Simple like Flowers escrita por BlueLady


Capítulo 22
Capítulo Vinte e Dois - Especial Dia dos Namorados


Notas iniciais do capítulo

Feliz Dia dos Namorados (em cima da hora...)
Esse dia é para vocês que fizeram alguma macumba que fazem seu crush/senpai/garoto(a) que você gosta, gostar de vc de volta.
Toda panela tem sua tampa, mas não se preocupe, tem gente que é frigideira, que nem eu. Vocês não estão sozinhos nessa, amigos!



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― Adrien, eu vou te dar 3 segundos para levantar dessa cama antes que eu pegue a água fria. ― Marinette estava de pé ao lado da grande cama de casal no apartamento de Adrien puxando seu braço para que o mesmo levantasse da cama.

― Mari... ― Resmungou ele, com a voz manhosa. ― É cedo. Volta para a cama... ― Ele tentou pegar seu braço, mas ela desviou antes.

― Nem parece que você tem 24 anos, Adrien. Meus pais vão me matar se descobrirem que eu passei a noite aqui. Eles acham que eu estou na casa da Alya. ― Ela pegou as roupas jogadas no chão.

― Você tem 23 anos, Mari, não 17. Você já é bem grandinha para seus pais não deixarem que durma na casa do namorado. ― Ele se remexeu na cama, tentando ficar a salvo da luz solar.

― Adrien, eu... ― A campainha alta a interrompeu. ― Eu vou atender, você não parece estar em condições para isso. ― Ela lançou um olhar desafiador e Adrien sorriu atrevido para ela, se mexendo a ponto de mostrar seu peito nu.

― Acho que não.

Ela fez um barulho que ele não distinguiu, mas pensou ser uma bufada de incredulidade. Andou até a porta calmamente e a abriu, dando de cara com o carteiro.

― Bom dia. ― Ele sorriu e ela sorriu de volta. ― Eu tenho uma encomenda para a senhorita. Marinette, não? ― Ela assentiu, confusa, mas o mesmo retirou uma pequena caixinha e a entregou.

― Eu não moro aqui, senhor, não tem como ser endereçada a mim, como adivinhariam que eu estaria aqui hoje de manhã?

― Eu não sei senhorita. A pessoa que me contratou deu ordens específicas. Eu sinto muito, tenho que continuar com meu trabalho, se me dá licença. ― Ela assentiu e o viu desaparecer no elevador. Fechou a porta mais confusa que antes. Quem diabos poderia ter enviado alguma coisa para ela?

― Quem era? ― Adrien apareceu no corredor da cozinha, com um ar cansado, mas vestido com uma calça jeans e uma blusa preta simples. Ele olhou a caixa na mão dela e seu olhar se atentou. ― Encomenda? Para mim?

― O carteiro disse que era para mim, acredita? Como que a pessoa sabia que eu estava aqui? ― Ela se sentou na banqueta do balcão da cozinha. ― Isso é estranho, não é? ― Ele assentiu em silêncio e se sentou ao lado dela. Seu olhar incentivava a abertura da caixa, curioso com o que poderia ser.

Marinette abriu a caixa rosa com cuidado. Era delicada demais para que estragasse. Dentro dela, enrolado em papel cetim vermelho, um delicado cartão, todo decorado com corações e uma letra impecável, estava ao lado de uma pulseira. Uma pandora, completa, com todos os pingentes em forma de coração e em todos rosados e vermelhos.

Marinette não conteve a surpresa. Sua boca abriu levemente e seus olhos brilharam com o presente. Era lindo e delicado e parecia ter sido feito sob encomenda com seus gostos. Ela pegou o cartão e deu uma olhada em Adrien. Ele estava com o maxilar tenso e os olhos duros. Marinette teve certeza que era ciúmes.

Escrito em uma letra cursiva como aquelas de convite de casamento, estava escrito:

“ Querida Marinette,

Espero que tenha gostado do presente, o escolhi pensando em você. Sei que é súbito, mas que dia melhor para declarar meu amor e total devoção para você do que o próprio Dia dos Namorados?

Eu não sou stalker, como você pode pensar que eu seja, só sou bem informado.

Se quiser descobrir quem eu sou, é só ir até a cafeteria “Bon Amour”. Estarei lá te esperando. Não tenha medo, é um lugar conhecido e pode levar quantas pessoas quiser. Se o local estiver deserto, pode voltar imediatamente. (Mas eu vou estar lá de qualquer forma.)

Espero que compareça.

Seu Admirador Secreto.”

Marinette franziu o cenho depois que terminou de ler. O cara que fez aquilo só podia ser louco. Decidiu imediatamente que não ia ser de casa nas próximas semanas.

― O que está escrito? ― Ele pegou o cartão da mão dela e leu. Sua expressão de raiva foi aumentando a cada linha até sua cara estar tão fechada que uma carranca seria menos ameaçadora. Ele amaçou o papel com as mãos e arremessou no lixo.

― Ahn. Bem estranho, né? ― Ela tentou amenizar o clima, mas ele a encarou por breves 3 segundos antes de levantar e pegar as chaves e a carteira. ― O que você está fazendo? ― Perguntou atônita.

― Coloca uma roupa limpa e vêm. Vamos descobrir quem é o idiota que tá te mandando pulseiras e mensagens de amor.

― Você está brincando, certo? ― O olhar sério em seu rosto mostrava que não. ― Okay, estou indo. ― Ela se levantou e foi para o quarto do namorado. No canto do armário da direita, Marinette deixava algumas mudas de roupa exatamente para quando ia dormir na casa dele. Colocou um vestido florido simples e foi até a porta. Adrien estava olhando para o relógio, mas olhou para ela assim que pisou na sala. Ele sorriu para ela pela primeira vez depois que lera a carta.

― O vestido que eu te dei. ― Ela sorriu de volta com a lembrança do aniversário de namoro deles. ― Eu queria te dar seu presente no café da manhã, mas fomos interrompidos por uma pulseira. ― Ele pegou uma sacola que estava estrategicamente posta ao lado do sofá. ― Espero que goste.

Ela deu um selinho nele e pegou a sacola, sorrindo. Um livro de capa grossa estava dentro e ela logo reconheceu. Era o livro de moda de seu estilista favorito que foi lançado em edição limitada. Ela abriu o sorriso e abraçou Adrien com toda sua força. Adrien a abraçou de volta e deu um beijinho em sua cabeça.

― Eu já preparei seu presente também. Pena que só posso dar a noite. ― Um brilho divertido passou pelos olhos dele. ― Você me acha velha para comprar fantasias?

― Depende, do que você comprou?

― Enfermeira. ― Adrien não conseguiu conter o sorriso divertido.

― Acho que eu estou com dor de cabeça, o que acha de cuidar de mim lá no quarto? ― Ela riu e ele sorriu com sua reação. Ela apontou para a porta com a cabeça e seu rosto murchou. ― Ah, sim, admirador secreto. Vamos lá.

Eles saíram pela porta e Marinette foi conversando sobre o que queria fazer no dia. Falou de novo – como em todo o resto da semana – sobre como queria ir ver o novo filme de romance água-com-açúcar que tinha lançado, Adrien ouvia tudo e, de vez em quando dava uns selinhos nela com a desculpa que ela tinha uma boca beijável. Outras horas ele olhava para o céu ou para o relógio, mas sempre com as mãos dadas com ela.

Antes que esperassem, estavam de frente a cafeteria do bilhete. Marinette leu o letreiro três vezes, querendo adiar o máximo possível esse encontro. O movimento estava alto, cheio de casais – e algumas pessoas sozinhas.

― Senhorita Marinette? ― Um garçom perguntou assim que eles passaram pela porta de vidro. ― Estávamos te esperando, por aqui, por favor. ― Marinette e Adrien se entreolharam, mas seguiram o garçom até uma mesa pouco convencional, com um arranjo de flores com flores de todas as cores e uma rosa vermelha ao centro. A mesa estava posta com talheres brilhando, guardanapos rosas e xícaras delicadas.

― O que é isso? ― Ela perguntou, desconfiada.

― Só estou seguindo ordens, Madame. ― Ele olhou com diversão nos olhos para ela, como só se ver o que prepararam para ela compensava ser solteiro e ainda trabalhar em um lugar cheio de casais no dia dos namorados. Um outro garçom chegou com uma bandeja e depositou um croissant que acabara de sair do forno e encheu sua xícara com achocolatado claro – do jeito que ela gostava. Serviu Adrien também, embora que a comida do mesmo parecia ser as sobras do que ela pegou. Na bandeja, ainda haviam mais croissants, como se ele estivesse preparado para mais gente.

― Mas... ― Os garçons deixaram a mesa antes que ela perguntasse qualquer coisa. Percebeu, então, o pequeno envelope vermelho na frente do seu prato. Adrien começou a comer o croissant, sem tirar os olhos dela. Dentro do envelope, um cartão continha as seguintes palavras, novamente com a letra cursiva:

“Fico feliz que tenha vindo. Eu preparei várias coisas para você, mas o principal é esse lindo buque de flores. Você é a rosa, linda e única. É sua, pode pegar. Não tem espinhos, eu soube que se machucou da última vez quando tentou pegar uma.

Talvez você esteja confusa. Eu não estou aí, pelo menos não como você pensava, mas a graça é um desafio. Eu vou te dando pistas e você fará um caminho até chegar em mim e, quando isso acontecer, deixo você me bater.

Se quiser mais pistas (ou me denunciar para a polícia) vá até o cinema.

P.S. Por favor, pegue a rosa. Ela será importante das pistas futuras. “

Marinette não hesitou dessa vez, entregou direto a carta para Adrien, que a leu com cautela. Aproveitou para tomar café. Eles saíram tão subitamente que Marinette ainda estava de estômago vazio.

― Terminou? ― Adrien colocou o cartão na mesa ao perguntar para ela. ― Não quero te apressar, Mari, mas eu quero terminar logo com isso tudo. ― Ela assentiu e tomou o último gole da xícara. Um garçom veio retirar os pratos. ― Poderia trazer a conta, por favor? ― Perguntou, colocando a mão no bolso para pegar a carteira.

― A conta já foi paga, senhor. ― O garçom respondeu cordialmente e saiu da mesa. Adrien olhou com raiva para a mesa, mas se levantou. Marinette levantou também. Por um momento, pensou em deixar a rosa ali, mas ela a pegou mesmo assim. Sem nenhum espinho, como dizia na carta. Como ele soube do incidente da rosa, ela não sabia.

Adrien ficou em silêncio durante o caminho todo. Marinette estava segurando sua mão, mas sentiu a distância entre eles. Ela tentou puxar assunto vez ou outra, mas respostas objetivas que se seguiram.

Quando parou de tentar, já estavam na frente do cinema.

― O que a gente faz agora? ― Marinette perguntou, tentando se lembrar do cartão deixado na mesa. ― Pede informação?

― Com licença? ― Uma mulher alta e um pouco acima do peso os chamou, com o rosto esbanjando vida e as bochechas rosadas. ― Você é a Senhorita Marinette, não? ― Marinette assentiu com a cabeça. ― Muito bem. Ingresso para dois. Tiveram sorte, a sessão vai começar. Ah, quase me esqueci do cartão.

Marinette, com as mãos trêmulas, pegou os dois ingressos na mão da moça e o cartão, começando a lê-lo.

“ Sei o quanto você estava animada para ver esse filme, então comprei todos os lugares para que você possa aproveitar essa experiência somente com seus amigos.

Não exagere na pipoca, o almoço será servido em breve.

Para a próxima pista, saia do cinema e vá em direção ao restaurante japonês Okazaki Sushi.

(Nunca que eu daria comida chinesa para você, sei o quanto odeia.)”

― Meu Deus. ― Marinette arregalou os olhos. Adrien olhou para ela, preocupado, no mesmo instante.

― O que aconteceu?

― O idiota comprou todos os lugares do cinema. Adrien, isso é loucura. Vamos para casa, eu estou começando a ficar com medo. ― Ela deu o cartão para Adrien, que bateu o olho no que estava escrito e amassou, jogando no lixo em seguida.

― Confesso que não foi uma boa ideia. ― Marinette ia em direção a saída quando ele a segurou. ― Mas o que está feito, está feito, Mari. Você não para de falar desse filme, não vejo porque não entrar e assistir. É Dia dos Namorados e eu sou seu namorado. Eu quero passar o dia com você. ― Ela olhou bem fundo nos olhos dele, mas suspirou e aceitou.

Os dois entraram na sala do filme. Estava vazia, mas o lugar tinha sido decorado com pétalas de rosas.

― Isso é loucura. Muita loucura. ― Comentou baixinho antes de se sentar em um lugar no centro para assistir ao filme.

Foi tudo exatamente como ela esperava. Cenas fofas, cenas quentes e cenas tristes. Depois de duas horas, Adrien abraçava Marinette carinhosamente, sussurrando que era só um filme e que ela não precisava chorar pela morte do personagem principal. Marinette tentava sibilar alguma coisa coerente, mas só saiam palavras soltas e sem contexto.

Depois de alguns minutos, ela parou de chorar e Adrien conseguiu tirar ela da sala. Embora ela ainda fungasse algumas vezes e seus olhos estivessem vermelhos e ardendo, ela manteve a postura.      

― Já são uma e meia. Você já quer ir almoçar? ― Ela assentiu com a cabeça. ― Ele reservou alguma coisa? Podemos comer lá, aquele idiota não vai estar lá de qualquer maneira...

― Eu me sinto mimada.

― Você gostaria que eu te mimasse mais? ― Ele olhou fundo em seus olhos. Ela ficou vermelha de vergonha. Abriu a boca para contradizer, mas nenhum som veio.  Ele sorriu para ela. ― Não tem problema, querida. Eu espero te mimar muito daqui em diante. ― Ela sorriu timidamente.

Diferente da ida para o cinema, Adrien estava extremamente calmo e ria dos comentários da Marinette sobre o dia estar estranho. A frente do restaurante estava lotada de casais esperando para entrar. Marinette desanimou só de olhar.

― Acho que até a gente entrar, já vai estar na hora do jantar.

― Seu admirador deve ter reservado. Ele não seria tão burro, seria? ― Marinette olhou com dúvida para ele, mas o mesmo olhou para ela com confiança. Foi até a moça que cuidava das mesas e tudo que Marinette ouviu da frase foi seu nome sendo pronunciado. A mulher fez uma cara surpresa e pegou os cardápios. Adrien fez um sinal para Marinette se aproximar.

Os dois entraram juntos. Uma mesa para dois bem abaixo de um lustre redondo estava posta sem nada especial, exceto por um pequeno cartão.

Marinette leu:

“Espero que você aproveite esse almoço. A sobremesa estará mais estupenda. Você só merece do melhor.

Nada melhor que ver a tarde passar do que estar em um parque de diversões, não acha? Aqui um passe. Para quantas pessoas quiser (Pode furar fila com ele). Aproveite até o fim do dia. As 17:00, esteja na Roda Gigante, te colocarão na melhor cabine. Eu providenciei isso.

Aproveite! ”

Marinette pegou o pequeno cartão com seu nome gravado e guardou no bolso. Ela tinha desistido de tentar ir contra. Já estava tudo pago, ou ele ia desperdiçar dinheiro ou ela realmente ia se divertir e descobrir quem era o tarado por trás daqueles cartões e mimos. Ela gostava de ser mimada. Não estava odiando, era só... estranho.

Adrien leu o cartão e suspirou, com a mandíbula contraída.

Garçons começaram a servir todos os tipos de peixes e combinados. Marinette lembrou que a primeira vez que experimentara comida japonesa estava com Adrien e sorriu com a lembrança.

― Será que seu admirador também consegue te fazer sorrir assim? ― Adrien perguntou, com um sorriso convencido. Ela olhou confusa para ele.

― O quê? ― Indagou.

― Você sorriu do nada. Só podia estar pensando em mim. ― Ela riu.

Garçons vieram e retiraram todos os pratos. Um mais alto que os outros deixou um prato com uma tampa de servir comida por cima. Marinette olhou aquilo curiosa e o garçom tirou a tampa. Um ursinho de pelúcia escrito “Eu te Amo” estava ao lado de um prato com um bolo vermelho em forma de coração e decorações com Chantili.

― Não vendemos sobremesas assim, mas aquele homem trouxe especialmente para você, senhorita. ― Ela agradeceu. Olhou melhor o bolo. Reconheceria as inicias no biscoito de chocolate em qualquer lugar. Era um bolo da confeitaria de seu pai.

― Ainda bem que ele ainda não apareceu, porque ele já teria perdido todos os dentes da boca. ― Adrien se afundou na cadeira, irritado, e claramente reconhecendo de onde vinha o bolo.

― Adrien, você é meu namorado, não ele. ― Ela colocou um pedaço do bolo na boca.  Adrien esperou ela terminar de comer e não se surpreendeu quando não tiveram que pagar. Até ofereceram uma sacola para Marinette colocar o ursinho e a rosa.

― Próxima parada: Parque de Diversões. ― Ele pegou a sacola, a levando e deixando a mão de Marinette livre para que ele pudesse segurá-la. ― Eu estava pensando em te levar lá hoje, não sabia que realmente iríamos e sem pagar nada.

O passe que Marinette tinha os fez entrarem no parque sem passar em nenhuma fila, ainda fizeram eles poderem ir em todas as atrações antes que os outros.

A primeira atração foi a montanha-russa. Marinette se sentia bem com o vento batendo em seu rosto, ela se lembrava de seus tempos de Ladybug e isso aquecia seu coração com nostalgia. No fundo, ela sabia que Adrien pensava o mesmo.

As barraquinhas foram a segunda opção. Marinette conseguiu dois prêmios grandes com sua mira implacável. Adrien tentou, mas o máximo que conseguiu foi uma caneta como prêmio de consolação.

― É uma questão de honra. Você conseguiu um monte de prêmios e eu não consigo nem pegar algo decente para te dar. ― Adrien comprava pela décima vez o ticket da barraca de arremesso. ― É uma bola idiota e um alvo idiota, eu posso fazer isso.

Marinette riu, mas segurou seu braço por trás.

― Me deixe te ajudar, então. ― Ele olhou para ela com carinhos nos olhos e um sorriso surgiu. ― Não posso?

― Me sinto com os papéis trocados... vá em frente, my lady. ― Ele se virou para o alvo novamente e Marinette o ajudou a mirar e ajeitou seu pulso. No fim, Adrien conseguiu o segundo menor prêmio.

Não era algo muito grandioso, era apenas um minion do tamanho de uma mão. Adrien comparou seu brinde com o urso de pelúcia do tamanho do tronco de Marinette que ela segurava.

― Acho que seria uma ofensa te dar isso. ― Ela riu e ele sorriu ao ver a diversão passar por seu rosto. Ela pegou o minion da mão dele e o entregou o urso.

― Meu presente. ― Ele fez uma cara indignada.

― E a fantasia de enfermeira...? ― Ela gargalhou alto.

― Só se você for um bom menino... ― Disse e ele pegou na mão dela para continuarem a andar.

― Fomos de enfermeira para professora. Tem como ficar melhor? ― Ele fez uma careta. ― Tem. Você não tem alguma algema de policial, tem? ― Ela riu e negou com a cabeça. Ele suspirou, desapontado. Olhou para o relógio. ― São quase cinco horas. Hora da Roda Gigante.

Eles realmente tiveram sorte que Marinette tinha o passe livre, afila estava enorme e cheia de casais que queriam ver o pôr-do-sol com seu casal enquanto olhavam a luz laranja do sol se refletir na água.

― Sua cabine já está chegando. ― Uma moça falou. Eles esperaram 5 minutos antes que a moça os chamasses e eles entrassem na cabine vaga. Marinette não achava que ia se impressionar mais, mas ela ainda conseguiu se impressionar no quão romântico estava organizado aquela cabine. Em um dos lados, algumas velas artificiais dava um ar mais romântico e algumas pétalas de rosas estavam espalhadas.

Marinette prendeu a respiração, surpresa.

― Ele pensa em tudo, não? ― Adrien comentou, atrás dela. ― Vem, vamos nos sentar. ― Ele sentou no banco oposto e ela se sentou ao seu lado. ― Mais perto. ― Ele sorriu. Marinette o olhou com um ar divertido, mas deixou que ele passasse o braço por trás dela e a mesma se curvou até ficarem abraçadinhos na cabine. Adrien esticou a mão para pegar o cartão entre as velas e pétalas do banquinho da frente. ― Leia.

Marinette pegou com cuidado e abriu.

“ Espero que esteja gostando. O pôr-do-sol visto daí é lindo, que nem você.

Eu só preciso de mais um passo para que eu possa me revelar. Preciso que reúna todos os presentes que eu te dei. Sei que você nãos os jogou fora, nenhum deles.

Estarei te esperando para jantar comida italiana – dessa vez eu mesmo, em carne e osso. ”

― Isso é sério? ― Adrien tirou o cartão das mãos dela e jogou em um canto. ― Vemos isso depois. Nem pense em ir nesse encontro sozinha. Eu vou com você e dou uma surra nesse cara. ― Adrien arrancou risadas da Marinette. ― Você acha que é brincadeira, não acha?

― O sol está se pondo.... ― Uma música calma começou a tocar. Marinette percebeu a pequena caixa de som.

O clima estava tão romântico que Marinette não queria que acabasse. Estar ali, grudadinha com o Adrien, vendo o pôr-do-sol escutando sua playlist favorita era mais do que ela esperava para aquele Dia dos Namorados.

Infelizmente, a cabine parou, indicando que o passeio tinha acabado. Marinette levantou relutante, com um Adrien resmungando atrás dela. Ele pegou na mão dela e foram juntos para a saída do parque.

― Vamos direto para o restaurante? Eu acho que estou com tudo...

― A pulseira ficou em casa, lembra, princesa? ― Adrien deu um beijo em sua cabeça. ― A gente passa lá rapidinho e pega, o que acha? ― Marinette concordou com a cabeça. Os dois andaram suavemente até o apartamento de Adrien. Pegaram o elevador e subiram até a cobertura. O corredor que mostrava as duas portas – a de Adrien e a de seu vizinho – estava levemente iluminado pelas luzes brancas no teto. ― Faça as honras, princesa. ― Ele se curvou para ela, lhe dando a chave.

Ela riu de seu comportamento cordial. Passando a chave na fechadura, a porta foi destrancada. Ela abriu a porta e se deparou com a sala vazia, exatamente como tinha deixado antes. Deixou a sacola no chão e foi para a sala de jantar – caminho para a cozinha – e parou imediatamente.

Ali, na sala de jantar, a mesa estava posta para dois, com uma decoração vermelha e branca e um castiçal iluminando tudo, com a ajuda de outras velas. Marinette olhou para aquilo incrédula. Todos os pratos que seriam servidos estavam na mesa de apoio e, pelo fato da tampa ser de vidro, Marinette conseguiu ver tudo: Pão e acompanhamentos, salada para entrada, macarrão com carne como prato principal e petit gateau como sobremesa.

Ela andou até a mesa e viu, em cima do prato, um cartão.

“ Estou aqui! O que achou da surpresa? Olhe para trás.”

Marinette se virou lentamente e teve que tampar a boca e o nariz com as mãos para evitar chorar. Adrien estava ali, ajoelhado, esticando uma pequena caixinha com uma aliança.

― Marinette, aceita casar comigo? ― O rosto dela ficou vermelho e as lágrimas rolaram enquanto ela aceitava freneticamente com a cabeça. Ele se levantou e colocou o anel em seu dedo, sorrindo. Abraçou ela e afagou seus cabelos, dando um beijo no topo de sua cabeça em seguida. ― É muito difícil fingir ciúmes quando você sabe da verdade.

― E-Era você...?

― Era. É muito difícil te surpreender, Mari, mas eu queria que fosse especial e inusitado, como você é para mim. De certa forma, as cartas não mentiram. ― Ela esfregou o rosto com as mãos. ― Eu te mimei o suficiente?

― Você é louco. ― Ele sorriu, enquanto apertava sua cintura com as mãos.

― Louco por você.

Feliz Dia dos Namorados!

Esse especial realmente ocorre na história, mas, como deu para perceber, é no futuro e depois que a história principal acabar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!