Bakuhatsu - Chakura Konemasu escrita por Daisuke


Capítulo 4
Revelações


Notas iniciais do capítulo

- Aqui está mais um capítulo, por isso aproveitem!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/666794/chapter/4

O silêncio na sala do hokage, estava se tornando irritante para mim. Bem na minha frente estava o Hokage e o Iruka ao seu lado. Já do meu lado direito estava Deidara e Yugao sentados tal como eu. Fiquei calado na esperança de ouvir o que estavam prestes a me contar.

– Naruto… desde que ocorreu a explosão na floresta, as pessoas estavam tentando investigar, a razão da grande cratera. Mas Yugao que te vigiava me explicou a causa e sugeriu que acompanharia de perto você e o seu amigo…- Pausou o Hokage soltando um bafo do seu cachimbo. – Na tentativa de saber, se ele é hostil ou não. –

– E quando eu vi que ele estava te treinando, coisa que tencionava fazer depois da minha longa missão, decidi apenas não me intrometer. – Disse Yugao.

– Oe… isso não explica o fato de ele estar aqui? – Perguntei.

– Bem… já faz um bom tempo que… mantenho contacto com a Yugao. – Declarou Deidara.

– Como assim?! – Questionei.

Deidara grudou os braços.

– Onde você acha que arranjei essas roupas e algumas coisas que estavam lá na casa. –

Bem que o que ele disse fazia sentido, era a explicação lógica das comidas e outras coisas que encontrava no lixo da casa. E eu a pensar que ele pegava do lixo dos aldeões durante a noite.

– Não fugindo muito do assunto, aceitas ou não a nossa proposta de fazeres parte da ANBU, agindo clandestinamente? – Perguntou Hiruzen a Deidara.

– Eu até poderia aceitar, mas acho que os outros ninjas achariam sinistro como não me conhecem, ou talvez acabo cruzando com alguém que conheci enquanto estava ao serviço de minha aldeia. – Falou Deidara.

– Não se preocupe, esse é um esquadrão que trabalha usando mascaras, e também as suas missões são mais discretas? – Argumentou Yugao.

– Aceito, mas… não prometo ficar aqui na aldeia para sempre. – Disse Deidara depois de reflectir por uns momentos.

– De acordo… - Pausou o hokage.

Que conversa tão entediante. – Pensei, quando acabei cruzando o meu olhar com Yugao que soltou um leve sorriso para mim.

– Muito bem… Naruto já estas dispensando, a partir daqui iremos discutir alguns assuntos que não irias gostar nada. –

Levantei sabendo o que aquilo significava e quando estava para sair.

Yugao se levantou e foi em minha direcção correndo. Me abraçou forte e disse – Hum, vejam só como que está o meu bebé favorito, tão crescido até parece um homem. –

– Vá lá, Onee-san para com isso ainda me fazes envergonhar. – Disse tentando disfarçar que não estava com saudade.

Ela acabou me apertando mais forte ainda em seu peito, que até me fez lembrar do tempo em que ela começou a cuidar de mim.

Sei lá, acho que ainda tinha uns três… quatro… cinco… não talvez seis anos de idade. Desculpem lá, pelo meu embaraço não só muito bom em levantar lembranças que envolvem números.

Mas se há algo que não consigo esquecer, é que ela acabou por mudar muito a minha visão sobre o mundo e também a minha vida.

Se ela não me tivesse levado consigo do orfanato, tenho a certeza absoluta de que me tornaria uma criança traumatizada, pela dura infância que ainda hoje tenho revivido.

Não há nada mais desagradável que viver em um orfanato, coordenado por pessoas sem escrúpulos. Bem… não tenho tempo para ficar a pensar nessas coisas, que somente acabam por prejudicar a minha auto-estima.

………………………………………………………………………………………………………………

Chegando em meu apartamento, pensei no que Mizuki havia me contado, sobre eu ser o Jinchuuriki da raposa das nove caudas e blá… blá… blá…

Por sorte é que enquanto estava na biblioteca, tirei um tempo também para investigar um pouco acerca disso, onde dizia que se te concentrares poderás se comunicar com a bijuu que está dentro de ti. Legal né, e eu a pensar que os livros não são bons guias.

Me concentrei, focando minha atenção na imagem da Kyuubi em minha cabeça que vi em um livro. Se passaram vários minutos e não estava resultando. E já estava descartando a ideia de que os livros são úteis.

Subitamente, senti que a minha consciência estava sendo transportada para qualquer outro lugar ou dimensão, não sei ao certo como descrever, mas era como se estivesse perdendo o domínio de mim mesmo.

Quando abri meus olhos não entendia nada, a momentos atrás estava em meu apartamento, agora me encontrava em um estreito corredor, com água amarelada batendo em meus pés, o que me pareceu ser um esgoto.

Achei estranho ao notar que não havia cheiro algum no local, apenas julguei que o meu olfato estava desorientado ou morto de momento, como não é a primeira vez que isso acontece.

O único som que se ouvia era das águas que escorriam pelas paredes que se encontravam totalmente mergulhadas de água... não penso que o termo correto é molhado.

Explorei vários corredores, que no final acabava dando sempre em becos sem saídas. Por fim… vi um que parecia dar a saída como emitia luz branca no final, que sem perder tempo fui correndo em sua direcção. Quanto mais próximo se aproximava dela mais pesado se tornava o ar.

Quando cheguei mais perto acabei recuando e caindo assustado, ao ver uns olhos vermelhos que se tornavam visível no escuro, como estavam bem no fundo de uma enorme jaula com um kanji correspondente a selo, me observando.

A aura que transmitia era tenebrosa, e o ar se tornava pesado a cada minuto que passava, era como se aquele local estivesse repleto de ódio… puro ódio e a explicação lógica que me veio a cabeça é que tudo se resumia a aqueles olhos.

O olho que com certeza, poria até um kage a suplicar pela sua vida.

Levantei lentamente e caminhei do meu lado esquerdo, os olhos me seguiram, então corri do lado contrário, os olhos me seguiram novamente. Corri as voltas apressadamente sem parar, e vi que os olhos também o faziam.

Subitamente uma enorme raposa, de pêlo vermelho… vermelho puro saiu do fundo da jaula, lançando as suas garras na minha direcção.

Por sorte elas não conseguiram me alcançar, eu estava fora do seu alcance.

Seu verme, qual é a tua ideia? – Rosnou a raposa.

Apenas suspirei pela minha sorte de ainda estar vivo e olhei para a raposa espantado, ninguém me disse que as raposas eram capazes de falar.

Para onde é que estás a olhar…

– Incrível… é você a raposa das nove caudas. – Questionei analisando a sua altura.

Não… sou apenas o mensageiro da morte, quem você acha que sou? –

– A raposa das nove caudas…- Disse eu e resmunguei baixinho – Pareces mais é uma idiota. –

Moleque folgado! Se não estivesse aqui presa, te fazia em pedaços agora mesmo. –

– Bem podes tentar… - Zombei dela.

A raposa trincou seus dentes e disse – O que te traz a minha imunda prisão, moleque?

– Eu sou… Uzumaki Naruto e ordeno que me dês respostas sobre o meu passado. –

A raposa ria e disse – Ordeno… é preciso teres muita lata para me dizeres isso. –

– Estás a rir de quem? –

De você moleque patético, achas mesmo que podes sair sei lá de onde e mandares em mim. –

Grudei os meus braços.

– Sim, segundo estava escrito nos livros, as bijuus obedecem os seus hospedeiros. –

Não, não é verdade mas… eu posso abrir uma excepção e te contar tudo o que queres saber, se prometeres fazer algo por mim. –

Odeio o que eu vou fazer, mas é por uma causa maior – Sim, o que quiseres. –

E o que queres saber? – Questionou a raposa.

– Para começar gostaria de saber quem são os meus pais, como nunca falam deles. –

Deixa ver como posso te dizer isso… o seu pai é Namikaze Minato, que foi o Yondaime hokage e sua mãe é Kushina Uzumaki que foi minha segunda hospedeira como jinchuuriki. – Falou a Kyuubi.

– Meu pai é o Yondaime hokage?! - fiquei em choque.

Sim, ele é seu pai… vê se te recompõem moleque, não gosto de lamechices a minha frente. –

– M-mas se minha mãe era a tua jinchuuriki, como é que te selaram em mim? –

A raposa se levantou. Revelando para mim pela primeira vez as suas nove caudas.

Hey, muita calma já respondi uma de suas perguntas como sinal de boa fé, não achas que é hora de saberes pelo menos a primeira coisa que farás por mim.

Trinquei meus dentes irritado.

Bem… como bijuu, estive banido em corpos femininos por muito tempo e como tal acabei ganhando uma afeição por esse género, ganhei também alguns hobbies que não me orgulho muito…

– Se direto, sabes que não entendo o que estas a falar. – Disse irritado.

Sabes algumas vezes você terá de espiar algumas garotas, mas não se preocupes que quem vera será eu e não você. –

– Tarado. – Pensei. – Não tem problema eu o faço, agora já podes começar a contar. –

A treze anos atrás…

A raposa acabou me contando o que aconteceu no dia do meu nascimento e também falou das suas sei lá o que, que considerei como condições.

Antes de voltar a realidade, lembrei que como ela tem várias experiências em combate, sugeri que se quisesse poderia também me ajudar em alguns combates ou missões que viriam a acontecer daqui para frente, e como esperado ela não deu uma resposta.

…………………………………………………………………………………………………

Acordei outra vez, com o barulho do meu estúpido despertador, eram por volta das oitos e meia. Constatei que não era a primeira vez que tocava essa manhã, porque estava altamente atrasado para ir a academia.

Tudo por causa da Kyuubi, que ordenou que fosse cumprir as suas condições na madrugada do dia anterior.

Odeio estar cumprindo ordens de tarados, mas por vezes eles são bem previsíveis. E fáceis de manipular.

Me dirigi ao banheiro rapidamente, onde fiz a higiene matinal e me vesti sem perder muito tempo.

Soltei um sorriso, ao colocar a bandana da minha vila. Era oficialmente o meu primeiro dia como gennin, e eu a pensar que não conseguiria, mas tudo foi graças ao meu senpai.

Não tive pressa nenhuma quando sai de meu apartamento, como tentava descaradamente exibir a minha fita ninja aos aldeões, que diziam que eu jamais se tornaria um ninja.

Chegando na academia dei de caras com o Iruka Sensei, que não parava de gritar quando me viu chegar atrasado, apenas o ignorei e continuei caminhando em direcção a sala.

Na porta da sala, parei por uns instantes para se recompor, e botei minha orelha sobre ela para tentar ouvir alguma coisa. Mas não saia nenhum som de dentro.

Estás a espera de quem para entrar, só tem duas pessoas ai dentro, e as suas quantidades de chakras são insignificantes, o que significa que o teu novo Sensei ainda não chegou. – Disse a Kyuubi.

Respirei fundo e coloquei a minha mão sobre a maçaneta da porta, preparado para a abrir.

Espere! Algo está errado ai dentro, ou eu estou a imaginar coisas. – Advertiu a Kyuubi.

– Como assim? – Questionei.

Eles estão mais próximos do que deviam.

Coloquei novamente a minha orelha sobre a porta, dessa vez concentrado cem por cento a atenção na minha audição. O som que ouvia era meio estranho, como se as duas pessoas estivessem sufocando a respiração uma da outra, ou talvez a fazer qualquer coisa juntas, que os tirasse completamente o fôlego.

– O que será que estão fazendo? –

Não sei como te dizer ao certo, mas se for o que estou pensando é melhor fechares os olhos quando entrares. –

– Está bem. – Disse rodando lentamente a maçaneta da porta, tentando abrir da forma mais silenciosa possível. Só me faltava dar o golpe final para finalmente visualizar o que está acontecendo dentro da sala quando…

Cuidado, moleque. Olha a tua retaguarda. – Me interrompeu a Kyuubi.

Tarde demais. – Pensei, ao ser acertado por balões cheios de água, que encharcaram toda a minha roupa. E olhei para o local de onde veio os balões.

– Dissemos, que te apanharíamos, aberração – Disse o meu colega, Matsuga que corria com o seu grupo para fora da academia.

– Não penses que isso vai ficar assim, eu vou pegar você juntamente com esses lambem botas que estão contigo. – Gritei irritado.

Esquece moleque, esses ai vão morrer na primeira missão que fizerem. – Disse Kyuubi.

Trinquei meus dentes irritado e foi ai que abri a porta da sala. Dentro dela estava Sakura e Sasuke, meus colegas de classe.

A Sakura -chan estava sentada na primeira carteira a minha direita, olhando para mim como se eu estivesse interferindo em alguma coisa, e Sasuke na ultima carteira a minha esquerda, e como sempre se fazendo desentendido do que acontece ao seu redor.

É impressão minha ou eles estão muito distantes um do outro. – Disse a Kyuubi.

– Sim estão, eles sempre foram assim. – Disse eu.

Não, não a qualquer coisa de errado aqui. Acho que aproveitaram aquela distracção para se separem um do outro.

– Deve ser apenas fruto da tua… nossa imaginação. – Disse eu para a Kyuubi.

Fruto da minha imaginação?! Se algo em que não me engano é no rastreamento de chakra. Eles devem é estar a esconder alguma coisa. – Argumentou a Kyuubi.

– E como tencionas provar o que dizes? –

Moleque, estas a falar com o mestre da espionagem. – Pausou a Kyuubi – Espero, que estejas preparado para desvendar um dos mistérios do mundo shinobi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

- Deixe seu comentário, e toda a critica ou dica é bem-vinda. Valeu galera até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bakuhatsu - Chakura Konemasu" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.