O Herói Fantasma escrita por Cris de Leão


Capítulo 11
Acordando


Notas iniciais do capítulo

Eis o último capítulo. Como eu já havia avisado antes essa parte da história termina aqui, pois o resto do enredo não ficou de acordo com o título, por isso eu dividi a fic em duas fases. Portanto aqui termina essa fase. Darei mais informações lá embaixo.
Boa leitura.



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Quando Percy deixou as crianças voltou à sua casa para ver a mãe.

Ele foi primeiro ao seu próprio quarto. Viu a si mesmo deitado com a respiração lenta e os monitores apitando. Viu um dos garotos dormindo enquanto o outro estava de plantão anotando alguma coisa numa prancheta. Passou direto e foi até o quarto de sua mãe. Entrou através da porta e se aproximou da cama. Ela estava dormindo tranquilamente ao lado de Paul. Passou a mão em seus cabelos, mas afastou rapidamente quando Sally se remexeu.

– Aguente mais um pouco mãe. Logo estarei de volta – sussurrou.

Sally suspirou e Percy se afastou.

Teletransportou-se novamente para a casa das crianças, passou através da porta e ficou quieto ouvindo o que o pai falava.

– Lembram-se quando eu contava a vocês as histórias dos deuses e heróis gregos?

As crianças assentem.

– Pois bem, os deuses são reais. Sua mãe é uma deusa. Afrodite, deusa da beleza e do amor. Isso faz de vocês semideuses.

– É por isso que temos que ir a esse acampamento? – perguntou o garoto.

Garoto esperto, pensou Percy.

– Isso mesmo. Esse é o lugar mais seguro para pessoas como vocês. Os monstros não entram porque é protegido por uma barreira mágica.

– Foi o que o Gasparzinho disse – falou a menina.

– Bom, e onde está esse Gasparzinho? Gostaria de agradecê-lo por salvar vocês.

– Estou aqui – falou Percy.

As crianças se viraram e o veem.

– Oh, ele está aqui! – diz a menina alegre.

– Onde? – pergunta o pai.

– Aqui perto da gente – diz a menina.

O pai olha na direção das crianças, mas não vê ninguém.

– Seu pai não pode me ver – disse Percy. – Precisamos ir.

– Ele disse que o senhor não pode vê-lo e que precisamos ir.

– De qualquer maneira, obrigado por salvar meus filhos. Venham aqui deem um abraço no papai.

As crianças o abraçam e o beijam e vão para perto de Percy.

– Adeus pai.

– Adeus filhos.

Então, os três desaparecem e surgem diante do portão do acampamento.

– Chegamos. Bem-vindos ao Acampamento Meio-Sangue. Vocês devem entrar e procurar Quiron na Casa Grande.

– Você não vem com a gente? – pergunta o menino.

– Não, eu tenho outros semideuses para ajudar. E antes que eu me esqueça, meu nome é Percy.

– Obrigado Percy e meu nome é Joseph.

– E o meu é July.

– Prazer em conhecê-los. Podem ir.

Quando as crianças entram Percy desaparece.

Durante vários dias, Percy vinha realizando essas missões. Caçava monstros, resgatava semideuses para ambos os acampamentos. Por isso quando esses chegavam ao local relatavam que um fantasma chamado Percy é quem os ajudava. O comentário era geral, Percy mesmo no estado em que se encontrava ajudava os outros.

Uma vez ele apareceu à Thalia que quase teve um treco ao ver o primo naquela forma. Ele contou a ela por que estava assim. Ela o ouviu atentamente e pediu a Percy que ajudasse a encontrar novas caçadoras, pois seu contingente tinha sido drasticamente reduzido por conta do ataque de Orion. Quando ele encontrava meninas adequadas levava-as imediatamente à prima. Percy também ajudava as caçadoras na caça aos monstros. Alguns deles tentaram atacar o acampamento delas, o que foi um grande erro. Esses foram reduzidos a pó antes mesmo que adentrassem o local.

Outra vez, apareceu no Acampamento Júpiter. Cumprimentou os lares que se espantaram ao ver o fantasma de um graecus pairando por ali. Assustou as filhas de Vênus que quase tiveram um ataque cardíaco. Visitou seus amigos da quinta coorte. Dakota achava que tinha bebido demais e por isso estava vendo um fantasma parecido com Percy. Apareceu à Reyna, explicando o motivo de agora ser um fantasma. A pretora agradeceu pelo resgate dos novos legionários.

Fez uma visita ao Acampamento Meio-Sangue, durante esse tempo ele ajudou um semideus que estava correndo junto com um sátiro de um cão infernal. O rapaz tropeçou e caiu, mas antes que o monstro desse o bote Percy aparece entre o cão e o semideus e dá um golpe certeiro transformando-o em pó. O rapaz que estava de olhos fechados ouve a voz de alguém e então os abre e se depara com um jovem na forma de um fantasma.

– Você está bem? – pergunta Percy.

– S..Sim – diz ele ainda assustado. Nisso o sátiro se aproxima.

– Obrigado Percy, você chegou bem na hora.

– Disponha – diz e desaparece.

Nico foi o último a ser visitado por ele. O garoto, que já sabia o que lhe havia ocorrido, não se mostrou surpreso. Percy agradeceu as visitas noturnas que ele fazia e também o bom trabalho que estava fazendo no acampamento. Quiron o viu conversando com Nico e veio cumprimentá-lo.

Um dia Hades apareceu em sonho para ele.

– Você fez um bom trabalho. Um grande número de monstros já está no tártaro. Portanto, não é mais necessário que você continue.

– E quanto aos semideuses?

– Os sátiros tomarão conta agora. Eles não correm mais tantos perigos quanto antes.

– Tudo bem. O que vai acontecer agora?

– Vou remodelar a sua essência e você voltará ao normal. Mas poderá continuar com a minha bênção se você quiser.

– Até que eu estava gostando de ser um fantasma.

Hades coloca sua mão sobre a cabeça de Percy e fala em grego antigo desfazendo a magia anterior. O brilho negro que antes revestia o semideus volta para a mão do deus. Percy volta a sua essência original.

– Pronto. Agora está mais do que na hora de você acordar.

– Também acho.

– Adeus Perseu. Lembre-se, você ainda tem a minha bênção. Poderá fazer viagens nas sombras.

– Obrigado tio.

Hades desaparece deixando Percy sozinho.

– Bem, vamos acordar Perseu.

Percy fecha os olhos e volta para o seu corpo.

O monitor cerebral que antes só apresentava uma linha horizontal, agora estava mostrando sinais de atividade cerebral, isso indicava que Percy estava acordando. Os garotos que estavam conversando ao ouvirem o som correram para perto do leito de Percy. Eles se entreolharam e sorriram.

– Está acontecendo – diz Robert. – Ele está acordando.

Percy move alguns dedos e Daniel pega a mão dele apertando-o de leve. Percy reage dando um leve aperto na mão do semideus.

– Devemos chamar a mãe dele? – pergunta Daniel.

– Primeiro vamos ver se está tudo bem – diz Robert. – Não quero dá falsas esperanças.

– Ok. Percy pode me ouvir? – pergunta Daniel. – Se pode aperte a minha mão.

Percy dá um leve aperto mostrando que ele está ouvindo. Enquanto isso Robert verifica a atividade cerebral. De repente Percy abre os olhos e pisca várias vezes como se ainda estivesse sonolento. Robert olha para Percy e pergunta:

– Percy, consegue me ver?

Ele assente.

– Acompanhe a caneta – Robert move a caneta de um lado para o outro e Percy acompanha. – Muito bem, você sabe onde está? – pergunta.

Percy olha ao redor e reconhece alguns móveis.

– No meu quarto – sussurra.

– Lembra o que aconteceu? – perguntou novamente.

– Monstro, veneno – fala baixinho. – Estou com sede.

Daniel corre até o jarro d’água e trás um copo com um canudo. Percy bebe a água e sente a sua garganta refrescada.

– Obrigado. Eu precisava disso. Quanto tempo eu fiquei apagado?

– Quase um mês. Mais ou menos 25 dias – disse Robert enquanto retirava os eletrodos das têmporas e do peito de Percy.

– E a minha mãe? Onde ela está?

– Eu vou chamá-la – diz Daniel e sai.

Enquanto Robert verificava a pressão de Percy a senhora Jackson entrou e não acreditava no que estava vendo.

– Percy. Meu filho! – ela corre até o filho e o abraça. – Graças a Deus – ela diz chorando.

– Eu estou bem mãe – disse o semideus emocionado abraçando a mãe. – Estou de volta.

Os dois garotos se afastaram deixando mãe e filho sozinhos.

– Eu sabia que você iria conseguir. Eu sabia – diz a mulher às lágrimas de felicidade passando a mão no rosto do filho.

– Desculpe por fazer você passar por isso. Eu fui um fraco – lamenta-se o semideus.

– Não pense mais nisso. Já passou. O que importa agora é que você está bem – diz a mulher o consolando.

– Obrigado, você é a melhor mãe do mundo – diz o semideus a abraçando. – Eu tenho muito orgulho de você.

– Eu mais ainda de você querido.

– Pode chamar os meninos? Preciso ir ao banheiro.

– Claro.

Sally dá um beijo no filho e chama os garotos. Ela sai e fecha a porta.

No Olimpo, os deuses olhavam a cena de mãe e filho. Alguns estavam emocionados, como Afrodite que não parava de chorar.

– Oh, eles são tão lindos! – disse ela limpando as lágrimas. – Isso é que é amor de verdade – disse ela emocionada. Sendo ela a deusa do amor ninguém a contestou. Só podiam concordar.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse antes, aqui termina essa fase. A segunda será uma continuação, mas com um novo título - Recomeço que em breve estarei postando. O enredo será diferente. Desde já agradeço a todos que leram e favoritaram e também comentaram. Até lá.



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