O Herói Fantasma escrita por Cris de Leão


Capítulo 8
Conversa e Proposta


Notas iniciais do capítulo

Olá. Mais um capítulo. Boa leitura.



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Sempre que me encontro com Atena tenho que ficar em guarda. Nunca se sabe quando ela atacará. O que ela tava fazendo no meu sonho? Se é que isso é um sonho. Ou melhor, o que ela quer comigo?

– Você deve estar se perguntando o que estou fazendo em seu sonho – disse ela.

Caramba. Ela sabe ler a mente? Preciso ter mais cuidado com o que penso.

– Bem.... sim – digo inseguro.

– Bom, estou aqui para me desculpar – disse ela me olhando.

Franzi o cenho. Como é? Eu ouvi direito? Mas antes que eu falasse ela continua:

– Quero me desculpar pelo o que disse a você há algum tempo. Que você não merecia a minha filha, que não era digno dela, mas você provou o contrário. Fez sacrifício por ela por recusar a imortalidade e se jogando no tártaro só para não se separar dela – ela falava remexendo as mãos como se fosse difícil admitir isso. – Enfim, quero que saiba que tem a minha admiração. Não só por isso, mas também por ter escolhido sua mãe ao invés da imortalidade – disse ela me olhando com aqueles olhos cinza que lembravam outros olhos cinza.

Cara, sério. Eu estava pasmo. Eu tenho certeza que ela engoliu seu orgulho para falar isso. Será que ela não era tão fria como eu pensava?

– Eu só fiz o que achava certo. A primeira vez foi porque eu não queria me separar da Annabeth, eu a amava e agora tem a minha mãe. Eu também a amo e não queria mais que ela sofresse por minha causa. A guerra acabou e eu queria ter uma vida normal ao lado dela e.... da Annabeth. Mas nem tudo é do jeito que a gente quer. Olha só onde estou agora. Deitado numa cama, paralisado, dependendo dos outros e mais uma vez minha mãe passando por aflições por minha causa. Eu sou mesmo um azarado.

– Você... não a ama mais? – perguntou.

Respirei fundo.

– Não se pode esquecer alguém que você amou e se dedicou assim de repente. Mas é o que eu preciso fazer. Não estou zangado com ela, só estou decepcionado. Achei que depois de tudo pelo o que passamos, agora que estamos em paz, poderíamos refazer nossas vidas juntos. Tínhamos feito planos, terminar nossos estudos e fazer faculdade juntos em Nova Roma. E.... futuramente casarmos formarmos uma família – falou ele sonhador. – Mas infelizmente ela preferiu outro caminho.

Atena o olhava consternada. No fundo ela também se decepcionou com a filha.

– Como minha mãe disse, eu devo seguir em frente.

– Eu sinto muito pelo o que aconteceu – ela disse. Percy ouviu seu pensamento. Ela estava sendo sincera. - Nós estávamos na sala do trono quando o alarme de perigo tocou – eu olhei pra ela com a cara de interrogação, pois ela explicou – Hefesto instalou uma espécie de alarme de perigo na sala do trono. Sempre que acontece algo de suma importância o alarme toca e todos se reúnem. Foi assim que vimos tudo o que aconteceu.

– E por que vocês não vieram ajudar? – perguntei irritado.

– Nós queríamos, mas Zeus não deixou por causa das leis antigas. Por isso não pudemos interferir. Acredite todos queriam vir te ajudar, mas Zeus não arredou pé. Mas aí sua mãe aparece e ficamos pasmos com a atuação dela. Aliás, devo dizer que ela se saiu muito bem. Ela ganhou a admiração de todos.

– Ela é demais, não é? – digo todo orgulhoso.

– Todos entenderam seus motivos por ter recusado a imortalidade. Você tem uma mãe incrível! – disse a deusa sincera.

– Obrigado por entender – agradeço.

– Bem, eu não vim aqui só pra isso, mas para te fazer uma proposta.

– Proposta.

– Sim. Enquanto você estiver desacordado nós achamos que exercícios farão você se recuperar mais rápido.

– Alôô, eu não posso me mexer.

– Você não entendeu. Você vai se exercitar em sonho.

– Isso é possível?

– Claro. Eu vou te ajudar.

Levantei uma sobrancelha.

– Hum.

– Que foi?

– Nada. Quando começamos?

– Agora – disse ela já se armando.

– Mas eu não tenho a minha espada.

– É só imaginar que ela está com você e ela aparecerá.

Fiz o que ela disse e Contracorrente apareceu na minha mão.

– Isso foi legal!

– Vamos começar.

Então começamos o treino. Atena é uma adversária de respeito. Ela parecia saber o que eu ia fazer, pois rechaçava todos os meus ataques e quando atacou eu quase não conseguia me defender. Ela vinha com tudo não me dando tempo para pensar. Afinal, ela é a deusa da guerra estratégica, era preciso inteligência e astúcia para vencê-la num combate.

Atena e Ares são os deuses da guerra. Este último, não usava de estratégia, perdia o controle muito fácil quando provocado e assim perdendo o foco. Foi o que aconteceu na vez que eu e ele lutamos. Ele estava tão cego de raiva que não conseguia me acertar e acabei ferindo-lhe a perna fazendo seu sangue divino escorrer.

Atena era outra história. Ela mantinha o foco, não se deixava levar pelas emoções, calculista esperava a hora certa para dá o bote. Por isso, não era bom subestimá-la.

Continuamos o combate por mais algum tempo até que ela consegue me desarmar colocando sua espada na minha garganta. Ela me olhou nos olhos e sorriu se afastando.

– Acho que por hoje chega. Para o primeiro dia até que você se saiu bem – disse ela.

Como eu disse, não subestime essa coruja.

– Obrigado – disse ofegante.

– Amanhã eu volto. E você precisa dormir. Até amanhã – ela disse e sumindo deixando um cheiro de livros novos.

Por incrível que pareça eu estava me sentindo melhor.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Prometo não demorar a postar.
Até próximo capítulo.



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