Cependant, Je t'aime escrita por Dreaming Girl


Capítulo 1
5 Jours


Notas iniciais do capítulo

O-oe pessoal~~ Bem, os casais principais (do quadrado amoroso) serão Adrinette e AdriBug (é assim? .-.), sim, eu amo MariChat Ladynoir, mas quis pegar os que as pessoas menos usam ^^

Esse é o primeiro capítulo da Two-shots, espero que aproveitem ♥

Kissus de paçocaa ^^



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Aquela semana havia sido completamente entediante para Marinette. Adrien havia sumido por todos aqueles quatro dias e tudo indicava que ele não iria aparecer neste quinto também. Além das preocupações básicas e melodramáticas da nossa heroína, Chat Noir também está desaparecido.

Mas, como nossa linda joaninha sempre possui a sorte ao seu lado, nenhuma akuma havia sido implantada desde o sumiço de seu gato preto. Caso contrário, mesmo sendo a heroína mais forte de toda Paris, ela não poderia fazer o trabalho de uma dupla estando como uma pessoa só. De toda forma, Marinette ainda se recusava a pensar em algo que não fosse seu belo modelo de cabelos cor de ouro.

— Nino — Alya cutuca o garoto à frente. —, onde está Adrien?

— Eu não sei — ele declara dando de ombros. Marinette se roeu internamente, afinal, foi ela quem pedira à sua melhor amiga para perguntar ao moreno. — Ele simplesmente sumiu sem deixar pistas... Outra vez. Deve apenas estar doente em casa...

— M-mas já fazem cinco dias! — nossa heroína se pronuncia. — Se ele estivesse em casa, teria te atendido... Não é?

Ele revirou os olhos, se pronunciando novamente: — Se está tão curiosa, Marinette — ele virou o olhar para ela. —, por que não vai na casa dele?

Ela ficou vermelha só de pensar. Marinette? Na casa de Adrien? Venhamos e convenhamos, já sabemos o que sairia da boca da nossa joaninha se ela tentasse ter uma conversa com ele. Seria definitivamente como no dia da mensagem de voz, mas a diferença é que sua fala não poderia ser apagada com em tal momento, assim como não poderia rebobiná-la como Alix um dia pôde.

— Não, não, não — ela diz abanando as mãos em frente ao rosto. — eu não poderia, nem sou tão amiga dele, ele definitivamente se sentiria desconfortável.

— Bem, se acha isso... — o moreno estava prestes a acabar a frase quando...

— Nós podemos ir com você! — Alya cortou Nino e mandou-o um olhar ameaçador para que concordasse. Ele engoliu em seco enquanto encarava aquele par de frios olhos castanhos.

— Sério? — Marinette perguntou com seus olhos azuis cintilando como safiras. Nino revirou os olhos e deu de ombros, concordando com a cabeça. Afinal, Alya consegue ser realmente assustadora quando quer.

Juleka entrou na sala de aula com um sorriso um tanto maior que o normal, parecendo muito feliz se assim poderíamos dizer, já que essa emo não pretendia demonstrar muitos sentimentos. Ela andou até as primeiras mesas da sala, entregando os convites pretos e roxos para os três amigos.

Marinette o observou, percebendo que se tratava de seu aniversário. Aquela letra cursiva em roxo dava as informações necessárias, como o local, telefone de contato e sua principal informação, uma festa de máscaras. — Bom dia, Juleka — a heroína disse com um sorriso. A menina de cabelos coloridos sorriu de volta e fez que sim com a cabeça.

— Bom dia... — seu sorriso era pequeno, no entanto, notável. Ela pegou mais um convite do pequeno bolo de cartas em sua mão e o entregou para o moreno. — Nino, pode dá-lo para Adrien?

Ele o pegou de suas mãos esmaltadas de preto e soltou um sorriso, o guardando na bolsa. — Posso tentar — Juleka pareceu ficar ainda mais feliz e se dirigiu ao seu lugar no fundo da sala.

Marinette encarou o convite novamente, imaginando como Juleka conseguira alugar o posto de observação mais conhecido de Paris, a Torre Eiffel, para sua festa.

A professora entrou na sala, seguida de outros alunos atrasados e da sessão de murmúrios. Em todo caso, a cabeça da nossa querida joaninha estava em outra galáxia, esboçando vestidos que combinassem com sua máscara vermelha há muito tempo não utilizada e pensando em assuntos totalmente distantes da aula. Onde Adrien estava? Por que Chat Noir havia sumido esses últimos tempos? Será que ambos estavam bem?

Com esse pensamento infinito, ela buscou continuar a desenhar. Mesmo que a festa fosse logo no dia seguinte, sua experiência indicava que poderia costurar seu vestido antes do amanhecer, além disso, sua mesada não poderia alugar um vestido, apenas comprar o tecido necessário.

Antes que ela percebesse, a aula acabou. Inúmeros esboços de vestidos de gala haviam sido feitos e, finalmente, um havia a agradado. Ele era simples e clássico, porém, com um pequeno detalhe de Marinette. Em um belo vermelho, até os pés, sem mangas nem decotes. Uma gola feita em marrom como na roupa da Ladybug foi acrescentada, assim como luvas longas da mesma cor. Como o vestido era aberto acima da coxa, uma camada marrom também estava em baixo do vestido, permitindo que ele não ficasse vulgar, e saltos vermelhos não muito altos.

Seria rápido de se fazer e não usaria tantos tipos de tecidos e tules, então era o vestido perfeito. Satisfeita com o resultado, ela guardou seu caderno de desenhos na bolsa e andou até os amigos que estavam na porta conversando.

Seguindo para fora da escola, Alya tocou no assunto que Marinette não havia parado de se perguntar desde que aquela semana começara, onde estava Chat Noir. Aparentemente, a amiga não fazia a mínima ideia, mas teorizava o máximo possível junto com o moreno, enquanto nossa heroína apenas observava sem falar nada.

Andaram vários quarteirões e chegaram à casa de Adrien. O garoto tocou a campainha e aquela dita como maldita câmera pulou de dentro da parede, assustando Marinette como na primeira vez que esteve ali. O moreno começou a falar que queriam ver Adrien, mas a secretaria do outro lado insistia em dizer que não podiam entrar.

— Chame-o aqui, por favor — Marinette insistiu. Percebendo a voz da secretaria paralisar e sentiu uma aura ruim, como se Nathalie se sentisse culpada por algo.

— Você, de olhos azuis — ela disse. — Entre só você.

A de cabelos negros estremeceu e olhou para os dois. Nino passou a tirar o convite de dentro da bolsa e o deu nas mãos da menina, enquanto Alya sorria e a empurrava para dentro do portão, que se fechou em seguida.

Ela engoliu em seco e andou lentamente até a porta da casa, abrindo com vergonha. Observou atentamente como aquela casa era grande, a escadaria braça, os quartos visíveis e o tamanho do hall, também a fez pensar em como sua casa era pequena comparada com aquela e que não poderia dar passos errados dentro daquele lugar.

Ouvindo a secretária limpar a garganta ao seu lado, um pulo de susto escapuliu de seus instintos a fazendo ficar com ainda mais envergonha. — Senhorita Marinette, certo? — ela fez que sim com a cabeça. — Siga-me, tenho algo a falar com você.

∞∞∞

— O-o que você quer comigo? — Marinette disse assim que entrou no escritório.

— Você se lembra, há algumas semanas, no aniversário de Adrien? — perguntou com um pouco de receio. Afirmou com a cabeça. — Bem, nesse dia você veio aqui disposta a dar seu presente a ele, mas eu joguei fora sua assinatura e o dei em nome do pai de Adrien e, como ele não reclamou com o pai sobre isso, acredito que não tenha dito a verdade a ele.

— É que... ele parecia tão feliz de receber um presente do pai, não pude dizer a verdade — a garota de olhos celestes abriu um sorriso meio forçado, afinal de contas, onde ela queria chegar?

—Bem, você salvou meu emprego por não ter dito a verdade, então eu posso deixar você conversar com ele, apenas vá rápido — ela se sentou em sua cadeira giratória e começou a mexer no computador. — O quarto de Adrien fica subindo a escadaria, do lado direito, última porta.

Um sorriso bobamente descarado surgiu no rosto da nossa heroína. Ela passou para trás da mesa, onde a secretária estava e deu-lhe um abraço, depois agradeceu e saiu da sala indo em direção à escadaria.

Sem nem perceber (ou se envergonhar), saiu correndo pelo percurso indicado, chegando em uma porta branca de madeira. Deu duas batidas e começou a abrir a porta de pouquinho em pouquinho, observando o quarto imenso. Primeiro, viu o corredor de paredes alaranjadas, depois a cesta de basquete, as janelas enormes que traziam luz natural ao quarto... — Esse lugar é enorme... — murmurou para si mesma.

— Marinette? — a voz masculina e bonita que a garota tanto adorava soou atrás dela, fazendo-a dar um pulo de susto e se virar para ele. — O que está fazendo aqui?

— Ah, o-oi Adrien... E-eu vim con-conversar! — gagueja com o rosto vermelho. “Ótimo,” pensou consigo mesma, “mal cheguei e já estou parecendo uma tonta...”. Observando melhor, ela já não sabia se teve a maior sorte ou o maior azar de toda a sua vida, já que o loiro estava sem camiseta, apenas com uma bermuda preta e uma toalha sobre os cabelos molhados, podendo exibir aquele corpo bem definido como resultado de aulas de esgrima e lutas contra akumas.

Ele passou reto por ela, foi até seu armário e colocou uma camiseta branca, se sentando na cama ainda com a toalha. — Sobre o que?

— Ah, b-bem — ela tirou o convite da bolsa e começou a falar rápido. — Juleka mandou que eu te desse. N-na verdade ela mandou o Nino, mas ele ficou do lado de fora... Ah sim, por que faltou essa semana inteira? Eu — ela engasgou com as próprias palavras. — Q-quer dizer, todos ficaram preocupados e...

— Espera, por que Nino ficou do lado de fora?

— Sua secretária deixou apenas eu entrar, ele e Alya ficaram esperando lá — entregou o convite, que logo foi tirado gentilmente da sua mão.

— Ah, meu pai me deixou de castigo. Mas, tipo, teve matéria de prova nessa semana, não teve? — ela fez que sim com a cabeça. — Ah, você tem aí, não tem? Pode me emprestar? — ela fez que sim novamente e tratou de caçar seu caderno dentro da bolsa escolar. Porém quando finalmente o achou, ela parou para pensar em quantos desenhos de seu amado, corações e junções de nomes estavam presentes por entre as páginas escritas.

— N-na verdade, eu meio que esqueci meu caderno em casa — mentiu. Adrien subiu o olhar para ela, com uma das sobrancelhas arqueadas. — E-estou meio avoada hoje...

— Tudo bem, então, seria um problema se eu passasse na sua casa e pegasse-o depois? — perguntou. Marinette soltou um sorriso interno, isso era verdade ou apenas um sonho? Seu amado Adrien Agreste na sua casa?!

— C-claro! Ah sim, você vai no aniversário da Juleka?

— Posso tentar — ele deu aquele sorriso que sempre acaba a derretendo, afinal, Marinette reparava sempre em cada um dos traços do rapaz. Lembrando-se de seu primeiro propósito aqui, logo perguntou:

— Então, sei que não tem nada a ver comigo, mas por que você ficou de castigo?

— Bem, eu tenho deixado de fazer muitas tarefas de casa e me ocupado de mais com uma coisa aleatória, ele achou que tudo que eu estava fazendo era perda de tempo e me deixou em casa, com apenas o trabalho de modelo para me ocupar — o gato se deitou na cama e ficou olhando para o teto, com uma pitada de tédio nos olhos, afinal, essa foi uma das poucas coisas que fez durante toda a semana.

— Mas... Se o problema não era você e seus estudos, por que ele te proibiu de ir à escola?

— Eu sei que não faz sentido nenhum, na verdade, nem eu entendi. Mas afinal é meu pai, ele pode sempre fazer o que bem entender — ele revirou os olhos e respirou fundo. Marinette se sentou na beira de sua cama e observou mais o quarto dele, até que parou no envelope de coração que havia dado a ele no dia de São Valentim. Ele seguiu seu olhar e ficou um pouco corado. — Ah, isso é só... Não ligue para isso.

— Oh, quem foi que te deu? — perguntou fingida. Se ele não está se sentindo desconfortável com isso, provavelmente havia se esquecido de assinar, amaldiçoando internamente, como era burra!

— Bem, não tem assinatura, mas eu tenho uma pequena idéia de quem foi — seu rosto voltou ao tom normal e ele soltou um sorrisinho. Querendo saber onde aquilo iria dar, continuou:

— Ah, pode me contar, eu não digo para ninguém! — Na verdade, Marinette nem ligava para quem mais soubesse, só queria saber por um mísero minuto o que se passava na cabeça de seu amado.

— Você vai achar que estou ficando louco se eu disser — ela o observou com um sorriso, pedindo com o olhar para que lhe contasse. — Prometa que não vai contar para ninguém — afirmou com a cabeça. Ele olhou para os lados como se mais alguém fosse ouvir, uma atitude um pouco estranha, mas, como Alya costumava dizer, as paredes têm ouvidos. Ele se aproximou de seu ouvido, o que causou um pequeno arrepio na garota. — Ladybug...

Ficou extremamente vermelha. O que aquilo significava? Ele sabia que Marinette era a Lady? Ah, não, não mesmo, isso definitivamente não pode acontecer. Nem mesmo Chat sabia sua verdadeira identidade, como Adrien poderia adivinhar tão facilmente? Mandou que se acalmasse mentalmente, talvez ele estivesse se referindo a ela de um modo diferente, pare de ficar vermelha, respire fundo...

— Hey, você está bem? — ele perguntou, se esticando e colocando a mão meio enrugada e quente por culpa do banho na sua bochecha. Levando um susto com o ato, acabou por cair no chão. — Ah! Des-desculpe... Não foi de propósito — seus olhos verde-esmeralda se arregalaram um pouco e ele lhe deu a mão para levantar, mas o fez sem sua ajuda, isso poderia causar problemas ainda maiores.

— S-Sim, estou bem! — sorri e da um passo para trás. — Ah, então você acha que... Ladybug te deu a carta? — ele receou um pouco, mas fez que sim. Uma parte de Marinette suspirou aliviada enquanto a outra reclamava internamente. — Se é isso o que pensa, por que acha que foi ela quem te deu?

— Bem, é uma longa história, eu apenas... sei? — se perguntou. Ouviu-o murmurar algo incompreensível com a cabeça meio baixa, mas logo levantou o olhar para ela e soltou um sorriso forçado. Pelo menos ele não sabia que Marinette era realmente a Ladybug, e que foi realmente ela quem mandou a carta.

A porta se abriu levemente e a secretaria se fez ali. Aquela era a deixa para que a heroína se retirasse, mas Adrien lhe puxou pelo pulso e pediu o numero de celular para que pudesse passar na sua casa, e assim o fez.

Quando passou pelo portão novamente, nem Nino e nem Alya estavam lá, “grandes amigos esses”. Sentindo seu celular vibrar, recebeu uma mensagem da sua melhor amiga.

Deslizou o indicador sobre a tela, colocou a senha e foi para as mensagens, nela a morena lhe pedia desculpa e dizia que um roubo estava ocorrendo, ela esperava filmar Ladybug em ação e descobrir onde estava Chat Noir. Deu de ombros, olhou pelos lados na rua e foi até um beco, se transformou e saiu pulando de telhado em telhado até chegar no lugar dito.

Diferente de quando precisa usar seu Lucky Charm, aquele caso não era obra de uma implantação de akuma, era apenas um roubo normal. Um homem assaltando uma loja de jóias com uma arma falsa e, por incrível que pareça, isso tem acontecido muito na última semana.

Ladybug conseguiu pegar o ladrão em pouco tempo e, sem que Chat Noir aparecesse, acenou para as pessoas que perguntavam de seu paradeiro. Chegou em sua casa pela varanda, entrou em seu quarto e se “destranformou”, tornando-se novamente na extrovertida e apaixonada Marinette. Eram em torno de quatro e meia da tarde e ela ainda não havia começado seu vestido.

Respirou fundo e começou a trabalhar. Pegou os tecidos necessários, a máquina de costura, a tesoura, alfinetes e começou a pensar no que faria primeiro. Pensou que a parte escura que ficaria em baixo do vestido deveria ser feita primeiro, já que levaria menos tempo.

Após aproximadamente uma hora e meia de música, medidas, moldes e bem pouco de costura, recebeu uma mensagem de Adrien, que perguntava o endereço e se já podia passar lá.

A garota amaldiçoou-se internamente. Com toda aquela correria, conseguiu esquecer-se de fazer as anotações.

Passou o endereço e perguntou se ele não poderia vir uma meia hora mais tarde. Adrien apenas concordou e se despediu. Marinette pegou seu caderno, estojo e papel limpo, começando a passar as matérias da semana para ele. Quando acabou, percebeu que faltavam em torno de cinco minutos para o horário marcado e, provavelmente, sua mãe mandá-lo-ia lá para cima, também se lembrou das muitas fotos dele que estavam espalhadas no mural do quarto, sem falar no seu poema de amor que havia sido literalmente retirado do lixo.

Pegou tudo e, rapidamente, colocou na caixa junto ao diário, para que, se ele tentasse ver – o que a menina apaixonada desconsiderou completamente – possuiria total incapacidade.

Quando tudo estava arrumado, voltou à atenção para os moldes do vestido. Ainda faltava tanta coisa que a garota considerou ficar acordada durante toda a madrugada. Suspirou alto com seu próprio pensamento e voltou a trabalhar, murmurando em seguida: — Se quero ser uma boa designer de moda esse tipo de sacrifício não deveria ser nada...

— Do que está falando? — Adrien perguntou aparecendo atrás de Marinette. A garota levou um susto tão grande que a cadeira na qual estava sentada quase caiu junto a ela, e digamos "quase" apenas pelo fato dele tê-la segurado antes do impacto, colocando a de volta. A garota colocou a mão no coração, arfando com a adrenalina repentina.

— D-desde quando está aqui?

— Ah, uns trinta segundos — ele deu de ombros. — Mas então, esse é seu vestido para a festa de Juleka?

— Bem, supostamente— A garota fechou os olhos por um instante, recuperando a paz no coração e a perdendo logo em seguida. Ela realmente não estava sonhando? Adrien Agreste estava no seu quarto, e puxando assunto?

Ele começou a olhar ao redor, encarou seu mural que estava composto por vários desenhos de moda e frases bonitas na bela caligrafia de Alya. Entre elas, a clássica "bye bye petit papillon" se destacava no meio do mural, a letra de Alya entrava em harmonia com os desenhos de Marinette, deixando aquela área realmente convidativa. Ele soltou um sorriso e subiu as escadas da sacada.

— A-Adrien! — falou seguindo-o. Ele se jogou na parte almofadada que ficava abaixo do vidro que separava o telhado do quarto e ficou olhando para a saída que muitas vezes Marinette usara ao se transformar em Ladybug.

— Seu quarto é legal... — ele se espreguiçou deitado enquanto fechava os olhos. Por uma fração de segundo, Marinette lembrou-se de seu gato preto e suas típicas relaxadas nos telhados das casas.

A heroína se deitou ao seu lado, não tão perto, e passou a encarar o céu. Aquelas nuvens brancas, o céu em um azul intenso antes do por do Sol e a paz que o menino surpreendentemente dava à garota estavam em harmonia completa. Marinette olhou para Adrien, que ainda estava de olhos fechados. Ela percebeu a luz quase fraca que estendida sobre ele, e pensou o quão bonito ele estava, mais do que o normal se quer saber. Seu coração começou a bater mais rápido e suas bochechas começaram a ficar vermelhas.

Ele abriu os olhos repentinamente e fitou a garota por um momento.

Aquele verde intenso, brilhante e inacreditavelmente lindo lhe deu uma sensação que já vira aquilo antes, mas não no rosto de Adrien. Ela tentava, mas realmente não conseguia assimilar aquele verde esmeralda com qualquer que fosse o rosto de sua mente. Ele levantou com os cabelos levemente bagunçados e abriu a passagem de vidro, indo para o andar de cima.

O que acabara de acontecer? Poderia Adrien ter se sentido desconfortável perto de Marinette?

A garota pensou que seria melhor apenas entregar-lhe o resumo de deixá-lo decidir se iria embora ou não. Ela se pendurou na grade do segundo andar e se jogou de lá, caindo em pé. Esse era um atalho que ela sempre usava quando a preguiça batia. Ela pegou o resumo de cima da escrivaninha e subiu as escadas novamente, dessa vez, indo para o telhado.

O louro estava escorado na grade, olhando para o horizonte. Tikki abriu a pequena bolsa e sorriu para Marinette, desejando-a boa sorte. A garota sorriu de volta agradecendo e fechou-a novamente. Ela seguiu em direção a ele e se posicionou ao lado esquerdo, erguendo as folhas em sua direção. — A-aqui, eu repassei um resumo para outra folha já que eu também tenho que estudar.

Ele a olhou com um sorriso (quase derretendo-a inteira) e pegou o papel de suas mãos, virando as folhas para saber o quanto a garota havia escrito. — Muito gentil da sua parte, fazer isso por mim...

— Ah, q-que nada! Você é meu colega de classe e... E bem, apenas achei que fosse o certo a se fazer — sorriu de volta. O céu passou a se tornar meio rosado, misturando os tons de cores e criando um perfeito cenário de filme. Marinette fechou os olhos por um instante e respirou fundo, sentindo o cheiro dos pães franceses que seu pai estava fazendo no primeiro andar e também das rosas vermelhas que estavam em sua sacada. O perfume de Adrien chegou às narinas da menina como o reconhecível aroma de uma rosa no meio do inverno, aconchegante e gostoso.

Ela abriu os olhos novamente e percebeu que Adrien havia apoiado a cabeça sobre as mãos na grade e encarava-a por um certo período de tempo. Ela ficou incrivelmente vermelha com a impossível idéia de Adrien tê-la encarado tão descaradamente por um período tão longo de tempo (mais de cinco segundos) e voltou seu olhar para o horizonte, esperando que ele não tivesse notado o obvio.

Ele ajeitou a própria postura — Bem, eu tenho que ir, Nathalie pode acabar percebendo se eu demorar muito.

Franziu as sobrancelhas e soltou um sorriso. — Você fugiu?

— Era por uma boa causa — ele deu de ombros e andou até a passagem. Marinette seguiu-o até a porta da padaria e se escorou na parede em seguida. — Bem, eu vou indo então, te vejo na festa?

— Decidiu ir? — ela perguntou, fazendo-o soltar um sorriso e corando as bochechas da menina.

— Fiquei pensando nessa tarde, parece-me divertido — Eles ficaram alguns segundos em silencio, mas não era como um silêncio ruim, apenas um bom silencio com uma boa troca de olhares. Ele desviou os olhos verdes por um momento e acenou para a garota. — Tchau.

— T-tchau... — ele seguiu seu caminho para o lado da Torre Eiffel, e ela voltou para dentro de casa. Marinette subiu até o seu quarto com um sorriso no rosto e a cabeça nas nuvens, foi até a entrada do telhado e observou o menino loiro sair de sua visão pouco a pouco.

Desceu do telhado para o segundo andar do quarto e se jogou na parte almofadada, ainda com um sorriso bobo estampado no rosto. — Marinette... — Tikki chamou.

— Tikki, isso aconteceu mesmo? Eu realmente consegui ter uma conversa descente com ele? — ela olhou para o céu, que começara a ficar escuro.

— Sim, você conseguiu — a kwami sorriu ao perceber a felicidade nos olhos de Marinette. Sua melhor amiga estaria extremamente feliz com o progresso de Mari.

Aquela felicidade era tão boa que nossa pequena Ladybug acabou se esquecendo que as coisas sempre podem piorar.


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Notas finais do capítulo

Bem, gostaram? Se tiver algum erro de ortografia, me avisem!! Eu revisei o capítulo, mas nunca se sabe o que pode acabar escapando...Já tenho ideias para o próximo capítulo, mas eu (infelizmente) não sei quando ele sai ainda ^^Se todos estiverem gostando, comentem, talvez eu faça uma longFic deles depois ♥Kissus de paçocaa!!