, a Onii san não deu nenhum passo a mais, estava apenas olhando de um lado para o outro, como se procurasse por alguém ou alguma coisa.

Falando em alguém… acho que a lenda dizia mais ou menos que o Yondaime Hokage, meu pai arranjou vários lugares que teve como local de treinamento, mas havia um em especial, que usava a maior parte do tempo para treinar e também nele guardava muitos dos seus pergaminhos que contêm jutsus secretos e que se encontravam salvaguardado pelo seu mestre, Sannin dos sapos.

Mas falando nele não havia sinal seu em alguma parte, dizem por ai, que ele passa a maior parte do tempo espiando sei lá o que ou quem, mas não o censuro, porque deve ser muito irritante ficar num só local por muito tempo, sem muito para fazer e principalmente sem a companhia de alguém.

Imaginei mais ou menos como seria a sua aparência, e especulei que com certeza deveria ser a de um velhote chato, forte e aterrorizador porque como se diz por trás de um grande aluno há um grande mestre. Tomara que isto seja mesmo verdade.

Senti uma grande vontade de ir mais a fundo nessa minha nova experiência, que até me apeteceu dar umas pequenas pancadas na cabeça da Onii san como sinal para que ela avança-se um pouco mais, para quem sabe já que ela conhece aqui deve saber os selos de mãos que permite passar pela barreira.

Se passaram segundos… minutos… e eu já estava começando a endoidecer só de pensar em quando é que passaríamos logo por essa barreira, para mim poder botar as minhas mãos nos pergaminhos, para assim me tornar o ninja mais temido da vila e também em todo o mundo ninja.

Foi interrompido quando ouvi a Onii san gritando várias vezes o nome Jiraya- sama como se estivesse a espera de alguém, mas infelizmente não havia sinal de outra pessoa e muito menos teve uma resposta se é que ela estava a espera que isso acontecesse.

Não sei, mas era muita coisa para o meu cérebro processar, e acabou piorando logo que dei sinal para ela me botar no chão, como eu estava começando a detestar ficar naquela posição e porque também eu estava louco para pisar no lindo relvado que lá estava. Mal pisei ao solo, me lembrei da pior forma que estava exausto e impossibilitado de ficar em pé e de andar.

Fraquejei por uns segundos, ficando assim de joelhos no chão e de seguida respirei fundo. Olhei para barreira a minha frente e olhei para a Onii san ao meu lado que continuava chamando pelo mesmo nome e olhando meticulosamente a volta.

E agora em minha cabeça acontecia uma disputa, entre… como é que posso dizer… meu eu racional e o meu eu irracional, mas infelizmente havia uma parte que estava ganhando porque eu estava curioso demais para pensar nas consequências do que eu faria a seguir.

Ei, moleque?! Se eu fosse você não colocaria ai minha mão.— Alertou a Kyuubi.

— Olha… olha… só agora é que resolveste se revelar. – Disse sarcasticamente.

Nunca pensas mesmo nas coisas que fazes não é? É típico de idiotas, vai a frente e veja o que acontece!

Após as breves palavras da Kyuubi, só tive mais vontade de o fazer, como era algo que ela não queria que eu fizesse.

Coloquei minha mão sobre a barreira, e em fracções de segundos surgiram raios e relâmpagos, que me acertaram outra… outra…. e outra vez, que me deixou inconsciente no gramado em segundos. Mas antes de cair completamente inconsciente, pude ver Onii san correndo em meu socorro, e se aproximando cada vez mais em cada piscar de olhos meus esperançoso.

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Quando comecei a tomar consciência dos meus sentidos, abri lentamente os meus olhos e a primeira coisa que vi foi um teto, mas era diferente do meu apartamento o que me deu um calafrio de espinha.

Mas me acalmei ao lembrar que a ultima pessoa com quem eu estava era a Onii san, por isso não tinha com o que me preocupar, a não ser que ela possuísse uma personalidade tarada que eu desconheço, o que não deve ser bom para mim.

Olhei vagarosamente pelo local e percebi que estava em um quarto bem iluminado pela luz que adentrava pelas janelas. Excepto a cama e uma mesa com cadeira ao lado, não havia mais nada no quarto.

Levantei bruscamente e vi que tinha o rosto todo suado, mas suspirei de alivio ao sentir uma imensa sensação de relaxe que se espalhava por todo o meu corpo, era como se durante o tempo que estive inconsciente alguém massajou todo o meu corpo.

Abri lentamente a porta e caminhei por uns corredores que deram a saída da casa. Já fora da casa, cobri meus olhos em rápidos reflexos ao sentir os fortes raios de sol que segavam os meus olhos, quando as imagens começaram a se tornar mais nítidas, vi que havia várias árvores por perto e também um enorme gramado.

Olhei ao meu redor em busca de vida, e bem por trás de uma árvore vi o ombro de alguém que descansava na sombra de uma árvore que estava um pouco distante de mim. Comecei a caminhar em sua direcção com passos cautelosos.

Quanto mais me aproximava mais cauteloso eu ficava, e quando estava a uns três passos vi o seu cabelo grisalho, o que indicava que deve ser um velho.

Eu com receio parei.

— Velhote? –

Ele nem se mexeu um milímetro, o que me fez borrar de medo. Chamei mais umas três vezes e aconteceu o mesmo. Dei meia volta para tentar ver seu rosto, e acabei caindo e recuando ao ver seu rosto todo verde, parecia até um sapo.

Suspirei de alivio, e depois de levantar comecei a sacudir minhas roupas e foi ai que… senti uma presença bem atrás de mim.

Enquanto me virava, suplicava que fosse apenas a Onii san já que ela adora esse tipo de brincadeiras, mas o que eu vi não era o que eu esperava.

Bem na minha frente estava um civil?! Talvez um ninja, que me olhava dos pés a cabeça. A única coisa que consigo descrever é o seu cabelo grisalho e o negocio das riscas vermelhas que descaiam bem abaixo dos seus olhos.

O seu tamanho era enorme, mas algo nele me era muito familiar, como se não era a primeira vez que dou de caras com ele. Se há algo que também tanto odeio é o facto de não conseguir lembrar direito de alguém, é como se desde o momento que tentava lembrar estivessem deletando informações em meu cérebro sobre ele.

Fiquei pensado no que aconteceria a seguir e…Ele sorriu para mim.

— E ai, garoto?! Como vai? –

Percebi que o seu sorriso era forçado, como se estivesse implorando para mim  parar de tentar lembrar onde é que o conheci, mas felizmente mal ele abriu a sua boca, eu lembrei pelo som da sua voz que era…

— Você?! – Gritei.

— Eu?! – Ele se fez desentendido.

— Você é… -

— Eu sou… - Ele acompanhou.

Finalmente me veio palavras na boca.

— Você é aquele velho tarado do outro dia. – Acrescentei.

Ele caiu de cara para chão.

— Moleque, eu nunca te vi em toda a minha vida, deve ser um engano seu. – Falou na defensiva, mas ao mesmo tempo se retraindo.

— Você pode achar que eu sou idiota, mas não sou não. –

— Moleque, você sabe quem eu sou? Eu sou o… Jiraya, um dos três ninjas lendários, por isso mostra mais respeito. – Argumentou.

Grudei meus braços, e botei minha língua para fora.

— Se você é um dos três ninjas lendários, eu sou o quarto Hokage. –

Ele arqueou uma sobrancelha, e transmitia um olhar de irritado.

— Seu idiota, é assim que você fala com a pessoa que pensa em ti ajudar. –

— A sério?! Você está aqui para me ajudar a aperfeiçoar o meu jutsu sexy? – Perguntei sarcasticamente.

Ele apenas me olhava, como se eu estivesse guardando alguma coisa sua.

Moleque? É melhor você mostrar mais respeito. – Disse a Kyuubi.

— Por quê? –

Você sabe, aquele cara a quem chamam o Sannin dos sapos…

— Sim. –

É ele, e acho que ele tenciona ser teu mestre. Mas se você continuar com essa tua palhaçada perderas a oportunidade de aprender um bom jutsu ou qualquer outra coisa que você quiser.

Estive em choque e ao mesmo tempo tentando ligar os pontos, e agora tudo fazia sentido como diziam que ele passava a maior parte do tempo espiando. E parece mesmo que ele adora espiar mulheres. Mas que bela coincidência.

Olhei para ele que agora parecia ter o olhar de quem esperava um pedido de desculpa.

Me curvei.

— Peço desculpa, pelo comportamento de a pouco. –

Olhou espantado para mim e esteve em silêncio por alguns segundos.

— Como quiseres. –

Olhei a volta e não tinha mais ninguém a vista.

— Ela saiu, já há algum tempo. – Ele disse.

— E para onde ela foi? –

— Não faço a mínima ideia, mas ela me disse que você procura alguém com quem treinar. –

— Sim, é que o meu Taijutsu não é lá muito bom. –

Ele se virou, e começou a caminhar.

— Se você tenciona melhorar o seu Taijutsu, só tens de me seguir. -

Eu sem perder muito tempo parti, a sua atrás.

……………………………………………………………………………………………………………...

Agora estávamos andando pelas ruas da vila, foram vários o número de vezes que tivemos de parar, tudo por causa das mulheres que encontrávamos pelo caminho que ele tentava desesperadamente engatar  acho eu, que até eu já estava começando a perder a cabeça.

Chegamos em um campo de treinamento onde estavam três gennins e um jounnin. Os gennins lutavam contra o seu Sensei, o que me fez lembrar do encontro que tinha com o meu time o qual acabei por faltar.

Pensei que apenas passaríamos por ai mais não, o Sannin dos sapos esperou até ao momento em que o jounnin olhou para nós e de seguida fez um sinal para ele.

Ele juntamente com o seu time vinham em nossa direcção, e foi ai que percebi algo deveras interessante.

O jounnin juntamente com um dos seus gennins vestiam roupas idênticas, tinham o mesmo corte de cabelo, o mesmo volume de sobrancelha o que de uma certa forma era uma cena esquisita.

Depois de se aproximarem o jounnin e o Sannin se afastaram, e estiveram conversando em privado. Eu e os outros gennins apenas trocávamos olhares desconfortáveis com excepção daquele que era a cara chapada do jounnin, porque ele sorria constantemente.

Depois dos dois voltarem , o jounnin conversava com o seu time e eu não fazia a mínima ideia do que se passava.

— Naruto, vês o jounnin que ai está? – Disse o Sannin.

— Sim. –

Ele grudou os braços.

— Ele é o ninja mais forte em Taijutsu da aldeia, é conhecido como a Besta verde da aldeia oculta da folhagem. –

Eu olhei para ele, e não parecia ter ar de alguém tão forte, mas como dizem as aparecias enganam.

— E o que viemos fazer aqui? –

Ele olhou para o time que estava no campo de treinamento.

— De momento, limita-te apenas a lutar. –

Eu olhei surpreso para ele, quis argumentar alguma coisa mas fui calado ao ver um sinal feito pelo jounnin sobrancelhudo para que nós nos aproximássemos.

Ao chegarmos perto do seu time, o Sensei sobrancelhudo deu duas tossidelas, para chamar a atenção dos presentes.

— Ora bem, Naruto desculpe por não termos feito a apresentação um pouco mais cedo mas agora já é possível. –

— Okay. – Falei baixinho.

— Podem começar, pessoal! -

Um dos gennins deu um passo em minha direcção e se curvou perante mim.

— Eu sou Rock Lee, prazer em conhecê-lo. – Depois voltou ao seu lugar.

O outro se manteve em seu lugar.

— Eu sou Hyuuga Neji. – O seu tom de voz e atitude me fez lembrar alguém do meu time.

O outro… não desculpem pelo erro, a outra deu um passo e acenou com a cabeça.

— Eu sou Tenten, muito prazer. – Ela deu um pequeno sorriso.

Eu como resposta, me curvei perante eles.

— Eu sou Uzumaki Naruto, muito prazer em conhecê-los.  –

O Sensei sobrancelhudo deu mais uma tossidela.

— Muito bem, penso que agora é minha vez. Eu sou o Maito Gai, conhecido como a besta verde da vila da folha e rival de Hatake Kakashi… -

Ele falou mais algumas coisas que não prestei atenção, porque ele parecia tão animado com a sua apresentação que nem deu conta que dois dos seus alunos estavam entediados tal como eu.

Já terminada a sua apresentação ele se virou para mim.

— Penso que o Jiraya- sama, já te alertou do que farias aqui. Por isso, escolhe um deles como teu adversário em um combate, mais é apenas valido o Taijutsu. Usar um jutsu está fora de questão nesse momento. Então quem vai ser? –

Logo que ele perguntou quem eu gostaria de enfrentar, meu coração disparou eles com certeza devem ser feras em combates corpo a corpo, e lutar contra eles deve ser a coisa mais idiota que eu faria, mas fazer o quê não é hora de desistir.

Olhei para o rapaz sobrancelhudo, cujo olhar brilhava como se lutar comigo fosse a ultima coisa que faria em sua vida. Mas vendo e analisando bem o seu comportamento, se parece até um pouco comigo, está sempre com energia de enfrentar alguém, sem nenhum medo do que os outros pensam de ti, o que me levou a pensar que ele representa a minha versão ninja nesse time.

Passei o meu olhar para a garota morena, que nem dava uma bola para mim, mas tinha aquele ar de que dá sempre umas boas pancadas no rapaz sobrancelhudo quando passa dos limites, ela sem sombras de dúvidas representa a versão da Sakura- chan nesse time.

Agora olhei para o rapaz que cujos olhos me faziam lembrar uma garota, que eu tentava ajudar muitas vezes quando estava em sarilhos. Já faz um bom tempo que eu não vejo ela mais até que ela é fixe, apesar de que é muito tímida e insegura de si mesmo.

Mas… indo ao que realmente importa o olhar do rapaz era intimidador, também tinha aquele ar de superior tal e qual como do Sasuke. E só de pensar em enfrentá-lo engoli em seco, era como se eu fosse a toca do lobo mau somente para sentir a sua fúria.

Agora entre a minha versão, a versão da Sakura- chan e a versão do último Uchiha, achei que a escolha mais acertada era enfrentar a minha, talvez quem sabe ele pega leve, como eu também costumo fazer isso com muita gente. Por isso, sem receio falei.

— Escolho o Lee. –

Mal eu terminei a minha fala, ele pulou de alegria de um lado para outro todo entusiasmado. O Sensei sobrancelhudo o chamou várias vezes mais era totalmente ignorado, até que perdeu a paciência e socou forte o seu aluno. Que caiu no chão arrependido que não tardou nada o Sensei foi em seu consolo e falavam algumas coisas em balbucios, que eu não consegui entender nada, até que era uma cena emocionante.

Já recomposto, ambos estávamos olhando fixamente um ao outro. Ele que desde que cheguei tinha um sorriso estampado em seu rosto, agora estava sério o que me fez reconsiderar a minha escolha. Mal o Sensei deu por inicio o combate parti para cima dele, o mais rápido que pude.

Ele estava imóvel, olhando para mim com aqueles olhos que pareciam passar por nós e quando tentei acertá-lo com a minha direita, ele… ele simplesmente sumiu sem mais nem menos, num momento estava a minha frente e no outro já não, eu olhei para os lados e ele não estava em parte alguma.

— Erro de principiante. – Falou, suspirando em meu ouvido.

Eu me virei rapidamente e desferi um golpe, mas sem sucesso porque ele já não estava lá. Sorri para mim mesmo porque era incrível simplesmente incrível, isso sim é que é se mover na velocidade da luz, isso sim é o que eu quero aprender.

Senti a sua aproximação atrás de mim e quando me virei senti meu rosto, estômago, todo meu corpo a ser bombardeado por uma série de golpes que eu mal conseguia ver ou acompanhar, apenas tomei coragem de cobrir meu rosto mas também foi em vão.

Se a minha versão nesse time está me envergonhando desse jeito, imagina se eu escolhesse a versão do último Uchiha, com certeza estaria inconsciente nesse exacto momento.

Rolei várias vezes sobre o gramado depois de receber um forte golpe, infelizmente não sei se foi fruto do seu punho ou pé, era como se ele lutasse em um nível diferente do meu. Eu pensava que quando dominasse o Chakura konemasu eu seria imbatível, intocável e inalcançável mas parece que estou aprendendo da pior forma que sem ele eu sou um ninja inútil.

Me levantei com a respiração pesada e com o corpo todo dorido que até já saia sangue da minha boca.

Olhei para o meu adversário que ainda se encontrava me encarando, e cheio de vida. Ele começou a desfazer as ligaduras que se encontravam em seu braço o que não me pareceu ser uma boa coisa para mim.

E mal pisquei meus os olhos, ele sumiu do meu campo de visão. Eu até queria olhar a minha volta para tentar localiza-lo, mas eu bem sabia que seria uma perda de tempo, porque no último momento ele apareceria e acabaria comigo em fracções de segundos.

Por isso, fechei meus olhos e mandei para o inferno a ideia de – nenhum outro jutsu é permitido -, me concentrei no rastreamento de chakra e consegui identificar facilmente o chakra de cada um presente, e havia uma que me chamou atenção como ora aparecia atrás de mim, do meu lado direito e esquerdo.

Finalmente senti a sua rápida aproximação ele vinha atacando de frente, me concentrei e quando estava prestes a me atacar, apertei forte o meu punho direito e o soquei forte e feio, coisa que surpreendeu todos os presentes.

Lee rolou algumas vezes no gramado mas rapidamente se recompôs e olhava para mim espantado.

Ele se preparava para atacar novamente, mas foi interrompido pelo seu Sensei que deu por terminado o combate.

Eu ao ouvir ele a dar por terminado o combate suspirei de alívio, e acabei ajoelhando no chão por estar tão cansado e vi Lee se aproximando de mim.

Ele estendeu sua mão.

— Lutaste bem para quem a maior parte do tempo usa ninjutsu. –

—Obrigado, mas para ser sincero você é muito forte no Taijutsu, nem imagino os jutsus que usas. –

Me ajudou a levantar.

— Infelizmente, tal como o meu Sensei eu não uso ninjutsu, por isso me limito apenas em aprender e em ser o melhor no Taijutsu. –

Percebi pela expressão em seu rosto que esse era um assunto que o deixava desconfortável, por isso olhei para os seus companheiros.

— Você deve ser o mais forte do seu time, não é? –

— Não, o Neji é melhor que eu, e fizeste bem em me escolher como seu adversário. –

—Por quê? –

Ele sorriu.

— Para um Hyuuga, ele tem um superego elevadíssimo o que faz dele um rival perfeito para mim. –

Fiquei sem palavras, apenas olhei para o Sannin que conversava mais uma vez com Sensei sobrancelhudo em privado, e vi ele recebendo algumas coisas do Sensei sobrancelhudo.

Depois disso, ele me fez um sinal, e nos despedimos do Time do Gai.

— Que jutsu usaste para prever os seus movimentos? – Perguntou o Sannin enquanto caminhávamos.

Eu sorri para ele.

— Sensoriamento. –

Ele olhou para mim espantado.

— Quando e quem foi que te ensinou esse jutsu? –

— Prefiro não falar disso. –

Ele parou e tirou o negócio que lhe foi entregue pelo Sensei sobrancelhudo.

— Okay. Toma, esse é um presente do Gai, disse que te ajudará muito a melhorar o seu Taijutsu. –

— Isso é… -

— Sim, são pesos. Terás de começar a usar diariamente, porque ele disse que o segredo para ser um bom usuário de Taijutsu não é só ter uma força explosiva, mas também é preciso ter uma velocidade inigualável. –

Como é que não me ocorreu essa ideia antes, mas não importa porque finalmente poderei mostrar ao meu senpai do que é feito a verdadeira arte…


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Notas finais do capítulo

Espero que aqueles que persistiram em terminar na leitura do capítulo possam deixar seu comentário, nem que seja um muito bom, dito isso, até a próxima galera…
Valeu...



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