O Testamento escrita por Cecília Mellark


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos!

Gente está super corrido por isso estou vindo tão tarde o capitulo hoje.
Ficou curtinho, perdoem-me.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/666530/chapter/12

Há uma grande comemoração quando a faixa cai no chão e os nossos funcionários se posicionam atrás dos balcões novinhos em folha, lotados das mais deliciosas rosquinhas e pãezinhos fofinhos, bolos enlouquecedores. Eu me permito um momento para saborear essa conquista da qual fiz parte, porque eu sei que tudo que estava guardado seguramente atrás das minhas portas até 3 meses atrás agora desabou e está impedindo meus pensamentos de passarem livremente. Sinto Gale no meu encalço e decido que agora não é hora de me importar com ele.

– Gale, cai fora – Digo da maneira mais educada que as palavras me permitem. Há uma surpresa no seu olhar – Aqui não é seu lugar, poderemos conversar mais tarde na minha casa se você desejar.

– Eu quero estar perto da minha filha – Ele diz desafiando-me – Onde ela estiver, eu quero estar.

– Você esteve ausente nos últimos 7 anos, juro, mais alguns minutos não farão diferença.

– Bastou alguns minutos para faze-la Catnip, ou vai me dizer que não se lembra.

Estou pronta para soca-lo quando a mão forte de Peeta me impede.

– Gale, aqui não é a hora nem o lugar, sei que quer estar presente na vida da sua filha. Mas por favor, não discutam aqui. – Encaro Peeta, pois sua voz sai tão calma e suave, como se a presença de Gale não o afetasse. Como se os dias em que fiquei fora tivessem sido o suficiente para ele mudar de ideia, de opinião. De repente ele desistiu de mim mesmo, uma voz sussurra na minha mente. Mas por outro lado, ele me beijou na frente da minha filha, disse que depois conversaríamos, o que aconteceu afinal?

Gale faz mais algumas provocações a meu respeito, mas por fim quando percebe que Peeta é inabalável, vai embora. E é neste instante que Peeta me arrasta gentilmente para os fundos da padaria.

– Então, quem diria não? Gale aqui na inauguração... – Ele começa.

– Ele me procurou no sete, quando fui visitar Johanna, eu ia te contar, mas quando cheguei você estava internado, e eu me esqueci completamente. – Minto, porque na verdade eu me encontro ansiosa para contar a ele sobre isso desde o momento que aconteceu.

– Katniss, temos que conversar – Ele diz, com um olhar cheio de significado – Mas por hora, não quero que você se consuma de ansiedade com a presença do Gale na vida da Cecilie.

Há uma paz na voz e no olhar dele que me embriaga, Peeta tem algum tipo de poder com as palavras, é por isso que ele chegou onde está. Instantaneamente eu me acalmo, acredito que de qualquer forma ele vai estar do meu lado, ajudar-me a enfrentar Gale. Coisa que no fundo eu sempre desejei, lá nos meus sonhos mais românticos.

Minha mãe, Effie e Haymitch nos encontra saindo dos fundos e então liberam Peeta para que ele vá receber os créditos, enquanto eu sou detida com perguntas e palavras de apoio. Estão todos estranhamente calmos contrapondo meu nervosismo. E eu me pego ficando irritada com isso. Porque eles não estão tentando me acalmar, eles estão calmos o que é completamente diferente do esperado!!!

Quando Cecilie chega querendo colo, decido que é hora de ir embora. Por um lado, temo chegar em casa e saber que terei que lidar com Gale, por outro quero resolver logo isso. Enquanto pondero se conto para ela ou não Peeta me alcança.

– Vamos? – Ele me pergunta tomando ela dos meus braços para os seus.

No carro durante o pequeno percurso enquanto remoo o que fazer, Peeta intervém.

– Vou passar em casa, preciso pegar algumas coisas urgentes. – Ele diz virando na rua da sua casa e quando paramos na porta ele continua – Eu quero estar com você no momento em que for conversar com Gale.

– Porque? – Pergunto querendo arrancar a mais profunda resposta dele.

– Porque é do meu interesse, Katniss. Tudo que está relacionado com Cecilie é do meu completo interesse - Ele diz e sai apressado em direção a casa.

Claro, penso eu. Cecilie herdou pelo menos metade de tudo que era dele, é claro que é do interesse dele! Que boba sou, achando que ele me assumiria ou algo assim. Sinto anos e anos de tristeza e solidão caindo sobre mim. Olho para Cecilie praticamente adormecida no banco de trás e constato que se só existe uma pessoa que me amará sem duvidar, sem importar-se com quem eu vou ficar no final, e é ela. Começo a imaginar como será no início do ano que se aproxima, dentro de alguns dias será o Natal, e então todos voltarão para suas vidas. Gale vai infernizar até que tenha esgotado todas as minhas forças, e eu terei que apresentá-lo por fim para Cecilie como seu pai. Apesar de odiar o fato. Peeta ficará por um tempo, mas logo perderá o interesse em mim, creio que isso é o que vai acontecer primeiro, uma coisa era Gale distante, sendo só o pai biológico da minha filha, outra coisa é vê-lo. Saber que terei ele na minha casa, afinal eu sei que por direito ele deve conviver com a filha.

Toda essa ideia me causa um mal-estar profundo, e quando eu percebo, estou do lado de fora do carro, tentando abafar o som do meu choro com medo de acordar Ceci. A primeira parte do pesadelo acontece. Entre um soluço e outro eu vejo Peeta parado, distante, na ponta do carro analisando-me e quando ele percebe que o vi, ele oferece água com açúcar. Recuso. É quase o mesmo que oferecer pena.

E eu não admito que sintam pena. Engulo o choro, me recomponho o suficiente e partimos para minha casa, onde nem é preciso estar na porta para perceber a agitação do lado de dentro. Suspiro, e fico analisando minhas mãos tremulas. Aguardando Peeta sair do carro, ou dizer alguma coisa.

– Katniss - ele começa – independente do que acontecer agora, eu quero que você saiba que eu ainda nutro sentimentos por você. - Oh! Nutrir sentimentos, um sorriso quase espalha nos meus lábios, mas eu percebo que é só porque tenho uma gigantesca carência de afeto, pois nutrir sentimentos não é amar, ou estar apaixonado. Peeta percebe que estas palavras foram insuficientes, então ele toca minha bochecha com a ponta dos dedos enquanto continua – Sei que nos magoamos muito no passado, mas não foi possível para mim te apagar da minha vida. E nunca será.

Espero por mais, mas um sorriso brinca nos lábios deles, e eu me recomponho para não parecer tão ingrata. Preciso pedir-lhe algo, neste momento, algo que só ele pode me dar.

– Apenas fique comigo... – digo tão baixo que creio que ele nem escutou. Então ele sai dá a volta, vem e abre minha porta, oferecendo-me seus braços. Enquanto eu aninho lá, ele me sussurra de volta.

– Sempre...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem está louco pra ver o circo pegando fogo? o/

Até mais galera.
Comentem! ( Eu adoro!)

Beijokas



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Testamento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.