Bakuhatsu - Chakura Konemasu escrita por Daisuke


Capítulo 2
Treinamento


Notas iniciais do capítulo

Eae galera? Trago capítulo novinho pra vocês...
Boa leitura...



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Escolha… o único obstáculo que perturba a mente de um homem, que outrora durante a sua infância era o que menos o preocupava. Mas tem momentos, que a nossa existência nos obriga a escolher entre um caminho e o outro. Uma simples decisão, que pode afectar o destino das nossas vidas por quase toda a eternidade. Muitos talvez optariam por escolher um atalho, que os levasse directamente ao seu devido destino, mas por vezes é preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros. Ninguém é capaz de escolher sem medo.

Dito isso, a mente de um bom homem, sempre o leva aos momentos, que mais marcaram a sua existência, desde os seus maiores feitos aos seus maiores fracassos.

Mas nesse momento a única mente que se encontra distorcida é a minha, que sem razão alguma, eu havia perdido completamente os sentidos, depois de me ser passado o que eu considerava como um sonho.

Quando começava a ter consciência do que está ao meu redor, rezava que o Deidara, não tenha feito o que eu pensava.

Olhei ao meu redor vagarosamente, enquanto levantava do colchão mais lento do que o costume. A dor que sentia por todo o meu corpo, lentamente começava a desaparecer, mas era quase idêntica a dor que os aldeões causavam quando me batiam.

Caminhei lentamente para fora da casa, e em um reflexo rápido cobri meus olhos com as minhas mãos, pela súbita iluminação dos fortes raios de sol, que conseguiam escapar por entre os troncos e folhas das árvores.

Quando finalmente se vi livre dela, avistei Deidara treinando, que ao me ver soltou um leve sorriso.

Lancei um olhar para as minhas mãos, o que já devia ter feito a muito tempo, e percebi que as bocas ainda estavam bem nas palmas das minhas mãos, e questionei - M-mas o que foi que aconteceu?

Deidara caminhou para perto de mim - Apenas desmaiaste, como consequência por passares a ser um usuário do Chakura Konemasu, já que não possuis uma Kekkai Genkai como eu, o que também poderá trazer futuras consequências. –

– Kekkai Genkai? Nunca ouvi falar disso. – Disse confuso.

Deidara arqueou uma sobrancelha após o meu comentário, e percebi que ficou irritado – Mas o que raios é que aprendes na academia ninja? Não sabes que, o que se aprende lá serve de base para nós os ninjas. – Pronunciou como se tentasse por juízo em minha cabeça e continuou – já agora, estiveste inconsciente por dois dias, o que é deveras impressionante. –

– Dois dias? Por quê, não me acordaste? – Perguntei desesperado.

– Por quê não te acordei?! Será que também não sabes o que é estar inconsciente. Mas… era suposto você acordar somente amanhã. – Disse duvidoso, que mais me pareceu estar mergulhando nas suas memorias.

– O que isso quer dizer? –

– Segundo as informações que se encontravam no pergaminho junto com o kinjutsu, os que não possuem uma kekkai Genkai, ficam inconsciente no mínimo por três dias. Será que… você não está a omitir alguma informação, pois não? – Lançou um olhar de duvida sobre mim.

– Não, não, eu também não faço a mínima ideia do por quê. – Respondi tentando por fim a essa conversa que não acabaria nada bem.

– Bem… como já acordaste, é hora de saberes a primeira e a mais importante das condições, que terás de cumprir com grande distinção, se queres ser meu discípulo… - Pausou.

– Que é? – Perguntei mesmo já sabendo qual seria a sua resposta.

– Terás de estudar mais, como indo a academia a partir de amanhã e frequentado também a biblioteca, pesquisando o que eu ordenar. – Declarou Deidara já com olhar mais sério sobre a minha pessoa.

– M-mas por quê? – Questionei.

– A sério? Nem pareces um aluno que pertence a academia ninja com essa roupa imunda, sem falar do teu grau de conhecimento que parece de uma criança de dois anos. – Gritou Deidara me repreendendo.

– M-mas… - Dizia eu que calei após um olhar assustador de Deidara.

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Estive a tentar o fazer mudar de ideias, em relação há algumas condições que ele dizia serem importantes, já que serei o seu pupilo, mas como eu pensava era impossível o persuadir, mesmo com o meu jutsu sexy que distorcia a mente de vários homens tarados.

Deidara consciente de que já não tinha mais condições a relatar disse - Normalmente para se ser um bom ninja, é necessário saber executar alguns jutsus, que para além básicos são os mais importantes de todos… - Pausou vendo que já tinha a minha atenção.

– Para começar gostaria de ver como está o teu controle de chakra, faça um kage bunshin! – Exclamou Deidara que pareceu preocupado, ao ver a minha cara de desespero, depois de pronunciar o nome da técnica.

Estive indeciso se fazia o jutsu ou arranjava uma desculpa para não o fazer, como não sou lá muito fã dessa técnica, que venho a tentar dominar há alguns anos atrás.

De todas as técnicas que conheço essa é a que mais sou pior. Pensei que talvez ele me daria uma dica de como melhorar ou coisa parecida, e comecei a fazer os selos de mão e pronunciei - Kage bunshin no jutsu

Consegui ver a sua cara de entusiasmo, quando a fumaça cobriu rapidamente a mim e o meu clone. E quando a fumaça se dissipou, agiu da forma que eu esperava caindo de cara para chão, depois de ver o meu clone todo mal feito, que nem conseguia se por em pé.

Vendo a sua reação, disse coçando a parte traseira da minha cabeça - O que fazer, parece que não estou nos meus melhores dias. –

Deidara se recompôs e ordenou que realiza-se novamente o jutsu, eu sem compreender apenas fiz o ordenado e saiu mais uma vez um clone mal feito. Constatei que ele estava me analisando e ordenou que eu fizesse outra, outra e outra vez até que pareceu ter um momento de luz.

– Naruto, já sei por quê é que os teus clones saem desse jeito. – Pronunciou como se tivesse descoberto uma solução para o meu problema, e em apenas alguns minutos.

– A sério, qual é? – Questionei.

– Segundo a explicação de meu mestre, normalmente quando se executa este jutsu é como se estivéssemos a dividir o nosso corpo em dois ou mais, e dando assim uma quantidade de chakra sustentável aos nossos clones. Uma vez que… a quantidade de chakra do clone exceda, o fluxo de chakra do nosso corpo tornasse desequilibrado, causando uma anomalia que da origem aos clones deformados. – Explicou Deidara acariciando o queixo.

Não consigo explicar o como, ou o por quê? Mas me perdi no meio… ou talvez no começo da explicação. E coçando a parte traseira da minha cabeça, disse num tom seguido de inocência – Deidara-senpai, será que dá para explicar de uma forma mais curta é que… -

Pela sua expressão, dava para imaginar mais ou menos o que ele pensava, era como se estive arrependido de ser meu senpai, e de uma forma resumida falou tentando se manter o mais calmo possível – Naruto… o que eu quero dizer é que possuis muito chakra, o que torna difícil passares um pouco aos seus clones, já que não tens o controle do mesmo. –

Fiquei pasmado, nunca cheguei a ponderar que eu seria capaz de acarretar tanto chakra em meu corpo, o que agora torna difícil a execução de jutsus básicos. Sabendo isso, conclui que quando eu tivesse o controle do meu chakra, talvez um dia possa me tornar um herói da aldeia, como o Yondaime Hokage que também tanto admiro.

– Já que tens problemas de controle de chakra, sei por onde devo começar o teu treino... – Pausou Deidara recuperando a postura e me perguntou – Alguma vez ouviste falar do Kinobori no jutsu? –

Pensei um pouco até que lembrei - Sim, sim, sim o Iruka Sensei uma vez mencionou isto em uma de suas aulas, enquanto eu estava meio sonâmbulo, mas não lembro de nada sobre o mesmo, ele só disse que é um jutsu que blá… blá… blá… serve para blá… blá… blá… -

– Cala-te… não sabes que agora sobra para mim, terei de te explicar tudo de novo. Como castigo… amanhã iras investigar alguns jutsus básicos na biblioteca e não terei mas de ti explicar nada teoricamente. – Gritou Deidara irritado com a minha falta de interesse pelos estudos.

Me assustei pela sua gritaria, me mantive apenas calado e quieto observando ele, durante o tempo em que o conheci nunca o tinha visto tão furioso, como era sempre calmo e algumas vezes se encontrava de mau humor.

Deidara já mais calmo disse - O Kinobori no jutsu é uma técnica ninja que ao concentrarmos chakra nas solas dos nossos pés, nos permite escalar árvores, paredes e outras superfícies sem usar as mãos, isso nos ajuda a ter também um bom controle do nosso chakra. – Pronunciou executando a mesma, caminhando até ao topo de uma árvore riscando com a kunai que estava em uma de suas mãos.

– Que fixe, também quero aprender. – Declarei entusiasmado.

– Ok, acho que já entendeste mais ou menos como se faz. Agora é a tua vez e faz o mesmo que eu. – Disse Deidara jogando a kunai para mim.

Estive imóvel por uns tempos, concentrando chakra na sola dos meus pés, e vendo que já tinha chakra nos meus pés, foi em direcção há árvore sem perder muito tempo.

Apenas consegui dar uns quatro passos e vi que já não conseguia ir mais longe, então decidi efectuar um corte nela. Infelizmente… não sei de que maneira mas acabei perdendo o equilíbrio e cai forte e feio de nuca para chão.

Ungi de dor ao chegar ao solo e rolei no chão sei lá quantas vezes, porque a dor era tão intensa.

Por outro lado, Deidara que assistia a cena, apenas sorria de uma forma que eu jamais o havia visto sorrir, já que para ele aquilo era engraçado.

Ao vê-lo como se estivesse zombando de mim, me fez ganhar mais motivação para o provar que conseguia ir mais acima e concluir esse treino ainda hoje.

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Lá estava eu, acabando de cair da cama e acordando, depois de suar o barulho do meu infernal despertador. Se a minha mente não me atraiçoa, não é a primeira que ele tocou essa manhã.

Levantei ainda meio sonâmbulo e se dirigi ao banheiro, onde fiz a minha higiene matinal preguiçosamente.

Depois disso, vesti a roupa que ontem mesmo havia comprado, e é claro recomendado por Deidara, pois ele dizia que eu parecia um idiota vestido de laranja.

Para comprar a roupa não foi uma tarefa fácil de completar, era sempre expulso só por dar uma olhadela nas roupas de lado de fora da loja. Mas por sorte consegui graças a uma velhota, que eu havia ajudado a carregar algumas coisas, há algumas semanas atrás.

A minha nova roupa era… uma camiseta preta com símbolo do país do redemoinho vermelho no centro, uma… bermuda azul-escuro, um par de chinelo e luvas pretas.

Sorri ao lembrar que quase já tinha o domínio do Kinobori no jutsu. E vi que já estava atrasado, comecei a comer rapidamente o meu precioso Ramen do Ichiraku empacotado.

Quando terminei… fui em direcção a academia ninja apressadamente.

Chegando na academia, pedi licença ao Iruka Sensei, que pela sua cara estava surpreso, com a minha súbita aparição na porta da sala de aula e ordenou que entrasse.

Desta vez, prometi a mim mesmo que… começaria a agir de uma forma bem diferente enquanto Iruka leccionava, mas bem no meu intimo apenas contava os minutos para se ver livre da aula, e infelizmente acabei se concentrando após lembrar das condições que aceitei cumprir ao meu senpai.

Não tardou muito, a sineta da academia já soava para o recreio, vocês tinham que estar presente, para ver como esses colegas meus saíram, apressadamente para irem brincar sei lá o que junto com seus amigos, - coisa de criança – Pensei. Era quase idêntico há alguém, que passa a maior parte da aula insistindo ao professor para ir ao banheiro e quando lhe é permito sai disparado que nem um cão que virá osso.

Apenas caminhei lentamente, e quis ir ao meu baloiço, o único local da academia em que ficava no recreio, mas descartei da ideia ao ver ele já ocupado e se dirigi para a sombra de uma árvore que se encontrava vazia, me deitei na grama que não tardou, senti que alguém perturbava o meu lindo silêncio.

Abri lentamente os meus olhos e era Sasuke… Uchiha Sasuke, a pessoa que considero meu rival, como partilhámos um grande ódio um do outro.

Comecei a odiá-lo, desde o primeiro dia em que me envergonhou em frente da turma toda, e um pouco também pela sua estúpida personalidade, de se achar que é melhor que os outros.

Sasuke como sempre, estava acompanhado por um monte de garotas, que não o seguiam mas sim, que o perseguiam aonde quer que fosse. Chegou mais perto da árvore como se estivesse a analisando, e percebeu que eu me encontrava no local onde ele sempre ficava durante o recreio e decidiu se pronunciar – Ei, idiota estas no lugar errado da árvore! –

Eu apenas suspirei e disse – E dai? –

– Como assim e dai? É melhor dares um fora antes que eu perca a paciência falhado. – Declarou sendo apoiado pelas garotas que o perseguiam.

– Idiota? Falhado? Quem pensas que és? É melhor retirares esses insultos ou vou te fazer comer terra. – Disse já irritado e se pondo em pé.

– Bem podes tentar, Baka! – Exclamou zombando de mim.

Uma nuvem de vapor se formou por cima da minha cabeça com tamanha irritação, e parti para cima dele sem pensar duas vezes, ignorando assim o conselho do meu senpai – Em uma batalha entre dois shinobis, aquele que conseguir suprimir melhor os seus sentimentos ou emoções sempre vencerá. -

Tentei um soco com a minha direita, mas foi facilmente bloqueado pelo moreno, que revidou com uma joelhada bem no meu estômago, seguido de um forte soco em meu rosto, que me jogou brutalmente para o chão.

Consegui ouvir as garotas que o acompanhavam gritando e o apoiando em cada golpe que me deu, era como se estivessem festejando pelo feito do moreno, que até parecia que o queriam devorar todinho.

Tentei se levantar, mas parei por um momento ao sentir a dor que se alastrava por todo meu corpo, e quando senti que ela estava começando a sumir, tentei ir dar uma desforra, mas ungi de dor mais uma vez, ao ser puxado pelas orelhas, por Iruka Sensei – Naruto… penso que já é o bastante, e se quiseres revidar, podes fazer em um outro lugar, não aqui. –

Eu todo dorido apenas assenti e fui logo solto por Iruka.

– Eu não sei qual é o teu problema mas é melhor ficares fora da minha visão, perdedor. – Declarou Sasuke, se deitando na grama e claramente ignorando os que o rodeiam.

Fiquei mais irritado pelo seu comentário, apenas quis partir para cima do moreno outra vez, mas não o fiz e me pus a andar dai.

…………………………………………………………………………………………………

Depois de sair da academia ninja, senti um calafrio na espinha trespassando por todo o meu corpo, a razão era simples – biblioteca -, o lugar que para mim era assombrado e também amaldiçoado, com aqueles grandes e enormes livros que me aborrecia a cada palavra que lia. Se bem que… dizem que ajuda muito mas odeio ficar muito tempo olhando para folhas cheias de palavras, que me fazem lembrar dos terríveis testes que já fiz em toda a minha vida.

Por quê é que eu tive que concordar com essa condição? Não, não irei lá… apenas só preciso encontrar uma boa desculpa. – Pensei, mas ao imaginar a reacção do meu senpai congelei, se há um momento em que ele dava mais medo, era quando se zangava, e decidi ir em direcção a biblioteca mesmo contra a minha vontade.

Chegando ao local observei ao meu redor dando de cara com inúmeros livros. Engoli em seco e suspirei – Isso vai demorar muito mais do que eu pensava. –

Estava tão absorto em pensamentos que nem percebi a aproximação de alguém.

–O que estás a fazer aqui garoto? –

Se assustei pela aproximação repentina de alguém. E se virei dando de cara com uma velha senhora, de cabelos já grisalhos devido a idade avançada, com um crachá no lado direito do peito escrito Kaneko Fuyuri, - Pelos vistos é a bibliotecária – Pensei.

–Pro-pro-curando um livro. - Respondi gaguejando e suando frio, aquela velha senhora chegava e ser mesmo assustadora.

–Hummmm…- Assentiu levemente contrariada, parecia que não confiava em mim, que pela minha reputação julgou que eu vim mais é aprontar alguma do que ler.

– Ok. - Proferiu a senhora, ia suspirar de agradecimento até ser impedido pela fala da senhora. - Mas, se eu ouvir você fazendo barulho ou aprontando, eu jogo você na rua entendeu?! –

Assenti e estive procurando o que o senpai havia ordenado, não demorei muito para encontrar o que procurava e comecei logo a ler e também tirando alguns apontamentos.

Estive lá, durante toda a tarde lendo, até que vi que já tinha o necessário e decidi ir ao encontro do meu senpai.

Próximo da casa, avistei Deidara sentado em um dos troncos das árvores, como se já me esperava a muito tempo.

– Boa noite, senpai. – Se curvei mostrando respeito.

– Vai lá para com isso, ainda me fazes pensar que sou um saco de rugas. Mas isto agora não interessa… - Pausou Deidara e continuou por dizer – Enquanto estavas na biblioteca, estive a vaguear pela floresta, tentando encontrar um local ideal para o nosso treinamento, que a partir de hoje começara a ser um pouco mais exigente… –

Eu apenas olhava para o meu senpai que discursava, quis perguntar alguma coisa mas preferi não o fazer. porque bem no meu interior só pensava – Que seca. Outra vez com um grande discurso.

Notei que… Deidara se apercebeu que eu não estava a par do que ele dizia e ordenou apenas que o seguisse.

Ambos… corremos por entre as árvores alguns minutos até que chegamos a um local, que era composto por várias árvores, que se encontravam separadas há uns bons metros uma das outras, a grama era apenas fantástica, porque não só transbordava um bom aroma, mas também pelo fato de se mover gentilmente a cada vento que por lá circulava e sem esquecer do riacho, cuja água brilhava a cada raio de sol que pousava sobre ela.

Estive a treinar o Kinobori no jutsu, como ainda não havia dominado por completo. O senpai apenas se encontrava deitado em uma árvore, que estava um pouco mais afastado de mim, não consegui ver direito se descansava ou se estava prestando atenção no que eu fazia.

Depois de um bom tempo treinando consegui a dominar, tudo graças a investigação que fiz, que dizia para concentrar a quantidade de chakra exacta na sola dos meus pés.

Pensei que Deidara me daria uns momentos de glória para saborear devidamente o meu feito, mas não, sem perder tempo me induziu a começar a treinar o Kage bushin no jutsu.

O treino perdurou por quase toda noite, até que já começava a sentir o meu estômago resmungando, e o cansaço a tomar conta do meu corpo. Deidara deu por terminado o treinamento, e voltamos a casa. Ele disse para mim ir ao meu apartamento, para tomar um banho, comer e descansar que amanhã continuaríamos o treino.

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Eu estava no campo de treinamento com a minha respiração um pouco descompassada, mas ainda em plena forma, a cara que o Deidara fazia era simplesmente fora do normal, a razão para isso era simples. Os meus clones, sei lá quantos, mas eram mesmo muito, - finalmente consegui – Pensei.

Era quase impossível deixar passar despercebido o largo sorriso em meu rosto. Deidara se perguntava retoricamente, se não estava sonhando, parecia que eu era a única pessoa no mundo shinobi que conseguia fazer aquele elevado número de clones.

Já recomposto Deidara refletiu uns bons minutos e ordenou que deixasse apenas vinte e cinco clones meus, e que o resto fosse bugiar.

Depois de se livrar dos meus clones, Deidara também executou o Kage bushin no jutsu, e como esperado apareceu apenas um clone seu que com ele fazia dois. Deidara dividiu os meus clones em cinco grupos, cada composto por cinco.

Ele sabendo que eu não fazia a mínima ideia de qual era o seu plano me explicou e disse que o grupo um treinaria o Mizu Kinobori no jutsu, o grupo dois Kawarimi no jutsu, o grupo três Taijutsu, o grupo quatro o Henge no jutsu e o último grupo o arremesso de shurikens.

E foi ai que Deidara, me cobrou a pesquisa que fizera na biblioteca, pedindo que eu explicasse teoricamente o que ele estava prestes a me ensinar, e é claro vendo que eu havia mesmo me esforçado, fez uma breve demonstração antes de por em prova as minhas capacidades.

Para que o treinamento estivesse quase concluído, foi preciso quatro longos e árduos dias da semana, a qual considerei há mais cansativa e também há mais cheia de emoções, já que tinha o domínio do Kawarimi e mas outras técnicas já mencionadas.

Só que havia um outro problema, Deidara me disse que não era um bom usuário de Taijutsu, e as suas lutas se baseavam mais em combate a longa distância. Por isso, apenas me ensinava o que podia, para que pelo menos o meu Taijutsu fosse de nível médio, e quem sabe talvez um dia, eu encontrasse alguém melhor que ele para me ensinar.

Na academia ninja…

Iruka leccionava até que soou a sineta, sinal do término da aula e vendo que nós não perderíamos tempo para ir embora, informou que iríamos ter exame para a promoção gennin a semana que vem, o que deixou preocupado alguns colegas meus com baixa auto-estima, que perguntavam o que seria preciso fazer para passar.

Chegando na casa da floresta, percebi que o meu senpai não se encontrava lá, e decidi ir ao único local onde ele havia de estar que é no campo de treinamento.

Avistei Deidara por cima de um pássaro feito de argila, igual ao que eu vi na noite em que nos encontramos pela primeira vez e pronunciei – Deidara -senpai… Deidara -senpai… boa tarde? –

Deidara se aproximou e disse – Apareceste mesmo a tempo Naruto, finalmente passarei a te ensinar coisas sérias, e espero que estejas preparado. –

–Hai, senpai. – Respondi se pondo sentido.

– Depois de roubar o Chakura Konemasu de minha aldeia, eu estive uns bons tempos ausentes nas missões, e estive tentando criar alguns jutsus, que são maioritariamente da minha autoria, como é o caso do C0, C1, C2,C3 e C4. Dentre todos estes jutsus, o que considero mais explosivo é o C0, o qual chamo Kyukyoku Geijutsu no jutsu (técnica de autodestruição), que depois de te ensinar estarás proibido de a usares, pois ela não só põe fim a vida do seu adversário como também a sua…- Explicava Deidara que fez uma pausa ao me ver anotando o que ele dizia.

– O C1, C2, C3 e C4 são as que eu irei te ensinar primeiramente já que elas são as mais fácies de aprender, por isso mais uma vez preciso que faças o Kage Bushin no jutsu, dessa vez com apenas vinte clones, para avançarmos rapidamente no treino. – Disse Deidara já me vendo a fazer os selos de mão.

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Uma semana depois…

Lá estava eu, deitado em um campo de treinamento respirando ofegadamente, sorri ao olhar para as várias crateras ao meu redor, que era o resultado do kinjutsu, Chakura Konemasu que Deidara me havia passado e tentado desesperadamente aperfeiçoar o mesmo.

Parece que por fim havia encontrado uma razão de viver, e um objectivo em minha vida, que nestes Treze anos passados havia procurado, pelo tempo que passei, junto com Deidara, parecia até que acabei ganhando ou talvez roubando uma parte de sua personalidade, já que também uma parte de minha havia sumido paulatinamente da minha mente.

Era como se desde o momento em que me passou o Chakura Konemasu, também havia passado qualquer outra coisa, por vezes eu até ficava admirado com as gargalhadas que dava, quando mandava pelos ares alguma coisa.

Eu até cheguei a venerar um pouco mais a arte, fazendo das pequenas coisas um espectáculo, e o que mais gostei é que já tinha o domínio dos jutsus básicos, que um shinobi deve saber. O que pensava utilizar, para calar a boca daqueles que abusavam da minha antiga fraca capacidade.

Deidara vendo que eu já se encontrava recomposto pronunciou – É com grande orgulho que te digo que superaste todas as minhas expectativas, agora só falta uma coisa para te tornares um verdadeiro shinobi! –

– Que é? – Perguntei, ainda tentando se por em pé.

– Experiência em combates. E que tal… um combate amigável entre nós? –

– Experiência em combates?! Não, não se preocupe, eu já participei de vários na academia ninja e posso te garantir que sou bom. – Disse tentando escapar.

Deidara sorriu com o que eu disse – Aqueles combates são para crianças de quatro anos. O que iremos ter é muito… mais muito diferente. –

– Como assim? –

– É simples, nesse combate não se admiti erros… será do tipo ou matas ou és morto, mas sem morte é claro. –

Depois de terminar a sua fala, engoli em seco e um silêncio aterrorizador tomou conta por completo do local onde nos encontrávamos.

Fiquei surpreso pela recomendação do meu senpai, e estive em silêncio por uns momentos, não fazia a mínima ideia que alguma vez iria o enfrentar, e sem perder muito tempo apenas disse – Hai. –

– Então, é apenas algo breve, é para ganhares um pouco de experiência em batalhas reais nem tens porque ficar tão nervoso, aja como se fosse teu inimigo. – Declarou Deidara tentando me reconfortar.

Depois destas breves palavras de Deidara, estivemos imóveis e se entreolhando tentando se concentrar. A partir daquele momento, soltei um olhar mais sério, tentando pensar em uma estratégia de melhor atacar o meu mestre, mas bem no meu íntimo, sabia muito bem que não tinha como o surpreender, como tudo o que eu sabia me foi ensinado pelo meu novo adversário.

Tentei pensar, no rosto de alguém que eu odiava para ganhar mais iniciativa, mas não me pareceu melhorar em alguma coisa.

Deidara percebeu que eu estava a ficar nervoso a cada segundo que passava e exclamou vindo em minha direcção sem perder tempo - Muito bem… preparado? Vamos lá! –


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Notas finais do capítulo

Tá aí o capitulo pra vocês, que eu escrevi até os meus dedos sangrarem... nada mais justo do que comentários né?



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