Cependant, Je t'aime escrita por Dreaming Girl


Capítulo 10
Pensées Confuses


Notas iniciais do capítulo

Gente, vocês vão perceber que eu vou começar a focar um pouco na Rach, mas é pq se eu não me focar nela a fanfic n vai andar, okay? Tipo, se ficar enjoativo ou algo do gênero você me avisem, pode ser por MP ou aq nos comentarios mesmo, juro que não vou ser akumatizada kkkk
Sem mais delongas, boa leitura ♥



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Rachel estava esparramada em sua cama, encarando o teto com os cabelos para cima e o despertador de seu celular tocando ao seu lado.

Ela estava pensativa.

Havia passado toda sua noite criando planos sobre todos os tipos de eventos possíveis, o amor, o ódio, a luta, a saudade.

Ela respirou fundo e encarou o gato alaranjado deitado em cima de sua barriga, cutucando o rosto dele. — Smile, acorda, eu preciso me trocar.

O gato a encarou sonolento. Ele odiava, mais do que ela, ser acordado, mas sabia por anos e anos de experiência que, no momento em que aquele aparelho infeliz soava, não haveria escolha a não ser sair de cima dela.

De toda forma, Rachel havia passado a noite em claro. Ela fazia muito isso na verdade e, por isso, possuía olheiras, no entanto, ela não tinha insônia ou nada do gênero.

Apenas pensava que as noites, com todas aquelas estrelas e aquele ar frio e confortável, foram feitas para serem pensadas, enquanto os dias, com bastante luz e movimento, para colocar os pensamentos em prática.

Desligou, finalmente, o irritante som de fliperama que saía do celular, massageando as têmporas. Ela estava com sono. Bezzé, que dormia meio amontoado no meio dos ursos de pelúcia, se levantou coçando os olhos.

Ele usava uma camiseta bem pequena, uma amiga de Rachel adorava costurar roupas para seus kwamis, então ele possuía várias, mesmo que só usasse vez ou outra.

— Bom dia Rach — ele falou se aproximando e caindo em seu ombro.

— Bom dia — ela coçou a parte de trás da orelha dele, fazendo seu conforto aumentar. Mesmo que sempre discutissem, a amizade entre os dois era plena nesses breves momentos de afeto. Smile miou, com ciúmes, esperando ela fazer carinho em seu queixo como sempre. — Bom dia pra você também.

Mesmo com preguiça, ela se levantou. Cambaleou até o banheiro onde fez sua higiene pessoal e então voltou apara o quarto.

Pequeno, mas não tanto. Uma cama de solteiro na parede com um criado mudo do lado, em cima dele um abajur azul e seu celular. Alguns desenhos e fotos estavam espalhados, colados tanto com fita crepe, presos ao seu mural ou nos porta retratos. Fotos dela com seus amigos, se lembrou como ambos eram talentosos, como queria que eles estivessem ali, mas sabia que logo estariam.

Sua escrivaninha de madeira escura, sua cadeira azul, seu notebook, seus apetrechos de desenho, tudo em uma harmonia perfeita, era a área mais arrumada de seu quarto. As paredes pintadas de azul, as luzes de natal brancas para uma iluminação divertida, sua estante de livros, seus bichos de pelúcia, sua cortina branca de seda e os adesivos para ver no escuro colados pelas paredes.

Pegou roupas quentes em seu armário e pôs a se trocar, logo ouvindo o barulho dos saltos da mãe pelo piso. — Dia, mãe! — gritou em sua língua nativa.

— Estou saindo, tem café na mesa — gritou de volta da mesma forma, e então o estalo da porta foi ouvido. Hellen estava sempre ocupada.

A morena olhou para seu kwami, que dormia em cima de seu gato e deu um sorrisinho, puxando suas orelhas fofas e recebendo um resmungar como resposta. Ela acabou de se trocar, jeans, coturnos, touca, moletom grande, suas luvas prediletas e seu Miraculous, a pedra branca em seu colar.

Andou para a cozinha que não ficava muito longe do quarto, fez para si uma caneca com bastante café, açúcar e bem pouco leite, colocou uma maçã em sua bolsa, ração para Smile e partiu de sua casa, andando até a escola.

Seu celular vibrou e ela sorriu. A mensagem estava em inglês.

[G: está tudo pronto aq, já arranjei as passagens (/*o*)/

R: Finalmente, mds, qnd vc chega?

G: semana q vem, me aguarde!]

Ela riu, seu plano estava dando certo, uma pessoa já estava confirmada.

— Me parece feliz — Bezzé falou, sem abrir a bolsa da menina.

— E eu estou, acho que vai dar certo! — exclamou.

— Bem, não saberemos se não tentarmos.

— Apenas tenho a concordar — respondeu, como sempre, sorrindo.

∞∞∞

Adrien chegou à escola totalmente pensativo.

O que Ladybug teria falado antes da interrupção? Marinette estaria o odiando no momento? Como conversaria com ela depois do que fez na tarde passada? Estava com vergonha de si mesmo por deixar seu lado galante e atirado falar mais alto.

De toda forma, ainda era cedo. Sua agenda do dia estava abarrotada de sessões de fotos e treinos de passarela, aquilo o irritava, mas não havia nada que pudesse fazer, ao menos seria uma tarde com Rachel.

Por falar na morena, ela se aproximou dele, com os lábios vermelhos e dentes batendo, ainda não estava acostumada com o frio no "verão". — Dia, Adri!

— Bom dia — ele a cumprimentou por educação. Não é como se não gostasse a garota, é apenas que precisava pensar e não encontrava tempo para isso.

— Nossa, você está horrível — ela declarou rindo. — O que fez para estar neste estado deplorável?

Rachel gostava de palavras difíceis, as considerava mais potentes e fortes do que certas armas de fogo. O estrago de tiros era superficial, mas as palavras afetavam o psicológico, destruindo de dentro para fora.

Ao menos, era nisso que acreditava.

— Muito obrigado pelo elogio — revirou os olhos verdes.

— Eai, Marinette ou Ladybug? — ela perguntou rindo.

— As duas! — reclamou. — Marinette era toda tímida, achei que ela me odiava, mas ela responde à tudo que eu faço como se quisesse aquilo. Ladybug começou a sentir ciúmes de Chat com a Mari, talvez? Eu não sei, está tão confuso, garotas são confusas!

— Pobre gatinho, saiba que sei como conquistar uma garota, sou dessa espécie afinal — ironizou.

— Isso não seria um pouco...?

— Ah, Adrien, você não está no nível de auto-controle para recusar minha ajuda — ela mostrou a língua, estava se achando por algo, era Génisse, ele percebeu.

— Certo, como pretende me ajudar?

— Sabe que vou assistir seu Photoshoot com a empresa da minha mãe hoje, né? — ele fez que sim. — Te explico lá.

Alya e Nino chegaram. — Eai, como está a Marinette? — Alya perguntou desconfiada. Mesmo gostando da garota, ficava meio desconfortável ao ver a proximidade dos dois.

— Adrien é quem sabe — Rachel respondeu rindo e dando uma leve cotovelada no braço do amigo. — Ele ficou com ela depois que eu saí.

Adri não pôde deixar de notar o sorriso malicioso nos lábios da brasileira, ela provavelmente queria explicações também. Ele corou e, nesse momento, a morena percebeu que a estrangeira não seria uma ameaça, logo se soltando e sorrindo um pouco.

— Nossa Adrien, pela sua cara algo muito bom aconteceu, não é? — Nino perguntou malicioso, logo recebendo um olhar de repreensão de Alya. — O que foi?

— D-de qualquer jeito, a aula já vai começar, vamos logo — o loirinho implicou, empurrando os outros para que subissem as escadas. Quando percebeu uma certa distância entre ele e o grupo, se virou para o outro lado e andou até o bebedouro.

— A tarde de ontem foi boa, não é mesmo? — Plagg perguntou, saindo de seu casaco. Adrien soltou uma risada irônica e começou a beber água.

Escutou barulho de passos rápidos atrás dele, soltou um sorrisinho. Plagg voltou para o bolso do casaco, enquanto Adrien se virava e segurava na cintura do indivíduo, de olhos fechado.

— Atrasada, princesa? — Ele abriu os olhos e, no lugar das maria-chiquinhas negras, ele viu cabelos vermelhos extravagantes.

— Adrien?! — Nathanael exclamou se soltando dele.

— Meu Deus — ele foi para trás com o susto. — Achei que era a Marinette!

— Acho que você tem que começar a virar de olhos abertos — o ruivo estava vermelho e revirou os olhos azuis, voltando a correr escada acima.

Plagg começou a rir muito alto dentro da jaqueta preta. — Parece que aquele ruivinho é sua princesinha, não  é mesmo? Bem que ele se parece com a Ariel.

— Vá se fuder, Plagg — os olhos verdes foram revirados e o rumo de seus paços se deram para a escada. Ele ficou pensando onde Mari poderia estar e como tinha errado em abraçar Nathanael por trás.

Ainda não acreditava na burrada que tinha feito, agradeceu mentalmente por Rachel não ter visto o que aconteceu, ela o zoaria para o resto da eternidade.

Subiu para a sala de aula, se sentando ao lado de Nino. Subiu o olhar para a cadeira da Mari, depois para Rachel e por fim para Nathanael, Deus, aquela foi a maior burrada de sua vida. O menino ainda estava vermelho, apenas não sabia se era de raiva ou vergonha.

Primeiro horário se passou, o segundo, o primeiro intervalo, nada de Marinette.

Adrien considerou que ela passaria o dia em casa, para continuar a recuperação, mas foi surpreendido quando a garota adentrou a sala de aula correndo e ofegante no começo do terceiro período. Ela estava com um cachecol, o que o fez sorrir levemente e se avermelhar, ao lembrar-se da marca que havia deixado.

Havia sido sem querer, mas estava muito feliz por perceber que havia algo nela que a faria se lembrar da tarde anterior. Certo, ele realmente a amava.

Ela foi repreendida pela professora e logo se sentou em seu lugar, retirando seus materiais e os colocando em cima da mesa.

Alguns lugares para trás, a estrangeira estava com o celular apoiado em seu estojo e o rosto em seu braço esquerdo, enquanto digitava uma mensagem para pessoas que ninguém lá conhecia, se pondo a dormir alguns minutos depois.

Segundo intervalo, Marinette estava rodeada de pessoas perguntando a ela como estava. Todos já sabiam que ela estivera doente no dia anterior ou desconfiavam disso, afinal, Mari poderia acordar faltando apenas dois horários para as aulas acabarem e viria para a escola da mesma forma.

Adrien, que sentava na sua frente, segurava a mão dela por de baixo da mesa e a encarava com o queixo apoiado na mesa da menina.

Todos a enchiam de perguntas, mas o loiro apenas mexeu os lábios com um "bom dia", sendo respondido com um sorriso.

Quinto período, sexto período, fim da aula. Adrien estava na frente da escola, conversando com Rachel e esperando, juntos, o carro que os levaria para o dia de negócios.

A empresa iria almoçar junta e o loiro decidiu ir também, para que a sessão de fotos não demorasse tanto e, se tudo desse certo, visitaria Marinette naquela noite.

Ele conversava com a brasileira, mas na verdade sua mente estava nas nuvens. Se perguntou como estava tão apaixonado em tão pouco tempo, e pôs-se a pensar quando aquilo começou.

Pensou no dia do incidente do gamer, quando suas mãos se tocaram e a vergonha bateu. No seu peito aquecido quando ela lhe entregou a pulseira que guardava de baixo de seu travesseiro, em quando lhe salvou como Chat Noir, a preocupação evidente ao perguntar sobre sua verdadeira identidade, o sorriso em seus lábios ao saber que estava tudo bem.

Também se lembrou de quando tentara juntar Marinette com Nino, o quão babaca havia sido de não perceber o quão ela fazia bem para ele. Lembrou de quando pronunciou levemente as palavras "Eu te amo, Marinette", e no que aconteceria se seu amigo tivesse realmente arranjado coragem para dizer-lhe isso. Um alívio percorreu seu corpo e ele sentiu alguém segurar em seu pulso, o trazendo para a realidade.

Era Marinette, com seu rosto vermelho e olhos brilhantes. Ele suspirou, pensando em ter os lábios dela para ele, em morder seu pescoço coberto pelo cachecol e pensando em suas belas pernas. Como era linda.

Ele sentiu uma dor na parte de trás de sua cabeça. — Adrien, acorda — Rachel falou irritada. Ela havia lhe dado um tapa.

— R-Rachel, não precisava... — Mari tentou falar, mas logo foi interrompida.

— Precisava sim, esse garoto está com a cabeça na lua desde que as aulas começaram, há possibilidade dele ter dormido mais do que eu!

— R-Rach... — o loiro tentou enquanto se avermelhava.

— Ande logo, príncipe encantado, antes que sua carruagem chegue — ela ironizou e foi falar com Nathanael. Ela começou a rir, provavelmente ele tinha contado a ela sobre o incidente da manhã, seria definitivamente zoado.

— Adrien, está me ouvindo? — Marinette perguntou. Os pensamentos do louro se voltaram novamente para ela, se irritando consigo mesmo.

— Desculpe, pode repetir? — ele perguntou vermelho.

— Adrien, é sério, eu preciso conversar com você — as mãos dela desceram da barra da manga do casaco para as mãos cobertas do loiro, fazendo o rosto dele se avermelhar. — em particular.

— M-Mari... — ele gaguejou. Ah Deus, o que estava fazendo? A menina se avermelhou um pouco pelo apelido, o que não foi levado em conta, já que o rosto já estava vermelho pelo frio. A buzina de sua limusine  foi ouvida. Rachel virou o olhar para ele, entrando no carro e mandando que se apressasse. — Eu tenho que ir agora, tenho sessão de fotos, pode ser amanhã?

A menina ia protestar, ela contaria algo importante, mas não daria certo, não agora. Ela apenas afirmou com a cabeça, mostrando um olhar triste e soltando a mão dele.

Aquele olhar acabou com o loiro, ele não queria que ela ficasse assim. Em um movimento rápido, ele segurou em seus ombros, lhe deu um selinho rápido e a abraçou, saindo para o carro logo depois.

Ela ficou paralisada. Percebeu que mais da metade das pessoas do pátio a encaravam enquanto suas bochechas ficavam ainda mais vermelhas. Ela arrumou a bolsa em seu ombro e saiu correndo para a sua casa.

 


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Notas finais do capítulo

Eai, gostaram? Arranjei uma "leitora beta" (me sinto tão importante kkkkk /desvia da pedra), então é possivel que haja beeeem menos erros do que nos ultimos capítulos~ Kissus de paçocaaa