A Menina Que Beijava Monstros escrita por Kaito


Capítulo 4
O Jogo "Renai"


Notas iniciais do capítulo

Renai = amor verdadeiro. onfs
Música: Renai Game
https://www.youtube.com/watch?v=VfFwfD1asic
Gente, tive um sério problema aqui. Não consegui entender a música direito, apesar de falar um pouco de japonês, e não achei nem a letra, nem a tradução (pra nenhum idioma). Com isso, ficou difícil interpretar a música. Acabei fazendo uma história um pouco grande, e suponho que vai ser dividida em tipo quatro partes. Essa aqui é tipo um prólogo~



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– Há muito tempo, uma jovem mulher, abençoada pela boa sorte, se debruçava sobre um caixão, cantando: "qualquer homem por quem eu me apaixonar, viverá eternamente ao meu lado."

Os olhos de Rin estavam arregalados, e o menino apenas sorria, orgulhoso da história que acabara de inventar.

– N-Não tem graça! – ela protestou. – Se esse é o amor sobre o qual você tanto fala, então eu prefiro não sentir mais nada. Que péssimo jeito de conquistar uma garota!

Ele riu, divertindo-se. Rin ficava tão fofa quando estava brava.

– Ah, por favor. – ele sorriu, cruzando os braços atrás da nuca. – Nós não estamos nem começando, e você já quer desistir? O amor é muito mais do que isso. Ele dói, mas também cura. – sorriu, sabendo que confundira a menina.

– De qualquer forma, esta foi uma péssima experiência. – suspirou. – Seu nome é Len, como no sonho? – perguntou ao garoto, que apenas sorriu.

– Se assim quiser.

•••

Len pôs-se de pé imediatamente, correndo para socorrer a esposa. Ele não devia sequer se preocupar, mas aqueles gritos chorosos sempre o deixavam alerta.

– Meu anjo! – ele berrou. – O que foi?!

Rin estava encolhida, caída no chão, recuando como podia. Suas mãos ainda estavam cheias de sabão; devia estar lavando a louça. Um dedo trêmulo apontou para cima.

– T-Tem uma b-barata gigante ali! – ela apontou para o armarinho que ficava preso á parede, onde guardavam alguns copos.

Obviamente, Len não viu barata nenhuma, mas imaginou que essa devia ser grande mesmo. Apesar de ser fácil de assustar, havia tempos que Rin não se jogava no chão de desespero. Ela gritou palavras que o marido sequer compreendeu, e ele apenas pegou uma vassoura, acertando o armarinho por completo.

Finalmente, Rin foi capaz de respirar. Ela se pôs de pé, claramente trêmula.

– Ah, meu amor… – ela se aproximou do marido, braços estendidos para ele, abraçando o corpo do loiro.

Depois, olhou para o armarinho com cara de nojo.

Não tinha barata nenhuma ali, nem em nenhum outro lugar, mas Len sorriu para a menina.

– Poxa, isso não deve ser uma barata. – ela suspirou. – Olha, está tudo sujo de roxo, deve ser porque o sangue do bicho é roxo… ou será que é veneno? L-Len! Ai, Len, está borbulhando! Eu que não vou limpar isso daí! Que bagunça! – olhou com desgosto para o armário branco que não tinha uma manchinha sequer.

– Eu mesmo limpo, meu amor. – ele sorriu.

Afinal, Len já fizera de tudo pela mulher. Já enxotara um mendigo ensopado e cheio de formigas que entrara pela janela; já expulsara do armário de Rin um ninho de aranhas com todas as cores do arco-íris; já conversara educadamente com alguns marimbondos que tinham asas de borboletas; já matara até mesmo um psicopata macabro e nu, que não parava de sorrir e tinha dentes de vampiro. Uma barata gigante de sangue roxo não seria problema nenhum.

Rin era o amor da vida de Len; Len era o amor da vida de Rin, desde crianças. As alucinações passaram a fazer parte da vida Rin algum tempo depois dos dois descobrirem sua paixão recíproca, e então, já era tarde demais para voltar atrás nela.

– Deixa quieto… pode ser que amanhã já tenha sumido.

– Mas você acha mesmo que sumiria assim tão fácil?

Rin olhou para baixo, seus olhos cheios de lágrimas, nariz vermelho, prestes a chorar.

– S-Sumiria sim… – balbuciou.

– Tem razão, meu amor. – Len apressou-se em corrigir-se, correndo para o lado de Rin e lhe acariciando as laterais do corpo, trazendo-a para mais perto e viajando com as mãos até as suas costas, confortando-a. – Com certeza, vai sumir.

Rin passou um dedinho tímido pelo seu olho molhado, limpando algum vestígio de uma lágrima. Len achou aquele ato extremamente fofo.

Vasculhando a memória, ele podia perceber o quanto as coisas haviam mudado.

Ah, tudo começou naquele dia…


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Notas finais do capítulo

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