O Herói Fantasma escrita por Cris de Leão


Capítulo 7
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo e de novo! Mais um capítulo de presente pra vocês. A mesma luta sob o ponto de vista de Percy. Boa leitura.



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POV do Percy

Estava arrumando algumas coisas que não mais precisava para doação quando a campainha toca. Vou atender e tenho uma surpresa desagradável. Kelli, a empousa estava na minha porta.

– O que está fazendo aqui? – pergunto me afastando da porta.

– Ora, vim visitar um amigo – disse ela entrando. – Não gostou?

Merda. Era só o que me faltava. Eu achando que ia ter paz depois da guerra me aparece esse encosto. Eu sou mesmo um cara azarado.

– Você nunca está só, onde estão as suas parceiras? – pergunto já com Contracorrente na mão.

– Elas tiveram um contratempo durante a guerra, mas eu escapei – disse ela sorrindo.

– Então, quer se encontrar com elas? Posso providenciar isso – digo já atacando, mas o monstro se defende com sua adaga.

Nossa luta destruía tudo que estava no caminho. Minha mãe não ia gostar nada disso. Eu atacava com tudo, mas Kelli estava determinada a me matar. Essa garota era um pé no saco, ela nunca desiste de acabar com o meu sossego.

Eu avanço novamente, mas eu perco o equilíbrio quando piso num abajur quebrado. Essa foi a deixa para Kelli atacar. Ela enfiou sua adaga no meu braço, uma dor terrível me invadiu. Eu tentei continuar lutando, mas o braço começou a ficar dormente e eu fiquei tonto. Larguei a espada e tentei me manter em pé, mas o corpo também ficou dormente e acabei caindo e não me mexi mais.

O monstro se aproximou. Por um momento achei que ela fosse dá o bote, ma ela disse:

– Está se sentindo dormente, querido? Você vai ficar assim por muito tempo. É veneno de píton, logo você estará mortinho da silva – disse ela triunfante. – HAHAHA, eu não acredito consegui te pegar herói. HAHAHA.

Nesse momento minha mãe entra. Ela olha para mim e para a destruição do apartamento. Então ela pega a espada que estava perto da porta e aponta para o monstro e diz:

– Sai de perto do meu filho, monstro – diz minha mãe com cara de poucos amigos.

A senhora Jackson pode ser a pessoa mais amável do planeta, mas não mexa com sua cria. Ela vira o bicho.

Kelli se levanta e vai andando com seus passos desengonçados em direção à minha mãe. Meu coração ficou apreensivo, Kelli era traiçoeira, ela já provou ser uma adversária para ser levada a sério.

Minha mãe continuava apontando a espada não dando chance para ela se aproximar, mas eu sabia que era questão de tempo para o monstro atacar.

Dito e feito. Kelli atacou, mas minha mãe aparou a adaga venenosa com a espada e dando-lhe um chute na barriga que a surpreendeu.

Boa, mãe!

– Ora, a mamãe sabe lutar! Estou impressionada! – disse Kelli com deboche.

– Guarde o deboche para si mesma – rebateu minha mãe.

– Como quiser – disse Kelli atacando, mas desta vez com mais velocidade.

Minha mãe se defendia sempre mantendo a guarda alta, assim como eu havia lhe ensinado. Desse modo ela poderia encontrar uma brecha para atacar. E foi quando aconteceu. Numa manobra que surpreendeu até a mim, ela desarmou o monstro deixando Kelli furiosa.

– Maldita – gritou ela. – Você me paga – ela disse avançando.

Dessa vez Kelli deixou que a raiva a dominasse abrindo sua guarda atacando a esmo. Minha mãe aproveitou isso para tirar vantagem. Ela usou a manobra de enganação que é atacar de um lado quando na verdade o outro lado é o alvo. E foi o que fez. Ela fez que ia atacar o lado direito, mas atacou o esquerdo dando um corte na lateral do monstro que ficou surpresa e numa virada digna de uma heroína de filme decepou-lhe a cabeça que virou pó antes que chegasse ao chão, o mesmo acontecendo com o corpo.

Ela conseguiu! Ela foi demais!

Cara, eu amo essa mulher!

Se eu pudesse me mexer a abraçaria. Ela vem correndo até mim muito preocupada, chamando meu nome, mas infelizmente eu não podia responder. Eu queria lhe dizer que estava tudo bem, mas não estava. Embora eu não sentisse mais dor, não conseguia sentir seu toque. Estava totalmente anestesiado.

Três luzes apareceram na sala. Eram os deuses, um deles meu pai. Apolo e Hestia ficaram comigo, meu pai afastou-se com minha mãe. Ambos os deuses começaram meu tratamento ali mesmo. Podia sentir o poder de Apolo fluindo pelo meu corpo me aquecendo.

Hestia estava curando meu braço. Enquanto ela fazia isso reparei que ela estava diferente. Parecia mais velha, talvez uns 25? Nunca a tinha visto assim, ela só aparecia como uma criança de 8. Ela era muito bonita. Cabelos ruivos cor de fogo e olhos da mesma cor, rosto delicado. E ela é minha tia. Então Apolo levanta e diz:

– Fiz tudo que podia para conter o avanço do veneno, mas ele precisará ficar em observação. Quanto à paralisia, só o tempo dirá quando cessará – disse o deus do sol.

– Quanto tempo? – perguntou meu pai.

– Não posso calcular. Talvez dias, semanas, meses ou até anos – disse o deus.

– Oh, meu Deus – disse minha mãe já chorando.

– Percy é forte. Ele vai sair dessa – disse Hestia como sempre dando esperança.

Dizem que a esperança é a última que morre. Mas Hestia sendo a deusa da esperança é imortal. Portanto eu acredito que a esperança não morre.

– O que você sugere Apolo? – pergunta meu pai.

– Ele vai precisar de monitoramento cardíaco, cerebral e respiratório. Sugiro que ele seja levado ao Olimpo, assim poderei cuidar melhor dele lá – disse Apolo.

Nããão, eu não quero ir pra lá.

Minha mãe protestou. Ela não queria se separar de mim. Meu pai ia argumentar, mas ela não arredou pé e teve a ajuda de Hestia.

– Então podemos montar uma UTI aqui mesmo, assim a senhora poderá ficar com seu filho e dois campistas de Apolo poderão servir de enfermeiros fazendo o monitoramento. O que acham? – perguntou Hestia.

Apolo concordou e meu pai endossou. Valeu titia.

E assim montaram tudo. Transformaram meu quarto numa UTI com cama hospitalar e aparelhos de monitoramento. Apolo colocou os eletrodos em mim e verificou que estava tudo bem, então foi buscar seus filhos no acampamento. Hestia e meu pai foram embora ficando só a minha mãe.

Os dois campistas de Apolo eram o Robert e o Daniel. Eu os conheci antes de sumir do acampamento. Eles eram tão bons curandeiros quanto Will Solace. Apolo aparecia uma vez ao dia para ver o meu progresso que era nenhum. Quando viu que eu não estava conseguindo respirar ele me sedou e entubou. Daí eu apaguei.

Mas algo estranho aconteceu. Eu estava consciente. Como assim, eu não estou sedado? Eu deveria estar dormindo, certo?, mas eu estava bem acordado. Será que eu estou sonhando?

– Sim, você está sonhando – diz uma voz.

– Quem falou isso? Apareça – digo alarmado. Tateei meu bolso não encontrando Contracorrente.

Silêncio.

Eu já ia falar de novo quando a voz se pronuncia.

– Tenha calma, Perseu – disse a voz. – Não sou sua inimiga – diz a voz novamente e um brilho aparece na minha frente formando uma figura bem conhecida que eu não esperava.

– Olá Perseu – disse a figura.

– Lady Atena – digo desconfiado e surpreso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Postei esses capítulos como presente de fim de ano. Por isso, uma boa passagem de ano a todos. Até o ano que vem.



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