No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 44
Senhora da Morte


Notas iniciais do capítulo

Se eu não respondi nenhum capítulo ainda, é porque este capítulo está programado. Essa semana é minha semana de provas, então decidi já deixar programado para caso eu me atrase ♥
Enjoy!



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A sala era branca, como um lugar infinito. Não haviam janelas, objetos, paredes ou portas. Apenas uma espécie de televisão que flutuava na minha frente. Ela estava desligada, por isso podia ver meu reflexo. O cabelo vermelho curto, os olhos escuros cansados. Estava usando um vestido branco rodado que deixava meus braços e pernas à mostra.

A televisão se ligou. Eu estava olhando para Oliver enquanto ele conversava com Barry. Era como estar de volta ao meu mundo e assistir eles como uma série. O volume estava alto, então eu podia ouvir o que eles conversavam. Não pude deixar de sentir um aperto, quando notei que Oliver estava abatido. Levantei-me e me aproximei da televisão.

— Ela acha que eu a traí — Oliver dizia para Barry, olhando para a mesa.

— Você já tentou falar com ela? — Barry perguntou, segurando seu copo de café.

Eles estavam no Jitters e falavam de mim. 

— Já — ele bufou. — Ela simplesmente desapareceu. Já tentei falar com os Winchesters, Steve, até mesmo Tony Stark. Mas os Winchesters não sabem, Steve está desaparecido e Tony Stark quer prende-la. Na verdade, ele quer prender todos os ex-vingadores que não assinaram no tratado.

— Já tentou Damon Salvatore? — Barry perguntou.

— Ele é a última pessoa que quero ver agora.

Então a televisão mudou para um outro lugar, uma espécie de galpão subterrâneo em que Steve, Wanda, Sam, Scott e Clint conversavam. Eles estavam ao redor de uma mesa que era iluminada por uma pequena lamparina.

— A missão é retirar todas as armas de lá, antes que eles consigam vende-las — Steve ditava.

Todos assentiram e começaram a se preparar para a sua missão. Mas Wanda estava apreensiva, então continuou em seu lugar. Steve percebeu e foi falar com ele. Senti uma sensação boa dentro de mim, apesar de tudo os dois continuavam os mesmos.

— O que foi? — Steve perguntou, tocando em seu ombro.

— Nada — ela respondeu, olhando para o chão. — É só essa sensação ruim de que algo está para acontecer.

Então a televisão desligou e eu percebi que havia alguém atrás de mim. Era aquela mulher que eu havia visto na visão. Seu cabelo ainda continuava como sempre, assim como seus olhos. Apenas a sua roupa era diferente. Era fogo puro. E aquilo não a queimava. Ela sorriu quando percebeu que eu estava extasiada com o seu vestido em chamas.

— O que foi isso? — Perguntei, me referindo a televisão, sem tirar meus olhos dos seus.

— A vida — ela respondeu, com a voz mais suave do que deveria ser. — Seus amados continuam a viver, mesmo com você aqui.

— Onde é “aqui”? — Perguntei, me abraçando.

— A passagem — ela respondeu. — Muitos gostam de chamar de Sala Ômega.

— Por que estou aqui? — Continuei a perguntar.

— Porque você está morta — ela riu e eu me assustei. — Não se preocupe, não é por muito tempo. Pessoas como nós não ficam mortas.

— Pessoas como nós?

— Pessoas poderosas — ela sorriu, malignamente. — Na verdade, a morte não é tão terrível quanto as pessoas pensam ser. É uma boa amiga, se você for boa com ela.

— Está dizendo que a morte é uma pessoa? — Perguntei, quase debochando.

— Pode debochar minha querida, é da sua natureza ser descrente. Mas sim, ela é — ela andou para um pouco mais perto de mim. — Quer saber o que vai acontecer a seguir?

Assenti, olhando naqueles olhos vermelhos. Era possível ver que tudo nela refletia o desespero, o desejo. Sentimentos ruins que traziam o pior lado das pessoas à tona.

— Nós vamos destruir todos os que te fizeram mal — ela disse, suavemente.

— Mas eu não quero matar ninguém — as lágrimas começaram a se formar em meu rosto.

— Preste atenção, minha querida — ela se aproximou de mim, tocando em meu rosto, como minha mãe costumava fazer. — Eles estão mentindo para você. Você sempre pode voltar para casa, você sempre teve o poder suficiente para fazer isso.

Imagens de meus pais, meus irmãos, meus amigos... todas elas invadiram minha mente ao mesmo tempo. Ela estava certa. Eles estavam mentindo para mim. Eles mentiram para mim aquele tempo todo.

— Sinta esse poder — ela tocou sua mão na minha. — Você pode fazer o que quiser.

O poder que eu senti era imenso. Era tentador. Eu precisava daquele poder. Eu precisava sentir tudo o que ela poderia me oferecer. Mas eu não queria. Era errado, fazer o que ela estava me pedindo era errado, eu não podia simplesmente aceitar.

— Eu não posso — sussurrei, sentindo as lágrimas escorrerem em meu rosto.

— Claro que pode — ela colocou meu cabelo para trás. — Você não tem escolha.

(...)

Meus olhos se abriram vagarosamente. Não me lembrava do que havia acontecido. Não me lembrava de praticamente nada. Apenas sabia que Thanos era meu amigo de anos. E que eu tinha um poder maravilhosamente grande, que não deveria ser desperdiçado.

— Então, qual é o plano, meu caro? — Perguntei, fazendo um leve balançar de mãos.

— Preciso das joias do infinito. Tenho algumas delas, mas há uma, a joia da mente, que preciso tomar de um corpo — ele disse, sentado em seu trono.

— E o que eu vou ganhar com isso? — Perguntei.

— A Terra e Asgard — ele respondeu, com um sorriso. — Sei bem que quer se vingar deles.

Sorri. Finalmente seria minha chance de me vingar daqueles terráqueos inúteis e daqueles asgardianos podres. A aliança seria uma boa opção. E eu já sabia com faria tudo aquilo. Era um plano genial.

— Estou de acordo — disse e então olhei para o homem ao meu lado. — Quem é ele?

Ele tinha lindos olhos azuis e esbanjava um sorriso tentador. Em outra hora, eu teria flertado com ele, transado e então o matado. Mas não era o momento para aquilo.

— Damon Salvatore — ele disse. — Ele nos ajudou e agora espera uma recompensa.

— Que tipo de recompensa? — Olhei para Damon maliciosamente, medindo-o de cima a baixo.

— Ele perdeu a amada e espera que eu a traga de volta à vida — ele disse, debochadamente. — Mas você sabe que para isso eu preciso da joia verde.

Assenti. A Joia das Almas, era definitivamente a mais poderosa. Ela permitia que o portador conseguisse controlar qualquer alma, fazendo com que ela deixasse de existir ou mudando de um corpo para o outro.

— Quer que eu a traga para você? Thanos, você já foi mais esperto — eu disse, fazendo o sorriso de seu rosto sumir. — Sabe que ela está com Ele. Não sei nem mesmo onde Ele está.

— Você ficou longe por muito tempo Senhora das Sombras — Thanos disse, apertando seu punho. — Ele agora adotou o nome de Adam Warlock e está pela galáxia, salvando planetas desolados.

Sorri, dando de ombros.

— Que seja. Ninguém pode fugir de mim e ele não será o primeiro — eu disse. — Você terá sua amada de volta, ser imortal.

(...)

Com velocidade, me teleportei até onde havia localizado Warlock. O planeta em que ele se encontrava era desértico, por isso logo o vi. Ele usava uma espécie de capa roxa, que cobria seu rosto. Ele estava sentado em uma pedra, observando uma planta crescer em meio a areia. Notei que em seu pulso estava cravada a Joia das Almas.

— Warlock — eu disse, me aproximando de si.

Ele virou o rosto para mim e notei que sua pele estava mais clara do que quando nos conhecemos.

— Quem é você? — Ele perguntou, se levantando rapidamente.

— Sou apenas uma mulher — eu disse. — Que precisa do que você tem.

Ele abriu a boca, mas não falou nada. Pareceu olhar para algo que estava atrás de mim, então me virei também para olhar o alienígena de coloração verde que sangrava e tinha vários machucados por toda a sua pele. Warlock foi ao seu socorro, mas eu apenas fiquei observando enquanto os dois dialogavam sobre um tirano chamado Magus, que estava aniquilando planetas diferentes. Já era fã daquele homem.

Assim que o alienígena morreu em seus braços, Warlock fez uma espécie de ritual e colocou a planta, que ele antes observava crescer, no peito do alienígena falecido. Então se virou para mim, como se estivesse notando minha presença pela primeira vez. Eu estava um tanto entediada. Para que gastar seus esforços com uma vida sem importância?

— Desculpe, mas o que havia dito? — Ele perguntou.

Não respondi, apenas me aproximei de si com rapidez. Ele ficou parado, porque estava usando meu controle mental sobre ele. Toquei em seu pulso e analisei bem a Joia presa a ele. Como era linda e poderosa. Podia ouvir as lamúrias das almas presas ali.

— Desculpe, meu querido. Mas vou precisar dela — disse e arranquei sua mão fora do seu corpo com a telecinese.

Não permiti que ele gritasse, porque não queria ouvir gritos de um homem inútil.

— Diga aos mundos que a Senhora das Sombras e Thanos, o Titã, estão juntos e tomarão o poder em breve — disse e então me teleportei para fora daquele mundo.

Quando voltei para Thanos, entreguei-lhe a Joia das Almas. Ele sorriu, malignamente. A colocou em sua manopla e percebi que ele já possuía as Joias do Espaço, da Realidade, do Poder e, agora, das Almas. Quase os poderes completos da onisciência. Mas ainda faltavam a da Mente e do Tempo.

— Você foi rápida — ele disse, então se virou para Damon. — Como prometido, sua amada estará de volta para si. Ela estará na Terra. Pode leva-lo junto com você, Grande Entidade?

— Será um prazer, caro Thanos — eu disse, sentindo uma certa excitação por poder destruir todos os que já haviam feito algum mal a mim.

Eu não me lembrava que tipo de mal, muito menos o que haviam feito, mas algo dentro de mim dizia que aqueles que diziam ser heróis, eram simplesmente os vilões. Se me impedissem de destruí-los, eu iria mata-los, um por um. É claro que eu não deixaria as Joias do Infinito com Thanos, mas não precisava que ele soubesse dos meus planos. Eu conseguiria facilmente destruí-lo, como um passe de mágica.

Se Thanos achava que teria o poder inteiro ao ter as Joias, ele estava muito enganado. Eu era o fogo e a vida encarnados. Eu controlava cada morte e cada nascimento. Controlava a essência do nascimento, assim como da morte. Eu era uma deusa. 


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Notas finais do capítulo

E então?



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