I Love You, Idiot! escrita por Hazy


Capítulo 9
Tensão


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Esse capítulo será meio tristinho... e quente

Esse capítulo tem duas músicas lindas e maravilhosas da banda Changin' My Life, e elas estarão muito presntes no decorrer da fanfic.

Ah, e nesse capítulo e nos próximo eu vou usar bastante palavras em japonês, colocando o significado lá embaixo, ok?

Boa leitura!

Música do capítulo: Eternal Snow – Changin’ My Life (agora vou por o nome da música que aparece no começo do capítulo sempre).



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Capítulo 7 - Tensão

 

Hold me thigh konna omoi nara

Dareka wo suki ni naru kimochi

Ssiritaku nakatta yo

I love you namida tomaranai

Konna ni kimi no koto

Shirazu ni ireba yokatta yo

 

...

 

Pov's Hinata

 

Passaram-se cinco dias desde o casamento de mamãe. Eu ainda não me acostumara com a nova “casa”. Na verdade, esse lugar não pode ser chamado de casa. Porque, em primeiro lugar, é uma cobertura. A espécie de “apartamento” do Fugaku-san tem três andares; o prédio no total tem quinze, e fica sobre a empresa de automóveis dos Uchiha.

 

Meu quarto era o terceiro quarto no segundo andar, subindo umas dez escadas que partiam da sala de estar eu chegava ao longo corredor onde todos os quartos estavam. Apenas o  closet do meu quarto novo era maior que o meu quarto anterior. E Itachi fez questão de enchê-lo de roupas antes de eu chegar aqui, lembro que briguei muito com ele naquela noite.

 

 

Flashback On –

 

Eu ainda me sentia meio tonta quando Itachi me puxou da cama, insistindo que gostaria de me mostrar a casa.

 

- Vem Hina, você vai adorar o seu quarto!

 

Sem escolha, andei atrás dele, dando algumas olhadas ao quarto de Sasuke. Era grande e incrivelmente arrumado, mas pude espiar algumas roupas amassadas pela fresta do seu enooorme closet. Ao passar pelo banheiro que estava com a porta entreaberta, senti um cheiro bom, embriagante.

 

Sasuke vinha atrás de nós, ainda de toalha.

 

- Ei, você não pode vestir alguma coisa? – Perguntei, constrangida.

 

- Vai ter que se acostumar com isso agora, irmãzinha. – Sasuke disse, com voz debochada.

 

Eu bufei.

 

A porta ao lado era o meu quarto, pois Itachi a abriu e me empurrou para dentro.

 

Meu-Deus-do-céu.

 

O quarto era maravilhoso! Observei tudo, todos os detalhes, e tudo era perfeito. As paredes estavam decoradas com pôsteres das minhas bandas favoritas, e tinha uns desenhos lindos atrás, em preto e branco, meio abstrato. A parede era de um cinza bem clarinho.

 

A minha velha cama de solteiro não estava onde deveria estar. No lugar dela havia uma grande cama de casal, com um edredom com estampa de vaquinha – eu amo vaquinhas -, sabe, era branco com aquelas manchinhas pretas. Lindo. 

 

No chão havia um grande tapete – tudo era grande naquele quarto – bordô. Perto da janela que dava para o centro da cidade, havia uma escrivaninha com um laptop e os meus materiais de aula. Eu fiquei impressionada na rapidez com que fizeram a mudança, pois Itachi disse que foi feita desde um pouco antes de começar o casamento. Mas não era muita coisa, mesmo. Só queria saber como deu tempo para arrumar as minhas coisas, pois a maioria das minhas maquiagens e roupas não estavam encaixotadas antes de eu ir para o casamento.

 

Observei melhor, e também tinha uma prateleira com todos os meus livros e revistas.

 

- Meu Deus, Itachi! Esse quarto é... é perfeito! – Exclamei. Eu queria pular em cima dele de tão impressionada e admirada que estava, mais isso não era uma boa ideia. Andei e comecei a tocar em tudo, como uma criança numa loja de brinquedos.

 

- Você ainda não viu o melhor.  – Itachi deu um sorrisinho malicioso.

 

Dei uma olhada em volta, e vi uma porta que com certeza era o banheiro. Sim, era o banheiro, um banheiro grande como todas as outras coisas. Tinha uma banheira de hidromassagem, um espelho de corpo e outro de rosto, um box com ducha e um balcão grande com uma pia e vários compartimentos e gavetas, além do vaso sanitário.

 

- Que lindo...

 

- Ei, isso não é o melhor. – Itachi falou.

 

Ele me puxou e tampou os meus olhos com uma das mãos, para depois me empurrar numa grande porta de correr que estava aberta.

 

Era o meu closet. Mas ele estava com roupas e sapatos que não eram meus... Hã? Mas era tão lindo!

 

- Eu comprei algumas roupas novas pra você, papai liberou o cartão. – Itachi sorriu de canto.

 

- Itachi, eu não creio que você usou o dinheiro do seu pai pra comprar roupas novas pra mim. NÃO CREIO! – esbravejei. Ele não podia gastar dinheiro comigo! Os Uchiha já estavam me dando aquele quarto lindo e a oportunidade de morar numa cobertura, mas roupas novas, mesmo sendo liiiiindas, não!

 

- Eu pensei que você ia gostar!

 

Tratei de dar uns bons socos nele.

 

Flashback Off.

 

Pois é, eu não aceitei a ideia naquela hora, mas depois vi melhor as roupas e os calçados, e resolvi esquecer. Eram lindas, do meu tamanho, tudo. Descobri que Itachi fez questão de perguntar tudo sobre mim para minha mãe antes de comprar todas as coisas e escolher a decoração do quarto. Além do meu quarto, do quarto de Sasuke, do quarto de Itachi e do quarto de mamãe e Fugaku, havia outros dois quartos: Um da empregada, o outro de visitas. A empregada está de férias e volta daqui uma semana ou duas.

 

O friozinho de fim de tarde já começava a chegar, e como eu estava com uma regata básica e um short preto, logo senti os pelos do meu corpo se arrepiarem. Era Abril, então ficaria cada dia mais frio. [N/A: Eu sei que no Japão as estações do ano são que nem nos Estados Unidos, frio no Natal e talz, mas eu comecei com a estação errada sem mesmo perceber, então vamos fazer como é no Brasil. Fica até mais fácil para o leitor compreender.]

Eu não estava a fim de colocar uma jaqueta ou buscar um cobertor agora, pois a aula foi cansativa e eu estava exausta de tanto correr na educação física, então preferia ficar deitada no sofá passando pelos canais da tevê a cabo dos Uchiha.

 

Itachi não estava em casa, e Sasuke era a arrogância em pessoa, então eu não tinha com quem conversar. Nuvens cinzas invadiam o céu, ameaçava chover; o vento estava tão forte que eu podia ouvi-lo chacoalhar as árvores.

 

Deixei num programa de música, e resolvi ir buscar algo para vestir antes que eu congelasse. Fechei a sacada para que o vento não entrasse mais. Era realmente alto.

 

Subi as escadas e entrei no meu quarto. Escolhi um moletom bordô, bem velho e confortável, e uma calça preta, também velha. Coloquei o moletom por cima da camiseta que eu estava vestindo e tirei o meu short para colocar a calça, quando escutei o barulho da porta do quarto sendo aberta com força. E eu estava sem calça.

 

- Sai do meu quarto! – Gritei, quando vi que Sasuke entrava tranquilamente no meu quarto, com uma toalha cobrindo as partes íntimas e outra que ele usava para secar os cabelos. Corei momentaneamente, enquanto colocava a calça rapidamente.

- Esse não é o meu quarto? – Ele perguntou, confuso.

- Não, é o meu quarto. – Respondi, respirando fundo repetidas vezes. Eu não devia ter feito isso, pois inalei um cheiro bom, embriagante.

- Jurava que era o meu quarto. – Ele falou, com um sorriso de canto, antes de sair, ainda secando os cabelos.

 

Depois de calçar as minhas pantufas de oncinha – eu amo pantufas de bichinhos -, desci as escadas e fui até a cozinha, pois não comia nada desde o almoço no colégio. Peguei um pacote pequeno de bolachas salgadas e segui para a sala, novamente. Olhei para o relógio do micro-ondas antes de sair, eram exatamente dezessete horas, mas com o céu escuro por causa das nuvens cinzas parecia ser mais tarde.

 

Estava passando o clipe da minha música favorita do Changin’ My Life, e eu me apressei em aumentar o volume e cantar, baixinho, junto com a televisão.

 

- Doushite doushite suki nan darou konna ni namida afureteru...

 

...

 

Pov's Sasuke

 

Eu estava tentando fazer as tarefas da escola para ter o fim de semana livre, quando o barulho da televisão lá em baixo me atrapalhou. Desci rapidamente as escadas para mandar Hinata abaixar o volume daquilo, ela não podia simplesmente tomar conta da casa e me atrapalhar nos estudos.

 

Me aproximei do sofá por trás, e quando eu ia puxar os cabelos dela e mandá-la abaixar, percebi que ela também cantava. Sua voz era doce, e parecia que ela estava sentindo a música. Fiquei hipnotizado por alguns instantes, e balancei a minha cabeça negativamente, com os olhos fechados. Quando abri os olhos, um rosto me encarava furiosamente.

 

- Se queria que eu abaixasse a televisão era só pedir, não precisava ficar me ouvindo cantar.

 

Eu me assustei. Primeiro por ela ter adivinhado o que eu fui fazer ali, e segundo por toda aquela raiva.

 

- Qual o problema em ouvir você cantar? – Perguntei, e pulei o sofá para sentar ao lado dela.

 

...

 

Pov's Hinata

 

 

- Qual o problema em ouvir você cantar? – Ele perguntou com um sorriso bobo no rosto.

 

- Eu só não gosto. – Respondi, com a cabeça baixa. A verdade é que eu tinha vergonha; não gostava da minha voz.

 

O telefone tocou, e ele levantou para atender. Estava no viva-voz, então eu pude ouvir.

 

- Alô?

 

- Oi Sasuke-kun! Como vai?

- Eu tô bem Ino. O que você quer?

 

- Ai, que indelicado! Chama a Hinata, por favor?

Ao ouvir isso, já fui me levantando e andei em direção ao telefone, mas no caminho eu tropecei em algo e cai com tudo no chão, de costas. Senti uma dor forte e soltei um gemido baixo de dor.

 

- Itai!¹

 

- Ei! – Ouvi Sasuke gritar. – Você está bem?

 

- Hinata? Hinata? - Ino insistia no telefone. Eu realmente não podia atender agora.

 

Sasuke correu em direção a mim. Fechei meu olhos com força para tentar, inutilmente, esquecer a dor, quando senti um impacto ainda maior sobre meu corpo. Sasuke havia tropeçado na mesma coisa que eu, deduzi, e caiu em cima de mim.

 

- Ah, que família de ignorantes! Me deixam falando sozinha, pelo amor de Deus! Acham que eu tenho dinheiro pra ficar gastanto aqui, esperando alguma alma vir me atender? Santo... - Ela desligou o telefone.

 

- Shimatta...² – Ele bufava, tentando se levantar. Mas no caminho ele parou.

 

Seu rosto estava a uma distância perigosa do meu, e suas mãos me prensavam no chão, impedindo-me de sair. Seu cheiro me hipnotizava. Eu estava com os olhos fixos nos dele. Eu não sabia o que fazer.

 

- S-Sasuke...

 

Ele foi se aproximando mais e mais, e eu estava tensa, nervosa. Senti sua boca roçar na minha e o vi fechar os olhos, quando eu finalmente me dei conta do que estava acontecendo. Virei o meu rosto para o lado, e ele abriu os olhos, inconformado e com raiva. A campainha tocou.

 

- Eu atendo. – Ele levantou e caminhou até a porta, bufando; chutando tudo o que via pela frente.

 

Levantei e senti a forte dor nas costas novamente. Durante aquele momento de tensão eu havia até me esquecido dela.

 

- Hinata-san está? – Ouvi uma voz forte e grave perguntar. Andei até a porta devagar, me segurando nas coisas por causa da forte dor nas costas. Na porta havia dois homens vestindo uma roupa vermelha com amarelo e um capacete; dois bombeiros, acompanhados por um garoto de cabelos compridos que estava de cabeça baixa e as roupas meio chamuscadas.

 

- Neji! – gritei, ao constatar que era o meu primo. - Neji, o que aconteceu? – Corri até ele e o puxei para dentro de casa. Ele estava quieto, não falava nada. Seu rosto tinha uma expressão de dor. O coloquei no sofá e sentei ao seu lado. Ele estava suando, com manchas pretas no rosto e nos braços nus.

 

- O que aconteceu? – ouvi Sasuke perguntar.

 

- Recebemos uma ligação há pouco indicando um incêndio. A casa desse garoto estava pegando fogo quando chegamos lá. Os vizinhos conseguiram tirá-lo de dentro da casa, mas seus pais ficaram. – Começou o bombeiro, e arregalei os olhos de susto. – O garoto tentou entrar lá de qualquer jeito para tentar salvar os pais, mas não deixamos.

 

- Como eles estão? – Perguntei, arfando.

 

- Estão no hospital. Sofreram queimaduras graves por todo o corpo e na maior parte do rosto, não sabemos como isso vai acabar. Eu sinto muito.

 

- E por que o Hyuuga não está no hospital também? – Perguntou Sasuke, com uma expressão fria no rosto baixo. Ele parecia sofrer tanto quanto Neji. Abracei o meu primo. Minha cabeça doía, e senti lágrimas surgirem em meus olhos. Como isso poderia ter acontecido? Por que com Neji, justo com Neji?

 

- Ele não sofreu ferimentos graves, mas queria acompanhar os pais. Ele precisa descansar, se acalmar, não pode passar a noite esperando por notícias no hospital. – Falou dessa vez o outro bombeiro. – Os vizinhos falaram que ele tinha uma prima que morava aqui.

 

- Obrigado. – Agradeceu Sasuke. – Vamos cuidar dele.

 

- Hinata... – começou Neji, a voz embargada. – Eu quero vê-los... Eles...

 

- Calma Neji... – Eu o abracei com mais força, e ele enterrou o rosto em meu peito. – Eles vão ficar bem, Neji! Vai ficar tudo bem! – Eu já sentia as lágrimas descerem com mais força pelo meu rosto, enquanto apoiava o rosto de Neji em meu colo, o fazendo deitar. – Vai ficar tudo bem... – Repeti.

 

Ele ainda chorava, e eu também. Ele estava sofrendo demais.

 

- Kimi wo suki ni natte dorekurai tatsu no kana? – Cantei baixinho, perto de seu ouvido, lembrando que ele gostava de me ouvir cantar quando éramos menores. - Kimochi fukurande yuku bakari de...

Pov’s off.


Sasuke observava tudo de longe, com uma expressão de dor no rosto. Ele se lembrava da noite em que passou pela mesma coisa que Neji, da noite em que sua mãe havia morrido, do mesmo jeito... Esquecendo totalmente do que havia acontecido há poucos minutos.

 

Fim do sétimo capítulo.

 


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Notas finais do capítulo

Capítulo tristinho, né?

Ok, ok, vamos a tradução das palavras:

¹ - Itai significa 'Ai!', usado quando a pessoa expressa dor.

² - Shimatta significa 'droga', 'merda'.

Espero que tenham gostado desse capítulo em que a Hinata mostra seu lado de cantora. Quaaase rolou algo entre ela e o Sasuke, mas não deu né? *leva pedrada. Tadinho do Neji, né?

Nesse capítulo tivemos 'Myself' e 'Eternal Snow' de Chagin' My life, baixem, são músicas perfeitas, as conheci assistindo Full Moon wo Sagashite (assistam xD)

Então, até o próximo capítulo, e prometo que no próximo alguma coisa VAI ROLAR, definitivamente. E ele vai ser bem comprido