Simple like Flowers escrita por BlueLady


Capítulo 28
Capítulo Vinte e Oito - Comptine d'un autre été


Notas iniciais do capítulo

...
kk eae pessoal



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Adrien não sabia o que esperar desse dia. Queria saber o que Marinette tinha achado da rosa, mas tinha medo de descobrir que ela não gostou. O café da manhã foi horrível, mesmo que ele só tivesse trocado duas palavras com o irmão.

Adrien não conseguia entender como que uma pessoa como Félix pudesse ter conquistado o coração de Marinette. Ela era o total oposto dele. Mari era feliz e doce, seu irmão, sério e amargo. Não lembrava da última vez que tinha realmente conversado com o irmão.

Ah, sim, se lembrava.

Mas queria esquecer.

Adrien estava prestes a sair de casa quando ouviu a voz de Félix encher a casa vazia.

― Adrien.

― O que? ― Respondeu, deixando suas coisas paradas na porta para que o motorista viesse guarda-las no carro.

― Tome cuidado e boa viagem. ― Não tirou os olhos do jornal que estava lendo, então Adrien nem se deu o trabalho de se despedir. Nunca se deu bem com o irmão, mas depois que descobriu que ele conseguiu trair uma menina como a Marinette, Adrien nem queria se dar o trabalho de olhar em seu rosto.

Seu motorista já o esperava para colocar suas malas dentro do carro. Adrien precisava falar com Marinette, mas ainda não sabia como. Desde o dia anterior, já tinha decidido que contaria que ele era Chat Noir, mas não sabia como Marinette iria reagir, principalmente porque haviam fotos rasgadas dele dentro do lixo dela.

Vários alunos já estavam na frente da escola quando ele chegou. Marinette ainda não havia chegado, e isso fez as batidas de seu coração acelerar em insegurança. E se ela não viesse? E se ela não aceitasse ele de volta?

― Adrien! ― Alya chamou de longe, acenando, ele acenou de volta e sorriu levemente. Seu motorista já levava suas malas para o ônibus, então ele foi em direção aos seus amigos. ― Nem parece que te vi esses dias. Estava tão ocupada mexendo com as coisas da faculdade que sinto que me afastei tanto de vocês. ― Ela suspirou cansada. ― Quem diria que eu precisaria de tantas referências para entrar em jornalismo.

― Você conseguiria entrar em qualquer faculdade que quisesse, Alya, mesmo sem recomendação. ― Nino disse olhando em seus olhos. Ela corou e desviou o olhar.

― Oli, sou só eu ou você também está sentindo o clima? ― Pierre comentou nem um pouco sutil e Oliver riu.

― Como assim, clima? ― Alya riu forçada. ― Não aconteceu nada, seus idiotas. Não é mesmo, Adrien? ― Ele olhou para ela e depois para o casal ao seu lado. Então acenou ironicamente a cabeça. ― Até você! Eu não posso confiar em nenhum de vocês, traidores! ― Alya estava extremamente vermelha. ― Eu e o Nino não temos nada a ver. Sério, olha para gente! A gente só é amigos. ― O clima ficou tenso com a explosão da Alya. Não era um segredo que Nino gostava da Alya. A morena avistou Marinette chegando e correu para ela, querendo se livrar das insinuações de seus amigos.

Todos olharam para Nino, que olhava para o céu fingindo não estar ligando.

― Ahn, eu sinto muito por você, Nino. ― Oliver disse, tentando contornar aquela situação estranha.

― Do que vocês estão falando? Eu não gosto da Alya, ela é só minha amiga. ― Adrien quis protestar, revelando o fato de que ele tinha um álbum só com as fotos que tinha a Alya, mas achou melhor guardar o segredo do amigo. Principalmente porque Marinette estava vindo em sua direção.

E estava com a cara fechada. Parecia irritada, o que era inegavelmente horrível para ele. Se ela estivesse assim por causa da flor, então ele estava ferrado. Não conseguiria ela de volta nunca, mas precisava tentar.

― Bom dia, meninos. ― Marinette colocou um sorriso forçado no rosto. ― Ansiosos para a viagem? Eu estou super ansiosa para ver a praia.

― Eu também Mari. ― Oliver sorriu. ― Eu nunca vi antes, além disso, dizem que as praias são os lugares perfeitos para ver as estrelas. ― Oliver olhava para o além com um sorriso no rosto.

Logo, eles ouviram a professora chamar os alunos para entrarem no ônibus que iria para o aeroporto. O mau humor matutino de Marinette, sem nenhuma razão aparente, foi logo substituído pela felicidade genuína.

Obviamente, Marinette se sentou com Alya no trajeto. Elas compararam seus assentos no voo e bufaram quando perceberam que não estariam juntas. Já Adrien estava nervoso. Ele precisava arranjar algum jeito de falar com ela, mas não sabia como nem onde. Teria que pegá-la sozinha, o que era um pouco difícil com Alya grudada nela.

― Adrien, você está me escutando? ― Nino riu da confusão do amigo.

― Ahn, claro que estou.

― Percebi... ― Nino colocou seu fone e deu play na música.

Adrien se remexeu na poltrona, tentando ficar mais confortável. Demoraria um pouco até chegarem no aeroporto, então ele planejava dormir. Isso antes da pessoa na sua frente virar no banco para conversar com ele.

― Adrien! Que coincidência você estar aqui! ― Chloe dizia com sua voz forçada. ― Qual seu assento no avião? ― Ela enrolou uma pequena mecha de seu cabelo em volta do dedo, tentando parecer mais sexy.

― 22C, mas eu acredito que eu estou com a Sabrina, não? ― Chloe olhou seu bilhete e percebeu que estava no assento 38B, então pegou o bilhete de Sabrina para ver que ela estava no 22D.

― Claro que não! A Sabrina está no 38B, eu que estou do seu lado. ― Ela sorriu tentando parecer angelical, e Sabrina ao seu lado somente suspirou.

Um pouco mais afundo, Nathanael estava sozinho. Ele não ligava para a solidão, já estava acostumado, mas aquele dia ele se sentia solitário. Quando Marinette o rejeitou, ele decidiu que não iria mais importuná-la, mas era difícil. Ele sempre a via de longe, e sempre – sem exceção – seu coração pulava uma batida. Ele sentia todos os sintomas do amor de uma só vez. E isso acabava com ele.

Ele não sabia o que aconteceria com ele agora que passaria uma semana vendo ela direto, mas tinha a esperança que ele finalmente conseguiria se livrar desse sentimento.

 Imaginar uma turma inteira do 3º ano dentro de um aeroporto era a pior cena para os outros passageiros. Um bando de adolescentes com os nervos a flor da pele por estarem indo para a praia com os amigos era o terror dos adultos.

Mas aquele momento era único para eles. Seu último ano no ensino médio. Depois viria toda a dor da faculdade, mas naquele momento, eles eram apenas adolescentes preocupados ao máximo em se divertir.

Marinette nunca tinha andado de avião. Estava apreensiva, principalmente porque não sabia com quem ia no avião. No portão de embarque, conversou com Oliver e Pierre, e ficou feliz por eles irem juntos no trajeto. Tentou caçar quem ia com ela, mas não conseguiu e Alya estava no falando com seus pais há pelo menos 30 minutos, então Marinette se sentou perto de Adrien, que por algum motivo, estava escondido num cantinho.

― Adrien? ― Ele se virou apressado e tencionou os músculos ao ver que era ela. ― O que você está fazendo aqui, sozinho?

― A-Ah, fugindo da Chloe. Ela tinha me dado uma trégua de um tempo para cá, mas voltou a ficar atrás de mim. Eu só queria ter um tempo antes de ficar 1 hora com ela no voo.

― As vezes a Chloe exagera. ― Marinette se sentou ao lado dele. ― É uma pena que você vá com ela.

― Ela consegue ser legal, bem raramente. Quando nos conhecemos, ela era bem legal. Acho que o tempo muda as pessoas. ― Ele confessou e virou o rosto para olhar Marinette e se surpreendeu que ela o olhava com um sorriso no rosto e com os olhos brilhando em admiração. Sua face esquentou e ele desviou o olhar.

― É muito legal da sua parte, Adrien. Se eu fosse você, já estaria odiando ela. ― Marinette riu, mas Adrien só encarou o chão, muito vermelho.

― Não estaria não. ― Ela olhou para ele com dúvida, mas ele continuou encarando seus sapatos. ― Mari, você é a pessoa mais gentil que eu conheço. Acho que é impossível para você odiar alguém.

― Não é verdade, Adrien. Eu já odiei várias pessoas, não sou tão perfeitinha como você acha.

― Não acho que você é perfeita, Mari. Sua imperfeição que a faz tão linda, por dentro e por fora. ― Ela ficou vermelha. ― Você não seria essa pessoa se você já tivesse odiado alguém. O ódio muda as pessoas, Mari, e não para melhor. ― Ela ficou encarando ele e ele olhou bem fundo em seus olhos.

Os segundos pareceram horas, dias, anos, mas nenhum dos dois desviava o olhar.

― A-Adrien, eu acho que você está me superestimando... ― Ela quebrou o contato visual. Ele sorriu doce.

― Acho que você está se subestimando. ― Ela evitou olhar para ele. O que era aquele clima de repente? Quando ela amava o Adrien, ele nunca deu bola para ela, agora que ela amava Chat Noir, Adrien vinha dizer coisas doces para ela? ― M-Marinette... ― Ele chamou. Era sua chance, ele poderia falar que era Chat Noir. Ele poderia fazer as coisas funcionarem dessa vez. ― E-Eu s-sou o...

― Achamos vocês dois! ― Alya e Nino apareceram, a garota com as mãos na cintura, mostrando que tinha perdido totalmente sua paciência. ― Os professores já começaram a contagem, vocês têm que ir para lá ou não vamos embarcar nunca.

― Ah, Claro... ― Marinette se levantou e olhou para o menino no chão. ― Depois você me conta, Adrien? ― Ele acenou com a cabeça e logo os alunos já estavam embarcando.

Marinette foi uma das primeiras a entrar no voo, então estava lendo as instruções quando chamaram sua atenção.

― Olá, Mari, parece que iremos juntas. ― Alessandra sorriu. Marinette demorou para reconhecê-la, mas se lembrou. Era a italiana amiga de Oliver que foi almoçar com eles. Marinette sorriu, mas teve a sensação de que aquela não foi a única vez que a viu.

― Alessandra! Faz algum tempo que não nos vemos. Fico feliz que vá comigo, nunca andei de avião. ― Ela riu, nervosa. Alessandra a olhou com um olhar divertido.

― Você tem medo de avião, Mari? Eu achava que para ser uma heroína, você deveria ser corajosa. ― Marinette congelou. Algo no olhar de Alessandra dizia que ela sabia que Marinette era a Ladybug.

―... O que...?

― Todos dizem que você é a heroína da escola. Protetora de todos os seus amigos. ― Ela sorriu, doce, mas algo gritava para Marinette que ela não quis dizer isso, e sim exatamente o que Marinette pensava. A heroína sorriu, mas não estava com vontade.

Alessandra dormiu nos primeiros minutos de voo. Marinette ficou aquela 1 hora olhando pela janelinha e controlando a respiração, mas logo eles já estavam em terra firme, do outro lado do país e quase na Espanha.

O clima estava quente, e isso deixou Marinette feliz. Nunca tinha visto o mar, nem a praia, nem nada disso.  

Um ônibus levou os alunos ao hotel que ficariam. Todo o espírito dos jovens estava no máximo. Marinette até conseguia sentir o cheiro do mar.

O hotel era enorme, mas logo Marinette e Alya já estavam no quarto que dividiriam.

― O que você acha, Mari, eu devo colocar o amarelo ou o vermelho? ― Alya havia escolhido sua cama – a mais perto da varanda – e já havia colocado todas as variações de roupa possíveis para aquele primeiro dia. Estava se decidindo sobre qual biquíni colocar.

― Acho que o amarelo se destaca mais na sua pele, mas o vermelho é mais sexy. ― Marinette sorriu. ― Você veio preparada para chamar atenção, não é? ― Alya jogou uma toalha nela. ― Estou brincando. ― Elas riram.

Estava dando tudo certo para Marinette, a rosa de Chat, a viagem...

Ela não poderia estar mais feliz.

― E você, Senhorita Eu-sou-santa-demais-para-ser-sexy? ― Alya deitou na cama da amiga.

― O que tem eu?

― Marinette, se você disser que não trouxe o biquíni que compramos, eu te dou um soco. ― Marinette sorriu.

― É claro que eu trouxe. ― Marinette começou a organizar suas coisas quando notou Alya olhando em seu celular inquieta. ― O que foi?

― É sobre minha faculdade. Eu fiz a prova de admissão esses dias, mas ainda não saíram os resultados. Estou super nervosa, Mari. Essa faculdade é meu sonho! E se eu não passar?

― Alya, é claro que você vai passar! Eles seriam loucos se não quisessem você no campus deles. ― Marinette guardou seus sapatos no armário e se sentou na cama ao lado de Alya.

― E você, Mari? Já decidiu onde vai entrar? ― Marinette suspirou.

― Eu gostaria, mas ainda não sei.

― O ano está acabando. Você não tem muito tempo para se decidir, Mari. Paris tem as melhores faculdades de moda do mundo, mas você precisa ao menos tentar! ― Marinette não tinha pensado sobre faculdade ainda. Sempre pensou que sua vida seria apenas o ensino médio, então a faculdade estaria longe. Mas estava mais perto do que imaginava.

― Não vamos falar sobre isso! Vamos falar sobre a maravilhosa praia que está na nossa frente e que não estamos aproveitando. Por acaso, você sabia que esse hotel tem 5 piscinas? ― Alya riu e se levantou.

― Vamos explorar, então.

***

Marinette e Alya fecharam a porta do quarto e se depararam com outras garotas saindo de seus quartos para aproveitar as coisas que o hotel tinha de bom.

― Marinette! ― Alessandra a chamou. Ela estava acompanhada de uma garota bem alta e com uma cara séria. Tinha olhos bem verdes e um longo cabelo preto e liso, preso num rabo. Marinette sentiu aquele sentimento de reconhecimento invadir sua mente. Já tinha visto a garota, embora fosse a primeira vez que a viu.

― Alessandra! Indo visitar o hotel também. ― A italiana acenou com a cabeça.

― Boa sorte para vocês. Tem muita coisa. Nos vemos no jantar! ― E as duas foram embora em direção ao SPA.

― Tem um SPA aqui, Mari! ― Alya deu uns pulinhos. ― Finalmente vou poder sentir como é uma massagem bem-feita! ― Marinette riu. Elas foram conversando sobre todos os tipos de assunto possíveis enquanto desciam as escadas do hotel.

***

Oliver e Pierre estavam na praia. Eles caminhavam na beira do mar, Pierre chutando a areia da praia a medida que caminhava.

Oliver admirava o horizonte, com um brilho característico no olhar. Aquele brilho que Pierre amava. Com um sorriso no rosto, o garoto de olhos azuis pegou na mão do namorado. Não deveria haver nada mais romântico que aquilo.

Porém, Pierre soltou sua mão rápido e parou. Foi tão rápido que Pierre ainda deu alguns passos sem que Oliver o seguisse.

― O que aconteceu, Oliver? ― Pierre se virou para ele. Seus olhos demonstravam compaixão, mas rapidamente mudou para preocupação ao ver o rosto abatido de Oliver olhando para o chão. ― Você está bem?

― E-estou, é-é só que eu não quero dar as mãos. ― Ele falou rápido. Pierre o encarou, mas não conseguiu decifrá-lo.

― Você tem vergonha de mim, Oliver? ―Pierre pegou o rosto de Oliver com as mãos, mas ele se desvencilhou. O garoto sentiu uma pontada no peito.

― N-Não é assim, Pierre. ― Pierre cruzou os braços, como se aquele fosse um papo furado que ele não acreditasse. ― Eu te amo, Pierre, não é vergonha o que eu sinto, é medo. ― Pierre relaxou a expressão acusatória, e seus olhos encheram de compaixão.

― Oli, não precisa ter medo do que nós temos. Somos os heróis de Paris, nós...

― Pierre, eu já sofri tanto por ser como eu sou, você só descobriu há pouco tempo, mas eu já tinha certeza há anos. Eu não quero que você passe por isso. Nunca. ― Pierre tencionou os olhos levemente, mostrando irritação.

― Oliver, eu sou seu namorado. Do que adianta isso se você quer que a gente aja como amigos? ― Oliver enrubesceu e encarou os pés se afundarem na areia. Pierre suspirou e enterrou a mão em seus fios de cabelo preto, jogando-os para trás. ― Eu não estou aqui de enfeite, Oliver. Você sabe o quanto me machuca saber que você quer passar por tudo isso sozinho? ― Oliver não se mexeu.

Pierre suspirou novamente. Sem que seu namorado percebesse, O moreno o abraçou. Oliver deu um espasmo de susto.

― Eu te amo, Oliver. Eu não tenho problema que o mundo saiba disso. Se você tem, não tem por que ficarmos juntos.

― Eu também te amo, Pierre.

E eles ficaram ali na praia, abraçados e sorrindo, sem se importar com os olhares que poderiam receber.

***

Marinette se jogou na cama, exausta.

O hotel era como um sonho, passou a tarde inteira explorando as possibilidades e num dia, já tinha ido à praia, à piscina e à sala de massagem.

Por isso, ela simplesmente não tinha forças para tomar banho e ir jantar.

― Marinette, esse foi só o primeiro dia e você já está assim? ― Alya riu com gosto.

― Minha vida pacata não permite que eu consiga aguentar tanta emoção. ― Marinette riu de volta. ― Pode indo pro restaurante. Eu vou tirar um cochilo e vou mais tarde. ― Alya concordou e foi se aprontar.

Marinette se cobriu e esvaziou a mente. Depois de tanto cansaço, não era espantoso que ela adormecesse rápido.

Quando abriu os olhos, o quarto estava escuro. Pensou que poderia ter dormido mais do que deveria, mas o relógio piscando mostrava que não passava muito das 19:30.

Ela se levantou preguiçosamente e foi ao armário escolher uma roupa. Tomou um banho demorado para tirar todo o cloro do cabelo e se vestiu. Ela se sentia bonita naquela roupa. Era um vestido florido e solto, perfeito para o clima quente da noite.

Marinette estava cantarolando uma música quando saiu do banheiro. Assim que seus olhos foram para a cama, ela gritou pelo susto.

Chat Noir estava ali, esperando-a, deitado em sua cama e olhando para o teto. Com o grito, ele levantou rapidamente e olhou para ela, com um sorriso Marinette.

― Mari, boa noite.

― O que você está fazendo aqui? ― Ela corou. Não esperava que fosse ver Chat Noir tão cedo. Muito menos que ele estaria tão passivo com ela. A lembrança da rosa invadiu sua mente, mas ela tratou de afastar.

― Ahn, perguntas depois, temos um cronograma a seguir essa noite. Você será minha companhia? ― Ele sorriu sedutor.

― Você não está mais bravo comigo? ― Ele não tirou o sorriso do rosto.

― Já te falaram que você é muito curiosa? Tudo no seu tempo, no momento, você só precisa decidir se virá comigo ou não. ― Ela sabia que não conseguiria resistir a ele, não quando seu coração batia tão rápido.

― Tudo bem.

― Não é como se eu fosse aceitar um não, de qualquer maneira. ― Ela riu, sentia tanta falta do seu Chat. Ele a pegou no colo rapidamente e se jogou da janela. Marinette não teve nem tempo de soltar um gritinho.

***

― Onde estamos? ― Ela perguntou assim que Chat a deixou no chão. Não lembrava daquele lugar da visita que fez mais cedo. Era como um grande jardim circular, com vários caminhos e banquinhos, e com um grande piano de calda branco posicionado bem no centro. ― Não lembro de ter visto esse lugar.

― É porque está fechado. Só abre para casamentos e festas desse tipo.

― E como você sabe que ele existe? ― Ele deu um sorriso.

― Digamos que eu sou bem curioso. ― Chat Noir foi caminhando em direção ao piano, Marinette não sabia o que ele tramava, mas o seguiu. ― Não sei se você lembra, mas eu toco piano. Eu prometi que tocaria para você um dia. ― Ela se lembrou vagamente da conversa que Chat mencionou isso. Ele se sentou no banquinho e deu duas batidinhas, indicando para ela sentar-se ao seu lado. ― Preparei uma música para hoje, mas se tiver algum pedido, sou todo às ordens.

Marinette negou com a cabeça.

― Eu quero ouvir o que você escolheu para mim. ― Os olhos do gato brilharam, e ele colocou suas mãos sobre piano. Os dedos longos e finos dele pressionaram as primeiras teclas, e então, uma após a outra, a melodia foi surgindo.

Marinette nunca foi fã de músicas tocadas no piano, mas aquela parecia preencher sua alma. Chat estava concentrado, mas ela nem percebeu, só deixou a música mexer com ela.

Quando ele tocou a última nota, Marinette estava chorando sem nem perceber. Ele riu ao ver seu rosto e a abraçou.

― Foi lindo, Chat, você é muito talentoso.

― Minhas mãos são mágicas, você não viu metade do que elas podem fazer. ― Ele sorriu malicioso, mas engoliu a seco depois, ficando sério. ― Certo Mari, pronta para a parte dois? ― Ela acenou positivamente com a cabeça, e ele respirou fundo. ― Feche os olhos.

Chat se destransformou assim que ela fechou os olhos. Seu coração batia a mil e ele achou que fosse cair morto ali mesmo. Ele tocou carinhosamente o rosto dela e Marinette abriu os olhos.

― Adrien? ― Ela sussurrou, totalmente perdida. Não conseguia acreditar. Seu Chat era Adrien? O garoto que ela amou por tanto tempo?

― Você quer namorar comigo? ― Ele a interrompeu. Ela riu e ele sentiu seu coração parar.

― Eu estive apaixonada esse tempo todo pelo mesmo garoto. É difícil de imaginar.

― Você me ama menos agora? ― Adrien estava tão nervoso que sentia sua testa começando a suar.

― Não. ― Ele engoliu a seco de novo, antes de refazer a pergunta.

― Você quer ser minha namorada? ― Ela sorriu.

― Quero. ― Ele nem esperou ela terminar antes de afundar seus lábios nos dela. Marinette arregalou os olhos surpresa, mas logo os fechou e colocou suas mãos nos cabelos loiros que tanto amava.

Eles eram dela agora.


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Notas finais do capítulo

Link da música que o Chat toca: https://www.youtube.com/watch?v=NvryolGa19A
Não vou ficar dando meus motivos para ter demorado aqui, se alguém realmente se interessar, pode me perguntar que eu respondo ♥
Espero que tenham gostado ♥



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