Cependant, Je t'aime escrita por Dreaming Girl


Capítulo 3
Sentiment Étrange


Notas iniciais do capítulo

Yoo~ gente ^^
Bem, esse saiu rapidinho, to tendo q postar de novo por causa q n foi da primeira vez :v Mesmo assim aí está ♥
O quarto capítulo já está quase pronto, mas estou escrevendo o quinto para postar aquele :3
Aproveitem~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/666096/chapter/3

Marinette passara o domingo todo pensando em sua atitude com Adrien na festa de máscaras. Ela já havia o beijado antes, mas parecia totalmente diferente, afinal, da primeira vez ela nem sabia quem era Chat Noir e também havia um propósito, já na segunda...

Foi por impulso?

Ela e Tikki discutiram esse assunto por horas e horas, até que Mari decidiu que ainda não estava na hora dele saber.

Se descobrisse que a corajosa Ladybug não passava daquela menina que nunca conseguia pronunciar uma mísera frase ele, com certeza a recusaria. Ao menos, era o que ela pensava.

Já para Adrien, a noite de sábado e o dia todo de domingo foram dedicados a pensar no que acontecera. Sua amada havia lhe beijado, um simples selar de lábios, mas um beijo. O beijo que esperara por meses... Por que assim do nada?

Ladybug disse que agora ficaria ainda mais óbvio para ele quem ela era, mas ele simplesmente não conseguia imaginar quem seria.

7 bilhões de pessoas no mundo, poderia cortar as pessoas muito novas, as muito velhas, os homens, os estrangeiros e poderia restar-lhe apenas as garotas de Paris de 12 à 19 anos...

Se ela disse que seria óbvio, então ele também poderia deixar apenas as garotas parisienses de 12 a 19 anos que ele conhece.

Arg, aquilo o irritava. Ele sempre odiou charadas, pessoalmente não sabia como Ladybug era tão boa com seu Lucky Charm, ele provavelmente já teria pirado.

Com esses pensamentos infinitos, ambos os heróis se deitam e dormiram, um com mais facilidade que o outro. Chat não foi procurar Ladybug. Marinette não foi atras de Adrien.

Nenhum deles sabia o que fazer.

∞∞∞

A garota havia acordado cedo naquela manhã. Claro que havia o fato que ela fora dormir cedo, mas não havia conseguido dormir direito, além de estar um tanto ansiosa. Ela queria ver Adrien, queria para lembrar-se do rápido selar de lábios. Queria se certificar de que aquilo não fora apenas um sonho.

O dia estava bem frio, por início de fevereiro era praticamente impossível sair de casa pela manhã sem estar com casacos e cachecóis. Ela colocou um suéter branco que ela mesmo havia bordado com um gato preto, luvas de frio pretas que pegavam até metade dos dedos, calças jeans azuis claras e suas botinhas felpudas.

Quando chegou na escola, Alya logo veio a seu encontro. Com seu casaco vermelho, cachecol deslumbrante e cheia de curiosidade, perguntou para onde Mari havia ido, afinal, elas apenas se viram no começo da festa, antes de entrarem, e depois ela simplesmente sumiu.

Mari deu algumas desculpas aleatórias, como que estava muito escuro para vê-la, e que tinha acontecido algo em sua casa e precisava voltar. Alya ficou preocupada com a mentira de Mari, afinal, ela praticamente fazia parte da família, mas logo outra desculpa de que agora estava tudo bem encobriu a preocupação da amiga.

Quando viu o menino de cabelos loiros conversando com Nino, seu rosto ficou inteiramente vermelho. Encarar os lábios vermelhos de frio que se moviam em palavras aleatórias e sorrisos de dentes brancos a fez se lembrar.

Aquilo realmente não foi um sonho.

— Ah, bom dia Alya, Marinette — Nino falou, com um moletom preto, jeans azul e um sorriso enquanto dirigia o olhar para a morena.

— O-oi Nino! — Alya exclamou com um sorriso ainda maior e as bochechas um tanto coradas. Mari e Adrien se entreolharam, algo estava estranho ali, e eles meio que já sabiam o que era. Os dois morenos começaram a conversar e andar juntos até a sala de aula, deixando os salvadores de Paris a sós.

— Bom dia Marinette — Adrien falou com um sorriso. Ele vestia um casaco longo preto, jeans azuis claros, seus típicos all stars alaranjados e o cachecol que ganhara de Marinette. Mesmo que, de acordo com ele, ela não havia sido avistada na festa, ainda se lembrava da conversa confortável que tiveram em seu quarto.

— B-bom dia, q-quer dizer, ótimo dia! — ah não, Mari estava se perdendo novamente nas palavras e aquilo entristeceu Adrien, mas como Nino estava com Alya, não lhe restou outra alternativa se não tentar trazer a Marinette de sexta de volta.

— Então, como foi o fim de semana? — tentou perguntar, enquanto ambos andavam para a escadaria. — Não me lembro de tê-la visto na festa...

Ah, claro, afinal, ela era apenas Marinette, não Ladybug. Ela odiava admitir, mas talvez Adrien nunca fosse gostar de Mari como gosta de sua Lady. Ao perceber que gaguejar como se fosse realmente ela quem havia beijado seu amado era idiotice, ela apenas tentou ser ela mesma. Apenas tentou ser... Ladybug?

— Ah, foi um bom fim de semana, ajudei meus pais com a confeitaria e desenhei bastante — depois que seu "botão de foda-se" estivesse ligado, ela não voltaria atrás. — E eu estava lá, acho que você apenas não me viu.

Na cabeça de Adrien aquilo era realmente uma possibilidade, afinal o local era demasiado escuro para que pessoas fossem facilmente reconhecidas.

A expressão no rosto da garota não era das melhores, mas o loiro tentou ignorar aquilo, devia estar apenas imaginando coisas. Afinal, nem sequer a conhecia. — Ah, uma pena, queria ter visto seu vestido — ele pegou na mão direita dela e a trazendo para perto do rosto, deixando a menina totalmente sem graça. — Você costurou sozinha mesmo...

Ele apenas queria ver se tinha machucados... Marinette pensou, ainda tomada pela vergonha. Como ela pode tentar esquecer um amor platônico se o garoto não contribuía?

— Bem, sim, ele ficou meio simples mas... — quando estava acabando de falar, logo foi empurrada para o lado por uma certa loira que muito a irritava.

— Bom dia Adrien! — Chloe exclamou se jogando nos braços do modelo. Como estavam na escadaria, Marinette teve que se segurar no corrimão para que não caísse. — Você estava lindo como sempre na festa!

— Obrigado Chloe, mas, como sabe quem era eu? — perguntou tentando se afastar.

Quando Ladybug foi embora, Adrien apenas ficou na parte de fora do observatório, olhando para a cidade e pensando onde sua amada estava. Demorou muito tempo até que voltasse com todos e não se lembrava de ver Chloe. Ele até tinha pensado em segui-la, mas Plag não tinha mais forças para transformar e, mesmo que desde a ele seu amado queijo, não conseguiria mais alcançá-la.

— Como poderia confundir-me? — gabou-se. — Seus passos leves, seu sorriso encantador, quem mais seria?

Marinette se corroeu um pouco internamente, mas apenas virou-se de costas para a cena e seguiu seu caminho para a sala de aula, deixando os loiros na escadaria.

Ela sabia que Adrien não lhe pertencia, nem o coração dele, nem um pequeno espaço em seus pensamentos. Ela sabia que ele amava Ladybug, quem ela talvez nunca fosse capaz de ser, ao menos, não sem a máscara.

Claro, ela se sentia livre como Ladybug, era a máscara que permitia que a verdade fosse vista. Isso era um pensamento um tanto quanto paradoxal já que as mascaras foram feitas para encobrir as identidades, mas era apenas a verdade.

Quando chegou em seu lugar de sempre, viu que Alya continuava a conversar com Nino (que estava virado para trás, para poder ver a garota). Logo o restante dos alunos foi adentrando a sala, o sinal tocou e a professora entrou na sala também, com um sorriso no rosto.

— Bom dia classe — todos murmuraram uma resposta sonolenta.— Bem, como foram avisados na sexta-feira, quero ter o prazer de apresentar-lhes a mais nova aluna da classe.

Marinette paralisou. A professora realmente havia avisado algo assim? Ela estava completamente perdida e nem conseguiu tempo o suficiente para pensar antes que uma menina de pele levemente bronzeada, cabelos castanhos escuros com uma madeixa loira na franja comprida, olhos castanhos e um belo sorriso adentrasse a sala. A professora fez um sinal para que ela se apresentasse, respirou fundo assim o fez.

— Oi gente, bem, meu nome é Rachel Duarte de Moraes, eu venho de uma cidade média no sul do Brasil e estou um ano adiantada na escola. Se quiserem falar comigo é só me procurarem na hora do intervalo — ela sorri novamente.

— Certo, Rachel, aquela é Marinette — a professora falou, apontando para a mesma. — Ela é presidente da sala e irá lhe mostrar a escola, certo, Marinette?

A garota de olhos celestes estava completamente paralisada. Então quer dizer que além de ser avisada ela também concordara em levar a menina pela escola e nem se lembrava disso? Onde sua cabeça estava em concordar coisas e se esquecer? Isso não era de seu feito.

Ela concordou com a cabeça e tentou abrir um sorriso amigável. A garota foi mandada para o local ao lado de Nathanael, duas mesas para trás da heroína.

Aquela era a ultima semana antes das provas, e seria usada como semana de revisão. Felizmente, para Marinette, ela não se importaria muito em não prestar atenção. Mesmo que não parecesse, a garota sempre estava revisando suas matérias em casa, afinal, ela sempre soube que uma vida de heroína não seria fácil.

As aulas se passaram lentamente, os pensamentos de nossos heróis estavam um tanto parecidos um com o outro. Ambos pensavam no beijo de sábado, mas apenas a bela joaninha pensava nas consequências de seus atos.

Ela pensou se deveria passar para ver Adrien em formato de Ladybug já que ele tinha aquela tarde de folga, mas também imaginou que não seria uma boa ideia. Ela estava totalmente perdida. Talvez esquecer dele fosse a melhor opção, mas ela não podia deixar de se lembrar que não teria nenhum dos dois meninos por quem estava apaixonada.

Sim, ela gostava de Chat, não tanto quanto de Adrien, mas ainda assim...

Ela se lembrou por um segundo, a verdadeira personalidade de Adrien na verdade era Chat Noir, e se ela não o amava como seu gato preto, ela não poderia amá-lo de verdade.

Ela se sentiu tão inútil por nunca ter percebido. O único momento em que ela os achou parecido havia sido na sexta passada, quando encarou os olhos esmeraldas de seu amado, sentindo-o como uma outra pessoa.

Teria Adrien se sentido assim também? Será que ele já sabia?!

Não, impossível, caso contrário ele teria comentado algo. Marinette conhecia seu gato de rua.

Sem que prestasse atenção nas primeiras aulas, o intervalo chegou. Quando o sinal tocou, metade dos estudantes estavam cercando a garota nova.

Ela e Juleka trocavam elogios sobre o cabelo, Nino perguntava como eram as musicas de sua nacionalidade, Alix perguntava se ela era boa em algum esporte e até mesmo Chloe tentou puxá-la para que fosse sua escrava, o que não deu muito certo.

— Rachel? — perguntou se aproximando dela.

— Ah, oi! Marinette, certo? — perguntou com um sorriso. A de cabelos negros fez que sim com a cabeça e então ela logo se despediu de todos, dizendo que depois responderia o que lhe perguntavam. Saímos da sala de aula. — Então, Mari, pra onde vamos?

— Bem, primeiro na biblioteca — ela afirmou. Elas começaram a andar, ambas em silêncio. Marinette parou para prestar atenção nas roupas da menina, um moletom azul escuro do Gato de Cheshire, jeans pretos, all stars azuis, luvas pretas de lã com um desenho de uma ovelhinha com os dedos à mostra, um echarpe preta e um cordão preto com uma pedra branca, como se tivesse sido "pescada". Mari riu sozinha com o pensamento.

— O que foi? — Rach perguntou inclinando a cabeça.

— Não é nada, gostei do seu colar, e das luvas — respondeu sorrindo.

— Obrigada, eu que desenhei... Não o colar, as luvas — sorriu.

— Você desenha?

— Bastante, digamos que é uma das poucas coisas que eu faço direito, mas você também, gostei das costuras do seu cachecol!

— Ah, isso — falou virando a barra e mostrando pra ela certinho — minha assinatura.

— Você costura?!

— E desenho também...

— Que legal, queria saber costurar... Sei um pouco de tricô e crochê, mas ainda não domino muito bem...

As duas começaram a conversar bastante. Marinette estava feliz de finalmente achar alguém com o mesmo interesse que ela... Além de Nathanael é claro, mas ele não conseguia dirigir uma palavra para a menina.

Depois de mostrar toda a escola para Rachel, a morena foi atingida por mais perguntas sobre seu país e sua fluência em uma língua um tanto diferente. Rachel era fluente em inglês, mas sempre amou a língua francesa, começou a aprender em pouco tempo, mas já falava muito bem.

Como Marinette já havia passado seu número para a nova amiga, ela foi se sentar em um banco meio longe de todos. Sempre que havia um aluno novo isso acontecia, ela se lembrava como se fosse ontem o primeiro dia de Adrien na escola pública, ele parecia tímido nesse dia, mas se soltou logo em seguida.

Ela pensou em seus cabelos loiros, em seus olhos verdes, se perguntando novamente como nunca percebera que sua paixão sempre fora na verdade seu parceiro contra o crime. Pensando infinitamente naquilo, uma mão com um anel prateado passou em frente ao seu rosto, fazendo ela pular de susto no banco.

— Tudo bem, Marinette? — ele perguntou. Ela ficou extremamente vermelha, um hábito que (mesmo sabendo que já conhecia aquele menino melhor que qualquer um) nunca desapareceria. O pensamento de não conseguir amar Adrien de verdade se passou novamente pela sua cabeça, fazendo-a soltar um olhar triste, mas que não abalou seu sorriso.

— Claro Adrien, por que? — ele se sentou ao lado dela e apontou com a cabeça para Nino e Alya, que conversavam animadamente com a nova garota.

— Parece que fomos meio trocado — falou com ironia. Ele sabia que Alya nunca trocaria Marinette, assim como Nino nunca poderia troca-lo.

— Você quis dizer um pelo outro, né? — ela respondeu. — Nino e Alya nunca mais vão se desgrudar, tenho certeza que aconteceu alguma coisa na festa, pelo menos ainda temos um ao outro... — ela falou sem querer, só depois percebendo o peso de suas palavras. — Q-quer dizer, c-como amigos, claro, já que você não gosta de mim desse jeito e... Ah, você entendeu.

Adrien começou a rir da confusão da garota. Ele queria tanto que ela tivesse sempre sido natural assim com ele, talvez ele se apaixonasse mais cedo...

Espera, o que acabara de pensar? Por um segundo imaginou-se apaixonado por Marinette?

Seu rosto ficou completamente vermelho pelo pensamento. Ele tinha que admitir que a menina as vezes dava algumas aparições aleatórias em seus pensamentos, com seus sorrisos dirigidos à Alya, com sua coragem para defender os mais fracos, com seus lindos olhos azuis...

Adrien, se controle, você ama Ladybug, não Marinette, não pode brincar com os sentimentos dos outros assim! Ele dizia para si mesmo, até perceber que Mari o encarava com as sobrancelhas arqueadas.

Ele ficou um pouco mais vermelho, havia com certeza sido visto surtando consigo mesmo. Salvo pelo gongo, o sinal do quarto período soou, fazendo ambos apenas sorrirem um para o outro e subirem até a sala sem dizer mais nada.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^
Obrigada por todos os comentários e apoios que vocês deixaram, Kissus de paçocaa



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cependant, Je t'aime" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.