And I Love Her escrita por Downpour


Capítulo 2
Capítulo 2 - I Found You


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o cap, espero que gostem. ♥



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Capítulo 2 - I Found You
“Encontrei você em um rio de emoção pura
Encontrei você, minha única verdade
Encontrei você e a música tocou Eu estava perdido
Até encontrar você, você, você”
The Wanted, I Found You.

Ela sempre tinha gostado de cavalgar, era algo mágico, seus cabelos voavam e e o vento soprava sobre o seu rosto. Honestamente, para ela não tinha nada melhor que aquilo. Quando ela chegou próximo do mercado, repensou na sua atitude entretanto deu de ombros, o que a mulher poderia fazer? Bater nela de novo? Ela já tinha se acostumado com a dor.
Entrou no mercado e comprou comida o suficiente para uma semana viajando, saiu do mercado com um sorriso amável, todos naquela região conheciam a garota, mas ninguém sabia pelo quê ela passava. Angela subiu na égua e continuou viagem, ela iria para Nárnia, era a única coisa de que tinha completa certeza. Não queria voltar para aquela casa por nada.
Quando se sentiu cansada resolveu dar um jeito de prender a égua numa árvore e lhe dar água e cenouras. Como não sabia como fazer uma fogueira ela apenas se encolheu e adormeceu encostada na árvore.
No dia seguinte estava toda dolorida, a garota não fazia ideia de como doía dormir sem um colchão digno e um travesseiro macio. Suspirou, não era hora para se arrepender do que tinha feito.
–Bom dia. - Falou para a égua, acariciou ela de leve enquanto ela acordava.
Assim que se levantou deu uma leve espreguiçada e foi tomar banho num rio ali perto, quando voltou resolveu que era hora de continuar a viagem. Estranhou o fato de ela não estar me sentindo mal por ter feito “algo errado”. A única coisa que ela sentia era liberdade, algo que ela nunca tinha lhe dado. Ela tinha tirado toda a sua infância fazendo-a sofrer, por ela não ser aquilo que ela queria que eu fosse. Não iria deixar ela tirar a sua adolescência, se ela se rebelar fosse a solução, era exatamente isso que ela faria.
Parou para entrar num bar em um vilarejo, já estava muito distante de “casa”, não tinha mais como a encontrarem. Se sentou em uma mesa sozinha e pediu o que tinha para o almoço. Um garoto encapuzado sentou-se ao seu lado.
–Louise, você não devia estar no castelo? - O garoto perguntou e ela franziu a testa.
– É o quê?
– Eu te avisei que eu ia ficar fora por uns dias, mas você não falou nada para eles não é? - O garoto falou magoado e ela o olhou sem entender nada.
– Desculpe, mas meu nome é Angela.- Falou colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
– Você não tem a pinta. - O garoto murmurou e então uma luz pareceu se acender em sua cabeça.
Angela se mexeu desconfortável com a situação que se encontrava no momento. O garoto finalmente olhou direito para ela e suspirou.
–Meu nome é Edmundo. - Falou tirando o capuz e a garota abriu a boca surpresa.
– Majestade! - Exclamou prestes a fazer uma reverência quando Edmundo a impediu.
– Eu estou fugindo, não me entregue por favor. - Ele falou e ela franziu a testa.
– Você? Você é um rei e está fugindo sendo que você tem tudo que quer? Uau. - A garota comentou abismada.
– E você? - Edmundo perguntou curioso.
– Também estou fugindo da minha mãe. Diferente do senhor, sou uma camponesa. - Falou tomando a sopa que lhe serviram.
– Por quê está fugindo? - Ele perguntou e a garota olhou para o rei pensando duas vezes se falava a verdade ou não, o quê iria ganhar mentindo?
– A minha mãe me trata mal desde pequena. - Falou com indiferença, já estava tão acostumada com aquilo que ela nem sentia nada ao lhe chamarem de inútil e bastarda.
Edmundo olhou penalizado para ela, o garoto não tinha palavras para faze-la se sentir melhor, mas logo reparou que ela não precisava daquilo. Porque agia de modo indiferente ao falar da mãe.
–E você? - Ela mudou de assunto.
– Fui forçado a ficar noivo de uma garota que não amo. - Ele falou e a garota o olhou pensativa.
– Nunca amei alguém.
Edmundo olhou ela assustado.
–Nem mesmo a sua mãe?
– Eu a odeio. - Ela falou com firmeza e confiança. - Amar é bom? - Ela perguntou curiosa e Edmundo sorriu da pureza da menina.
– É um meio termo, dói mas ao mesmo tempo é bom. Quando você sentir, vai saber. - Ele falou e suspirou. - Pelo menos é o que me dizem.
– Quer dizer que você nunca amou também? - A garota se debruçou sobre a mesa.
– Além da minha família, não.
– Estamos no mesmo barco. - Ela falou com um sorriso que encantou Edmundo
– Você gostaria de se juntar a mim para, não sei, fugirmos juntos? - Ele perguntou com vergonha, mal tinha conhecido a garota e já sentia que podia confiar nela. Aquilo era completamente estranho.
– Claro. - Ela falou animada pagando pela refeição. - Só temos que pegar a minha égua.
– Ah, então você também está a cavalo? - Edmundo perguntou e a morena riu.
– Mais outra coisa que temos em comum. - Ela falou saindo do bar. - Vamos. - Esqueceu-se de que o garoto era uma rei e o puxou pela mão até ela encontrar a égua.
– Ela é linda. - Edmundo admitiu.
– Agora vamos achar o seu cavalo. - Ela falou acariciando a égua.
– Vamos lá. - Edmundo guiou a garota até o seu cavalo.
– Uau. - Ela comentou e o garoto sorriu, aquele era um cavalo da realeza. - Por que você não desfaz o noivado já que não quer se casar?
– Não é tão fácil a garota é princesa de outro país. Foi um tratado. - O garoto passou a mão pelo seus cabelos negros nervosamente.
– Então podemos acabar entrando em guerra. - A garota comentou séria subindo em seu cavalo.
Edmundo ignorou aquele fato, não queria pensar naquilo. Ainda estava furioso com os irmãos mais velhos.
–Sabia que eu te confundi com a minha noiva? Ela é bem parecida com você, só que ela é loira e tem uma pinta na orelha esquerda, e você já é morena e não tem a pinta. - Edmundo comentou. - Vocês são bem parecidas.

~•~

Louise andava em círculos pelo seu quarto um tanto nervosa, ela desfilava graciosamente em seu salto alto. Ela tinha nascido para reinar, mas não conseguia se imaginar ao lado de Edmundo. Ele era bonito, sensível e carinhoso, mas não despertava interesse nela. Eles não tinham um pouquinho de química sequer. E todo o tempo que os dois estavam “namorando” ela o traía secretamente com um alfaiate.
–Princesa? - Uma serva entrou em seu quarto e a garota ergueu a sobrancelha.
– Diga. - Falou e a serva hesitou.
– Boatos dizem que viram uma garota semelhante a você nos arredores de um reino vizinho.
Louise arregalou os olhos.
–Meu Aslan, não é possível. Mande que os soldados a procurem por todos os reinos possíveis. - Falou nervosa, não era possível que aquilo estava acontecendo.
A chance era de um em um milhão, mas ela tinha quase certeza de que aquela era a sua gêmea perdida.


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