Slytherin Flowers escrita por tsukuiyomi


Capítulo 8
Capítulo 7 - Segredo entre irmãos


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, FIREFLIES! Como cês tão? Demorei muito? Desculpa!
Tem uma (duas?) coisa meio surpreendente nesse capítulo, e espero que vocês curtam porque sinceramente eu curti!
Obrigada à Annie Herondale, Fleur de la Nuit, Dianna Winter, Ashley Weasley Potter, Law e NathyMarinho pelos comentários sensacionais! Giulia Antunes e Annie Herondale, obrigada pelos favoritos.

Esse capítulo é dedicado à Annie Herondale e Dianna Winter pelas recomendações FANTÁSTICAS que escreveram para a fanfic! Vocês duas fizeram minha vida mais feliz e foram o gás necessário para me fazer escrever esse capítulo de ontem para hoje! Obrigada, amores ♥ Vocês são demais!

Espero que gostem do capítulo. Boa leitura.



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Em uma semana, Flora conseguira, juntamente à Rose, implantar vários projetos na escola. Elas conseguiram dobrar McGonagall para que o toque de recolher fosse vinte minutos mais tarde, fizeram-na encomendar novas vassouras para os times de Quadribol e a biblioteca ser reorganizada de uma maneira mais acessível aos alunos — Madame Pince não gostou muito dessa parte.

A verdade era que Flora estava muito surpresa sobre como trabalhava bem com a Weasley, elas tinham o mesmo tipo de pensamento e assim conseguiam formar uma boa equipe. Os monitores estavam satisfeitos com a nova Monitora-Chefe, já que Rose era muito simpática e sabia dialogar melhor do que Flora, e isso ela própria admitia. Lidava melhor com papéis do que com gente, e deixar Rose assumir o cargo de porta-voz foi muito útil para todos.

O engraçado era que com o passar dos dias, elas não falavam somente de assuntos da monitoria. Flora se pegara comentando sobre as matérias das provas, sobre corujas e até mesmo sobre Quadribol com Rose. Descobrira que, embora não jogasse no time da Grifinória, ela costumava praticar o esporte em casa, com a família. Era diferente conversar dessa forma com uma garota, já que Flora antes só tinha Albus para falar sobre esses assuntos, mas não era ruim. Ela até passara a gostar da companhia da outra.

Flora esticou as pernas na cama, se tapando com uma coberta felpuda. Estava frio e ela aproveitava o fim do dia para ler uma história escrita por trouxas, bebericando vez ou outra da caneca de chocolate quente.

— Quem foi que usou o meu xampu? — Uma garota furiosa saiu pela porta do banheiro, enrolada em uma toalha branca e com os cabelos cacheados e escuros pingando água.

Flora revirou os olhos e voltou a se concentrar na leitura, que sem dúvidas era muito mais interessante do que Anna Stewart, recém saída da ala-hospitalar. Ajeitou-se melhor na cama, tirando uma mecha irritante de cabelo do rosto.

— Quantas vezes eu já falei que odeio que mexam nas minhas coisas! Comprem as próprias coisas, pobretonas! — A garota continuava dizendo, amarga, ao procurar roupas no malão e jogá-las em cima da própria cama.

Flora não sabia com quem Anna estava falando, já que só as duas estavam no dormitório e sem dúvidas ela não usava o xampu alheio. Ela pensou que uma garota como Anna sempre atribuiria um sumiço bobo como àquele ao adjetivo “pobretonas”. Tinha tantas coisas que sempre vivia preocupada com a possibilidade de algo sumir, de alguém roubar. A família dela era ligada a produção de vestes bruxas e era muito rica. Flora acabou se lembrando da própria fortuna no Gringotts. Não conseguia entender como alguém podia se achar melhor só por ter dinheiro.

As famílias de seus pais sempre foram muito ricas, da elite bruxa, e no que isso resultara? Deixaram-se corromper e mataram pessoas inocentes apenas porque não se encaixavam no padrão puro-sangue de alto nível que prezavam.

Anna não parava de resmungar, até um furacão passar pela porta, fazendo com que se calasse. Flora franziu as sobrancelhas para Kaya, outra garota com quem dividia o dormitório. Ela tinha olhos puxados e era muito pequena, o que contribuía para que se escondesse de tudo e todos. Era muito tímida e constantemente viajava no próprio mundo. Flora perdera a conta de quantas vezes tivera que acordá-la para que não se atrasasse para as aulas. Kaya não costumava aparecer no dormitório antes do jantar, evitava o máximo possível Anna, e pela expressão atônita em seu rosto, tinha um motivo importante para estar lá.

— Flora — chamou Kaya e Flora olhou mais atentamente para ela, surpresa. Kaya quase nunca falava diretamente com alguém, só com os professores. — Tem... Tem uma coisa acontecendo no campo de Quadribol.

Flora ergueu-se da cama, esperando mais informações enquanto buscava uma veste no malão. Devia ser mais algum aluno brigando, isso estava sempre frequente nos últimos meses. A rivalidade da Sonserina e da Grifinória não desaparecera mesmo com o encerramento da temporada de Quadribol...

— Uma coisa com Albus.

Flora paralisou. Fazia uma semana que vinha evitando Albus, simplesmente achava melhor deixarem de conversar por um tempo para que tudo voltasse ao normal. Mas o tom sério de Kaya fez com que ficasse instantaneamente preocupada e gelo pareceu descer por sua espinha enquanto sua mente cogitava várias possibilidades, uma pior do que a outra. Ela desistiu das vestes, então pegou a capa e a varinha enquanto saía em disparada pelos corredores, vestindo a capa no caminho, sem nem mesmo agradecer à Kaya por avisar. Teria que fazer isso depois.

Saiu da Sala Comunal e notou que tinham mais pessoas saindo também. Era só seguir o fluxo de sonserinos para saber exatamente onde a comoção estava acontecendo. O tempo estava gelado, fazendo com que sentisse frio nas pernas e o vento forte arrepiava seus cabelos quando chegou ao lado de fora do castelo. Ela conhecia o caminho para o campo com a palma da mão, por isso foi capaz de pegar atalhos e chegar lá mais rápido do que a multidão que lhe seguia. Um círculo mal formado era visto de longe. Não havia muita gente, mas era reconheceu o garoto de óculos — James — e os cabelos ruivos de Rose de longe. Reduziu a corrida, ofegante, e se aproximou a passos largos.

Foi preciso apenas um segundo para que compreendesse a situação. James estava lá, segurando um garoto alto e mal encarado pela gola da camisa com força; Scorpius e Rose estavam ao seu lado. Rose parecia atônita, como se algo que não esperasse tivesse acontecido. Dois corvinos estavam a alguns metros de distância, fofocando. E, no centro de tudo aquilo, parecendo pálido e extremamente chocado, estava Albus, os cabelos pretos bagunçados, a boca vermelha, ao lado de Lorcan Scamander, que mantinha uma mão protetora em seu ombro. Oferecendo apoio.

Oferecendo apoio porque, finalmente, tinham descoberto o relacionamento deles dois.

♔♔♔

Flora respirou fundo antes de alcançá-los. Por um momento, nenhum deles pareceu notar sua presença. Scorpius foi o primeiro, sua expressão era de surpresa e, depois, alívio toldou seus olhos claros. Isso atraiu a atenção de Albus, que encarou-a em um pedido mudo de ajuda. As bochechas dele coraram e ele olhou para baixo. Flora ficou se perguntando se ele achava que ela o deixaria naquela situação apenas por estarem sem se falar. Às vezes Albus tem esse tipo de pensamento estúpido, pensou ela, arqueando as sobrancelhas.

— O que está acontecendo aqui? — ela se colocou no meio deles, de modo que tivesse uma visão de todos. Sentia o próprio coração bater rápido, preocupada com o amigo dela, que, mesmo sendo apoiando por Lorcan, parecia prestes a desmaiar.

James sobressaltou-se ao ouvir a voz dela, olhando-a como se não fizesse ideia do que diabos Flora fazia lá. O olhar estava perdido, como se estivesse assimilando uma coisa que nunca cogitara. E, bem, devia ser verdade. O garoto que ele segurava pela gola da camisa se remexeu furioso e ninguém falou por um tempo, até que Rose, entrando no modo Monitora-Chefe, começou a falar:

— Eu e Scorpius estávamos passando de volta ao castelo — o rosto dela corou absurdamente ao dizer isso, mas ela continuou com voz mais firme: — Não sei o que eles estavam fazendo aqui...

Rose pareceu desgostosa ao apontar para o garoto que James segurava. Flora o reconheceu como um sextanista da Grifinória que sempre implicava com Albus, não importava quantas punições Flora lhe desse ou quantas detenções pegava por isso.

—Então Albus e Lorcan saíram de trás do vestiário e... — Scorpius completou o que Rose dizia, mas ao receber um olhar debochado do garoto que James segurava, franziu a testa e fechou a boca.

— Eles estavam se beijando? — Flora perguntou o óbvio, revirando os olhos.

— Sim, estavam. — Flora ficou surpresa ao perceber que era James que falava. Ele lançou ao Albus um olhar traído e o irmão mais novo se encolheu.

Flora tinha que achar uma solução para aquilo. Seu melhor amigo estava sem ação, houvera uma briga e tinham pessoas se acumulando ao redor deles, querendo ouvir sobre o que acontecera. Decidiu que, para que pudessem conversar, não queria platéia. Olhou em volta e, com palavras duras de que não tinha nada acontecendo, fez com que os alunos caminhassem para dentro do castelo. Ela teve que abusar um pouco de seu cargo de Monitora-Chefe, mas era o bem estar de Albus em questão, e ela não se sentia tão culpada como estaria em situações normais.

— Muito bem —, disse ela quando o grupo finalmente ficou sozinho ali. — E o que você está fazendo aqui, James? E você? ­— olhou para o sextanista, que ela achava que se chamada Julian, Jules, ou algo do tipo.

Novamente, foi James quem se pronunciou:

— Estava na entrada do castelo e vi no... ­— ele hesitou quando Scorpius lhe lançou um olhar de advertência muda — vi o Julian passando pra cá. Eu sabia que Scorpius estava por aqui, e achei que ele queria arrumar problemas, então o segui. De longe, nós vimos o Albus e o Lorcan juntos e Julian começou a gritar coisas ruins...

 O olhar de James se tornou nebuloso e Flora pôde captar o final da história sem que ele dissesse: Julian ofendera o irmão de James, James perdera a cabeça e começou a brigar com ele, Scorpius e Rose — que tinham visto a cena de longe — chegaram e algum daqueles corvinos que estiveram ali deviam ter espalhado a fofoca.

Flora não podia reportar a situação para a Diretora, caso o fizesse, tanto James quanto Albus teriam problemas. Ela bateu os pés no chão e fez sinal para que James soltasse Julian. Ele o fez com uma careta de desagrado para ela.

— Você — ela se aproximou de Julian, ficando tão próxima dele que ele arregalou os olhos. ­— É melhor que ninguém fique sabendo disso. Entendeu?

O garoto assentiu, pálido por causa da ameaça velada e começou a se afastar deles com o olhar pesado de todos em suas costas.

— E se você disser qualquer coisa ao Albus novamente...

Os ombros dele enrijeceram antes dele apressar o passo e finalmente desaparecer da visão deles.

Um longo silêncio se seguiu, até que Scorpius tocou o braço de Rose, num convite mudo para que saíssem dali. Flora agradeceu a ele com um gesto de cabeça enquanto eles saíam. Rose lançou um olhar de desculpas à Flora, que entendeu. A Weasley ficara tão sem reação com a situação que não fora capaz de ajudar Flora a tomar decisões de Monitora. Salexto nem sabia se a que tinha tomado havia sido a correta.

Flora sentiu o olhar de James em si enquanto caminhava em direção ao Albus. Ele olhou para ela com um olhar de gratidão intenso, e naquele momento ela sorriu para ele de modo confortante, sem sequer lembrar o porquê de estar chateada com o amigo.

— Lorcan — o garoto loiro pareceu surpreso ao ser chamado. Ele era mais baixo do que o irmão gêmeo, Lysander, e seus cabelos eram mais claros. Era muito discreto, Flora nunca tinha trocado muitas palavras com ele, mas achava que ele gostava dela. — Por que vocês não vão até a cozinha beber algo quente? Albus está tremendo.

Era verdade, embora ela supusesse que não era apenas de frio. Albus não disse nada enquanto passava por eles, e Flora constatou que ele preferiria conversar com ela mais tarde. Não olhou para o irmão mais velho ao passar. James pareceu chateado.

Alguns segundos após os dois irem embora, Flora percebeu que isso a tinha deixado sozinha com James. Ela franziu as sobrancelhas enquanto se preparava para sair dali o mais rápido possível. Porém, ao observar mais atentamente James, se conteve. Ele franzia os lábios e fitava o chão sem sequer parecer percebê-la e sem sua energia costumeira. Inevitavelmente, Flora se sentiu preocupada.

— Você está bem? — perguntou, dando alguns passos em direção a ele e olhando para cima, buscando seus olhos.

— Você sabia? — Ele respondeu com outra pergunta, finalmente levantando o olhar e parecendo voltar ao normal. Ou quase normal, já que transparecia uma indiferença que não lhe era costumeira.

Flora piscou. Ela não sabia o que dizer exatamente. Sabia de Albus e Lorcan desde que eles se apaixonaram no ano passado, bem no começo do ano letivo já estavam juntos. Ao que parecia, os gêmeos passaram um tempo com os Potter nas férias, e Albus e Lorcan se aproximaram.

— Você sabia. — Acusou ele, antes que ela respondesse. A voz estava levemente alterada. Ele deu dois passos para trás e passou as mãos pelo cabelo.

Flora não respondeu novamente. Em vez disso, sentou-se na grama sem se importar se estava úmida, a capa a protegeria de grandes danos.

— Eu não entendo... — Ele passou a mão pelo cabelo de novo, revirando os olhos antes de olhar para o céu. Estava começando a escurecer.

— Não entende o quê? — Flora subitamente sentiu raiva ao pensar que Albus estivera certo ao ter medo do julgamento da família, principalmente de James. Ela se sentiu irritada por Albus, por Lorcan, pelo tio. — Não entende que seu irmão está apaixonado por um garoto?

— Apaixonado? — James arregalou os olhos enquanto a fitava, surpreso.

— É! Tem algum problema com isso, Potter? — sibilou Flora, entrelaçando as mãos uma na outra. Um vento gelado soprou e ela estremeceu.

—O que quer dizer com isso? — James pareceu confuso. Caminhou até ela e se sentou ao seu lado.

— Você está... Irritado por ele namorar um garoto? — A voz de Flora agora não passava de um sussurro. Ela apoiou o queixo nos joelhos, enquanto pensava no quanto Albus ficaria magoado.

— O quê? — James pareceu indignado com a pergunta, imitando o gesto dela e olhando para longe. — Claro que não! Estou irritado por ele não ter me contado. Sou irmão dele, e você sabia.

Flora ficou surpresa com aquilo. Sentiu o coração mais leve ao perceber que o olhar traído que James dera ao Albus minutos atrás foi pelo irmão não ter contado a ele sobre o namoro, e não porque estava com raiva. Virando o rosto levemente para o lado, ela observou James de forma disfarçada e com cautela. Os olhos estavam fechados e ele respirava devagar. A pouca iluminação deixava seus cabelos mais escuros. Sentiu-se tranquila ao perceber que ele parecia mais relaxado, e sua voz saiu suave quando ela murmurou:

— Albus estava com medo. Quando eu disse que ele devia revelar isso para vocês, respondeu que não fazia ideia de como reagiriam, e... Albus tinha medo principalmente da sua reação, James.

— Por quê? — James abriu os olhos, agora os deixando fixos nos dela.

— Porque você sempre tentou arranjar garotas para Albus, e acho que ele ficou um pouco inseguro com seu jeito piadista...

— Albus achou que eu ia fazer piadas do namoro dele!?

— Tente entendê-lo, Potter! — Flora deixou a voz um pouco mais severa ao defender Albus. James arrancou um punhado de grama com as mãos. — Quando você conversa com ele sem fazer brincadeiras? Quando você dá conselhos? Uma vez ele me disse que não sabia se você realmente o considerava como irmão.

James pareceu murchar, e ficou em silêncio. Flora nunca o tinha visto tão frágil, e nunca imaginara que estaria ali, conversando com ele, tentando consolá-lo, de certo modo.

— Albus é sempre tão quieto, as brincadeiras eram o único jeito que encontrei de ficar um pouco mais próximo dele. Somos tão diferentes.

E era verdade. Em aparência: James era muito mais alto, tinha cabelos castanhos e olhos castanho-esverdeados, e Albus era pálido, de olhos verdes e cabelo preto, como o pai. Em personalidade: James era extrovertido, falava com todo mundo e era popular — Flora às vezes se perguntava com quem James se parecia —, enquanto o irmão preferia ficar quieto e não tinha muitos amigos.

— Só queria que ele pensasse em mim como um irmão mais velho. Alguém que ele pudesse contar as coisas. Meus amigos me contam as coisas! — James continuou enquanto Flora se manteve calada, apenas escutando. — Outras pessoas como Julian podem aparecer e fico me perguntando se Albus não acha que, se me contasse, eu poderia apoiá-lo.       

— Você devia conversar com ele, James.

Aquela era a solução óbvia. Por mais que ela quisesse ajudar, somente os dois irmãos poderiam se resolver entre si e ela esperava que isso ocorresse o mais rápido possível. Albus ficava deprimido quando brigava com membros da família.

Dois minutos depois, Flora se levantou e puxou a capa para tirar possíveis pedaços de grama. James a olhou de cima a baixo e Flora sentiu o rosto pegar fogo ao lembrar de que estava somente com um short curto e apertado de algodão e uma blusa vermelha. Apesar da tensão do momento, ele deu um sorriso malicioso. Flora ficou tentada a chutá-lo: naquele ângulo, tinha certeza de que pegaria bem no rosto dele.

 James se levantou também, e a seguiu quando começou a ir em direção ao castelo. Já tinha escurecido completamente, mas não havia estrelas no céu. Devia ser quase hora do jantar.

— Salexto, porque você estava quase chorando no corredor semana passada?

Flora tropeçou nos próprios pés e ouviu James rir ao seu lado. Fez cara feia. Tinha tido esperanças de que James fosse ficar quieto até retornarem ao castelo e de que não se vissem por um bom tempo. E ele escolhera justo um assunto do qual não queria falar de jeito nenhum ­— não que ela quisesse conversar com ele sobre outras coisas, é claro.

 — Sabia que isso não é da sua conta?

— Sua frieza vai me deixar doente. — Ele esfregou os braços e fingiu bater os dentes. Flora sorriu de leve e contra a própria vontade. — Sabia que se você não fosse tão má com as pessoas, elas seriam mais legais com você?

Flora mordeu os lábios. Ela já tinha pensado nisso, mas tinha medo de que fosse lá o que fizesse para agradar a todos, ninguém nunca esqueceria qual era seu sobrenome. James não estava ajudando falando sobre aquilo quando uma semana antes de ela se desmanchara em lágrimas em um banheiro e minutos atrás seu melhor amigo passara por um momento difícil. James a olhava pelo canto de olho, e devia ter percebido algo em sua expressão, porque mudou de assunto.

— Sabe, Salexto, acabei de perceber que você já me chamou de James três vezes. — Pontuou, mostrando o número com a mão esquerda. Flora esqueceu completamente sobre o que estava pensando antes e revirou os olhos. James riu de novo. Ela percebeu que era mais difícil achá-lo irritante quando ele fazia aquilo, mas ela se esforçava. — Seu ódio por mim está diminuindo?

Ele andou mais depressa para poder parar na frente dela, os olhos brilhando e um sorriso brincalhão nos lábios. Quando ela foi para a esquerda, buscando se desviar dele, James já estava lá. A mesma coisa com a direita. Pôs as mãos na cintura e esperou ele sair da frente. Flora já estava ficando impaciente com aquela brincadeira boba.

— Você está muito quieta. O ódio está diminuindo, ou não está? Se estiver, até posso te convidar para minha festa de aniversário no fim do ano, quem sabe.

Ela encarou James, que continuava provocando e bloqueando sua passagem. Flora não entendia como uma pessoa podia ser capaz de tirá-la do sério tão rápido. Era uma mistura de ódio borbulhante e vontade de gargalhar. Pensou em lançar uma azaração nele, mas achou muito cruel. Então, já que ela não iria voltar pelo mesmo caminho e não tinha podia passar, e numa atitude totalmente impulsiva, foi para o único lugar viável no momento: para frente.

De encontro ao Potter, para calar-lhe a boca com um beijo.


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Notas finais do capítulo

Alguém aí gosta de TMI e shippa Malec? Se estiverem interessados, tenho uma nova fanfic sobre: https://fanfiction.com.br/historia/687566/Momentos/

Se alguém quiser, meu twitter é @MorangoLunar. Lá costumo falar algumas coisas sobre minhas fanfics, spoilers, andamento dos capítulos etc...

Erros? Avisem, por favor! Posso ter deixado algo passar.

Fiquei TÃO entusiasmada com as recomendações que até escrevi um pouco mais, ahaha!

Oiá, gente, vocês lembram que eu escrevi, acho que no capítulo 5, que o Albus tava com a boca vermelha? Agora vocês sabem que foi por causa de uma sessão de amassos com Lorcan Scamander! YEAAH! Nunca pensei nesse ship, sério, mas queria alguma coisa diferente, surpreender, e como a fic é Scorose e eu não podia colocar ele com o Scorp, tá aí o resultado HAHAHAHA Como chamar esse ship, coração? ♥ .

YEEEEEEEEEAH, FIQUEI TÃO FELIZ COM AS RECOMENDAÇÕES QUE ENFIEI ATÉ BEIJO NO CAP! Eu sei que foi um final meio malvado, mas pelo menos teve beijo, né? xD .

Beijinhos e até a próxima (minhas ideias meio que esgotaram no momento, então se eu demorar não me matem).



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