Simple like Flowers escrita por BlueLady


Capítulo 12
Capítulo doze - A Garota Nova


Notas iniciais do capítulo

Bem, minhas aulas voltam na segunda, portanto o fluxo de capítulos deve diminuir, arrumarei meus horários depois da segunda semana, até lá, talvez fique um pouco desregulado.
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Eu nem sei quanto tempo eu demorei dessa vez, mas acho que não foi muito né?
Enfim, tenho planejado um especial muito legal nesse carnaval, então esperem o aviso!

Queria muito agradecer a Deni e Beast Writ pelas recomendações, vocês me deixaram muito feliz ♥



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LEIA AS NOTAS INICIAIS (PELO MENOS ATÉ OS ****)

Ok, conversar com um cara megagostoso que com certeza era o oposto do irmão que por acaso ela deu um fora no dia anterior não estava na lista de afazeres do dia.

Relutante, ela concordou.

― O-Onde vamos? ― Ele olhou ao redor, procurando algo. Talvez estivesse com medo sobre o lugar na qual ele iri leva-la.

― Tem uma cafeteria aqui perto. ― Ele apontou para uma cafeteria que estava daquele lado da rua. ― Achei que preferiria conversar sentada para não ter pra onde fugir. ― Ele sorriu levemente cínico.

Marinette queria fugir, sair correndo sem destino, mas ao notou que seria uma falha, afinal, Marinette parecia um anão de jardim perto do outro garoto.

― A-Alya. ― Marinette entregou as sacolas. ― V-Você pode ficar com isso para mim, enquanto eu converso com o... Irmão do Nath. ― O garoto percebeu um certo receio da garota ao pronunciar seu nome, mas não é como se ele ligasse.

 ― C-Claro, volta logo, viu? Me liga. ― Alya estava tão apreensiva quanto Marinette.

Em silencio, Marinette foi se aproximando da cafeteria junto com Achille. Ele podia ser lindo como fosse, ainda era intimidador.

Eles entraram e se sentaram em uma mesa próxima a janela, uma moça veio logo atendê-los

― O que vão querer? ― Ela era bem sorridente, mas dava para ver sua tentativa de aproximação com o garoto.

― Um milk-shake de chocolate com cobertura extra. ― Ele sorriu sedutoramente para a garota que corou.

― E-Eu quero uma agua. ― Na verdade, Marinette queria mesmo era estar bem longe dali.

A garota foi embora. E o silêncio reinou sobre eles, até que ela voltou com os pedidos.

Depois de dar um gole no milk-shake, ele começou a falar.

― Bem, Nathanael chegou chorando em casa ontem falando dobre uma tal de Marinette. Não costumo perdoar quem perturba meu irmão.

― M-Mas eu... ― Ela tentava se explicar.

― Não é porque você é a garota que ele gosta que você pode brincar com ele desse jeito.

― E-Eu s-sei, m-mas...

― Ele tem fotos suas no quarto dele, sabia? Fotos, desenhos e até umas coisas suas que ele achou.

―... Quê? ― Marinette ficou um pouco surpresa com a revelação e sua mente só pensou em seu quarto com as fotos do Adrien. ― Ahn, eu gostaria de...

― Ele foi com você ao cinema, não foi? Eu fique TRÊS HORAS dando todas as dicas possíveis para ser o melhor encontro da vida dele e você sai correndo?

― B-Bem, não f-foi...

― Marinette, eu sou estritamente paciente, menos quando se trata de Nathanael. Ele sempre foi tímido na escola e por isso, zombado. Eu tinha que proteger ele, mas agora eu já cresci e estou na faculdade, não posso ficar mais protegendo ele. Mas não vou deixar barato para qualquer pessoa que perturbá-lo.

― Mas eu... ― O celular dele começou a tocar.

― Alô? Ah, oi Nath. ― Pausa. ― Na cafeteria perto de casa com aquela menina que você gosta. ― Marinette corou um pouco. ― Estamos conversando. ― Pausa. ―  Sobre o dia que você chegou chorando em casa. ― Pausa. ― Como assim não era pra falar? ― Ele fez uma careta e depois afastou o celular da orelha. ― Ele desligou na minha cara.

― Ahn... ― Marinette tentou chamar sua atenção. ― P-Posso me explicar?

Ele encarou ela quieto.

― Bem, naquele dia do cinema, aconteceu uma coisa que me deixou muito brava e triste, então eu sai correndo, mas não foi nada com o Nath, não foi culpa dele. E-Ele foi muito gentil comigo o tempo todo.

Achille ainda não falava nada.

― No dia seguinte, eu queria falar com ele e pedir desculpas, mas ele pegou um resfriado e não pode ir. Mesmo assim, eu liguei para ele. Nath estava muito feliz com isso, mesmo eu tendo feito ele ficar daquele jeito. ― Ela se encolhia na cadeira cada vez mais. ― E-Eu me senti muito mal. Nath é um menino muito bonzinho e eu me sentia se aproveitando da bondade dele.

Achille tomou um gole do milk-shake, a expressão no rosto dele não variava muito.

― De qualquer forma, o-ontem, o Nathaniel me... Me chamou para conversar depois da escola. E-Ele se declarou para mim. ― As bochechas de Marinette ficaram levemente coradas. ― M-Mas eu não sou uma boa pessoa para ele. E... E eu já gosto de outra pessoa. ― Ela não olhava para o garoto em sua frente.

― Ah, então foi isso? ― Ele não parecia muito impressionado. Na verdade estava bem calmo.

― S-Sim... ― Achille suspirou, parecia levemente cansado.

― Você me fez falar tudo aquilo para ser um mal entendido? Sabe, eu tenho outras coisas para fazer da vida. ― Marinette ficou perplexa. Como mesmo estando errado ele agia daquela maneira?

― Eu tentei, mas você não me deixava falar! ― Marinette ficou indignada. ― Por que você me odeia tanto?

― Garotinhas como você são irritantes. Gosto de mulheres mais maduras. ― Mesmo que ele mostrasse sua cara de indiferença, seus olhos brilharam um pouco e suas maças do rosto avermelharam.

― Pffff... ― Marinette segurou o riso.

― Do que está rindo? ― Seu rosto ficou mais duro, como se ele estivesse irritado.

― Não estou rindo. ― Ela tentava se controlar, mas seu rosto mostrava que ela estava se divertindo.

― Marinette? ― Ela ouviu uma voz vindo do seu lado. Ela se virou para encarar a pessoa que a chamou.

― Nath? Por que está aqui? ― Ela perguntou, olhando para ele.

― E-Eu... ― Seu rosto ficou vermelho. ― Ah, b-bem, m-meu irmão n-não falou na-nada de estranho, n-né? ― Ela lembrou de quando Achille falou sobre o quarto de Nath.

― O-oh, não... N-Nada de estranho. ― Ela tentou sorrir, mas saiu algo meio desajeitado.

Nathanael ficou branco. Ele percebeu que Achille tinha contado algo.

― O-O que você contou? ― Ele se virou para o irmão.

― Só sobre seu quarto. ― Se antes Nathanael estava branco, naquele momento, ele ficou mais pálido que uma folha de papel. Em seguida, toda a cor voltou para o seu rosto rapidamente e sua face avermelhou até que não fosse mais possível.

―É-É-É m-mentira d-dele, t-tá? ― Nathanael tentava se explicar para a garota.

― C-Claro. ― Um clima estranho se instalou ali.

― Bom, acho que já conversamos o necessário, garotinha. Saiba que se importunar meu irmão eu... ― Achille quebrou o silêncio com uma ameaça.

― Eu não tenho mais 6 anos, Achille, eu sei me cuidar sozinho. ― OK, talvez aquilo não fosse tão verdade assim, mas ele poderia mentir facilmente para o irmão se fosse para proteger Marinette.

― Certo, certo, vamos então. ― Achille levantou e fez um sinal para que Nathanael o seguisse.

― M-Mari, você ficará bem sozinha? Q-Quer que eu te l-leve em casa? ― Ele se atrapalhou um pouco com as palavras.

― Não precisa, a Alya está me esperando. ― Ela sorriu para ele. ― Obrigada por se preocupar. ― Depois de uma rápida olhada em seu rosto, para ver se estava tudo bem mesmo, ele se deu por vencido e seguiu o irmão.

― Onde você estava? Falando com a garotinha?

― Por que você chama ela assim? É estranho. E lembre-se que ela é a garota que eu gosto. ― Se Marinette estivesse vendo aquela cena, ela não acreditaria que aquele garoto tímido falava daquele jeito com o irmão.

― “Garota que eu gosto”, “Garota que eu gosto”. ― Achille imitou a voz do irmão. ― Seja menos infantil, por favor? ― Nathanael fez uma cara feia. ― Você deveria gostar de garotas mais maduras, não essa criancinha.

― Para de falar dela assim. ― Nathanael ficou emburrado.

Achille sorriu e bagunçou os cabelos do irmão.

― Eeei.

― Quando foi que aquele garotinho cresceu tanto?

Eram realmente irmãos bem unidos.

***

― Hey, Pierre. ― Oliver chamava. ― você colocou as toalhas para lavar?

Pierre estava sentado no sofá da sala jogando videogames.

― Que toalhas? ― Pierre não tirava a atenção da tela.

― Pierre! ― Oliver chamou sua atenção. ― A gente concordou em dividir as tarefas para morarmos juntos, lembra?

― Ah, só um minutinho... MORRE DESGRAÇADO! ― Um game over apareceu na tela. ― Esse jogo tá bugado, só pode.

― Ótimo, agora que morreu, pode me ajudar aqui? ― Pierre se levantou e foi até o amigo.

― O que eu preciso fazer?

― Já lavou a louça? Já colocou as roupas para lavar? Arrumou seu quarto? Fez a...

― Você vai me deixar louco. ― Interrompeu Pierre. ― Parece uma mãe falando.

― Eu gosto de coisas arrumadas, tá legal? Não tenho culpa que você é um porco.

― Ei, posso ser um porco, mas tenho sentimentos, tá legal?

― Então deixe a ‘mamãe’ feliz e vá lavar a louça. A cozinha é ali. ― Ele apontou para o cômodo atrás do sofá.

― E você, o que você faz? ― Pierre disse tentando se livrar das obrigações.

― Além de cozinhar, fazer faxina, limpar o banheiro, arrumar meu quarto, arrumar o SEU quarto, colocar o lixo para fora e arrumar as merdas que VOCÊ faz? É acho que nada. ― Pierre fez biquinho, mas foi para a cozinha.

Oliver começou a arrumar as coisas na sala. Morar com Pierre era como pedir para ter a casa mais bagunçada da região.

Um toque de celular preencheu o cômodo que só tinha o barulho de agua caindo. Oliver chegou mais perto de onde veio o som e viu que era uma mensagem no celular do amigo.

― Pierre, chegou mensagem para você. ― O som da água parou rapidamente. Oliver leu de relance o remetente e seus olhos arregalaram, mas não teve tempo o suficiente para abrir a mensagem, pois a mão de Pierre pegou o celular correndo.

Pierre abriu a mensagem e a leu longe do alcance possível de Oliver. Seu rosto sorriu um pouco e suas bochechas coraram.

― Pierre, por que...? ― Não conseguiu terminar a frase de tanta surpresa.

― Não é da sua conta, Oliver. ― Ele mostrou uma cara irritada para o amigo.

― Como assim não é da minha conta? Pierre, isso... ― Pierre colocou o celular no bolso e foi para o quarto.

― Eu lavo a louça mais tarde. ― Gritou para o amigo e fechou a porta.

Oliver ainda estava perplexo. Ele não acreditava que o amigo estava se comunicando com ela. Podia ser qualquer um, menos a Stephanie.

***

Marinette passou a noite inteira do dia anterior escrevendo em seu diário e agora não conseguia se concentrar em acordar propriamente para ir a escola.

Passou seu domingo inteiro desenhando roupas e mexendo na internet.

Marinette se arrumou e deixou os cabelos soltos. Fazia tempo que não usava suas marias-chiquinhas ou as roupas que usava a um tempo.

Mas ela se sentia mais original assim.

Saiu de casa depois de pegar um lanchinho para comer.

Pensava em várias coisas no caminho. Sobre a viagem para a praia, sobre a conversa que teve com Nathanael no dia anterior...

Parou quando viu a escadaria da escola.

Adrien estava parado no topo da escada conversando com Nino. Por algum motivo, ela travou.

Tinha ficado dois dias sem falar com ele, mas isso fazia com que ela esquecesse novamente como se anda e fala perto dele.

Sem perceber, se escondeu atrás da escada. Ficou olhando para os dois na escada esperando eles irem embora, mas eles demoravam muito.

― O que você está olhando? ― Uma voz surgiu atrás dela. Uma cabeleira loira apareceu do seu lado, tentando descobrir o que a garota olhava.

Marinette levou um susto, e deu um pulo.

― A-Ah, é você. ― Ela suspirou aliviada quando olhou para a garota que a encarava curiosa. Era a garota que ela tinha encontrado no sábado.

Ela tinha um rosto bem bonito, e seu cabelo loiro com corte channel mostrava muito bem isso. Ela era fofa e parecia bem simpática, com seus grandes olhos azuis.

― Você é muito fofa, sabia? ― A garota comentou. ― Muito obrigada pelo o outro dia, você me ajudou bastante.

― D-De nada. ― Ficou envergonhada com o comentário da garota.

― Como você se chama? Nem tivemos tempo de nos apresentar. ― Ela sorria.

― Marinette, e você?

― Prazer Marinette, meu nome é Stephanie.


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Notas finais do capítulo

Espero que não queiram me matar que nem as meninas do grupo

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