Quase sem querer escrita por Lady Salieri


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Acabei de notar que eu só escrevo quando é amigo secreto da Liga. Enfim xD.

Então, minha amiga foi a The Escapist, coisa linda que eu tirei. Pela primeira vez nesse A.S, não foi difícil escrever uma história (mas ainda vou ler os livros que você sugeriu, só não o fiz porque esse ano foi uma loucura).

De todos os modos, publico essa história com o coração aos pulos, porque a Leila é uma escritora de primeira, lacradora de concursos do Nyah, todo mundo sabe =), daí que o nível tem que ser muito mega alto =).

Espero que goste da fic, minha querida. Nunca pensei em escrever uma fic Destiel na vida, mas aí está =P, confesso que eu gostei xD, fui contaminada pelo fandom hahaha.

Um beijo enormee =D



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Estava sendo uma noite de cão.

Desde que ele e Sam salvaram Castiel do jugo de Rowena, as coisas não estavam certas, como se algo fosse deslocado do costumeiro, mudando toda a configuração de tudo. Que diabo era...?

"Eu posso consertar você...", Castiel repetia isso na sua cabeça, tomando conta de todo o ambiente. E a simples possibilidade do toque oferecido pelo anjo provocava-lhe o que ele não podia nomear. Aí ficavam ele e Sam com a cara estragada porque o irmão se recusava a ser consertado antes dele!

"Eu estou bem..." O rosto machucado era o que menos importava. Era até bom que a dor dos ferimentos apontasse para si mesma, porque era algo real e que existia no mundo. Todo o resto, não.

Levantou-se num pulo e ligou o som. Quer saber? Pouco importava que fossem três ou quatro da manhã! Mas terminou por desligá-lo antes de acabar a primeira estrofe do rock que tocava. Ah, deixa quieto. Tanto Castiel como Sam estavam se convalescendo das suas respectivas condições: Castiel daquela maldição dos infernos e Sam por Oregon, com os "gouhlpiros"... Também, os ruídos dentro da sua cabeça latejavam mais alto que qualquer canção que escolhesse.

Contudo, mal desligou o aparelho, escutou batidas na porta e a voz de Castiel logo em seguida, perguntando do lado de fora se ele estava bem.

Que pergunta maldita!

Quis não responder nada e fingir estar dormindo, porém Castiel jamais entenderia o recado e continuaria ali até de manhã. Resolveu abri-la:

— Está tudo bem, Cas. Eu não sabia que o som estava com um volume tão alto — ele disse olhando para trás, em direção ao aparelho. — Mas já desliguei, está tudo certo.

A verdade é que estava difícil encará-lo. Sabia que já estava estranho aquele clima, mas não podia evitar. Bastava mirá-lo para ver de novo e de novo e de novo a cena em que era socado até ser quase nocauteado, para depois ver Castiel sacar o punhal na intenção de matá-lo. E então Dean se via apelando pela própria vida, gritando o quanto precisava dele. E depois Castiel oferecendo a cura, levantando para tocá-lo... Não...

Sacudiu a cabeça e finalmente olhou-o, tirando forças do quinto dos infernos: o outro não entendia nada mesmo, permanecia parado à porta, esperando qualquer coisa, ao ponto de deixar a cena ridícula.

— É sério, Cas, eu estou bem!

Castiel respirou fundo. Dean só podia ser muito estúpido para não notar o quanto ele estava transtornado com suas próprias atitudes. Era insuportável vê-lo com o rosto deformado; cada ferimento lembrava sua carne de lastimá-lo...

— Não sei mais o que dizer, Dean...

— Mas não tem nada pra dizer, Castiel, vamos parar com isso. Você estava amaldiçoado e fez o que foi programado pra fazer. Eu estou aqui, vivo e bem. Pronto.

— Gostaria muito de fazer algo para remediar...

— Acho que se você esquecer que isso aconteceu, já ajuda muito. Também, convenhamos, não é a primeira vez que você me enche de porrada — Dean tentou brincar, mas acabou provocando um efeito contrário, visível na expressão contraída do amigo.

Que se dane!

A verdade é que já poderiam dar boa noite um para o outro e ir cada um para sua cama.

Mas, que son of a bitch!, Castiel continuava parado à porta! Isso era torturante, por que ele insistia em ficar ali, em perdurar aquela situação, meter o dedo nas feridas, em machucar mais aqueles sentimentos?

Experimentou ser direto:

— Bem, Cas, acho que já está...

Mas ele não terminaria a frase. Castiel levou as mãos ao seu rosto, prendendo-as em seus cabelos, e o trouxe para si, enquanto dizia do mais íntimo:

— Por favor, Dean, me deixa curar você...

Dean não fez nada além de receber aquele gesto, escondendo a cabeça no pescoço de Castiel. Sabia que aquela cura nada tinha a ver com sua condição física e não podia estar mais estarrecido por Castiel percebê-lo, mesmo através de todas paredes que ele erguera a fim de esconder...

E então, todas as conjecturas explodiram na sua cabeça naquele instante, tornando-o outra coisa. Pela primeira vez em sempre, sentiu-se diluído no momento, parte de alguma coisa muito maior que si mesmo, que a escuridão, que o destino, que o mundo, o sistema solar, a via-láctea e o infinito.

Tinha medo de se dar conta de que quando dissera a Castiel que o necessitava, era de forma muito mais complexa e muito menos entendível que ele podia aguentar. Tinha medo de entrar em um caminho sem volta, porque ter alguém na sua vida e ter o dever de protegê-lo sempre custava um preço muito alto. E perder Castiel não era uma opção, nunca.

No entanto, ali, ele não era um caçador, tampouco Dean Winchester, e por isso não teve medo de aceitar os lábios que lhe eram oferecidos.

Só assim o anjo foi capaz de sair de onde estava: ainda aos beijos, Dean puxou-o para dentro do quarto e fechou a porta detrás de ambos.


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Notas finais do capítulo

Gente, em relação ao título da fic remeter à canção "quase sem querer" do Legião, e a sinopse ser um trecho dela, não tem nada de mais, é só que as cenas do Dean e do Cast nesses epis me lembraram muitão ela. E depois fiquei pensando que essa música seria muito o Dean e o Cast mesmo xD.

Não fiz nenhuma menção direta da canção na fic, mas acho que indiretamente dá pra ver algo da canção ^~

Espero que tenham gostado, de todos os modos, tentei ser o mais fiel ao Dean que eu podia, essa coisa de ele nunca saber o que quer dizer, nem saber o que pensar. É só difícil escrever o que não se pode dizer haha, mas eu tentei xD