No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 9
Uma Combinação Química


Notas iniciais do capítulo

Oiiie !! Capítulo novo e fresquinho. Espero que gostem do mesmo tanto que eu estou gostando de escrever. Amo vocês, seus divos ♥
Enjoy!



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— Uma festa? Não acho que seja uma boa ideia – eu disse, respondendo à pergunta de Steve.

Tony Stark resolvera dar uma festa para comemorar algo. Não que ele precisasse de um motivo para isso. E convidou todos os Vingadores. Acho que o motivo era o fato de o Thor ter ganhado a luta em Londres. Foi algo impressionante, mas o que eu não entendi foi o fato de ele não ter pedido ajuda. Podia ser até uma ameaça extraterrestre, mas era o nosso mundo. Os Vingadores poderiam ter ajudado.

— Eu também não quero ir, mas a imprensa vai estar lá. E o Tony acha que os Vingadores precisam de “boa publicidade” – ele suspirou. – Não me abandona por favor – ele fez um biquinho de triste.

Sorri levemente.

— Um super soldado fazendo manha? Agora eu vi de tudo – brinquei, sorrindo.

Ele sorriu docemente e olhou para baixo. Depois olhou para mim de novo. Estávamos no dia seguinte a notícia que Oliver havia me dado. Uma notícia um tanto ruim. E ele havia ficado comigo a noite, a manhã e a tarde inteiras (sem segundas intenções) me ouvindo e dizendo que iríamos dar um jeito.

— Tudo bem, eu vou – eu disse me rendendo.

Ele deu um sorriso vitorioso.

— Vou me arrumar. Esteja pronta as oito – ele disse, saindo.

Olhei para o relógio e já era sete horas. Jurei que mataria ele por ter me avisado tão em cima da hora quando voltássemos. Mas, ao invés de ficar planejando a morte dele de uma maneira lenta e dolorosa, eu simplesmente fui me arrumar.

Talvez eu pudesse me acostumar a viver naquele universo. Talvez não fosse tão difícil assim. E eu ainda poderia ter poderes, o que era uma coisa muito legal. E, talvez eu não precisasse realmente enfrentar Thanos. Apenas viver uma vida feliz ao lado de pessoas boas como Steve. Talvez eu pudesse fazer isso.

(...)

Terminei de me arrumar quando já eram sete e cinquenta. Coloquei um vestido azul marinho que era justo na parte de cima e rodado na parte debaixo. No tronco, era cheio de pedrinhas pratas, o que faziam ele brilhar. E ele tinha uma faixa de tecido da mesma cor do vestido que dividia os dois. Coloquei também um salto alto prata simples que não era muito alto porque eu odeio salto alto, mas eu sabia que seria uma festa de gala e eu sinceramente não queria aparecer toda desfigurada lá.

No meu rosto, apenas passei um delineador e um batom vermelho-sangue. Deixei meu cabelo solto. E fui bater na porta do Steve para gritar com ele, mas ele atendeu antes que eu pudesse e puxa, como ele estava lindo! O terno que ele usava estava um pouco apertado nos braços por causa dos seus músculos, mas mesmo assim ele estava perfeito...

— Uau – falamos juntos e depois rimos.

— Vamos? – Ele estendeu o braço para mim, como sempre fazia.

Assenti e enrosquei meu braço no dele.

(...)

A festa estava cheia. Fomos barrados por alguns paparazzi na entrada, mas logo conseguimos entrar, já que Steve foi os empurrando e eu dei uma leve ajuda. Bem de leve mesmo.

Depois de passarmos pela primeira barreira, entramos na torre recém-reconstruída Stark. Antes de entrar no elevador particular dele, fomos barrados por dois seguranças.

— Precisamos dos nomes – o maior deles disse.

Steve deu nossos nomes, mas eles não estavam na lista. Steve ficou confuso, mas então a ficha caiu para nós dois.

— Tente Capicolé e Passarinho – eu disse, suspirando por causa da sua infantilidade.

Não sei se já comentei aqui, mas naquela época eu também havia ganhado um nome. Fênix. Acho que era por causa do pássaro na minha roupa ou algo assim. Mas o apelido que o Tony havia me dado era o pior. Sinceramente, eu achava que ele tinha mais criatividade.

— Podem passar – o homem sorriu para nós. – Aliás obrigado por salvarem NY – ele com completou e nós sorrimos para ele.

Entramos no elevador e Steve pressionou o botão, ainda estressado com a falta de criatividade de Tony Stark. Ele realmente não gostava que ele o chamassem daquilo.

Quando o elevador abriu eu respirei fundo. Aquele lugar estava lotado de gente que eu não conhecia. Eu e Steve não desgrudamos o braço um do outro. Passamos por dentre as pessoas até chegarmos em uma das mesas que com certeza haviam sido postas ali apenas para aquela ocasião. Ainda bem que aquela estava bem perto da janela e bem afastada da multidão.

Nós nos sentamos e ficamos observando as pessoas passarem ao nosso lado. As mulheres que olhavam para Steve sorriam tanto que parecia que o coringa estava baixando nelas. Steve nem ligava ou fingia muito bem. Mas acho que ele simplesmente não queria olhar para elas porque ele não queria um caso de uma noite. E era isso que eu achava mais fofo nele.

Avistei uma cabeleira loira, alta e muito forte vir em nossa direção. Ele sorria fortemente para qualquer um ali e, por ser muito grande, ele esbarrava nas coisas sem nem notar. Era engraçado.

— Lady Lucy – ele beijou minha mão e apertou a de Steve. – Espera encontrar alguém familiar por aqui. Stark sabe como dar festas, mas estas não se comparam as de Asgard.

Sorri com o quão empolgado ele ficava ao falar de Asgard.

— Olha só, não é que vocês vieram – Natasha apareceu ao meu lado, pregando-me um susto.

— Achou que não viríamos? – Eu disse, após cumprimenta-la.

— Achei que ele não viria – ela apontou para Steve. – E como vocês vivem grudados agora, assimilei que você não viria também.

Dei risada de seu comentário. Thor e ela puxaram outra mesa e duas cadeiras para se sentarem conosco.

— Não sabia que havia uma mesa reservada para os Vingadores – Barton também brotou do chão.

Queria saber como eles dois faziam isso.

— Arrasta uma cadeira e senta aqui com a gente – falei para ele e ele logo fez.

Depois Bruce apareceu e se juntou a nós. Então era oficialmente a mesa dos Vingadores, com a melhor vista e as melhores companhias. Todos que passavam ao nosso lado, sorriam ou ficavam olhando espantados como se fossemos algum tipo de aberração. E talvez nós fossemos. Citando Bruce Banner “uma combinação química que semeia o caos”.

— Tony também colocou apelidos sem graça para vocês? – Eu perguntei.

— Sim – Natasha revirou os olhos. – Ele tem nove anos ou o que?

— Pelo menos o de vocês não foi Legolas – Barton desabafou. – Qual é, eu nem pareço com ele!

— Eu não entendi o meu – Thor disse. – O que é uma Barbie?

Nós caímos no riso. Quer dizer, todos menos Steve, porque ele também não sabia o que era uma Barbie.

— Uma boneca – Natasha disse, entre uma pausa para respirar e outra.

A noite seguiu desse jeito até que eu resolvi usar o banheiro. Pedi licença para eles e fui até o banheiro. A fila estava grande, mas o segurança me deixou passar na frente. As vantagens de ser uma Vingadora.  

Entrei e fui diretamente para o espelho. Meu rosto ainda estava intacto, só o batom estava saindo um pouco, então o retoquei. As garotas ao meu redor pareciam me encarar como se eu fosse uma aberração. Elas podiam tentar disfarçar um pouco pelo menos.

— Lucy? – A voz familiar me fez olhar para o lado.

— Fel? – Como assim Felicity Smoak estava na festa de Tony Stark?!

Eu a abracei porque estava com muita saudade. Naquele momento, as meninas começaram a nos encarar como se fossemos aberrações.

— O que você está fazendo aqui? – Perguntei, ainda com um sorriso alegre no meu rosto.

— O Stark mandou um convite pro Oliver e, como eu sou a secretária dele, ele me arrastou para cá. Assim como o Diggle – ela respondeu.

— Oliver está aqui? – Perguntei, com uma confusão de sentimentos acontecendo na minha mente. Fiquei feliz por poder vê-los de novo, mas com receio de que Oliver estragasse minha noite.

— Sim – ela disse.

— Podemos sair do banheiro por favor? – Eu perguntei fazendo ela rir.

— Por favor, essas garotas nos encarando está me dando raiva – ela confessou.

Nós duas saímos e, infelizmente, ela me obrigou a ir até onde Oliver estava. Ela não parou de falar um minuto sobre como as coisas estavam com o Rarper e que ela estava enlouquecendo por tudo o que estava acontecendo. E que também odiava quando Oliver pedia café para ela.

Oliver estava encostado no balcão de bebidas, bem perto da onde eu estava sentada com meus colegas de equipe. Não entendi como ele não tinha conseguido me ver ali.

— Hey Oliver, olhe só que eu encontrei – Fel disse, chamando a atenção do loiro de terno.

Quando ele virou e nossos olhos se encontraram, eu senti um frio na barriga de novo. Mas não era uma sensação boa. Era um pressentimento. Algo ruim. Uma sensação ruim.

— O que você está fazendo aqui? – Perguntei, meio incomodada com o jeito que ele me olhava.

— Esperando que o atendente me dê um uísque – ele sorriu, irônico.

— Vou deixar vocês sozinhos – Fel disse, sem graça e saiu.

Olhei para ele que ainda tinha o sorriso irônico no rosto.

— Posso conhecer seu namorado? – Ele perguntou, tomando a dose do uísque que o atendente lhe havia entregado.

— Que namorado? – Entrei na defensiva.

— O famoso Capitão América – ele abriu os abraços em um gesto exagerado e tomou outra dose.

— Ele não é meu namorado – estava ficando incomodada com o jeito que ele estava falando comigo.

— Ah claro, a diferença de idade não ajuda muito – ele sorriu debochado. – Ele tem idade para ser seu bisavô.

Revirei os olhos. Sinceramente, achava que ele não tinha como ficar mais irritante. Parece que eu estava totalmente errada.

— E é por isso que eu prefiro estar aqui do que morar com você – eu disse, já estressada.

— É assim que você vai retrucar? Parabéns, você decaiu muito no seu nível – ele bebeu outra dose.

— Quer saber? Não sou obrigada a ficar discutindo com você aqui. Não te devo satisfações e nem quero dever. Eu vou voltar para a minha mesa porque pelo menos lá sou tratada do jeito que mereço – eu desabafei.

Virei-me para voltar para a mesa, mas fui impedida por seu braço que segurava o meu.

— Me desculpa – ele disse baixinho. – Estou descontando em você os meus problemas e eu não deveria fazer isso.

— Olha só uma atitude madura. Quem é você e o que fez com o Oliver Queen que eu conheço? – Eu brinquei, já menos estressada e ele riu.

— Acho que preciso de você lá – ele disse. – Você me faz rir. Por que não volta para Starling City?

— Espera isso foi um elogio?! – Perguntei assustada. – Tem certeza que ninguém trocou a sua mente com a de outra pessoa?

— Estou falando sério – ele disse, com um leve sorriso.

— Tenho coisas para fazer aqui – suspirei. – Tenho a sensação de que se eu ficar aqui poderei voltar mais rápido para casa.

Ele ficou quieto. Aliás, nós dois ficamos. O que estava acontecendo comigo? Oliver despertava em mim algo tão intenso. Eu podia odiá-lo em um momento e no outro ele se tornava meu melhor amigo. Por que era tão fácil para eu me perder perto dele? Por que meus pensamentos ficavam tão embaralhados perto daquela pessoa?

— Bom, está tarde – ele olhou para o relógio. – Tenho que voltar para Starling City.

— Ok – eu disse.

— Tchau – ele disse.

— Tchau – eu respondi.

O abracei, por instinto. E ficamos assim por um tempo. Os braços dele rodeando a minha cintura e os meus abraçando o seu pescoço. Droga por que ele tinha que cheirar tão bem? Droga por que eu tinha que pensar essas coisas?

Soltamos um do outro. Depois me despedi de Felicity e Diggle e prometi para eles que iria aparecer por Starling City logo que pudesse.

(...)

Acordei com a cabeça doendo por causa da luz do sol. Aquele não era meu quarto. Definitivamente aquilo não era nem um quarto. Por que eu não tinha ido embora da Torre Stark? Por que Steve também estava ali, jogado em cima de uma das mesas e apagado? Por que a Natasha estava dormindo nos meus pés? Por que o Barton estava deitado no chão na nossa frente? Por que o Thor estava jogado no balcão das bebidas? Por que Bruce estava deitado no chão? E, o principal, por que raios Tony Stark estava com um pinto desenhado na testa?

Levantei-me devagar, tentando não acordar os dois assassinos que dormiam perto de mim. Voei – literalmente – para trás do sofá.

Voei, sem fazer barulho, até onde Steve estava deitado e o acordei devagar, para não fazer barulho. Ele acordou meio assustado, mas fez silêncio assim que viu meu sinal para que ele fizesse.

— O que aconteceu? – Ele perguntou em um sussurro.

— Aparentemente nós não fomos para casa e o Stark tem um pinto na testa – eu sussurrei de volta.

Ele riu baixinho e pegou sua gravata e sapatos que estavam espalhados pelo lugar. Eu peguei apenas meus sapatos e nós descemos pelo elevador.

— Será que nós bebemos? – Eu perguntei assustada.

— Não, você bebeu – ele riu. – E você queria fazer um strip-tease na festa, mas eu não deixei. E acabamos dormindo lá. Só para anotação, foi você quem fez aquele desenho na cara do Stark – ele riu.

— Ai meu Deus – me desesperei. – Eu paguei muito mico?

— Eu não deixei – ele sorriu.

— Obrigada – abracei ele de leve e nós dois rimos.

Eu estava apreensiva ainda com o encontro com o Oliver da noite passada. Mas deixei minha mente livre dele por pelo menos aqueles segundos. Steve estava do meu lado, então eu não precisava pensar em nada. Steve era uma ótima companhia


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Notas finais do capítulo

E então??
Perguntinha básica: Vocês gostariam que eu fizesse um capítulo com um ponto de vista de outro personagem? Se sim, quem?



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