O Herói Fantasma escrita por Cris de Leão
Notas iniciais do capítulo
Olá. Depois da decepção o que Percy fará? Só lendo pra saber.
Ao chegar a seu palácio Poseidon deixou Percy na sala e foi até a cozinha e lhe trouxe um suco azulado que era o favorito de Percy. Sentou-se ao lado dele e disse:
– Pode chorar filho. Só estamos nós aqui.
Então Percy deixou as lágrimas rolarem a vontade. Chorou litros. Poseidon passou os braços em torno do filho e o consolou. Ele sabia o que era ser deixado de lado, pois também já sofreu por amor. Então ele entendia a dor do filho.
Depois de Percy ter se acalmado, Poseidon lhe deu o suco. Percy bebeu tudo e então falou:
– Eu sou patético, não sou?
– Nada disso. Você é humano, com sentimentos humanos. Nunca fale assim de você. Eu tenho uma proposta a lhe fazer. Que tal passar um tempo comigo em Atlântida?
Percy olha seu pai surpreso.
– Vamos Percy, vai ser bom. Assim poderá passar mais tempo com Tyson, conhecer melhor os meus domínios. O que acha?
– Não sei. Não quero impor a minha presença.
– Se está preocupado com Anfitrite e Tritão não será problema. Eles até perguntaram se você gostaria de passar um tempo em Atlântida.
– Sério?
– Sim, Tritão gostaria de te conhecer melhor. Ele e Tyson se dão muito bem.
– Mas pai, Tyson é um ciclope e eu sou semideus. Acha que ele gosta de mim? Duvido.
– Não diga isso. Seu irmão está curioso a seu respeito. Então o que me diz?
Percy suspira. Por que não? Está na hora de espairecer.
– Tudo bem pai. Eu vou.
Poseidon sorri aliviado.
– Ótimo. Se quiser podemos ir agora mesmo – disse ele entusiasmado.
– Calma aí pai. Eu gostaria primeiro de ver a minha mãe. Faz tempo que não a vejo. Ela pode até achar que eu morri.
– Ah, claro, claro. Tem razão. Quer que eu te leve até lá?
– Sim, por favor.
– Então vamos.
E os dois somem num brilho verde e reaparecem em frente ao apartamento de Sally. Percy toca a campainha duas vezes. E ouve uma voz que diz:
– Já vai.
Pai e filho se entreolharam ansiosos. Então o barulho de chave girando e a porta abre. Por um momento a mulher ficou parada olhando os dois homens a sua frente e então o garoto fala:
– Mãe?
Só então ela acorda do transe. E olha para o filho com os olhos marejados. Ela então puxa o menino o abraçando forte.
– Meu filho – ela diz chorando. – Meu filho, você voltou.
E começou a beijá-lo pelo rosto fazendo o mesmo rir.
– Calma mãe, hahaha – ele disse rindo.
Sally não continha a felicidade de ter seu filho nos braços novamente. Estava tão feliz que nem se deu conta da presença de Poseidon. Só depois de muito tempo é que ela olhou o homem atrás do filho. Ela arregalou os olhos surpresa.
– Er... Olá. Não o vi – disse ela sem graça.
– Não se incomode, eu só vim deixar o Percy. Eu já estava de saída. Bom, filho quando você quiser é só me dá um sinal e eu virei te buscar.
– Obrigado pai, de verdade.
Os dois se despediram com um abraço e então ele desapareceu num brilho verde com cheiro de mar.
Tanto Sally quanto Percy se olharam e sorriram.
– Ah filho, que saudade. Você ficou muito tempo sem dar notícias. Eu já estava pensando no pior.
– Eu sei mãe. Me desculpe, mas eu não tinha como te avisar. Eu fiquei sem memória por um tempo e não me lembrava de você, do Paul, dos meus amigos. Foi muito difícil.
– Você perdeu a memória?
– Pois é. Culpa dos deuses. Mas depois eu soube que foi necessário para que houvesse a chance de vitória nessa última guerra. E deu certo.
– Deve ser horrível não poder lembrar de nada.
– Toda vez que eu tentava me dava uma tremenda dor de cabeça. A única coisa que eu lembrava era o meu nome e... da Annabeth.
– Por falar nisso ela esteve aqui atrás de você muito aflita a sua procura. Ela disse que você tinha sumido do acampamento, o que me deixou muito preocupada. Como ela está?
– Ela está bem. Agora ela é uma deusa – disse ele triste.
– Oh, filho, sinto muito.
– Tá tudo bem, mãe. Foi escolha dela. Ela já passou por muitas coisas também.
Sally viu que Percy estava triste.
– Por que você também não aceitou a imortalidade, assim poderia ficar ao lado dela para sempre.
– Eu não queria te deixar mãe. Se eu aceitasse nunca mais poderia ver você de novo.
– Oh, filho. Sempre pensando em outros – disse passando a mão no rosto do filho. – Mas então siga em frente. Não deixe a tristeza te consumir. Venha, vou fazer uns petiscos pra você.
– Hummm, estava com saudades dos seus biscoitos azuis.
– Então venha me ajudar a preparar. Assim você me conta suas aventuras.
– Ok.
Então mãe e filho vão para a cozinha preparar os biscoitos.
No Olimpo, duas deusas observavam o jovem com a mãe. Elas sorriram com a resposta do herói. Uma delas comenta:
– Esse menino é de ouro. Ele não aceitou a imortalidade só por causa da mãe. Ele não é demais? – comenta Hestia emocionada.
– Sim. Ele pensou primeiro na família ao contrário de uma “certa” semideusa – comenta Hera torcendo a cara. Ela ainda não gostava da garota.
Ambas se afastam do espelho mágico sorrindo. No entanto, Hera havia tomado uma decisão.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ah, nada como o lar! O que acharam?
Até o próximo capítulo.